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Pulseiras holográficas e o poder da sugestão

 

por Carlos Orsi

Seção: FILOSOFANDO/Estadão.com

12.novembro.2010 09:06:19

Recebi uma sugestão de escrever algo a respeito das pulseiras Power Balance, que vêm com um holograma e que teriam algumas propriedades “quânticas” ou “energéticas” que ajudariam o corpo do usuário a desenvolver mais resistência e equilíbrio.

O assunto, no entanto, já foi muito bem tratado pelo Ceticismo Aberto, pela Vejinha e até pelo Fantástico, entre outros.

Resumindo: não há nenhuma base para as alegações de que a pulseira ajuda a manter o equilíbrio ou aumenta a resistência física (até a Anvisa andou reclamando da propaganda do produto). O holograma que aparece na pulseira é do mesmo tipo que existe nos cartões de crédito. Testes científicos cuidadosos, como um realizado na Espanha, mostram que não há efeito algum sobre o equilíbrio.

Toda a argumentação científica, no entanto, talvez não seja suficiente para convencer algumas pessoas, diante do grande número de testemunhos favoráveis dados por atletas e celebridades a respeito dos efeitos maravilhosos da pulseira, e dos vários vídeos de testes em que uma pessoa, com os braços esticados, é facilmente desequilibrada quando está sem o adereço, e se mantém firme como uma rocha quando o utiliza.

O teste me lembrou um truque descrito no livro Secrets of the Amazing Kreskin, escrito por George Joseph Kresge, que teve o nome mudado legalmente para The Amazing (“O Espantoso”) Kreskin. Ele é um mágico mentalista — isto é, especializado em truques que simulam feitos como telepatia, clarividência, hipnose, como na série de TV The Mentalist.

Kreskin, em uma antiga foto publicitária

Em seu livro, escrito num tom de autoajuda, Kreskin descreve algumas técnicas que usa para preparar seus truques e, mais especificamente, como é importante sugestionar corretamente os voluntários que sobem ao palco para contracenar com ele. Resistência física e equilíbrio, escreve o mágico, são especialmente suscetíveis à sugestão.

Mas eu estava falando de um truque específico, muito parecido com os testes da pulseira.

Nele, Kreskin estica um braço para o lado, e pede  a um voluntário que tente movê-lo como se fosse uma alavanca, para cima e para baixo. O braço se move facilmente. Ele então anuncia que vai usar seus poderes para congelar o braço no lugar, e pede ao voluntário que tente outra vez. Não importa o quanto o participante se esforce, o braço se mantém rígido e em posição.

Parte do truque depende da mecânica exata da forma como o braço é manipulado pelo voluntário, mas o mais importante, segundo Kreskin, é a criação “da imagem de que o braço está pregado no lugar”. “Visualize uma viga de aço contínua, sólida, inflexível, curvada em ângulo reto para dar forma ao braço estendido, ombro e lateral do corpo”, escreve o mágico. “Ela é tão incapaz de ceder quanto um bloco de granito”.

Claro, o efeito não pode ser mantido indefinidamente, mas dura o bastante para impressionar a plateia.

Dando um exemplo um pouco mais científico do poder da sugestão: em 2003, umestudo realizado na Nova Zelândia deu a cada um dos membros de um grupo de pessoas um copo de água tônica — mas metade dos participantes acreditava que havia vodca misturada ao refrigerante. Depois, todos assistiram a um filme. Os que pensavam que haviam bebido vodca tinham uma lembrança mais distorcida do filme do que os que pensavam que só haviam tomado tônica. E não só mais distorcida, como também se sentiam muito mais confiantes de que suas lembranças erradas estavamcertas — típicos bêbados chatos.

Como escreve o psicólogo americano Benjamin Radford, “não se trata de controle da mente sobre a realidade, mas de controle da mente sobre a percepção”.

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Biólogo brasileiro "cura" célula autista com droga experimental

2010 – 10h47

 

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RAFAEL GARCIA
EM BOSTON

O biólogo que reproduziu o comportamento dos neurônios de crianças autistas em um pires de laboratório anuncia agora um passo crucial em seu trabalho.

Em estudo publicado nesta sexta-feira, o brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, descreve como "curou" um punhado de células defeituosas com uma droga experimental.

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Ao recriar neurônios a partir de células retiradas da pele de crianças com uma síndrome de autismo genética, Muotri identificou características da doença independentes do sintoma comportamental, observando as células vivas em microscópios.

"Isso sugere que a técnica tem um potencial de diagnóstico", diz. "É a primeira descrição de um modelo humano que recapitula uma doença psiquiátrica."

O biólogo é cauteloso, porém, quando questionado sobre se seu trabalho é a descoberta de um tratamento para o autismo. A droga usada no experimento, a IGF-1, altera os níveis de insulina no organismo, e pode levar a uma série de efeitos colaterais indesejados caso seja administrada no sistema nervoso de pessoas normais.

Mesmo que a descoberta de um medicamento adequado possa levar décadas, Muotri se diz otimista. Ele está elaborando testes com uma série de outras drogas em um sistema robótico de experimentação, como o que empresas farmacêuticas usam.

"Não acho que uma droga conseguiria consertar tudo, no caso de alguém que tenha desenvolvido um problema de cognição e memória mais profundo. Mas mostramos que é possível reverter o estado desses neurônios em grande medida." As descobertas ganharam a capa da prestigiosa revista "Cell".

Editoria de Arte/Folhapress

SÍNDROME DE RETT

No estudo com células, reprogramadas, ele usou material biológico de crianças portadoras da síndrome de Rett, uma das variantes mais graves das várias doenças designadas como autismo.

Essa condição é causada pelo defeito em um único gene, o que facilita seu estudo em laboratório, mas não é representativa de todas as outras síndromes do autismo.

"Nós não sabemos ainda, porém, por que esse gene causa autismo quando sofre mutações", diz. Se for possível descobrir o mecanismo por meio do qual a doença se desenvolve, talvez seja possível entender a biologia dos casos esporádicos de autismo, que aparentam ter uma relação muito mais complexa com a genética.

Para isso, Muotri está estudando também neurônios reprogramados a partir de células da pele de crianças com outros tipos de autismo.

A técnica que ele usa para criar neurônios a partir de células é a mesma inventada pelo japonês Shinya Yamanaka, que reverteu células adultas a um estágio de desenvolvimento similar ao de células-tronco embrionárias.

Em menos de três anos, essas células –conhecidas pela sigla iPS– se tornaram uma ferramenta tão popular na biologia experimental que Yamanaka já é visto como candidato ao prêmio Nobel.

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Cientista usa física quântica para provar que Deus existe

 adaoARIADNE ARAÚJO

colaboração para a Livraria da Folha

Deus existe e a ciência está descobrindo evidências de sua existência. Quem afirma é Amit Goswami, filho de um guru hinduísta e hoje referência mundial em estudos que buscam conciliar ciência e espiritualidade. Mas, para esse pós-doutor em física quântica, não se trata do conceito popular de Deus, o poderoso imperador em um trono no céu, a distribuir curas, perdões e castigos. O Deus a que ele se refere pode ser chamado de consciência quântica, mas há quem prefira campo quântico ou campo akáshico.

Divulgação

Amor é a maior evidência da existência de Deus, diz livro

Amor é a maior evidência da existência de Deus, diz livro

Em “Deus Não Está Morto” (Aleph), ele afirma que, para começo de conversa, há muito mais do que matéria no universo ao contrário do que pensa a ciência tradicional. Segundo Goswami, tão antiga quanto o homem, essa questão até então não resolvida encontra agora respaldo científico e pode ser demonstrada a partir da evidência de uma consciência maior, com poderes causais, ou seja, de intervenção, e um corpo sutil, não material.

O problema, segundo Amit Goswami é que a fundamentação da existência divina está na física quântica, o que para a maioria é como ouvir grego. Por isso, diz ele, a mensagem demora a penetrar nas consciências. O objetivo do livro, então, seria acelerar essa nova aceitação de Deus e incentivar a que se demonstrem essas evidências também no âmbito da ciência tradicional. Para isso, Goswami compra briga com os que ele chama céticos, representados pelo cientista materialista, o teólogo cristão e o filósofo ocidental.

Para tentar entender mais o tema, afivele o cinto de segurança. Já sabemos, o Deus de que Goswami fala é a consciência quântica. Na física quântica, os objetos não são coisas determinadas. São, na verdade, possibilidades dentre as quais a consciência quântica, Deus, escolhe uma. A escolha de Deus, então, transforma essa possibilidade quântica em evento real, experimentado por um observador. Segundo o autor, isso já foi comprovado por experimentos objetivos, tanto no mundo micro como no macro.

De acordo com o livro “Deus Não Está Morto” , o amor é uma das qualidades divinas e, assim, a maior evidência da existência de Deus. Para Goswami mundialmente conhecido ao expor suas ideias no filme What the bleep do we know?, ou, Quem somos nós? – a hipótese quântica de Deus resolve de uma só vez todos os mistérios ainda não solucionados da biologia, como a origem da vida, a evolução, os sentimentos (como o amor) e a consciência. Além disso, coloca a ética e os valores em seu devido lugar: “no centro de nossas vidas e sociedades”.

medrado. perfil

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.