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NÃO ESPANTE – JESUS EM CARNE NO SÉCULO XXI. AO VIVO!

 

| autor: Pr. Luiz Fernando

O afastamento da Palavra e de uma boa teologia nos proporciona as mais diversas manifestações no meio gospel. Digo gospel porque no meio evangélico (fiel à Palavra) isso não acontece ou quando acontece não é de forma exacerbada. O caso que vemos neste vídeo ultrapassa os limites da normalidade e invade o campo da insanidade. Qualquer terapeuta classificaria como distúrbio mental sério. Temos em vários sanatórios e clínicas psiquiátricas pessoas com distúrbios mentais seríssimos dizendo ser Deus, Jesus Cristo, Gengis Khan, Napoleão etc. Ali estão e ali permanecerão porque estão fora da realidade e vivem em um mundo totalmente fantasioso e próprio. Todos devem se curvar diante deles porque são os maiores, megalomaníacos.

Gostaria de ponderar sobre alguns dos 12 decretos pronunciados pelo Papa gospel:

1 – Logo de cara vemos o absurdo de trazer para si o peso da profecia de Isaias 61 que se referia unicamente ao Salvador e Senhor Jesus Cristo. O próprio Cristo reivindicou para si está profecia e seu cumprimento. Somente Ele poderia fazer isto. O texto de Isaías foi pronunciado aproximadamente 700 anos antes da vinda do Messias e era profecia sobre o Messias. Agora nos aparece um quase lunático dizendo que o que era próprio do Messias diz respeito ao ano de 2011e as seus falsos decretos. Que uma coisa fique bem clara: tais profecias e revelações são heresias grotescas e coisas da mente humana. Somente pessoas doentes espiritualmente e divorciadas da Palavra proporcionam tais aberrações. A Palavra nos alerta para: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação”. I Pe. 1:20. Ninguém pode interpretar a Palavra de acordo com seus achismos. A compreensão das Escrituras não é deParticular Interpretação. James Moffatt traduz assim: “nenhuma Escritura profética permite que o homem a interprete por si mesmo”. O que o apóstolo Pedro enfatiza é que a interpretação das Escrituras requer mais do que conhecimento humano, porque as Escrituras não vieram por vontade humana, mas foram inspiradas pelo Espírito Santo. (1)

Também Pedro faz uma censura àqueles mestres que indo além das Escrituras criam artificialmente teorias místicas. (2)

No cap. 02:1-3 desta mesma carta Pedro nos adverte sobre os falsos mestres: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita”.

Pedro nos diz que a profecia não é do próprio entendimento, descobrimento, procedência e inspiração. O paralelo do Ver. 16 demonstra que interpretação particular ou privada corresponde a fábulas inventadas de sabedoria ou artificialmente compostas. (3)

Há uma máxima de Charles Haddon Spurgeon, o príncipe dos pregados: “Depois de interpretar uma passagem das Escrituras, confira se sua interpretação é coerente com as que os grandes teólogos fizeram antes de você”.

Este senhor que apresenta estas heresias basta a si mesmo.

2 – Logo após vem uma maravilha de interpretação: As profecias de Isaías confirmadas em Lucas dizem respeito a 12 decretos de Deus para o ano de 2011. Nunca vi nada igual!!! Para fundamentar uma pseudo-revelação o pregador mutila a Palavra de Deus e faz joguete dela com suas mãos e vontades. Ai vem um convite para que o povo grite provocando uma aceitação tácita deste imbróglio. Sempre é assim, aplicam psicologia de massa para validarem suas grotescas afirmações. A afirmação que o povo deveria aceitar os 12 maravilhosos decretos de Deus em tudo simplesmente aponta para uma obediência incondicional daquilo que vier da boca do “representante de Deus”. Deus vai mandar em tudo. Que afirmação doentia. É claro que Ele manda em tudo caso contrário não seria Deus. Mas acho que o mandar não virá de Deus, mas do homem. Segundo o pregador a igreja não manipularia a palavra, mas o que ele fez com as profecias referentes ao Messias foi exatamente o contrário do que falou. Mas o engano vem sempre misturado com algum tipo de verdade.

3 – O pregador afirma que haverá uma grande colheita, isto implica em salvação para todos os que estão se relacionando com o povo que o ouve. Ele está garantindo salvação para todos os que estiverem dentro âmbito dos ouvintes.

Tal afirmação rouba de Deus sua soberania. Salvação não vem por decreto de homem falido, mas pela vontade soberana de Deus. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”. Ef. 2:8-9

Ninguém tem autoridade para dizer que todos serão salvos, pois, Deus mesmo não salva a todos. Se você que lê este texto for arminiano ou calvinista chegará a mesma conclusão que eu. Se o homem rejeita a salvação (arminianismo) ou a Graça não é destinada ao não eleito (calvinismo) temos o mesmo final: Nem todos serão salvos.

É muita presunção do homem querer tomar o lugar de Deus. Chega ao limite de perder o respeito pelo Deus da Palavra e pela Palavra de Deus.

4 – Eis os 12 decretos de Terra Nova:

1. Todos seus parentes, e aqueles em sua geografia (exatamente isso!), serão salvos;

2. Todos serão libertos;

3. Você liberará consolo, você será o consolador;

4. Deus irá fazer vingança contra todos os nossos inimigos;

5. Remover lutos – você ressuscitará pessoas;

6. Receber coroa de glória, Deus lhe dará honra dupla;

7. Ser ungido com óleo de alegria. Virá uma unção sobrenatural sobre você (Hb 1.8-9);

8. Todos serão curados;

9. Você pregará a todos;

10. Será a maior colheita de todos os tempos;

11. Será possuído com o espírito de alegria;

12. Deus lhe chamará de carvalho de justiça – nada lhe destruirá.

5 – Dentre as várias bizarrices apresentadas temos um conflito de poder instalado na fala do pretenso papa gospel. O Senhor Jesus aceitou a profecia de Isaías 61 como referente à sua pessoa. Agora, o Terra Nova reivindica tal profecia para seus decretos, então fica a pergunta: Quem está com a verdade? O Senhor Jesus ou Terra Nova?

Aqui não existe decisão a ser tomada. Seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso. Isso implica na falsidade das declarações do “patriarca” do Brasil. Isso implica em desvio e deturpação da Palavra de Deus. Isso implica em soberba e mais soberba e é bom lembrar o que a Palavra nos alerta: “A soberba precede a queda’”.

6 – Esta afirmação que está no vídeo chega a causar vômito: O pregado cita Hebreu 1:8-9; “Mas, do Filho, diz: O Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de equidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros”.

O texto é tão claro que chega a gritar: Mas, do Filho, diz:

Nunca isso pode ser aplicado a membro de igreja. É uma total deturpação da Palavra. Mas o que esperar de uma pessoa como está a não ser aberrações e vergonha?

7 – Termino com uma constatação. Sempre o patriarca pede um grito de vitória ou libertação. Já não existe mais argumentação fundamentada na Palavra nem na teologia, mas somente gritos e gritos e mais gritos. Anula-se a razão e exacerba-se a emoção. A música sempre aumenta no clímax das afirmações. Isso anula o raciocínio e impede o povo de pensar. Isso são artimanhas de homens para impor vontades de homens.

NÃO. NÃO. NÃO. A igreja precisa dizer NÃO a estas bizarrices e sandices. Chegou o momento de pessoas sérias abrirem suas bocas e mentes e repudiarem conscientemente essas coisas grotescas.

QUE O JUÍZO DE DEUS COMECE EM SUA CASA.

Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

(1) Comentário Bíblico Broadman – Vol 12 – Juerp
(2) Comentário Bíblico Moody – Vol. 05 – Imprensa Batista Regular
(3) Comentário Exegético y Explicativo De La Bíblia – Fausset e Brown – Casa Bautista de Publicaciones

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Um cântico ao Senhor

 

Imagem do avatarPor Joao Maria Soares (perfil no G+ Social) em 21 de abril de 2011
Fonte G+

UM CÂNTICO AO SENHOR (Salmo 40)
Este Salmo é uma demonstração do poder de Deus na vida de quem o reconhece e o busca, o resultado das bênçãos recebidas é um cântico elevado ao SENHOR
1 Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.. 2 Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos. 3 E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR.

Depois de um longo período de espera o salmista foi ouvido e livrado de grande problema( enfermidade ou outro problema que lhe levaria a morte). Depois do estresse da iminência da morte e o livramento de Deus o salmista Davi cantou este Salmo de confiança em Deus, salientando sua bondade e misericórdia.
Estes Três primeiros versos mostram o que Deus faz para quem nele espera: Deus o ergue da lama do pecado, ou da doença, Deus o purifica dessa lama, Deus o estabelece, Deus o sustenta e harmoniza em Salmo de alegria
4 Bem-aventurado o homem que põe no SENHOR a sua confiança, e que não respeita os soberbos nem os que se desviam para a mentira.
5 Muitas são, SENHOR meu Deus, as maravilhas que tens operado para conosco, e os teus pensamentos não se podem contar diante de ti; se eu os quisera anunciar, e deles falar, são mais do que se podem contar.
As maravilhas que Deus opera é grande demais para serem descritos e numerosos demais para serem contados. Só conhecemos as migalhas das maravilhas de Deus e estas são mais do que pudemos suportar é feliz aquele que confia no Senhor

6 Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste. 7 Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de mim está escrito. 8 Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração. 9 Preguei a justiça na grande congregação; eis que não retive os meus lábios, SENHOR, tu o sabes. 10 Não escondi a tua justiça dentro do meu coração; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação. Não escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade. 11 Não retires de mim, SENHOR, as tuas misericórdias; guardem-me continuamente a tua benignidade e a tua verdade.
Davi olha além do sistema sacrifical, ainda operante nos seus dias, colocando como inaceitáveis os quatro sacrifícios básicos enuncias no verso seis( Sacrifício de oferta, holocaustos e expiação), para apresentação da verdadeira gratidão e louvor, Hebreus 10. 5.7 apresentam esse trecho para mostrar que Cristo é a única solução para salvar o pecador definitivamente, daí a expressão de louvor do salmista, olhando o futuro.
É esta bondade de Deus que motiva a nossa gratidão, que se expressa não somente em obras, como também em palavras, em primeiro lugar Deus pede-nos a obediência e só depois nosso sacrifício (I Sm. 15.22-23). O exemplo supremo dessa obediência é o Senhor Jesus Cristo, a quem a epistola Aos Hebreus relaciona estes versículos (Hb.10.5-9). Devemos praticar a retidão, antes de exigir que outras pessoas sejam retas. Nota-se o tema dos sermões de Davi: tua justiça; tua fidelidade; tua salvação; tua graça; tua verdade

12 Porque males sem número me têm rodeado; as minhas iniqüidades me prenderam de modo que não posso olhar para cima. São mais numerosas do que os cabelos da minha cabeça; assim desfalece o meu coração.
13 Digna-te, SENHOR, livrar-me: SENHOR, apressa-te em meu auxílio.
14 Sejam à uma confundidos e envergonhados os que buscam a minha vida para destruí-la; tornem atrás e confundam-se os que me querem mal.
15 Desolados sejam em pago da sua afronta os que me dizem: Ah! Ah!
16 Folguem e alegrem-se em ti os que te buscam; digam constantemente os que amam a tua salvação: Magnificado seja o SENHOR.
17 Mas eu sou pobre e necessitado; contudo o Senhor cuida de mim. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus.

O tema dos versos 12 á 17 muda em relação aos anteriores, dando a impressão que é outro poema que por motivo desconhecido foi anexado ao outro, este é um pedido de auxilio9 urgente, pois o salmista encontra-se em aperto, o importante daqui é que ele reconhece sua incapacidade e limitações, mas que está sob os cuidados do Senhor, ele afirma que o SENHOR é o seu auxilio e libertador
Em qualquer circunstância, sob qualquer pressão, devemos estar confiantes de que DEUS não nos perde de vista em nenhum momento.

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A Páscoa Judaica e a Páscoa Cristã

Páscoa Judaica e Páscoa Cristã

Por vezes temos o costume de dizer que a Páscoa é o Pessach da tradição judaica, mas estamos a confundir as coisas, porquanto o nome de “Páscoa”, apesar de ser a tradução do original “Pessach”, que veio a ser adaptado para as celebrações da Páscoa cristã, suscita alguma confusão.

Este nome veio a ser adaptado porque os novos Cristãos também eram descendentes de judeus tal como acontecia com Cristo, sendo esta uma forma de a tradição judaica ser mantida.

Os judeus celebravam este grande evento da religião judaica e o mesmo acabou por fazer a Igreja Católica, à posteriori, pois tornou na maior celebração do catolicismo a associação da morte e ressurreição de Jesus Cristo com o Pessach, ou seja, associou a morte e ressurreição, de acordo com a cultura cristã, do primogênito de Deus, à celebração da passagem do Mar Vermelho na fuga da escravidão do Egito.

Hipotéticamente, a morte de Jesus Cristo terá acontecido em 14 de Nissan, que é o dia do início de Pessach. Será que a última ceia de Cristo teria sido um Seder de Pessach? Não há provas que o fosse.

A pascoa é a celebração judaica que recorda a morte dos primogénitos do Egito e a libertação e êxodo dos Israelitas para a Terra Prometida. O nome deriva da palavra hebraica que significa “a passagem do anjo exterminador, sendo poupadas as habitações dos israelitas, cujas portas hajam sido aspergidas com o sangue do cordeiro pascal (Ex.12:11-27)”

Designa-se como a “páscoa do Senhor”, a “festa dos pães asmos – ou ázimos “(Lv.23:6,Lc.22:1), os dias dos “pães asmos” (At.12:3,20:6). A palavra “páscoa” é aplicada não apenas à festa no seu todo, mas também ao cordeiro pascal, e à refeição preparada para essa ocasião solene. (Lc.22:7,1; Co. 5:7; Mt. 26:18-19; Hb.11:28).

Quanto à sua instituição, a melhor maneira para se observar a Páscoa é a seguinte: – o mês de saida do Egito (nisã-abibe) deveria ser o primeiro mês do ano sagrado ou eclesiástico; e no 14º. dia desse mês, entre a declinação do sol e o seu ocaso, os israelitas deviam matar o cordeiro pascal e abster-se de pão fermentado. No dia seguinte, o 15°, contado a partir das 6 horas do dia anterior, principiava a grande festa da pascoa, com a duração de 7 dias, mas apenas o 1° e o 7° dias eram solenizados de forma particular.

O cordeiro morto não podia ter defeito, tinha de ser um macho de 1° ano. Quando não fosse encontrado o cordeiro, os israelitas podiam matar um cabrito. Naquela mesma noite o cordeiro, tinha de ser comido assado, acompanhado de pão asmo e de uma salada de ervas armagas. Não devem ser quebrados os ossos. Se ficava alguma coisa para o dia seguinte, era queimada. Aqueles que comiam a páscoa deviam estar na posição de viajantes, cingidos os lombos, com os pés calçados, ter os cajados na mão e alimentarem-se apressadamente.

Durante os 8 dias da páscoa não se comia pão levedado, embora fosse permitido preparar a comida, que só era proibido fazer-se no dia de Sábado. (Ex.12).

A páscoa era uma das 3 festas em que todos os varões tinham de “aparecer diante do Senhor” (Ex.26:14-17). Era tão rigorosa a obrigação de se guardar a páscoa, que todo aquele que a não cumprisse era condenado a morte (Nm.9:13); mas aqueles que tinham qualquer impedimento légitimo, como seriam a jornada, a doença ou a impureza, tinham de adiar a celebração até ao 2º. mês do ano eclesiastico, o 14° dia do mês iyyar (Abril e Maio) .

Fonte www.estudosgospel.com.br