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Heleno diz tomar remédio para evitar “atitude drástica” de Bolsonaro contra o STF

Ministro-chefe do GSI afirmou que “temos um dos Poderes que resolveu assumir uma hegemonia que não lhe pertence”

Paulo Moura – PlenoNews
Ministro Augusto Heleno Foto: PR/Marcos Corrêa

Durante uma formatura do Curso de Aperfeiçoamento e Inteligência para agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou que tem tomado remédios “na veia” para não levar o presidente Jair Bolsonaro a tomar “uma atitude mais drástica” contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

O áudio vazado foi divulgado pelo jornalista Guilherme Amado, do site Metrópoles. No conteúdo, Heleno faz referência ao Supremo ao dizer que “temos um dos Poderes que resolveu assumir uma hegemonia que não lhe pertence” e que está “tentando esticar a corda até arrebentar”. O ministro afirma que essa conduta parte e “dois ou três ministros do STF”.

– Nós estamos assistindo a isso diariamente, principalmente da parte de dois ou três ministros do STF (…) E que eu, particularmente, que sou o responsável, entre aspas, por manter o presidente informado… eu tenho que tomar dois Lexotan na veia por dia para não levar o presidente a tomar uma atitude mais drástica em relação às atitudes que são tomadas por esse STF que está aí – diz.

Lexotan, citado pelo ministro, é um medicamento prescrito para tratar questões, segundo a bula do fármaco, como “ansiedade, tensão e outras queixas somáticas ou psicológicas associadas à síndrome de ansiedade”

CRÍTICAS DO GOVERNO AO STF
A fala de Heleno marca um novo capítulo do conflito entre o governo Bolsonaro o Supremo Tribunal Federal. Já há algum tempo a gestão federal avalia que o STF se intromete em questões que não são de sua competência legal, extrapolando a autonomia entre os Poderes da República.

Casos emblemáticos como a decisão da Corte de permitir que prefeitos e governadores adotassem medidas contra a Covid-19 e a proibição de o diretor da Abin, Alexandre Ramagem, assumir o comando da Polícia Federal sempre motivaram muitas críticas do presidente Jair Bolsonaro.

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História do Movimento Batistas por Princípios

Transcrito pelo Pr. Angelo Medrado

História do Movimento Batistas por Princípios

Em 2020, nós, batistas brasileiros, na grande maioria pastores, preocupados com os rumos de nossa denominação, que tanto amamos, decidimos nos posicionar em relação a fatores
que entendemos como recentes ameaças às igrejas locais. Somos batistas que se definem como moderados ou conservadores teologicamente, mas preocupados com a ascenção do
movimento fundamentalista em solo brasileiro.
Nos últimos anos, percebemos como exemplos dessa escalada na Convenção Batista Brasileira (CBB), eventos como (a) o convite da CBB ao Pr. Paige Patterson (fundamentalista de renome
nos EUA) para ser um dos oradores de sua Assembleia em Gramado em 2015; (b) a assinatura de convênio entre o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil e o Southwestern Baptist Theological Seminary, em Fort Worth (Texas/EUA); (c) o apoio de líderes denominacionais a uma agenda política associada ao fundamentalismo, com a demonização de partidos considerados
de esquerda (abrangendo falas de púlpitos durantes campanhas políticas; o enaltecimento da Operação Lava-Jato em Assembleia da CBB; a convocação de jejum e oração pela manutenção de prisão em segunda instância de ex-presidente da República); e (d) a campanha lançada no Dia da Bíblia para que homens vestissem azul e mulheres rosa, com claro contorno político-partidário.
Estas ações indicam uma preocupante tendência no sentido de mudar o perfil histórico da denominação, de um polo para outro.

O que antes sempre foi marcado por uma feição plural da denominação batista no Brasil, agora, nos parece, passou a sofrer uma tentativa de uniformização (inclusive literal) das diversas tendências do povo batista.

Aqueles que se mantiveram fiéis às suas tradições e matrizes teológicas começaram a ser perseguidos ou, pelo menos, silenciados, prejudicando o exercício de seus ministérios e, consequentemente, o
povo batista.

Nós, do Movimento Batistas por Princípios (MBP), refletindo sobre essa situação, resistimos às tentativas de imposição de uma agenda fundamentalista na CBB, entendendo que o respeito à pluralidade em nosso meio é saudável e preserva a integridade da denominação. Rejeitamos e condenamos os sinais de apoio político da denominação a candidaturas ou a qualquer governo, como percebemos, por exemplo, em recentes Assembleias anuais da CBB.

Entendemos que a denominação precisa voltar a valorizar uma configuração mais horizontal, em detrimento de aspirações piramidais próprias de governos episcopalizantes, estranhos ao melhor jeito de ser batista.

Para isso, buscamos resgatar os princípios que nortearam a formação do pensamento batista ao longo da história, conscientes de que os problemas que enfrentamos se devem, em grande parte, ao esquecimento dessa história e dos Princípios Batistas.

Estamos conscientes de que estamos num momento crucial da nossa história denominacional, bem como do País, e que há, portanto, uma necessidade de revisitarmos as bases que sedimentaram a trajetória da denominação.

Assim, o MBP entende que a CBB precisa reconsiderar posicionamentos para se reencontrar com o seu próprio ethos.

Fazendo isso, a denominação primará pelo respeito à autonomia das Igrejas Batistas e terá papel ainda mais significativo como voz Batista de convergência quando, em consonante coerência com 0 Evangelho de Jesus Cristo, se fizer ouvir a partir dos temas que são sensíveis à sociedade brasileira.

Compreendemos que a palavra de ordem que faz parte do “DNA batista” é “liberdade”.

Respeitamos as diferentes vocações das igrejas, reveladas em suas ênfases e prioridades.

Por isso pensamos que a CBB deve respeitar a autonomia, valorizar as lideranças locais, promovendo treinamento, investindo em capacitação para as igrejas.

Acreditamos em aglutinação de esforços. Por isso desejamos que a CBB atue mais como uma aglutinadora, catalizadora, potencializadora dos esforços das igrejas locais, e menos como uma distribuidora de programas.

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‘Não importa o pecado, a cruz é para todos’, diz ex-homossexual curado de Aids

Mark testemunha o poder Deus, após ter adquirido vírus HIV em vida promíscua e mergulhada em vícios.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS
Mark conta seu testemunho milagroso. (Foto: Reprodução / CBN News)
Mark conta seu testemunho milagroso. (Foto: Reprodução / CBN News)

“Eu estava morrendo de medo de que minha vida tivesse acabado. E não havia como voltar atrás”. Esse era o temor de Mark Nelson, assim que foi admitido em um hospital Tallahassee na Flórida com pneumonia dupla, em 2008. Mas essa não foi a pior notícia que ele recebeu. “Disseram que eu tinha AIDS. O vírus ficou no meu sistema por, disseram, 8 a 10 anos.”

Já na UTI, Mark começou a refletir sobre sua infância e as decisões que tomou na vida. Tendo crescido em uma família de classe média que frequentava a igreja, ele tinha quase tudo de que precisava, exceto a atenção e o afeto de seu pai.

“Eu estava procurando por uma conexão com uma figura masculina que pudesse me dar alguma afirmação de que eu estava fazendo algo certo”, explica Mark. Ele encontrou uma figura paterna – em seu pastor de jovens na igreja.

Aos 13 anos, Mark fazia o possível para se destacar e ser admirado. “Ele ficou meio arrogante, sabe, até certo ponto, orgulhoso”, conta a mãe de Mark, que reforça: “Eu dizia às outras pessoas que sabia mais do que elas, que era melhor do que elas, que Deus me amava mais do que elas”.

Vendo a contenda e divisão que Mark estava causando, seu pastor de jovens o chamou e o repreendeu. “Achei que ele estava me repreendendo como pessoa, então, quando deixei aquele grupo de jovens naquela noite, eu estava chorando e magoado, profundamente magoado”, lembra Mark.

Mundo destruído

Agora, em vez de passar todo o tempo na igreja, Mark encontrou outra multidão. Ele começou a beber e usar drogas e se envolveu com pornografia.

“Tive de encontrar outras coisas para realmente preencher aquela ferida. Minha mente inteira foi invadida por pensamentos perversos. Isso me levou a um mundo muito destruído”, lembra Mark.

Foi esse mundo destruído que o levou a uma atração crescente por homens. Ao longo do ensino médio, Mark manteve seus desejos pelo mesmo sexo ocultos, mas na faculdade encontrou aceitação entre a comunidade homossexual. Depois de se formar na faculdade em 2000, Mark entrou totalmente no estilo de vida gay. “Eu estava recebendo muitas afirmações masculinas. Eu era muito, muito promíscuo em todo o lugar”, lembra.

A doença

Por 7 anos Mark manteve aquele segredo para seus pais e colegas de trabalho. Mas, em fevereiro de 2008, após vários meses doente, ele foi parar no hospital com pneumonia dupla.

“Eu tinha muito medo do que iria acontecer comigo”. Os médicos decidiram colocar Mark em coma para ajudar seu corpo a descansar.

Enquanto isso, os pais de Mark foram avisados ​​e foram visitá-lo assim que puderam. Eles descobriram que seu filho não estava apenas em uma batalha física, mas espiritual. “Quando entramos em seu quarto naquela noite e nos aproximamos dele para orar por ele, ouvi uma voz dizer: ‘Estamos com ele, fique longe dele'”, lembra a mãe de Mark.

Batalha espiritual

Os médicos deram pouca esperança aos pais de Mark, pois sua saúde continuou a piorar. “Eu sabia que o Senhor fazia milagres, e começamos a orar imediatamente”, conta o pai de Mark.

“Eu lia a Bíblia o tempo todo e, em todos os lugares que ia, escrevia as escrituras que Deus me dava. Então eu as dizia em voz alta e as proclamava”, diz a mãe de Mark.

Nas semanas seguintes, a família e os amigos oraram sem parar. Então, no fim de semana da Páscoa, Mark conta que seu espírito deixou seu corpo: “Comecei a ver cenas da minha vida, apenas passando diante dos meus olhos. E eu sabia que todas eram baseadas em meus anos de vida na homossexualidade. A escuridão voltou a ficar completa. E lentamente comecei a ouvir esses gritos e pedidos de ajuda”.

“Então comecei a sentir algo como chutes e socos, golpes físicos no meu corpo. E isso estava me oprimindo, e cheguei ao ponto em que não aguentava mais. E eu gritei: ‘Jesus!’ E imediatamente minha alma reentrou em meu corpo. Eu simplesmente agradeci a Deus naquele dia com tanta profundidade pelo que Ele me livrou”, relembra.

O milagre

Depois que Mark se estabilizou, os médicos decidiram tirá-lo do coma. No dia seguinte, todos puderam ver que algo havia mudado.

A mãe de Mark relembra: “Havia uma atmosfera diferente na sala. Cada melhoria era como um momento de alegria.”

“Minha atração pelo mesmo sexo foi embora naquela noite no hospital. Na tarde do domingo de Páscoa comecei a ficar mais forte. Eu estava ficando cada vez menos dependente do oxigênio. Então, eles viram que meus pulmões estavam ficando mais fortes”, conta.

Quando os médicos liberaram Mark algumas semanas depois, eles disseram que seu HIV era ‘indetectável’. “Simplesmente comecei a chorar e clamar ao Senhor. E apenas dizendo: ‘Senhor, sinto muito. Sinto muito por tudo o que fiz. Eu quero estar em um relacionamento completo com você, Senhor’. E eu simplesmente senti essa paz tomar conta de mim e eu senti naquele momento que era isso.”

Mark se casou e trabalha para uma organização missionária na Flórida. Seu HIV ainda é indetectável e isso desde aquele Domingo de Páscoa anos atrás.

“É um dia de lembrança, é um dia de exclamação e alegria. E gratidão por Ele nos tirar de tanto. E a cruz está aí para qualquer um. Qualquer um. Não importa que tipo de pecado seja. A cruz é onde você a coloca”, diz agradecido pelo milagre.