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Consciência Cristã na apologética bíblica

 

Posted: 13 Aug 2012 07:22 AM PDT

É importante fazer uso da Palavra de Deus como regra de fé e conduta, Mesmo que a intenção seja a melhor de todas, ninguém despreze a Palavra de Deus, pois esse desprezo é pecado. Quem a despreza perecerá (Provérbios 13.13).

O apologeta cristão é ponderado, não é preconceituoso. O exercício de sua competência reside em ter conceito concebido com bases em pesquisas sérias. Ao abordar qualquer tema, não faz isso movido pela pressa, mas pela moderação e ciência dos fatos abordados. Ação apressada e preconceituosa não é atitude coerente à apologia cristã.
Fazer apologia das verdades do Evangelho, é evidenciar e também defender o uso da Palavra de Deus objetivando que ela seja praticada fielmente pelos cristãos. No trato com a Palavra e com as pessoas, considerar que ninguém e nenhuma instituição estão acima da autoridade das Escrituras Sagradas.

O apologeta deve praticar a apologia com total imparcialidade, colocando-a acima de interesses pessoais e de terceiros, acima de instituições, convenções, liturgias e dogmas (Tiago 3.13-18).

O praticante da verdadeira apologia  preza por todo o conhecimento adquirido, principalmente o teológico. No mínimo, possui razoável conhecimento de teologia.  Sabe que o propósito da prática de apologia é salvar almas, e para tal finalidade não é preciso ostentar títulos acadêmicos e diplomas em seus textos e homilias.

A condição do apologeta é humana. Portanto ele não deve confiar em seu coração, que é extremamente corrupto e pode enganá-lo. Não deve confiar plenamente em seu coração e nem no coração de terceiros (Jeremias 17.5-9).
O apologeta cristão não deve tomar como base suposições para praticar a apologia. Ninguém deve crer que possui a noção exata de tudo o que acontece além do alcance de seus olhos. Só Deus é onisciente e sabe de tudo. E sendo assim, todos precisamos evitar generalizar em todas as situações.

A comunicação eficaz é aquela em que é dito tudo o que é preciso e a mensagem é plenamente entendida por quem ouve ou lê

As generalizações são sempre injustas e os injustos não entrarão no céu (1 Coríntios 6.9). Ao abordar problemas comportamentais, quem faz a apologia precisa fixar-se no assunto em foco, sabendo que o objetivo é eliminar a prática do pecado, não é atacar os pecadores (Efésios 6.12).

O autêntico apologista do evangelho combate atitudes e afirmações absurdas. Não é combatente de ações que apenas causam o estranhamento da cristandade na ordem pessoal. Usa a apologia cristã para responder tudo que realmente é estranho às normas da prática do Evangelho de Cristo. Tem plena consciência que é essencial conhecer seu público-alvo e se dirigir especificamente para ele. Quando é preciso, evita usar terminologias técnicas, comunica-se com linguajar coloquial para que todos entendam com facilidade o que deseja transmitir. É conciso e claro, evita possíveis ambiguidades.

O apologista praticante da Palavra de Deus respeita a autoridade pastoral, contudo não se comporta como seguidor cego de líderes Y ou X. Ele segue Jesus Cristo e, eventualmente, faz uso da Bíblia Sagrada para avaliar o que os líderes cristãos fazem e dizem. Faz isso combatendo o pecado e nunca os pecadores.
O apologeta cristão não é ofensor. Um erro nunca justifica outro. Então, ao batalhar em favor da fé cristã, rejeita a utilização de práticas carnais para salvar aqueles que estão na carne (Judas 21, 23). Ele tem amor pelas almas, prega o Evangelho Puro e Simples, envolve-se em ações específicas que representem em 100% o amor, a pureza e a simplicidade cristãs. Faz isso usando as Escrituras Sagradas na oratória e na prática diária.

A verdadeira prática apologética não tem espaço para ofensores, deboche, escarnecedores. A zombaria, o escárnio, afastam as almas de Jesus Cristo e daquilo que o ofensor defende. Ironizar é praticar ação escarnecedora e convém não se assentar com escarnecedores (Salmo 1). A dureza de palavras provoca a raiva contra quem as emite e o resultado espiritual é negativo: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” – Provérbios 15.1.

Jesus é o Sumo Pastor das ovelhas e continua a cuidar de todas elas. Confiemos nEle e ao mesmo tempo usemos unicamente a Bíblia Sagrada para combater o pecado. É a Palavra de Deus que alimenta, sustenta, traz às almas o discernimento espiritual necessário. Salmo 119.105; Jeremias 23.29; 2 Timóteo 2.15; Hebreus 4.12.

E.A.G.

Eliseu Antonio Gomes http://belverede.blogspot.com.br

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O polêmico antipentecostalismo de Renato Vargens

Rev. Dr. Alberto Thieme, pastor presbiteriano há mais de 40 anos

Por que Renato Vargens, um pastor tradicional que nada entende de dons espirituais, está atacando os pentecostais por adotarem, conforme 1 Coríntios 14: 26-33, 39-40, revelações em seus cultos?

 

Renato Vargens: “Fiz um pacto de não ter revelações, visões e dons sobrenaturais”.

Já escrevei pelo menos duas vezes ao Gospel+. Na primeira vez, pedi que pensassem um pouco mais antes de publicar certos artigos de escritores controversos, como é o caso de Renato Vargens. Esse pastor biblicamente despreparado tenta provar o impossível e fala do que não conhece.

Ele deveria gastar seu tempo com coisas mais úteis como estudar melhor a Bíblia e buscar uma experiência mais profunda com o Espírito Santo. Paulo fala sobre irmãos ficarem combatendo irmãos. E eu pergunto: será que o Pr. Renato tem orado pelos pentecostais do Brasil? Se não, deveria estar orando há muito tempo, pois enquanto as igrejas tradicionais minguam as pentecostais crescem.

Existem exageros, sim. Mas há também exageros nas tradicionais, por omissão e desconhecimento do que evitam praticar. Será que foi porque Lutero e Calvino se omitiram sobre o assunto e sobre as obras sociais? Porque Lutero chegou a chamar a epístola de Tiago de “EPISTOLA DE PALHA”. Acho uma aberração esse endeusamento de Lutero e Calvino. Não temos dúvida que eles foram usados por Deus, mas que também cometeram muitos erros e nisso os católicos têm razão.

Penso que Lutero deveria ter incluído pelo menos umas três teses a mais que ele postou na porta do templo em que pregava. Se tivesse feito isso, hoje provavelmente não teríamos um Renato Vargens falando besteiras contra os pentecostais. Põe a mão na consciência, pastor, e passe a usar seu tempo para EDIFICAR A IGREJA. Sejam pentecostais ou não, todas as igrejas evangélicas pregam as mesmas bases. PERFUMARIA, meu amado, não influencia na salvação. Atenha-se ao principal, ao que interessa a todos, ao que edifica.

Na linha de pensamento de Renato Vargens, ele invalida um grande numero de textos bíblicos do Novo e Velho Testamento em que Deus usou seus servos para transmitir o que Ele desejava.

Eu gostaria que Vargens me mostrasse onde na Bíblia ele encontrou que a revelação de Deus (exceto a escatológica que terminou com João) terminou. Ele deveria dar mais atenção ao que Paulo fala aos crentes de Corinto, em sua primeira carta, capitulo 2, versos 14 e 15: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido”.

Ao que tudo indica, Renato é mais um que não conhece o Poder do Espírito Santo nem os dons espirituais que são obtidos por quem busca. Lucas 11:13-14 : “Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem? E estava ele expulsando um demônio, o qual era mudo. E aconteceu que, saindo o demônio, o mudo falou; e maravilhou-se a multidão”.

O texto diz claramente: “Deus dará do seu Espírito a todos que lho pediram”. Por acaso, alguma vez em sua vida, Renato, você pediu a Deus que o visitasse com Seu Espírito? Não venha me falar do dia de sua conversão, pois o assunto é outro. Nós não recebemos do Espírito Santo somente em nossa conversão. É Ele quem nos guiará a toda verdade, diariamente. Por isso, é preciso pedir, segundo a Bíblia.

Milagres, maravilhas, expulsão de demônios, curas, profecias e outras manifestações do Espírito somente irão ocorrer em ambientes em que o Espírito Santo tem liberdade para agir. Jamais no seio de um povo que rejeita tais ações sobrenaturais do Espírito. São igrejas que não permitem a ação livre do Espírito Santo, porque muitos tradicionais dizem que os dons ficaram limitados ao passado. Mostre-me um só texto que prove que os dons ficaram no passado e que só existiram para alavancar a Igreja iniciante.

Hoje, mais do que nunca, a Igreja precisa avançar.

E só avançam as igrejas que creem e dão liberdade para que o Espírito Santo atue. O que existe é uma falha em “julgar” as profecias que todos tèm direito de fazer segundo os ensinos de Paulo, não aceitando uma palavra profética sem antes analisá-la e estar certo de que veio de Deus mesmo. Pode alguém falar algo que normalmente é bom para uma pessoa como se fosse Deus falando? É lógico, Deus usa aqueles que são sinceros para abençoar outros com encorajamento espiritual. O que não dá amados, é ficar sentado por quase duas horas, ouvir um louvor sem inspiração espiritual e depois ainda tolerar um pastor como esse falando besteiras contra a Palavra de Deus.

Renato, procure conhecer melhor sobre os dons espirituais. Eles não cessaram e eu desafio você a mostrar que eles cessaram e eu aceito o desafio de mostrar que eles continuam e continuarão. Só posso falar assim, porque meus olhos viram, meus ouvidos ouviram, falei do que não sabia, e tudo que falei aconteceu: “E o Espirito Santo confirma em nosso Espírito que somos filhos de Deus” (cf. Romanos 8:14-16).

Um dos motivos de muitas igrejas tradicionais estarem fechando as portas não é porque falta dinheiro, mas sim porque falta o Poder de Deus. E as pessoas que procuram uma igreja, buscam algo que realmente venha transformar suas vidas.

Renato, você precisa buscar de Deus sabedoria e parar de criticar quem busca a Deus. Você precisar dar liberdade ao Espírito Santo para fazer grandes coisas na sua vida.

Do contrário, vai minguar em sua vida cristã frágil, sem o Poder de Deus que DEVE acompanhar os que creem, conforme Marcos 16:15. Não venha me dizer que esse texto não existe no original, pois se não existisse em vários dos pergaminhos achados nas cavernas de Qumram já teriam saído do Evangelho de Marcos.

Corrija, por favor, sua teologia. Se serviu a exortação, que Deus abençoe você. Se não der ouvido, será uma pena, pois perderá seu tempo quando deveria ser muito melhor aproveitado no Reino de Deus.

Demorei também para entender esses importantes detalhes, mas pela graça de Deus meus olhos foram abertos. Espero e oro para que os seus também sejam abertos.

Fale pra Deus dos defeitos dos pentecostais. Para os outros conte e espalhe as bênçãos e as boas ações deles. Quando algum deles pecar, faça conforme Jesus orienta em Mateus 18:15-18. Não aja segundo o que diz em Provérbios 6:16-19.

Conheço muitos pastores que não estão conseguindo ler mais seus artigos. Abra sua boca para abençoar e não para amaldiçoar o que você desconhece e não entende ainda.

Pare de lutar contra os irmãos pentecostais. Lute contra o pecado e contra o diabo.

Fonte: www.juliosevero.com

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Perguntas rápidas para ateus e secularistas sensatos

 

Edson Camargo

Buscar-me-eis e achareis quando me buscarem de todo o coração.
Jr. 29:13

Nada nas ciências prova a impossibilidade da ocorrência de milagres. Muito bem. Então por que o ceticismo diante dos inúmeros relatos de milagres? Não passam de relatos? Ok. E as conclusões da ciência, não são baseadas nos relatos das experiências? Por que crer nos relatos inusitados de uns poucos cientistas e não crer em milhares de depoimentos que fortalecem-se uns aos outros ao longo de séculos?

Muitos secularistas atribuem as mais diversas motivações psicológicas para a crença em Deus. Principalmente para a crença no Deus dos cristãos, que, segundo estes, é bom, justo, e ao fim da história humana, eliminará o mal para sempre. Você tem certeza que para o ateísmo não há nenhuma motivação psicológica reconfortante, como por exemplo, a crença de que ao fim de sua vida terrena você simplesmente deixará de existir e não terá que prestar contas a nenhum Ser Superior que tudo sabe sobre você é que é perfeitamente justo e santo?

Por que afirmar a causalidade como uma lei da ciência e da investigação científica, e negá-la justamente quando busca explicar a origem do universo, apelando para o acaso? Não seria esse “acaso causador” uma enorme confluência de causas, que, necessariamente, evocam uma ordem transcendente e imaterial anterior à existência do universo?

Por que negar a existência da verdade absoluta e não parar de vociferar contra a mentira imperante? Qual seria a lei científica que explicaria, dentro da sua alma e da sua mente, essa sede de justiça?

A lei da verificabilidade empírica não é empiricamente verificável, e nem o princípio da falseabilidade de Popper é falseável. Ainda assim, são defendidos pelos secularistas e anti-religiosos como preciosos alicerces da plena manifestação da racionalidade humana, a ciência moderna. Você tem certeza de que sua casa não está construída sobre areia movediça?

Por que afirmar o primado da ciência sobre a religião e a filosofia, se até para se definir o que é ciência, os métodos cientificamente válidos (para não falar no próprio conceito de valor e validade) é preciso recorrer à filosofia, e para se fazer ciência com honestidade precisa-se evocar, inescapavelmente, questões sobre moralidade encontradas sobretudo na tradição religiosa?

As ciências, apesar da dimensão forense de algumas áreas, lidam simplesmente com fatos mensuráveis, repetíveis e quantificáveis. Como propor um fundamento adequado para a sociedade moderna baseando-se apenas na ciência, uma vez que a ética, o direito, a arte, as relações humanas, além de todo um vasto campo de conhecimento e de questões decisivas para a saúde existencial de cada ser humano só podem ser analisados à luz de áreas de investigação que lidem com aspectos qualitativos? Se o que é bom, o que é belo, o que é verdadeiro, ou mesmo o que é útil, não é assunto das “ciências duras”, por que considerá-las superiores às ciências que podem responder a questões de relevância muito maior para indivíduos e sociedades?

Por que não enfatizar os questionamentos sobre a “solução do bem”, um bem tão presente e imperante na ordem da realidade e mesmo dentro da sua alma a ponto de te incomodar com o “problema do mal”?

Por que não aceitar a explicação cristã de que o mal “ainda será plenamente destruído” mas aceitar a desculpa cientificista de que “a ciência não explica, mas ainda explicará” alguns fenômenos?

Por que evocar o método indutivo – partir dos efeitos para conhecer as causas – na ciência, e desprezá-lo numa reflexão mais profunda sobre a presença humana no universo, especialmente pelo fato de que se no mundo existem pessoas, a pessoalidade,  como não poderia existir uma Pessoa, um Deus pessoal que é a Causa primeira de toda a pessoalidade existente e evidente?

A proposta de Pascal é simples e contundente: se a fé cristã é verdadeira, vale a pena ser cristão nesta vida e conquistar a eternidade com Deus; se a fé cristã for falsa, apenas perdeu-se algo (o que é discutível) nesta vida finita. Se a cosmovisão materialista realmente tem algo de racional, deve reconhecer que há mais há ganhar do que há perder tornando-se cristão. Você não acha que a proposta de Pascal torna-se ainda mais forte se levarmos em conta a debilidade e falta de abrangência dos postulados cientificistas e materialistas aqui discutidos?

Filósofos cristãos apresentaram ao longo da histórias diversas formas de argumentos que provam (ou ao menos inferem e dão plausibilidade intelectual) pela via racional a existência de Deus. Se a mentalidade secularista, atéia e que se diz apegada à razão e à ciência é tão superior intelectualmente, por que até hoje nenhum destes argumentos – enumero uns aqui: o cosmológico, o ontológico, o teleológico e o moral – não foram refutados de forma decisiva pelos filósofos ateus?

Um mundo no qual se percebe ordem e a existência da pessoalidade só pode ter como Causa Primeira um Ordenador que deve necessariamente ser pessoal. Por que não crer que essa Pessoa Onipotente pôde não só criar o mundo, mas também se revelar ao homem e manter sua revelação especial – as Sagradas Escrituras – intacta e acessível aos homens até hoje? Por que Ele não poderia fazer isso?

Você tem certeza de que está mais interessado em descobrir a verdade sobre estas questões fundamentais e decisivas do que este Deus Onipotente e sabidamente amoroso (é o que afirmam milhões de cristãos) em transformar sua vida se você O procurar com determinação e honestidade?

Sinceramente? Eu duvido.

Fonte: Gospel+

Divulgação: www.juliosevero.com