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A LEALDADE E A MURMURAÇÃO.

Leandro Borges

“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas”. (Filipenses cap.2 vers.14).

Murmurar é quando uma pessoa fala a respeito de assuntos a meia voz. As pessoas murmuram por acharem que não podem dizer em voz alta suas opiniões. Alguém disse: “Tenho receio de fazer uma pergunta porque, se a fizer, serei rotulado como desleal”.  Isso não é correto !!!“A pessoa leal é alguém que faz muitas perguntas.” A pessoa leal é alguém que descobre o que precisa saber. É a atitude sutil de ridicularização com a qual as perguntas, às vezes, são feitas que faz com que a pessoa pareça desleal. Na realidade, porém, a pessoa que busca sinceramente uma informação não é desleal.

O pastor sênior, médico, e conferencista internacional, Dag Heward-Mills, faz a seguinte declaração: “Eu encorajo as pessoas a fazerem perguntas. De fato, fico mais á vontade com pessoas que fazem perguntas e trazem contribuições. Fico muito desconfortável com pessoas que não têm nada a dizer ou a perguntar. Não é possível que você não tenha perguntas na mente. Deus lhe deu uma mente questionadora e que raciocina. Murmurar é uma má forma de falar”.

O bom e verdadeiro líder deve encorajar perguntas e fraquezas. Os murmuradores não acrescentam muita coisa. São pessoas descontentes e de coração amargurado. O murmúrio é apenas uma manifestação de sentimentos de ódio arraigados. Deus não confia em murmuradores, e nós também não devemos acreditar.

Observe que em (Números cap.14 vers.2,3,4,11) diz o seguinte: “Todos os israelitas reclamaram contra Moisés e Arão e disseram: Seria melhor se tivéssemos morrido no Egito ou mesmo neste deserto! Por que será que o SENHOR Deus nos trouxe para esta terra? Nós vamos ser mortos na guerra, e as nossas mulheres e os nossos filhos vão ser presos. Seria bem melhor voltarmos para o Egito! E diziam uns aos outros: Vamos escolher outro líder e voltemos para o Egito! O SENHOR Deus disse a Moisés: Até quando este povo vai me rejeitar? Até quando não vão crer em mim, embora eu tenha feito tantos milagres entre eles?”.

Os filhos de israel murmuravam contra Moisés em várias ocasiões. Murmurar é quase sempre um produto do medo. A lealdade não é compatível com o medo. Observe que em (1 João cap.4 vers.18) diz o seguinte: “O temor tem consigo a pena e a perfeita caridade lança fora o temor”.  Era como se os filhos de Israel estivessem com medo de Moisés devido aos sinais espetaculares e maravilhas que a ele estavam associados.

Não há necessidade de temer o seu líder. Seja franco e honesto com ele. Pelo fato de os filhos de Israel não se aproximarem de Moisés com franqueza, eles recorreram à murmuração, e isso trouxe maldição sobre eles. Murmurar é como um espírito maligno. A Bíblia nos ensina a não murmurar como os filhos de Israel o fizeram. Toda pessoa desleal será destruída. A deslealdade se manifesta por meio do murmúrio. Observe que em (1 Coríntios cap.10 vers.10) diz: “E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor”.

Murmurar é um espírito. Se você é líder, observe atentamente as pessoas que estão sempre murmurando e cochichando entre si. Elas falam umas às outras em voz baixa. Quando perguntadas sobre o que estão falando, elas dizem: “Oh, nada importante”.

Querídos líderes: Quando as pessoas murmuram, estão normalmente falando de você. A murmuração é como um câncer que não vai embora. Você deve livrar-se de todos os murmuradores do seu grupo. A murmuração destrói a pessoa e quem está ao seu redor. Aos poucos, esse espírito polui todos à sua volta. Você deve procurar não confiar em pessoas que se queixam, murmuram ou falam baixinho. Observe a reação de Deus às pessoas que se queixam e murmuram.

“E aconteceu que, queixando-se o povo, era mal aos ouvidos do SENHOR; porque o SENHOR ouvi-o, e a sua ira se acendeu, e o fogo do SENHOR ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial”. (Números cap.11 vers.1).

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MÚSICA NA IGREJA – UM MAPA PREOCUPANTE

Preletor: Lourenço Stelio Rega

Uma análise sobre a formação dos líderes

Há algum tempo tenho me preocupado com o mapa da situação da música em nossas igrejas e o cenário que tem se construído nos últimos anos. Muitos cursos de música sacra nos seminários têm sido encerrados ao longo desse tempo. Ao que me parece sobram apenas três seminários, dos maiores, que ainda oferecem alguma modalidade de cursos de música sacra (Seminário do Norte, Seminário do Sul e Teológica de São Paulo). Em Janeiro passado, fiz uma pesquisa entre pastores aqui no Estado de São Paulo e os resultados amplificam ainda mais as preocupações. Tentei fazer a pesquisa em nível nacional, mas isso não deu ainda certo. Espero que o novo presidente da Ordem de Pastores me consiga um espaço lá em Foz do Iguaçu para isso. A pesquisa aqui em São Paulo alcançou cerca de 13% de igrejas do Estado, representando algo em torno de 16 mil membros. Vejamos alguns dados apurados e alguns comentários iniciais:

– A igreja possui ministro de música? 69,7% responderam que não. Isso indica um campo aberto de oportunidades.

– Tempo em que a igreja tem ministro de música: de 1 a 5 anos: 37,5%; de 6 a 10 anos: 30%; de 16 a 20 anos: 2,5%; de 21 a 25 anos: 5%. A maior parte das respostas indica que a experiência da presença de ministros de música nas igrejas é recente, indicando também um bom espaço de oportunidades de trabalho.

– Se não há ministro de música, há alguém que dirige a área de música? 73% responderam que sim e, destes, 69,8% são os próprios membros da igreja. Por um lado, isso indica que as igrejas procuram solução dentro de seu próprio ambiente. Por outro, em termos de demanda, os seminários deverão se preocupar em alcançar o membro de igreja que deseja se preparar para melhor servir na área. Mas isso necessariamente não significa que a pessoa deseja ser um ministro de música sacra no sentido estrito da palavra. Em outras palavras, temos aqui um possível indicador de alteração de público-alvo para os cursos.

– Se a igreja não tem ministro de música, qual o nome adotado para a função? Coordenador do Ministério de Música, Diretor da Equipe de Louvor, Diretor de Música, Dirigente de Cânticos, Dirigente de Música, Líder de Louvor, Líder de Música, etc. Isso também pode indicar que, na ausência ou impossibilidade de se ter um ministro de música, as igrejas se amoldaram às soluções internas, isto é, se não é possível ter um ministro de música, quem pode fazer a área funcionar? A continuar essa situação, é possível estimar que a figura do ministro possa estar sendo substituída, pelo menos em termos de resultados, por outras funções. No caso, sem muito custo para as igrejas. Todas estas informações também podem ser sinalizadoras da alteração do público-alvo para nossos cursos de música.

– Se a igreja utiliza hinário, qual é o utilizado? Cantor Cristão 45% e HCC 38%. Interessante.

– Na liturgia da igreja normalmente há hinos (42,2%) e cânticos avulsos (55,5%). Isso pode indicar uma alteração para uma liturgia mais aberta ou mesmo contemporânea. Mais um sinalizador de alteração nos objetivos das igrejas quanto ao estilo de música.

– Qual o tipo de liturgia adotado pela igreja? Tradicional: 18,1%; contemporânea: 31%; aberta (sem restrições): 14,6%; mista: 33,9%. Mais um indicador de alteração no tipo de capacitação para pessoal que atua na área de música na igreja (veja que não utilizei a expressão “ministro de música”).

– A sua igreja tem: coro (31,2%); conjunto vocal (39,2); orquestra (8,9%).

– O pastor acha importante ter um ministro de música? 82,9% afirmaram que sim. Isso pode indicar a necessidade de maior qualificação para aqueles que atuam na área.

– Estes dados quantitativos foram obtidos com respostas alternativas objetivas. Os itens a seguir foram de respostas livres:

– Quais atitudes são esperadas de um ministro de música? Relacionamento; integração de pessoas; ser afinado com o ministério pastoral e com a Bíblia; transmissão do amor de Deus; integridade na conduta; comprometimento com a igreja, não apenas ser um especialista musical; organização; ser líder em sua família; apoiador e parceiro do ministério pastoral; pastoreio da área de música; liderança empática; interlocução.

– Quais afeições são esperadas: ser afável, agradável, paciente, amigável, dinâmico, carinhoso, brando, não arrogante, não elitista, tratável.

– Quais conhecimentos são esperados: Bíblia; teologia; eclesiologia; pastoreio; filosofia do ministério; músico como ensinador; música; variadas formas de música; equipar outros; liderar equipe; técnica musical; instruir outros ao serviço; ensinar o básico de instrumentos.

– O que se espera em geral de ministro de música? Que a igreja cresça por meio da música; que a igreja adore a Deus somente; ensinar adoração; formar conjuntos; cuidar do culto juntamente com o pastor; cultivar bom repertório; criar cursos de música; gestão da área de música; desenvolver projetos para a área musical; visitação aos membros da área de música; ampliar a visão da igreja na área de música e louvor.

Nestes últimos itens a ênfase não é propriamente com a música em si ou com o lado artístico do ministro, mas com a vida da igreja, com relacionamentos, com a convivência no ministério. Houve destaque também no cuidado em ser mais ministro e menos artista.

Isso pode indicar também profunda alteração na formação do ministro de música ou líder da área na igreja. A música como arte é importante, mas ficou demonstrado que mais importante é a vida e atitudes do ministro. Recentemente escrevi aqui nesta coluna um artigo intitulado “Síndrome de artista”, aplicado a qualquer tipo de líder, mas que pode lembrar perfeitamente este fenômeno.

Como foi possível demonstrar, está havendo alteração do perfil do público alvo para os cursos de música sacra. Assim, alterando-se o perfil do público alvo, há a alteração nos interesses, em consequência nos objetivos educacionais, tudo isso indica a necessidade de alteração na matriz curricular, estrutura e duração dos cursos de música sacra.

Neste sentido, há algumas variáveis que temos de considerar, entre elas: (1) o que as igrejas esperam dos alunos egressos dos cursos tem demonstrado ser diferente do que os seminários tem formado; (2) o que seria o ideal na formação destes egressos e que nem sempre as igrejas podem ter ciência. Isto para que possamos também gerar ideais futuros com segurança para as igrejas; e, (3) o nível técnico dos candidatos aos cursos de música.

Neste último item o que temos visto é que o nível técnico dos ingressantes deixa a desejar. Muitos tocam “por ouvido” ou por cifras. Mas, afinal, na prática para a igreja o importante é fazer as coisas funcionarem. Se a pessoa toca por cifras ou “por ouvido” pouco importa, se o som, a música “sai” e o povo pode cantar. Mas, do ponto de vista de atendimento, penso que isso é mais uma oportunidade que o seminário pode ter para oferecer capacitação e nivelamento aos candidatos. Em outras palavras é menos problema e mais solução.

Temos ainda que considerar o crescimento do uso de artes cênicas na igreja e outras alternativas que estão sendo descobertas.

No semestre passado, conversando com uma professora da área de música, lhe perguntei sobre a idade média mínima de participantes nos encontros periódicos de ministros de música. A resposta dela foi: cerca de 40 anos. Será que a figura do ministro de música está em fase de extinção? Será que as associações desta área não estão se ocupando em discutir o tema com profundidade e com dados de campo (do chão da igreja) para realimentar o ministério de música na igreja? Será que estão procurando diálogo com as ordens de pastores para lidar com o tema? Será que estão buscando meios para despertar novos ministros, novas vocações na área?

Com estes dados em mãos e buscando apoio e consultoria de alguns ministros de música que estão considerando estes novos cenários, aqui em São Paulo, na Faculdade Teológica Batista de São Paulo (Teológica), buscando manter a qualidade do curso, estamos num demorado e profundo processo de REINVENÇÃO do curso de música sacra, pois, não há mais como se manter um curso nos moldes tradicionais, ensinando música erudita, clássica, lírica, sem considerar estes novos cenários e as variáveis que acima alistei. Espero que consigamos algum resultado, antes de pensarmos em fechar também o curso de música. Pelo menos estamos tentando.

Pr. Lourenço Stelio Rega
Teólogo, educador e escritor

Data: 20/12/2011 08:25:08

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É correto Julgar, Expor o Erro e Citar Nomes?

 

Muitos [duvida%255B2%255D.jpg]hoje acreditam que é errado expor o erro e citar nomes. Liberais sempre pareceram pensar assim; em tempos recentes este pensamento anti-bíblico passou a ser amplamente abraçado por evangélicos [falamos em geral] e por pentecostais/ carismáticos. Agora estamos vendo esse mesmo erro fatal sendo proclamado e defendido por aqueles que dizem ser fundamentalistas crentes na Bíblia. Aqueles que são fiéis em expor o erro de acordo com a bíblia são agora denunciados e acusados de serem “sem amor” e “cultivadores de ódio”. Neste artigo queremos apresentar o ensino bíblico sobre este assunto de suma importância.

I. PRATICAR O JULGAMENTO BÍBLICO É CORRETO

Um dos versículos mais mal interpretados na Bíblia é: Não julgueis, para que não sejais julgados”. (Mt 7:1). Toda Escritura deve ser tomada em seu contexto, se quisermos adequadamente entender o seu verdadeiro significado. Nos versículos de 2 a 5 deste mesmo capítulo é evidente que o versículo 1 está se referindo ao julgamento hipócrita. Um irmão que tem uma trave em seu próprio olho não deve julgar o irmão que tem um argueiro no seu. A lição é clara, você não pode julgar outro por seu pecado se você é culpado do mesmo pecado.

Aqueles que se prendem ao Não julgueis, para que não sejais julgados”, para condenar aqueles que expõem o erro devem ler o capítulo inteiro. Jesus disse: Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas… (vers. 15). Como podemos conhecer os falsos profetas se não os julgarmos pela Palavra de Deus? Se conhecermos os falsos profetas, como podemos falhar em alertar o rebanho a respeito desses “lobos devoradores”? Por toda a Bíblia encontramos provas de que devemos os identificar e os expor.

Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. (vers. 16,17). Será que o Senhor Jesus quis dizer que não podemos julgar a árvore (pessoa), mas somente o fruto de sua vida e doutrina? Certamente não, pois você não pode conhecer sem julgar. Todo julgamento deve ser baseado no ensino bíblico e não de acordo com caprichos ou preconceitos.

Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça(João 7:24). Aqui nosso Senhor ordena que devemos “julgar segundo a reta justiça”, que é o julgamento baseado na Palavra de Deus. Se o julgamento é feito sobre qualquer outra base que não a Palavra de Deus, é uma violação a Mateus 7:1. O dicionário Webster diz que um juiz é “alguém que declara a lei”. O cristão fiel deve discernir (isto é, julgar) na base da inspirada lei de Deus, a Bíblia.

[julgar%255B5%255D.jpg]Um fornicário é descrito em 1 Coríntios 5:1-13. Paulo “julgou” (v.3), o homem, embora ele estivesse ausente, e disse à igreja em Corinto que eles “julgavam” (v.12) aqueles que estavam dentro. A palavra grega para “julgar” é a mesma aqui, como em Mateus 7:1. Paulo não viola Não julgueis, para que não sejais julgados, ao julgar o homem, nem ao instruir a igreja para julgar também. Toda esta decisão foi de acordo com a Palavra de Deus.

Uma pessoa que é capaz de discernir entre o bem e o mal tem pelo menos uma das grandes marcas da maturidade espiritual. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal (Hebreus 5:14). W.E. Vine fala do significado de discernir “uma distinção, uma discriminação clara, discernimento, julgamento, é traduzida como “discernir” em 1 Coríntios 12:10, de discernir espíritos, a julgar pelas provas de que eles estão mal ou de Deus”. Strong também concorda que os significados de julgar.

Aqueles que não estão dispostos ou que são incapazes de discernir ou julgar entre o bem e o mal estão desta forma revelando tanto sua desobediência quanto/ou sua imaturidade.

II. É CORRETO EXPOR OS FALSOS MESTRES

Hoje, os falsos mestres estão livres para espalhar suas doutrinas venenosas porque há uma conspiração de silêncio entre muitos crentes na Bíblia. Lobos em pele de cordeiro são, assim, habilitados a assolar o rebanho, dessa maneira destruindo a muitos.

João Batista chama os fariseus e saduceus (os líderes religiosos da sua época) uma “raça de víboras”(serpentes) (Mateus 3:7). Hoje, ele seria acusado de ser sem amor, cruel, e de não ser cristão.

Jesus disse aos fariseus religiosos, “Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca” (Mateus 12:34). Para muitos evangélicos e alguns fundamentalistas, isso seria uma linguagem inaceitável hoje, mas é uma linguagem bíblica e veio da boca do Filho de Deus.

Ao ficar cara a cara com estes falsos mestres, Jesus Cristo, o filho de Deus, os chamou de “hipócritas”, “guias cegos”,“cegos”, “sepulcros caiados”, “serpentes” e “raça de víboras” (Mateus 23 :23-34). No entanto, somos informados de que hoje estamos em comunhão com homens cujas doutrinas são tão antibíblicas como os dos fariseus. Alguns dos que dizem que eles são cristãos bíblicos insistem em trabalhar com católicos romanos e outros vários heréticos. No entanto, segundo muitos, não devemos repreendê-los pela transigência deles.

Perto do início de seu ministério, Jesus subiu a Jerusalém. E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambiadores assentados. E tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas; E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará (João 2:13-16). Nosso Salvador é hoje apresentado como aquele que era manso, humilde, bondoso e amoroso, até mesmo para os falsos mestres, mas isso é totalmente falso. Ao lidar com falsos mestres e profetas, Suas palavras eram fortes e Suas ações simples e claras.

Perto do fim do Seu ministério público, Cristo achou necessário purificar o templo novamente. A exposição das falsas doutrinas e práticas é um trabalho sem fim. Naquela época Ele disse: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões (Marcos 11:17).É diferente hoje? Os ladrões entram na casa de Deus, e roubam o povo de Deus da Bíblia e vendem suas Bíblias pervertidas. Ao mesmo tempo, esta malta de ladrões rouba o povo na doutrina da separação e na doutrina da santificação. Então você quase não pode dizer qual é o povo de Deus e o povo do mundo. Honestamente, não devem estes ladrões (falsos mestres) ser expostos?

Em nossos dias, esses falsos mestres vieram às igrejas com seus livros, literatura, filmes, psicologia e seminários, e transformaram a casa do Pai em um covil de ladrões. É tempo de homens de Deus se levantarem e exporem os seus erros para que todos os possam ver.

A BÍBLIA NOS ADMOESTA A DENUNCIAR O ERRO

DEVEMOS TESTÁ-LOS [pô-los à prova]. Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo (1 João 4:1). Toda a doutrina e seus ensinadores devem ser postos à prova de acordo com a Palavra de Deus. “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles (Isaías 8:20). Cada mensagem, mensageiro, e método devem ser julgados de acordo com a Palavra de Deus. A igreja de Éfeso foi elogiada por terem posto “à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos(Apocalipse 2:2). A igreja de Pérgamo foi repreendida porque seguia a doutrina de Balaão e a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio(Apocalipse 2:14,15). Nunca foi correto tolerar falsos mestres, mas eles devem ser julgados pela Palavra de Deus, e expostos. É claro que aqueles que querem desobedecer a Palavra de Deus vão procurar de todos os meios evitar esse ensino.

DEVEMOS NOTÁ-LOS E EVITÁ-LOS. E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles (Romanos 16:17). Aqueles que conduzem e ensinam de forma contraditória com a Palavra de Deus devem ser notados e evitados. Isto requer discernimento e decisão à luz da Bíblia. Os ecumênicos, os neo- evangélicos e os fundamentalistas transigentes e lenientes vão resistir a qualquer esforço para obedecer a Escritura. Eles não podem ser notados e evitados a menos que sejam julgados de acordo com a Palavra de Deus.

DEVEMOS REPREENDÊ-LOS. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé (Tito 1:13). Isto foi escrito a Tito, porque havia pessoas que iam de casa em casa subvertendo famílias inteiras com a falsa doutrina (v.10-16). Oral Roberts, Robert Schuller, Jimmy Swaggart, Pat Robertson, e outros estão subvertendo casas inteiras com sua falsa doutrina, hoje. Será que devemos nos sentar silenciosamente, enquanto eles fazem isso, sem repreender e admoestar as pessoas a evitar o seu ensino? Não, o fiel servo do Senhor deve reter “firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes (Tito 1:9).

NÃO DEVEMOS TER COMUNHÃO COM ELES. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as(Efésios 5:11). Reprovar significa censurar, condenar, criticar, repreender e refutar. Como podemos obedecer a Escritura, a menos que os julguemos pela Palavra de Deus?

NÃO DEVEMOS TRABALHAR JUNTAMENTE COM ELES. Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu (2 Tessalonicenses 3:6). Devemos nos afastar daqueles cuja doutrina e conduta não estão de acordo com a Palavra de Deus. O contexto mostra claramente que a obediência à sã doutrina é o que Paulo tem em mente, pois ele diz: “se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão(2 Tessalonicenses 3:14-15). Paulo admoestou Timóteo para afastar-se de quem não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade (1 Timóteo 6:3-5).

DEVEMOS NOS AFASTAR DELES. Referente aos últimos dias, Paulo diz que alguns terão “aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te, pois essas pessoas nunca podem chegar ao conhecimento da verdade (2 Timóteo 3:5,7). Como é que podemos nos afastar se não os identificarmos? E isto requer que a sua mensagem seja comparada com a Palavra de Deus. O objetivo do pregador verdadeiro é:pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina (2 Timóteo 4:2). Isso geralmente é uma tarefa ingrata e impopular, mas é o dever do homem chamado por Deus.

NÃO DEVEMOS RECEBÊ-LOS EM NOSSA CASA. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras (2 João 10,11). Não há dúvida sobre quem João está falando, é Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo …(V.9). Por rádio, televisão e literatura, os falsos profetas são levados para as casas de muitos cristãos de hoje. Irmãos, isto não deveria acontecer!

DEVEMOS REJEITÁ-LOS COMO HERÉTICOS. Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação,evita-o(Tito 3:10). Devemos rejeitar [por exemplo] aqueles que negam a redenção pelo sangue de Cristo. Há muitos que negam essa ou alguma outra doutrina da Palavra de Deus. Se eles não atenderem à admoestação, então devem ser rejeitados.

DEVEMOS ESTAR ALERTAS CONTRA AQUELES QUE PREGAM OUTRO EVANGELHO. Paulo advertiu sobre aqueles que pregavam “outro Jesus … outro espírito… outro evangelho (2 Coríntios 11:4). Como podemos conhecê-los, a menos que avaliemos, pela Palavra de Deus, o Jesus deles, o espírito deles, e o Evangelho deles? Paulo chamou esses pregadores de falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo (2 Coríntios 11:13). Ele explica v.14-15, que estes pregadores são os ministros de Satanás. Hoje, o homem chamado por Deus deve ser exatamente tão fiel assim, em expor os ministros de Satanás.

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Paulo advertiu os gálatas sobre aqueles que transtornam o evangelho de Cristo. Ele também disse: Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema (Veja Gálatas 1:6-9). Multidões hoje estão pregando um evangelho pervertido. Aqueles que ensinam a salvação através do batismo, ou por obras, estão ensinando um evangelho pervertido. Aqueles que pregam uma salvação que você pode perder estão pregando um evangelho pervertido. Os carismáticos/ pentecostais, os católicos, muitos evangélicos, e muitos fundamentalistas (?) estão pregando um evangelho pervertido. No entanto, [Deus] espera de nós [cada crente que queira ser fiel, queira crer e obedecer toda a Bíblia] que não cooperemos com eles no evangelismo e trabalho cristão, como muitos o fazem, hoje. Se não deixarmos de expor [denunciar os erros de] esses falsos profetas, então teremos traído Jesus Cristo e Seu Evangelho.

DEVEMOS NOS SEPARAR DELES. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei (2 Coríntios 6:17). Isto é muito simples. O povo de Deus sair da apostasia e do erro religioso. Como pode um crente na Bíblia permanecer em entidades e organizações como convenções, comunhões ecumênicas e apóstatas? Como podem permanecer entre evangélicos condescendentes e fundamentalistas sem real tutano?

III. É CORRETO CITAR NOMES
Muitos acreditam enganosamente que é errado denunciar o erro e citar os nomes dos culpados, mas eles estão errados de acordo com a Bíblia.

PAULO CITOU PEDRO PUBLICAMENTE. Pedro foi culpado de prática antibíblica. E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? (Gálatas 2:11-14). A questão toda gira em torno da salvação pela lei ou pela graça. Quando a integridade e a pureza do evangelho estão em jogo, então não temos escolha quando se trata da questão de expor os erros e dar nomes.

PAULO CITOU DEMAS POR AMAR O MUNDO. Porque Demas me desamparou, amando o presente século (2 Timóteo 4:10). Aqueles que abandonam a causa de Cristo para a vida mundana e seus prazeres devem ser expostos e seus nomes citados.

PAULO CITOU HIMENEU E ALEXANDRE. Paulo disse a Timóteo a militar por elas boa milícia; Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé. E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar(1 Timóteo 1:18-20). Os verdadeiros servos de Deus devem guerrear uma guerra boa, e citar os nomes daqueles que se afastaram da fé que uma vez foi entregue aos santos. Paulo não está aqui discutindo a fé da salvação, mas a fé como um sistema de doutrina. Estes homens fizeram naufrágio disto e Paulo os expôs e os chamou pelos seus nomes.

PAULO CITOU HIMENEU E FILETO. Ele disse a Timóteo “procura apresentar-te a Deus aprovado”, que ele deveria ser alguém que “maneja bem a palavra da verdade”. E continuou, dizendo: “Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto; Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns(2 Timóteo 2:15-18). A falsa doutrina derruba a fé de alguns, então aqueles que a estão proclamando devem ser expostos.

PAULO CITOU ALEXANDRE, O LATOEIRO. Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras. Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras (2 Timóteo 4:14-15). É claro que este não é um problema de personalidade, mas um problema doutrinário. Alexandre tinha se posicionado contra as palavras e a doutrina de Paulo. Ele era um inimigo da verdade. Pastores piedosos enfrentam o mesmo problema todos os dias. Eles defendem e proclamam a verdade, então os seus membros vão para casa e ouvem essa verdade discutida por pregadores carismáticos/pentecostais de rádio e TV. Muitas vezes estes falsos profetas enviam suas publicações para as casas dos membros das igrejas verdadeiras. Então, de acordo com muitos, o homem de Deus deve manter sua boca fechada. Mas somente um covarde vai ficar em silêncio quando a verdade da Bíblia está sob ataque.

JOÃO CITOU DIÓTREFES. Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe(III João 9). Ele relatou como este homem tinha tagarelado contra ele “palavras maliciosas” (v.10). Ele ainda disse: Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus(v.11). Não é errado citar os nomes daqueles cuja doutrina ou prática é contrária à Palavra de Deus.

Na verdade, toda a Bíblia está cheia de exemplos de falsos profetas sendo [publicamente] chamados pelos seus nomes e [publicamente] expostos [pública denúncia de seus erros]. Toda esta moderna conversa sobre o amor é usada como uma desculpa para não expor erro. Isto não é realmente bíblico, mas um [mero sentimentalismo- emocionalismo erroneamente chamado de] amor [que é espantosamente] fora de ordem [da Bíblia].

MOISÉS CITOU O NOME DE BALAÃO. (Ver Números 22-25). Pedro expôs o caminho de Balaão … que amou oprêmio da injustiça (2 Pedro 2:15). Balaão era um profeta que estava na obra por dinheiro, como a maioria dos falsos profetas que hoje aparecem na TV. Eles pedem dinheiro e vivem como reis, enquanto multidões de pessoas ignorantes enviam-lhes o seu dinheiro arduamente ganho. Eles estão sempre construindo escolas, hospitais, redes de televisão por satélite, parques de diversão que tem até uma lâmina d’água para Jesus. E então nós devemos manter nossa boca fechada sobre esses charlatões religiosos? Como podemos ficar em silêncio e ser fiéis a Deus?

Judas expôs o prêmio de Balaão (Judas 11). João expôs a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque alançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem (Apocalipse 2:14). Isso vai direto ao cerne da questão, sobre a doutrina da separação. Balaão nunca amaldiçoou Israel, embora ele quisesse o salário que lhe foi oferecido para fazê-lo. Os homens de Israel cometeram prostituição com as filhas dos moabitas … e inclinou-se aos seus deuses (Números 25:1,2). Por que eles fizeram isso? Porque Balaão ensinou Balaque a botar abaixo a barreira de separação entre os moabitas e os israelitas. Sabemos que isso foi assim porque é claramente afirmado em Apocalipse 2:14 e Números 31:16. Este pecado resultou em 24 mil homens de Israel morrendo sob o julgamento de Deus.

Os falsos mestres estão botando abaixo a barreira de separação entre o povo de Deus e a falsa religião. Existe muito pouco de pregação e ensino sobre a doutrina da separação. Balaão violou a doutrina da separação pessoal fazendo com que os homens de Israel cometessem fornicação com as mulheres moabitas. E ele violou a doutrina da separaçãoeclesiástica, fazendo com que os homens de Israel se curvassem diante de Baal. Isso trouxe uma maldição sobre Israel. Até voltarmos a ensinar a verdade sobre a separação pessoal e eclesiástica, podemos esperar que o caos continue generalizado e destruindo o que temos hoje.

Parece ser acreditado por muitos que <[publicamente] citadas [por nome] ou [publicamente] expostas. Homens em altas posições, pastores de grandes igrejas, e aqueles com grande audiência de rádio e TV, estão supostamente acima de qualquer crítica. O que eles possam fazer ou dizer, não importa quão contrárias à Bíblia seja, é supostamente tudo certo.>>      Nada poderia estar mais longe da verdade.

NATÃ IDENTIFICOU O HOMEM. Havia um homem em uma posição muito alta que era um adúltero secreto. Certamente este homem que ocupou o mais alto cargo na terra não poderia ser repreendido por um profeta humilde e impopular. Natã foi direto a presença de Davi,, revelou o pecado em forma de parábola, e então disse a Davi furioso, Tu és este homem (2 Samuel 12:7).

HANANI CITOU O NOME DO REI JOSAFÁ. Em muitos aspectos, Josafá era um bom rei, mas erroneamente ele se esqueceu praticar a separação religiosa. Ele fez seu filho casar com a filha do ímpio rei Acabe. (Ver 2 Crônicas 18:1; 21:1-6). Ele fez uma aliança com Acabe, e foi para a batalha de Ramote-Gileade com ele (2 Crônicas 18). Hanani disse[publicamente] ao rei Josafá: Devias tu ajudar ao ímpio, e amar aqueles que odeiam ao SENHOR? (2 Crônicas 19:2). Nós temos uma pergunta para aqueles que insistem em trabalhar com os carismáticos/pentecostais, os católicos e os membros de entidades ecumênicas: Devias tu ajudar ao ímpio, e amar aqueles que odeiam ao SENHOR?

Sim, é correto expor o erro e citar aqueles que estão no erro. É correto batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Judas 3). E como foi de uma vez para sempre entregue, nunca mais foi necessária uma revisão. É melhor tomar cuidado com falsos profetas… que introduzirão encobertamente heresias de perdição (2 Pedro 2:1). Mensageiros fiéis alertam as ovelhas dos hereges, e os identificam [publicamente denunciando seus erros] chamando-os pelos seus nomes. Não é suficiente apenas dar [discretas, tênues, sutis, quase invisíveis] pistas de suas identidades [pistas tão genéricas e elegantemente cifradas que apenas eles mesmos e os crentes mais atentos e experientes talvez entenderão, assim mesmo parcialmente], pois as jovens ovelhas não entenderão tais avisos [disfarçados, nublados e quase impossíveis de notar e entender], de modo que rebanhos [e mais rebanhos] serão destruídos por aqueles lobos.

Autor: Pr. E.L. Bynum
Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
[Hélio de Menezes Silva acrescentou alguns esclarecimentos, entre colchetes]