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O SENHOR nos quer matar em Cristo?

 

Posted: 24 Sep 2012 08:02 PM PDT

Banco da Fé – 25 de setembro

“Se o SENHOR nos quisesse matar, não aceitaria da nossa mão o holocausto e a oferta de alimentos, nem nos mostraria tudo isto, nem nos deixaria ouvir tais coisas neste tempo.” – Juízes 13:23

Essa é um tipo de promessa deduzida pela lógica. É uma inferência extraida validamente de fatos comprováveis. Não era provável que o Senhor tivesse revelado a Manoá e a sua mulher que lhes nasceria um filho e, no entanto, que tivesse em Seu coração o propósito de os destruir. A mulher raciocinou bem, e fariamos vem se seguíssemos sua linha de argumentação.

O Pai aceitou o grandioso sacrificio do Calvário, e declarou que está muito comprazido com ele; e como poderia agora ter a intenção de nos matar? Por que existitia a necessidade de um Substituto se o pecador deve morrer? O sacrifício aceito de Jesus coloca um fim ao temor.

O Senhor nos mostrou nossa eleição, nossa adoção, nossa união com Cristo, nossas bodas no Amado: como poderia agora nos destruir? As promessas estão carregadas de bençãos que exigem que sejamos preservados para vida eterna. Não é possivel que o Senhor nos rejeite e, no entanto, que cumpra com Seu pacto. O passado nos assegura, e o futuro nos reassegura. Não morreremos, mas sim viveremos, pois temos visto a Jesus, e Nele temos visto ao Pai por meio da iluminação do Espírito Santo. Por causa desse olhar que gera vida, temos de viver para sempre.

Tradução: Projeto Spurgeon

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O que é escatologia bíblica?

 

Posted: 13 Sep 2012 09:51 PM PDT

 

Em Lucas 21.36 está escrito: Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e possais estar em pé na presença do Filho do Homem" (ARA). Este versículo bíblico afirma que devemos vigiar e orar para escapar dos juízos divinos contra o mundo.
Como fazer isso? Estudando escatologia. Ao estudá-la, faça isso em oração e pedindo ao Senhor que ilumine o seu entendimento.
O que escatologia?
A escatologia bíblica utiliza a Ciência da Metodologia Indutiva, para chegar à verdade revelada da Palavra de Deus contida nos escritos originais, em hebraico e grego . Assim, transpõe as barreiras culturais e linguística de mais de dois mil anos. Leva em consideração a linguagem distinta do texto bíblico, pesquisa a cultura diferente que existia na época em que o texto foi escrito. Analisa imagens, símbolos e metáforas, com a finalidade de elucidar quais textos usam mensagens literais e simbólicas.
Escatologia bíblica é a doutrina que lida com as “últimas coisas” relacionadas a Cristo e a Igreja, por meio da soberania de Deus, "segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor" (Efésios 3.11). A palavra tem raiz no idioma grego: “eschatos” (último); “logos” (estudo). Fazendo uso de análise exegética das Escrituras Sagradas, estuda todas as nossas crenças cristãs quanto ao fim dos tempos. A matéria ensina sobre os eventos que estão para começar a acontecer a qualquer instante. Aborda a vinda de Cristo e o que isso acarretará para a humanidade (os salvos, os não salvos e os judeus).
Expressões bíblicas escatológicas: “últimos dias” (Isaías 2.2; Miquéias 4.1); “últimos tempos” (1 Pedro 1.20) e “última hora” (1 João 2.18).

A escatologia faz uso das profecias.

De Gênesis à Apocalipse a Bíblia está cheia de profecias. Quem quiser entender corretamente as profecias da Palavra de Deus, deverá seguir as diretrizes teológicas, que representam parâmetros importantes aos estudiosos das Escrituras Sagradas.
O que é profecia? A palavra grega para profecia é “propheteia”, originárias de duas outras palavras gregas, pró (para frente) e “phemi” (falar). Significa falar a respeito da mente e do conselho de Deus. Por esta definição entendemos que a Escritura em certo sentido é profecia.
Eventos escatológicos
1 Tessalonicenses 4.16-17: O que acontecerá no Arrebatamento da Igreja;
2 Coríntios 5.10: O Tribunal de Cristo;
Daniel 9.25-27: Quanto tempo durará a Grande Tribulação?
Zacarias 14.4: Jesus voltará a Terra outra vez? Sim!
Apocalipse 20.11-15: O que a Bíblia diz sobre o Juízo Final;
2 Pedro 3.13: As revelações bíblicas sobre Novos Céus e Nova Terra.
Escatologia não é futurologia
Existem muitos futurólogos no mundo, mas somente a Bíblia contém a verdade sobre o futuro.  Ela foi divinamente escrita, portanto nenhum leitor pode interpretá-la fazendo especulações ou interpretações e conclusões próprias.
É preciso estudar escatologia com o cuidado de não ir além do que está escrito (1 Coríntios 4.6). Para conhecer o futuro, é preciso buscar na Palavra de Deus o que está revelado.
Conclusão
Deus anuncia em sua Palavra o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam, e declara: “o meu conselho será firme e farei toda a minha vontade” – Isaías 46.9,10.
E.A.G.

Texto resumido e compilado, de:
Bíblia de Estudo Indutivo (Editora Vida), edição de 1997;
Biblical Eschatology Blog
Curso Bíblico de Escatologia – Eliseu Pereira
Pr. Jorge Albertacci
Lições Bíblicas – Juvenís; O que a Bíblia fala sobre o futuro da Igreja (CPAD);

Eliseu Antonio Gomes http://belverede.blogspot.com.br

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Como saber se somos de fato filhos de Deus?

 

Avatar de Silvio DutraPor Silvio Dutra em 6 de setembro de 2012

 

Como saber se somos de fato filhos de Deus?

“Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falassem em o nome de Jesus, os soltaram.
E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome.” (At 5.40,41)

Por que os apóstolos se regozijaram pelo fato de terem sofrido por causa do testemunho que davam do nome de Jesus?

O próprio texto responde: por terem sido considerados por Deus dignos de sofrer por causa de Cristo.

Este regozijo se explica pelo motivo de que é justamente pelos sofrimentos e perseguições sofridos por causa de Jesus, que se comprova que somos de fato eleitos de Deus.

Veja o que Paulo diz em Fil 1.28-29:

Flp 1:28 e que em nada estais intimidados pelos adversários. Pois o que é para eles prova evidente de perdição é, para vós outros, de salvação, e isto da parte de Deus.
Flp 1:29 Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele,
Flp 1:30 pois tendes o mesmo combate que vistes em mim e, ainda agora, ouvis que é o meu.

Ora, os que perseguem têm em sua perseguição uma prova evidente de que permanecem perdidos e sem salvação, mas os que são perseguidos por causa do testemunho que dão do evangelho, têm a demonstração da graça que lhes foi concedida para serem tornados filhos de Deus, porque Ele determinou antes da fundação do mundo, que todos aqueles que viessem a pertencer a Jesus, participariam também dos mesmos sofrimentos que Ele padeceu em Seu ministério terreno, porque importa que os crentes estejam em tudo conformados e identificados ao Senhor deles, quer no que se refere às aflições, à ressurreição e a glorificação.

Por isso se lê o que está em Rom 8.29,30:

Rom 8:29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
Rom 8:30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.

Ou seja, os que são de Cristo foram eleitos segundo a presciência de Deus, para estarem em tudo identificados com Cristo, isto é, serem conformados à Sua imagem, tanto no que se refere aos Seus sofrimentos, quanto à Sua glória.

Os que participam dos sofrimentos têm neles a prova da sua filiação a Deus, e portanto a garantia que participarão também da Sua glória.

Por isso o apóstolo Paulo diz em 2 Tim 2.11,12:

2Tm 2:11 Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com ele;
2Tm 2:12 se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará;

É pela prova das perseguições e sofrimentos que padecemos por causa do nosso testemunho do evangelho, perseverando na fé em meio a estas perseguições e sofrimentos, que temos a certeza de que reinaremos juntamente com Cristo.
Mas os que negam o nome do Senhor, no comportamento que demonstram nas aflições e tribulações, podem estar certos de que não pertencem a Ele, e que Ele também negará que os conhece no dia do grande Juízo Final de Deus.

À luz destas afirmações, podemos entender melhor o que Paulo diz em II Tes 1.3-8:

2 Tes 1.3 Irmãos, cumpre-nos dar sempre graças a Deus no tocante a vós outros, como é justo, pois a vossa fé cresce sobremaneira, e o vosso mútuo amor de uns para com os outros vai aumentando,
2Ts 1:4 a tal ponto que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, à vista da vossa constância e fé, em todas as vossas perseguições e nas tribulações que suportais,
2Ts 1:5 sinal evidente do reto juízo de Deus, para que sejais considerados dignos do reino de Deus, pelo qual, com efeito, estais sofrendo;
2Ts 1:6 se, de fato, é justo para com Deus que ele dê em paga tribulação aos que vos atribulam
2Ts 1:7 e a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder,
2Ts 1:8 em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus.

Pedro também nos ensina, aquilo que os apóstolos haviam aprendido de Cristo, e que Ele lhes havia ordenado que fosse passado à Igreja.

1Pe 2:18 Servos, sede submissos, com todo o temor ao vosso senhor, não somente se for bom e cordato, mas também ao perverso;
1Pe 2:19 porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus.
1Pe 2:20 Pois que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados por isso, o suportais com paciência? Se, entretanto, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus.
1Pe 2:21 Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos,

Veja como o apóstolo declara que é grato a Deus, ou seja, que foi do Seu agrado que os crentes estivessem associados aos sofrimentos do Seu Filho Unigênito, conforme havia planejado desde antes dos tempos eternos.
Pois assim como Jesus foi submisso e amou em todas as circunstâncias difíceis, e permaneceu inteiramente fiel à vontade do Pai, assim também devem ser todos os que são Seus filhos.
Daí o dever de demonstrarem isto de modo prático, estando submissos àqueles que lhes foi ordenado por Deus, ainda que sejam perversos.
A atitude de suportar tais sofrimentos é explicada: por motivo de consciência para com Deus. Ou seja, os crentes têm consciência, ou pelos menos deveriam ter, sobre o plano eterno de Deus para que sejam mansos, obedientes, submissos, amorosos, seguindo o exemplo de Cristo, nos sofrimentos e perseguições que sofrem neste mundo, por causa do seu amor à verdade do evangelho.

E finalmente, podemos ver esse ensino de Pedro sendo reafirmado por Ele em I Pe 4.12-16:

1Pe 4:12 Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo;
1Pe 4:13 pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.
1Pe 4:14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus.
1Pe 4:15 Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem;
1Pe 4:16 mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome.

Por isso Jesus disse que os crentes teriam o legado de sua paz, junto do legado de aflições que teriam que suportar, em razão de terem sido tornados filhos de Deus.
E daí a razão de ter declarado também que aquele que estivesse apegado à sua vida iria perdê-la, porque a filiação a Deus, demanda esta necessidade de suportar perseguições e sofrimentos, com paciência, permanecendo na paz de Deus, porque isto somente pode ser conseguido pelo poder do Espírito Santo, que será portanto a prova evidente de que não estamos de fato mais na carne, reinando o pecado em nós de forma absoluta, mas no Espírito, que destruirá progressivamente em nós o pecado e as obras da carne.

À luz destas verdades bíblicas, como você e eu, entenderemos e aceitaremos as doutrinas do “pare de sofrer”, do uso da fé para evitar o sofrimento, do se buscar a Cristo para ter apenas as chamadas bênçãos com sabor de mel e por aí afora?
Reflita bem, e considere o plano eterno de Deus para todos os que são Seus.
Por esse plano maravilhoso podemos saber afinal, se somos de fato Seus filhos, ou bastardos, porque estes, de fato, não estão sujeitos à disciplina, às correções de Deus, e nada têm que demonstrar que estão plenamente identificados com Cristo no que se refere aos Seus sofrimentos.

Pr Silvio Dutra