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A Prioridade da Igreja

As nações precisam de salvação. Os povos da terra necessitam conhecer a Jesus Cristo. A igreja tem a responsabilidade da evangelização mundial; sua mensagem é o Evangelho e seu alvo são os pecadores. A última ordem de Jesus aos discípulos foi: “quando o Espírito Santo descer sobre vocês, receberão poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra.” At 1.8.

A primeira missão da igreja é testemunhar de Cristo em todos os lugares da terra. Encargo que corresponde uma ação simultânea para alcançar as cidades, os estados, as regiões e nações. Por isso, quão imprescindível é a unção do Espírito para objetivar esta missão!

A transformação de um povo começa na sua determinação ao genuíno arrependimento. O arrependimento é fruto da mensagem anunciada; que só pode ser proclamada se os mensageiros forem enviados.

O princípio de tudo é a igreja. A obediência ao mandato de Cristo é a chave para evangelização mundial. Se a igreja não obedecer, os pecadores não serão alcançados! Os povos permanecerão na escuridão das trevas e do pecado.

Uma das razões da igreja ainda não ter alcançado êxito na evangelização mundial é a mudança de prioridade. Não se alcançam tantos pecadores, na proporção que se formam pensadores.

Os resultados mostram que a ênfase na educação não implica necessariamente no acréscimo em número de novos discípulos. O mesmo esforço empenhado na ênfase educacional deve ser convergido na pregação das Boas Novas. Quando a igreja prioriza a evangelização, o ensino é apenas servo de sua missão.

Nada substitui a evangelização – “Afinal de contas, fazer isso é minha obrigação. Ai de mim se não anunciar o evangelho!” 1 Co 9.16.

A adoração, a intercessão e o discipulado são ferramentas importantes para apoiar a proclamação do Evangelho e não para substituí-la! O Espírito Santo já foi derramado, a ordem já foi dada. Coragem discípulo! Avante Igreja!

Postado por Pr. Davi e Patrícia Fenner

06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Funk gospel? Conte-me sobre o passinho do abençoado

Por Ciro Sanches Zibordi | Colunista Convidado do The Christian Post

Caro leitor, o que pregadores e ensinadores tementes a Deus e fiéis à sua Palavra, como David Wilkerson, diriam sobre o funk gospel e o “passinho do abençoado”?

  • Ciro

Na sua obra Toca a Trombeta em Sião, publicada em inglês, em 1985 – e lançada no Brasil pela CPAD em 1988 -, David Wilkerson afirmou: “Fiquei extremamente chocado quando recentemente abri uma revista evangélica e vi foto de um grupo de rock ‘pesado’, dizendo-se evangélico. Estavam vestidos com o mesmo traje sadomasoquista que eu vira antes enquanto testemunhava de Cristo nas ruas de São Francisco da Califórnia” (p.93).

Wilkerson partiu para a eternidade há um ano, mas a sua mensagem profética ficou registrada: “Onde está a trombeta em Sião, que não toca? Onde está nossa reação? Onde estão os profetas do Senhor que não bradam bem alto: “Chega! A Casa do Senhor não é lugar de música do Diabo!” (p.94).

Como um verdadeiro profeta, Wilkerson verbera contra a covardia dos ministros do nosso tempo: “Que tipo de ministério covarde temos em nossas igrejas de hoje, que tolera e até aplaude um tipo de música que faz os anjos se envergonharem? […] A música mundana que hoje penetrou na casa de Deus causa repulsa no Céu […]: ‘Como podem pessoas que invocam o santo nome de Cristo apanhar coisas do altar pessoal de Satanás e trazê-las à presença de Deus, lançando-as no seu altar?’ […] Quem são esses roqueiros e inovadores dentro da casa de Deus? São profanadores do santo altar do Senhor!” (p.95).

Wilkerson condena também a falta de discernimento por parte dos líderes e do povo evangélico, em geral: “O que está acontecendo agora é que pastores e suas igrejas aceitam sem exame, nem discussão, música profana no culto. A voz que se ouve é ‘Não julguemos mal’, e isso Satanás usa para ocultar todo tipo de males que tal música traz. […] E é exatamente isto que estes inovadores da música estão fazendo na igreja; destruindo a santidade, zombando da pureza e da separação do mundo” (pp.96-97).

Sem medo, Wilkerson reafirma que a música mundana na igreja é obra do Maligno e verbera contra pais e líderes cristãos por sua conivência: “Satanás está por trás deste tipo de ‘louvor’ que ele quer que lhe seja prestado. Ele irá até os extremos para corromper o verdadeiro louvor ao Senhor. O inimigo está levando vantagem em sufocar o real louvor em espírito e em verdade. […] É chocante eu ouvir pais e pastores dizendo-me: ‘não julgue desta maneira’. Eles deviam obedecer à Palavra de Deus e julgar segundo a reta justiça, para não perderem seus filhos ante as seduções do mundo” (pp.98-100).

Muitos dizem que a música, seja qual for o estilo adotado, é neutra e que podemos usar todo e qualquer ritmo para o louvor a Deus. Veja a resposta do aludido profeta a esse falacioso pensamento: “Uma das razões por que o Espírito de Deus retirou-se do ‘Movimento de Jesus’ surgido na década passada [década de 1970] foi que eles se recusaram a largar o tipo de música anticristã que executavam. Eles deixaram as drogas, álcool, prostituição, e até seu modo estranho de vida. Mas não quiseram abandonar o rock. […] O Espírito de Deus conhece todo mal que há no rock, e Ele nos faz sentir sua tristeza por isso. Os que adoram a Cristo em espírito e em verdade sabem discernir rapidamente o que é o rock” (pp.100-101).

David Wilkerson faz menção também dos repertórios dos cantores pretensamente evangélicos: “Os roqueiros que se dizem evangélicos costumam ter em suas apresentações e LPs um ou dois hinos realmente sacros, mas o restante é a violenta, selvagem e louca música rock. Significa que se eles quisessem, podiam fazer a coisa certa e agradável ao Senhor. Certos roqueiros chegam a me dizer: ‘Eu mesmo não gosto do rock, mas a juventude gosta, então eu toco rock para atraí-los’” (p.107).

Agora, uma parte bastante antipática – mas verdadeira – da profecia de Wilkerson em relação aos apreciadores de show gospel: “Esse tipo de música copiada do mundo não motiva ninguém a dobrar os joelhos e orar, nem mesmo impulsiona os crentes a curvarem suas cabeças em adoração a Deus. A única coisa que essa música faz é levar o auditório a demonstrações carnais de sacudir o corpo, de bamboleios, de dança, que nada têm de espiritualidade. […] Deus está dizendo a esta geração que canta e toca música mundana na igreja: ‘Rejeitais a música de teus pais que adoravam a Deus com toda pureza. Quereis ver os milagres do livro de Atos, mas não quereis a pureza dos vossos pais na fé. Rejeitais a música originada pelo Espírito e abraçais a música que pertence ao mundo’” (p.108-110).

O profeta de Deus geralmente condena o erro e prevê o que acontecerá, caso não haja arrependimento. Veja o que disse Wilkerson, há mais de 25 anos: “Tal música tornar-se-á cada vez mais selvagem, seus festivais de música cada vez mais tenebrosos. Somente crentes desviados, mornos e de nome, frequentarão tais reuniões. Caso o leitor não mais creia em nada do que estou profetizando, creia nisto que vou dizer agora: ‘Deus vai fazer uma operação de limpeza na sua casa quanto à música!’” (p.116).

Wilkerson mostra novamente as características da música mundana e, em seguida, conclui: “Já constatei, sem exceção, que todo crente de vida espiritual profunda com Deus e que vive adorando a Deus em espírito e em verdade leva também muito tempo em oração individual. Esse tipo de crente não aceita música frívola, barulhenta ao extremo, acelerada, dissonante. […] A música mundana na igreja morreria numa semana se cada músico e cantor se humilhasse diante do Senhor e tivesse uma visão do que é a santidade de Deus” (pp.117-118).

Diante do exposto, o que David Wilkerson diria, hoje, a respeito do “passinho do abençoado”, do funk gospel e de outras aberrações do nosso tempo?

20-06-16 034

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Simplicidade

 

Mais à frente vou relatar uma experiência que se não fosse trágica seria cômica. Antes, porém, quero compartilhar "o que" e "como" poderiam ser os nossos cultos ou reuniões congregacionais. Os conceitos de culto de louvor, culto evangelístico ou culto de oração, tarde do milagre, noite de curas não são bíblicos. Não deveríamos marcar hora e local para Deus fazer aquilo que queremos que Ele faça. Por outro lado, também não precisam ser vistos como aberração nem "coisa do diabo"; são apenas formas que criamos para cultuar dentro do mínimo de tempo de que dispomos – embora eu ainda ache que há sérios equívocos nisso. O culto deve ter momentos de júbilo, louvor e dança, adoração, pregação da palavra de Deus, testemunhos e tempo para comunhão, quando os presentes saem dos seus lugares, conversam, riem, oram e comem juntos. Tudo dependendo de nossa disponibilidade em gastarmos tempo para estar juntos.

Um bom conceito de culto público pode ser definido como um conjunto de gestos e palavras codificados, de valor simbólico, próprio de um determinado grupo cultural, que expressa a devoção a uma divindade – no caso dos cristãos o relacionamento, a devoção e o amor ao único Deus, YHWH.

Encontramos um conceito modelar de culto em 1Co 14:26-40, onde Paulo propõe a  participação alegre e enriquecedora dos irmãos, no estímulo às manifestações da graça de Deus experimentáveis pelo exercício dos dons e talentos conferidos pelo Espírito Santo.

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação (…) Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.”

É forte no pensamento religioso o sentimento de que a pessoa que agrada a Deus é aquela que não falta aos cultos e procura cumprir uma lista de regras e mandamentos. Da mesma forma, é forte também o pensamento de que a pessoa que desagrada a Deus, resumidamente, é aquela que não frequenta as reuniões de sua congregação e não se envolve no conjunto de normas internas e eventos promovidos pela igreja.

Entretanto, se atentarmos bem, este cenário remonta o sistema farisaico tão criticado por Jesus. Nenhuma prisão é tão forte quanto o sistema de obrigações religiosas. Devemos nos lembrar de que uma das lições mais importantes que Jesus ensinou a seus discípulos é que parem de buscar a vida que vem de Deus por meio de rituais e obrigações religiosas. Jesus não veio para criar nem melhorar uma religião; veio para convidar-nos a um relacionamento com ele.

Portanto, o culto deve encerrar a ideia de estilo de vida. O “momento de culto”, como conhecemos, em um local (templo) e com hora marcada, deve ser compreendido como oportunidade de prestigiar a presença de outros de mesma e fé e prática, e aproveitar essa inigualável experiência para crescimento mútuo.

(Romanos 12:1) – “ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”

Agora vamos ao fato trágico e nada cômico. Em fevereiro de 2010, participei de um culto dirigido por um profeta, no auditório de uma escola pública da Asa Sul, em Brasília. O contexto era de um retiro de carnaval. O profeta retirou as sandálias e sentou-se no chão da plataforma à frente. Com o microfone em punho conversava naturalmente com os ouvintes, citando de cor textos bíblicos e trazendo a sua visão acerca destes. Contudo, no decorrer do trabalho, o lugar foi sendo tomado por uma atmosfera de mistério, induzido por chavões como “Deus quer fazer algo especial aqui…” e “Você nunca mais será o mesmo depois que sair deste lugar…”.

O profeta fazia longas pausas nas suas falas e depois balbuciava palavras como se as tivesse acabado de recebê-las no ouvido, como recados de Deus. Em seguida, olhou para uma grande janela à sua direita e disse que em minutos entraria um vento que encheria aquele lugar do poder de Deus, e que quando acontecesse todos seriam alcançados por graça tão especial que começariam a falar em outras línguas, num batismo coletivo e irresistível do Espírito Santo.

O que aconteceu em seguida é fácil deduzir (o tempo estava fresco no início da noite e o tal vento veio mesmo). Foi um alvoroço de gritos, pessoas caídas no chão, rodopios e choros histéricos, que durou cerca de 10 ou 20 minutos. Em seguida, recompostos os presentes (?), mandou o pregador que trouxessem água em copos e jarros, intercalando leituras bíblicas aparentemente desconectadas com histórias e testemunhos.

A água chegou pelas mãos de alguns obreiros e fez-se um “ato profético”. Sob a orientação detalhada do profeta, todos teriam de beber um pouco daquela água com fé para serem cheios do Espírito Santo, para experimentarem o que ocorrera em Atos 2. Fizeram então passar alguns copos de mão em mão, e todos bebiam do mesmo copo que ia passando, suado e babado, pela crença pia de que esse ato lhes transmitiria alguma virtude. O que se via desde então eram pessoas caindo novamente, dançando, ajoelhadas ou deitadas no chão (aparentemente inconscientes). A tudo eu observava cético e atônito, sem me envolver. Por vários momentos pretendi sair daquele local, mas por algum motivo – provavelmente curiosidade – preferi ficar, para ver no que iria dar aquele negócio.

Não satisfeito, o pregador pegou uma jarra com aquela água “ungida” e aspergiu da plataforma em todos os presentes, com a promessa de que seriam inundados com o poder de Deus. Em seguida, inacreditavelmente, houve outra previsão de que, agora da janela da esquerda, viria outro vento para encher o local do assombro e da graça do Senhor.

Neste momento, lembrei-me dos dizeres de Pedro em 2Pe 2.2: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo.”

Pedro, depois de ter sido amorosamente tratado por Jesus, chegou a essa sublime e madura conclusão. Ele associou o crescimento saudável do crente ao leite (alimento) racional que se deve desejar.

Precisamos de discernimento, não apenas porque o obreiro cristão hoje está cercado de espiritualidades falsas, mas porque muito do que passa por cristianismo evangélico é apenas verniz das coisas espirituais. (Paul Stevens, 1998)

Ah, irmãos, como lamentei tanto afastamento da Palavra… O Evangelho é tão simples. É claro que a presença singular e poderosa do Senhor, Criador do Universo, Todo Poderoso, pode nos causar abalos. A estrutura humana é deveras frágil para suportar tão grande e inimaginável poder. Todavia, não podemos nos entregar ao ponto de ver roubada a nossa lucidez, não podemos estar absortos seja onde for e isso inclui os nossos mais elevados momentos de culto ao Senhor. A nossa racionalidade é também item da criação do Senhor, não é algo das mãos de homens ou mesmo de demônios, que devamos nos abster para a aproximação com o Deus que adoramos. Antes devemos nos aproximar do Pai completos, e excluir a racionalidade desse conjunto é tornarmo-nos incompletos, capados, aleijados diante do Pai.

Assim, devemos atentar diligentemente para tudo o que fazemos, em atitude sóbria de verdadeiro culto racional (seja no templo ou fora dele), especialmente em momentos de cultos, justamente pelo apelo emocional que pode produzir. Algumas vezes podemos experimentar fortes emoções e confundi-las com a genuína presença de Deus. A presença de Deus emociona, [des]estrutura, abala, envolve, mas nem toda emoção pode ser atribuída à manifestação de Deus.