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Pesquisa: Aumenta Evangélicos Não Praticantes e Migrações

 

PorAmanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post

A Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou dados que mostra um aumento do número de evangélicos não praticantes.O centro divulgou na semana passada que evangélicos sem vínculos com denominações aumentaram de 0,7% para 2,9%, o que representa cerca de quatro milhões de brasileiros.

  • evangelicos

    (Foto: Creative Commons)

    A Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou dados que mostra um aumento do número de evangélicos não praticantes.

Os números mostram um novo panorama sendo formado, com uma quantidade significativa de pessoas que migram de uma religião para outra ou de umadenominação para outra.

O Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (CERIS) fez um levantamento em 2006 e verificou que um quarto dos entrevistados (2.870) já haviam trocado de crença.

“Os indivíduos estão numa fase de experimentação do religioso, seja ele institucionalizado ou não, e, nesse sentido, o desafio das igrejas estabelecidas é maior porque a pessoa pode escolher uma religião hoje e outra amanhã”, afirma Sílvia, da UFRRJ organizadora do estudo.

Apesar do fenômeno de crescimento de igrejas pentecostais e neopentecostais no Brasil, experimenta-se agora uma migração destas para as igrejas protestantes históricas, segundo mostrou a dissertação realizada pela psicóloga Patrícia Cristina da Silva Souza Alves.

Alves afirma que o fato do Brasil estar em ascenção econômica com baixo índices de desemprego, diminue a necessidade das pessoas da bênção material, a maior isca do pentecostalismo.

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“Por outro lado, desperta o olhar para valores inerentes ao cristianismo, como a ética e a moral cristã, bastante difundidas entre os protestantes históricos”, afirma.

Marcos Aurélio Barbosa, 37, trocou a Igreja pentecostal Assembleia de Deus pela Igreja Metodista alegando que nela ele encontrou um culto ofertado a Deus e não às pessoas.

Barbosa explica que na Assembleia de Deus tinha muitas regras e proibições como não dormir sem camisa, não ir ao cinema ou à praia por ser pecado. “Na Metodista encontrei um Deus que perdoa, não um justiceiro”.

A migração também varia de acordo com o gênero sexual. As mulheres podem, por exemplo, mudar de religião em busca de beneficiar os que estão em sua volta, como a cura para os filhos e maridos doentes.

Já os homens tem a tendência de buscar a religião por problemas individuais como problemas com drogas, etc.

O empresário Roberto Higuti, 45 anos, se tornou evangélico para largar o vício e tráfico de drogas em sua vida. Ele era católico na infância, budista na adolescência e se entregou ao mundo do crime.

Em frente a uma cruz, Higuti conta que se ajoelhou e disse: “Jesus, se tu existes mesmo, me tira dessa vida maldita”. Há cinco anos, o empresário é pastor da neopentecostal Igreja Bola de Neve, onde ministra dois cultos por semana.

Antes de chegar na Bola de Neve, entretanto, Higuti passou por outras quatro denominações evangélicas.

Fiéis das igrejas neopentecostais trocam de igreja como quem troca de roupa, afirma Sílvia, da UFRRJ.

Segundo a pesquisadora Sandra da Umesp, existe também uma competição entre igrejas e entre as neopentecostais que apelam para a mídia. Cada vez mais as pessoas estabelecem uma relação utilitária com a religião, afirma ela, como se elas estivessem buscando uma prestadora de serviço religioso.

“Entre os neopentecostais não se busca mais um líder religioso, mas um mago que resolva tudo num estalar de dedos”, disse Sandra.

O fenômeno da migração também implica num descompromisso total com a denominação e até promove a mistura entre religiões. Evangélicos que participam de outras seitas ou cultos religiosos começa a virar uma cena comum.

A artesã paulista Lucina Alves, pertencente ao grupo dos “sem-religião”, se cansou de ir de uma crença para outra e decidiu não mais pertencer a uma igreja. Ela frequenta tanto ritos católicos, evangélicos, espíritas e da Seicho-No-Ie.

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Novo apóstolo ‘não evangélico’ do Brasil mostra exorcismo, transe espiritual e sincretismo

 

PorAmanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post

Walter Sandro é o mais novo “auto-intitulado” apóstolo do Brasil. Walter Sandro é o fundador da Igreja Templária de Cristo na Terra (ITCT), igreja não evangélica que prega uma religião sincrética com símbolos de várias religiões desde a católica até a budista.

  • walter sandro

    (Foto: Igreja Templária de Cristo na Terra -ITCT)

    Auto-denominado apóstolo Walter Sandro da Igreja Templária de Cristo na Terra -ITCT)

 

Walter Sandro deu uma entrevista recente à Carta Capital onde informou como lhe foi revelado através do “Arcanjo Miguel” que deveria abrir a igreja templária.

“O Arcanjo Miguel materializou-se e disse para eu abrir a igreja. Foi tão forte que tive uma crise de cálculo renal. Fui ao banheiro e ele veio e disse pra botar a mão na urina. Eu pus. E saiu uma pedra do tamanho de meio grão de feijão”, disse Walter Sandro ao jornalista Willian Viera, da Carta Capital.

A auto-nomeação do apóstolo vem despertando além da curiosidade, o espanto no meio evangélico, que teme que tal sincretismo confunda a população evangélica.

Segundo apologista Johnny Bernardo, o apóstolo Walter se dedicava à Psicologia e chegou a dar estudos esotéricos, envolvia reiki, ioga, sessões espíritas e sociedades secretas.

Em um artigo do seu blog, Bernardo apontou que já existem dez igrejas no Brasil, com um número de adeptos em torno de 10 mil, sendo que a sede mundial, é uma igreja com capacidade para 5 mil pessoas e composta por 44 salas e 2 auditórios.

A igreja possui um púlpito no formato da Cruz Templária e há figuras de budas, faraós e santos católicos. Segundo Bernardo, nas reuniões, os louvores são inspirados nas igrejas neopentecostais onde multidões entram em transes espirituais.

O credo doutrinário da igreja é caracterizado pela “maldição hereditária”, “reencarnação”, “espiritualismo” e outras crenças oriundas do cristianismo. Algumas regras como não ingerir café, carne ou açúcar ( com exceção do mascavo) são impostas aos adeptos.

Relata-se que Walter vive uma vida humilde em uma casa na cidade de São Bernardo do Campo. Ele não pode se casar e vive com sua mãe e nove ministros. Além disso, ele tem como uma de suas obras da igreja o cuidado com animais, possuindo em sua casa cerca de 80 cães que foram resgatados das ruas.

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Namoro sem beijo e sem sexo: casal evangélico defende a pureza em busca de amor verdadeiro

 

PorLuana Santiago | Correspondente do The Christian Post

O namoro do casal Rafael Almeida, de 22 anos, e Heloísa Lugato, de 24 anos, tem se mantido assim, sem beijo e sem sexo, a mais de um ano, eles garantem.

O casal defende o estilo do namoro para alcançar o objetivo de conhecer o amor verdadeiro.

Eles comentam que os dois são adeptos da pureza sexual até o casamento e durante este período de relacionamento não tiveram relação sexual.

O casal ainda relata que optaram pelo modelo de namoro “corte”, que preserva o conhecimento do casal baseado na amizade, no sentido de resgatar valores que se perderam.

“Preferi me preservar. Nos abdicamos do contato físico, do toque, para focar nosso relacionamento na amizade e em conhecer um ao outro”, comenta Rafael em entrevista ao jornal G1.

Rafael destaca também que a escolha ajuda ainda em ter uma vida emocional equilibrada, mas que não é uma tarefa fácil. Ele aponta que o preconceito da sociedade é grande e que a castidade é um assunto polêmico.

Rafael que esta cursando engenharia civil e comenta que já foi até chamado de louco por colegas. Ele ressalta que as pessoas tem dificuldade em aceitar esta postura em pleno século 21.

“A postura vai contra as regras ditadas pela sociedade”.

Para Heloísa, a união do casal está baseada na santidade e em princípios que estão descritos na bíblia. Ela argumenta que o contato físico pode contribuir para que o namoro saia do foco e, por conta disso, o máximo que fazem é pegar na mão e abraçar.

“Sabemos que o beijo não é pecado, até porque a Bíblia não se refere a isso. Porém, o sexo é, por isso evitamos. Mas não se trata de uma regra. Somos livres para optar e escolher”, disse ela ao g1.

Heloísa disse que já teve outros relacionamentos fora da igreja e que as experiências só reforçam o estilo adotado no namoro atual.
“Somos guardados do prejuízo que é ter um coração machucado e ferido”.

O casamento de Rafael e Heloísa esta marcado para Março de 2013.

Corte

Muitos jovens evangélicos têm adotado este princípio para vivenciar um relacionamento “emocionalmente saudável” e de acordo com os princípios bíblicos.

Responsável por trabalhos desenvolvidos com jovens e adolescentes na Igreja Videira, Cuiabá, o pastor Heitor Henrique Laranjo, de 27 anos, explica que a área sentimental é a que mais aflige o solteiro.

O pastor explica que muitos jovens vivem diversos relacionamentos frustrantes e chegam até ao casamento sem amadurecimento, sem capacidade de sustentá-lo e acabam percebendo que casaram com a pessoa errada.

“Por isso a corte é diferente do namoro, pois preserva o conhecimento entre o casal. Não é respaldado em beijo ou sexo. Voltamos ao tempo em que nossos pais e avós namoravam na sala com a presença da família toda”, reforça segundo g1.

Segundo o pastor Heitor Henrique, a adesão ao corte é feito por casais, preferencialmente a partir de18 anos e que têm o objetivo de casamento.

“É muito maior que um movimento de pró-sexualidade. É o resgate das veredas antigas”, observa.