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PREDESTINAÇÃO E LIVRE ARBÍTRIO

TEOLOGIA

FOTO - PRESBITERIANO

Rev Nicodemos: Dizer que a predestinação não é bíblica é um erro

Por: Redação Creio

O assunto é polêmico e divide igrejas históricas e pentecostais. Respondendo a seminaristas na Escola de Teologia Charles Spurgeon o reverendo presbiteriano Augusto Nicodemos esclareceu sobre o Livre Arbítrio e a Predestinação. Ao ser questionado o escritor alega que o crente pode ficar confuso ao entender este ponto: “Você pode dizer que não entende a predestinação, mas dizer que ela não é bíblica você está errado”

Durante sua preleção ele apontou que existem duas coleções de versículos que aparentemente parecem contradizer uma a outra defendendo a Teologia da Predestinação e o Livre Arbítrio. “Uma longa lista de versículos dizem que Deus é soberano e determinou tudo o que existe, só que existe na mesma bíblica uma coleção de versículos que parecem atribuir o homem o Livre Arbítrio.Você fica confuso. Você pode dizer que não entende a predestinação, mas dizer que ela não é bíblica está errado. A Bíblia fala sobre predestinação e eleição até o fim falar que não é bíblica é fugir da força destas palavras.”

Citando versículos bíblicos ele faz uma proposta: “Nas Sagradas Escrituras Deus demonstra que não cai um passarinho que não seja a vontade D’ele. Imagine a salvação do pecador? A gente tenta combinar a soberania de Deus com o livro arbítrio e isto é impossível.” E complementa: “Ninguém vai pro céu sob a condição de acreditar na predestinação. Você é predestinado mesmo que não acredite. Pelo menos não diga que não é certo. É bíblica, a gente não sabe direito como resolver.”

Data: 3/11/2011

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DO QUE VOCÊ TEM MEDO?

Preletor: Robert Tamasy

Não estamos sozinhos, Deus promete sempre estar com os que confiam n’Ele

31 de outubro marca a observância do Halloween nos Estados Unidos, quando milhões de crianças e adultos vestem fantasias que vão de personagens de desenhos animados a bruxos e fantasmas. Parece que o objetivo deles é parecer o mais assustador possível.

Não precisamos de Halloween para experimentar medo. A vida cotidiana e o trabalho são suficientemente assustadores: terremotos, furacões, tsunamis ou a preocupação constante com incertezas da economia. Muitas coisas existem para nos tornar temerosos e ansiosos.

O medo influencia as altas e baixas do mercado de ações. A elevação ou queda da bolsa geralmente pouco tem a ver com o que realmente está acontecendo no momento. É fruto do que os “peritos” projetam, ou seja, o medo do que poderá ocorrer no futuro. Relatos noticiosos e rumores podem lançar o caos entre investidores em todo o mundo.

O que você mais teme? A perspectiva de perder o emprego? Queda dramática no volume dos negócios? Não recuperar rapidamente depois da queda das atividades? Ter um colega – e não você – escolhido para a ambicionada promoção? Perder alguém importante da equipe? Não encontrar um substituto para o lugar de alguém que deixou o quadro de funcionários?

Quando reconhecemos que uma circunstância está além do nosso controle e prevemos resultados indesejáveis, o medo é a resposta natural. Mas se pudéssemos ter certeza que as circunstâncias estão sob controle e são conduzidas por Alguém que tem em mente nossos interesses, isso minimizaria, ou até mesmo eliminaria o medo que experimentamos. Veja o que a Bíblia tem a dizer sobre medo e a forma de lidarmos com ele:

Não estamos sozinhos. Em tempos difíceis ou adversidades nosso maior medo é lidar sozinhos com as circunstâncias. Deus promete estar sempre com os que confiam Nele. “Não fiquem com medo, pois estou com vocês; não se apavorem, pois Eu sou o seu Deus. Eu lhes dou força e os ajudo; Eu os protejo com a Minha forte mão” (Isaías 41.10). “Eu nunca os deixarei e jamais os abandonarei” (Hebreus 13.5).

Temos um guia para tempos difíceis. É confortante sermos acompanhados por Alguém que conhece o ambiente e o contexto dos desafios que enfrentamos, do mesmo modo que o pastor conhece o terreno, por vezes perigoso, por onde conduz seu rebanho. “Ainda que eu ande por um vale escuro como a morte, não terei medo de nada. Pois Tu, ó Senhor Deus, estás comigo; Tu me proteges e me diriges” (Salmos 23.4).

Confiança é a melhor opção. Confiar na providência, proteção e provisão de Deus pode nos dar segurança de que, não importa o quanto o presente ou o futuro pareçam assustadores, não precisamos nos deixar vencer pelo medo ou desespero. “Pois o Espírito que Deus nos deu não nos torna medrosos; pelo contrário, o Espírito nos enche de poder e de amor e nos torna prudentes” (II Timóteo 1.7).

Data: 1/11/2011 09:35:07

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POR UM LIDERANÇA QUE SEJA CRISTÃ

LIDERANÇA

 

A igreja existe para ser um lugar de restauração e não descarte de vidas

Por: Vinícius O. S. Guimarães

Nesta última década muito tem se escrito sobre liderança, e tais escritos tem sido assimilado acriticamente pela cristandade evangélica. Contudo, seria no mínimo prudente arrazoar sobre uma releitura de tais ensinos que não poucas vezes tem se mostrado maléficos a Eclésia, e que indubitavelmente tem se despontado como danosos a vida cristã.

É axiomático que a Igreja precisa ser ensinada no que tange a liderança, porém e então, que esta seja invariavelmente uma liderança com princípios cristãos. Para tanto, faz-se necessário distinguir entre “liderança secular” e “liderança cristã”. Tal divisão é tão somente ilustrativa, não dualista, pois é notório que há princípios que comungam em ambos, entretanto, há aspectos que se tornam discrepantes demais ao ponto de se tornarem antagônicos entre si. 

A liderança secular ensina que a capacitação está automaticamente ligada a melhores salários, ou seja, quanto mais capaz, maior o salário. Não há espaço para altruísmos, os melhores funcionários sempre serão mais caros. Infelizmente, na igreja tal postura tem sido fortemente assimilada, onde os pastores (mesmo os que não são em tempo integral) insistem que é “justo” receberem um alto salário. Daí, os outros líderes também exigem que recebam altos salários sob ameaça de ir congregar em outro ministério em que há uma “gorda” remuneração. É triste perceber que as pessoas estão se vendendo para fazerem algo em prol do (“suposto”) Reino de Deus. Não quer dizer que não possa haver pessoas remuneradas dentro da igreja, contudo, é sábio criticar sobre o porquê se está remunerando.

Na liderança secular é extremamente necessário valer-se do temível artifício denominado “demissão”. O princípio é claro: seja por problemas financeiros, ou por conflitos interpessoais, ou principalmente por incompetência trabalhista lança-se mão das demissões como tentativa de realocar outros que atendam melhor as exigências da empresa. Contudo, deveria ser inadmissível haver demissões de obreiros que atuam no ministério de forma integral. Tristemente, já tem se tornado normal presenciar pastores que exercem a mais de 30 anos o ministério e, agora, simplesmente por serem rotulados de “velhos” estão sendo abandonados (literalmente demitidos). Não se pode demitir um obreiro, pois a igreja é responsável por todos aqueles que intencionalmente se juntam a família cristã. Não há funcionários, mas sim irmãos na fé. A Igreja existe para ser um lugar de restauração, ensino, tolerância e transformação, não um lugar de descarte de vidas.

Nos livros de liderança secular é costumeiramente normal verificar várias páginas abordando a temática da produtividade. Neste tipo de literatura o foco é apresentar técnicas e ferramentas de aumento na produção, sendo assim, a palavra de ordem é crescer. Para estes é inadmissível uma empresa ficar estática quanto ao ritmo de produção.  A igreja assimilou tal posição e sendo assim para muitos líderes eclesiástico o que importa é fazer a igreja crescer. Para muitos líderes pouco influi se as pessoas estão tendo a fé fundamentada em Jesus Cristo, pois afinal, o que vale é ter uma multidão no culto de domingo à noite. Daí não fica difícil encontrar “crentes populacionistas”, que são desapercebidamente fracos na fé, raquíticos na esperança e instáveis espiritualmente. Estes líderes eclesiásticos preferem esquecer que na Igreja é mais importante reproduzir (discipulado) que produzir (populismo).

Os artigos de liderança secular têm passado por uma péssima mutação ideológica, pois em sua grande maioria mais tem se parecido com textos de auto-ajuda e sendo assim a filosofia é somente “vencer”. Os ensinos de liderança secular têm sido banhados por palavras de positivismo e carregado de expressões com “energias boas”. Por isto, a palavra fracasso não faz parte do atual dicionário de liderança. Tristemente, a Igreja Brasileira também assimilou isto. Para muitos lideres eclesiástico a palavra “fracasso” tem sido sinônimo de possessão demoníaca, tal termo é quase que impronunciável nos púlpitos.

Entretanto, as grandes lições da vida não são aprendidas no pódio, mas nos acidentes de percurso. Portanto, privar líderes eclesiásticos do temível “fracasso” é fazê-los faltar na principal aula de liderança, aula esta que os tornará maduros e capazes para enfrentar as dificuldades oriundas da arte de liderar. Em termos de liderança eclesiástica vencer é importante, mas ser capaz de permanecer firme em tempos de fracasso é essencial.

Uma liderança cristã se dá quando se faz as releituras anteriores e observam-se cinco requisitos: 1) Caráter; 2) Vida devocional; 3) Vida familiar saudável; 4) Empatia; e 5) Visão de futuro. O caráter é fundamental na liderança cristã, pois exprime responsabilidade e confiabilidade. Lideres de caráter não se beneficiarão em detrimento de outros, não negociarão a fé pela fama e não comercializarão as ovelhas para os lobos. Vida devocional é outro princípio indispensável para a liderança cristã, pois representa a espiritualidade da pessoa.
A igreja está cansada de encontrar lideres que só são espirituais no domingo à noite, urge a necessidade de lideres que sejam cristãos no dia-a-dia. A vida familiar é imprescindível para aqueles que almejam liderar na Igreja, pois infelizmente tem sido fácil enganar as massas, contudo, torna-se impossível manter as máscaras em casa, portanto faz-se necessário ser primeiramente cristão em casa. A empatia é essencial para que líderes cristãos não sejam egoístas e medíocres, mas sim solidários e companheiros. Por fim, cabe ao líder cristão ter visão de futuro e não somente soltar a igreja como se fosse um barco no oceano sem rumo, precisa-se planejar e organizar intencionalmente as ações da igreja e submetê-la sempre a soberana vontade de Deus.
www.tocandoasnacoes.com

Data: 1/11/2011 09:14:28