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O SENHOR é Rei Eterno

(Leituras Noturnas)

Posted on 27 de abril de 2012

 

27 de abril

“O SENHOR é Rei eterno.” (Sl 10:16 ARC1995)

JESUS CRISTO não é um despótico demandante do direito divino, mas Ele é real e verdadeiramente o Ungido do Senhor! “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nEle habitasse.” Deus deu-Lhe todo o poder e toda a autoridade. Como Filho do Homem, Ele é, agora, sobre todas as coisas, constituído como cabeça da igreja, e reina sobre o céu, a terra e o inferno, com as chaves da vida e morte postas em Seu cinto. Certos príncipes têm o máximo prazer em chamar-se a si mesmos reis por vontade popular, e, certamente, o nosso Senhor Jesus Cristo é isto na Sua Igreja. Se se votasse para determinar se Jesus deveria ser Rei na Igreja, todo o coração crente O coroaria. Oh que nós O coroemos mais gloriosamente do que o fazemos! A nenhum sacrifício que glorifique a Cristo nós deveríamos considerar supérfluo. Sofrer deveria ser um prazer; e perder, deveria ser ganho, se com isso pudéssemos rodear a Sua testa com coroas mais resplandecentes, e torná-Lo mais glorioso aos olhos dos homens e dos anjos. Sim, Ele reinará. Viva o Rei! Salve, Rei Jesus! Saíde, almas virgens que amais ao vosso Senhor, inclinai-vos aos Seus pés, juncai os Seus caminhos com os lírios do vosso amor e com as rosas da vossa gratidão. “Produzi o diadema real e coroai-O Senhor de tudo.” Além disso, o nosso Senhor Jesus é Rei em Sião por direito de conquista. Ele tomou por assalto e levou os corações de Seu povo, e matou os inimigos que o tinham em cruel escravidão. No Mar Vermelho do Seu próprio sangue, o nosso Redentor afogou o Faraó dos nossos pecados. Não será ele Rei em Jeshurun? Ele livrou-nos do jugo de ferro e da onerosa maldição da lei. Não será Ele coroado Libertador? Nós somos a Sua porção, que Ele arrebatou da mão dos amorreus com a Sua espada e com o Seu arco. Quem arrebatará a Sua conquista das Suas mãos? Salve, Rei Jesus! Nós alegremente reconhecemos o Teu pacífico governo! Governa, pois, em nossos corações para sempre,gracioso Príncipe de Paz.

FONTE: C. H. Spurgeon – “Leituras Vespertinas”

Tradução de Carlos António da Rocha

No Caminho de Jesus

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A CONTAMINAÇÃO ATRAVÉS DA INVEJA.

Por Leandro Borges

“Não tome decisões baseadas em suas emoções, elas mentem!

Tome decisões baseadas na Palavra, ela nunca mente!”

( Pra. Verônica Araújo – Pastora na Igreja Internacional da Graça de Deus ).

“A fuga é sem dúvida um meio sábio de defesa, fuja da aparência do mal.”

( Rev. Rocco Digilio – Advogado e Presidente Estadual da Igreja do Evangelho Quadrangular ).

“Existem pessoas que se acham tão maduras que já caíram do pé, estão apodrecendo e não sabem.”

( Pr. Fábio Martimiano – Pastor no Ministério Decolando nas Asas do Espírito ).

‎"Ame a vida e os bons amigos, pois a vida é curta e os bons amigos são poucos”.

( Pra. Emilia Martins – Pastora na Igreja do Evangelho Quadrangular ).

O que é Inveja ???  “É um sentimento de rancor e ciúme em direção a outros por causa de seus bens ou boas qualidades”.

1) A INVEJA POSSUI UM GOSTO AMARGO: A amarga inveja e o sentimento faccioso são inspirados pelo diabo. É fácil sermos atraídos por desejos errados devido às pressões da sociedade, e, às vezes, até mesmo devido a cristãos bem intencionados. Se não forem bem entendidos e trabalhados, conselhos como “Faça valer os seus direitos”, “Persiga seus objetivos”, “Fixe metas elevadas”, podem nos levar à cobiça e à competitividade destrutiva. Buscar a sabedoria de Deus nos livra da necessidade de nos compararmos aos outros e de cobiçarmos aquilo que eles têm.

“Mas, se no coração de vocês existe inveja, amargura e egoísmo, então não mintam contra a verdade, gabando-se de serem sábios. Essa espécie de sabedoria não vem do céu; ela é deste mundo, e da nossa natureza humana e é diabólica”. (Tiago cap.3 vers.14,15).

2) A INVEJA É UM MONSTRO QUE VIVE AFUNDADO NO MAIS PROFUNDO MAR DE FOGO:   Certas emoções que muitas pessoas traduzem por “invejas”, sempre serão destrutivas, e, na linguagem simbólica moderna tem sido mui acertadamente caracterizada como um “monstro”. Pode ocorrer entre duas pessoas particulares, ou pode assumir um caráter “público”, quando ocorrem as “divisões” ou facções dentro de uma igreja, local de trabalho, ou dentro de uma sociedade em geral. É preciso que a pessoa seja um exemplo de boa conduta na sociedade.
”Vivamos decentemente, como pessoas que vivem na luz do dia. Nada de farras ou bebedeiras, nem imoralidade ou indecência, nem brigas ou ciúmes”. (Romanos cap.13 vers.13).

3) A INVEJA PODE CAUSAR TOTAL DESTRUIÇÃO EM TODAS AS ÁREAS DA VIDA: O pecado começa a ser concebido com um simples pensamento. Permitir que nossa mente acolha cobiça, inveja, ódio ou vingança nos levará a pecar, e todos nós sabemos que Deus odeia o pecado. A pessoa deve pensar apenas no que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável e em tudo o que é de boa fama, praticando também os Frutos do Espírito.

"Ficar desgostoso e amargurado é loucura, é falta de juízo, que leva à morte”. (Jó cap.5 vers.2).

Você precisa evitar ressentimento, recusa de perdão, e inveja. Pois todas estas 3 atitudes irão ser destrutivas á própria pessoa.

Não contamine com a inveja.

Observe que em (Marcos cap.7 vers.21,22,23) diz:“Porque é de dentro do coração, que vêm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências. Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras”.
O pecado começa a ser concebido com um simples pensamento. Permitir que nossa mente acolha cobiça, inveja ódio ou vingança nos levará a pecar. Não se contamine focalizando o pecado; antes, siga o conselho do apóstolo Paulo em (Filipenses cap.4 vers.8): “Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente”.

4) UM VERDADEIRO CRISTÃO JAMAIS DEVE TER INVEJA DOS ÍMPIOS: Jamais devemos invejar os ímpios, embora alguns deles possam ser extremamente populares ou excessivamente ricos. Aqueles que seguem a Deus não vivem como os ímpios, por isso, herdarão tesouros no céu. O que um incrédulo adquire na terra pode durar toda a vida dele aqui, mas o que você alcança seguindo a Deus durará para sempre.
”Não se aborreça por causa dos maus, nem tenha inveja dos que praticam o mal”. (Salmos cap.37vers.1).

5) DE MANEIRA NENHUMA DEVEMOS TER INVEJA DO SUCESSO DOS OUTROS: Em (Atos cap.13 vers.44,45) diz: “No sábado seguinte quase todos os moradores da cidade foram ouvir a palavra do Senhor. Quando os judeus viram aquela multidão, ficaram com muita inveja. Então começaram a dizer o contrário do que Paulo dizia e o insultaram”.
Os líderes judeus indubitavelmente trouxeram à tona argumentos teológicos contra Paulo e Barnabé, mas Lucas nos contou qual era a verdadeira razão da hostilidade dos judeus: a inveja. Quando vemos outros alcançando o sucesso, e não o alcançamos nem recebemos o reconhecimento que almejamos, é difícil nos regozijarmos com eles. A inveja é nossa reação natural.

Mas como é trágico quando nossos sentimentos de inveja tentam nos impedir de fazer a obra de Deus. Se a obra é de Deus, regozije-se; não importa quem a esteja fazendo.

6) UM VERDADEIRO CRISTÃO NÃO DEVE COBIÇAR E MUITO MENOS INVEJAR: Todos nós precisamos de uma certa dose de aprovação dos outros. Mas aqueles que se distanciam de seu caminho, a fim de assegurar honras ou alcançar a popularidade perante os outros, tornam-se convencidos e mostram que não estão obedecendo à orientação do Espírito Santo. Aqueles que procuram a aprovação de Deus não precisam invejar ninguém, porque somos seus filhos e temos o Espírito Santo como a amorosa garantia dessa aprovação. Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.

“Nós não devemos ser orgulhosos, nem provocar ninguém, nem ter inveja uns dos outros”. (Gálatas cap.5 vers.26).

CONCLUSÃO DA MATÉRIA:

A inveja é uma das maiores demonstrações de mesquinharia humana, causada pela queda no pecado. Os invejosos chegam a fazer campanhas de perseguição contra suas vítimas, as quais, na maioria das vezes, não têm qualquer culpa por haverem despertado tal sentimento nos invejosos. Geralmente os mal-sucedidos têm inveja dos bem-sucedidos. Essa é uma tentativa distorcida para compensar pelo fracasso, glorificando ao próprio “eu” e procurando enxovalhar a pessoa invejada. Está baseada, portanto, na mais pura carnalidade. Muitas vítimas da inveja já descobriram que a melhor maneira de evitar o invejoso é fugir dele. Uma pessoa bem-sucedida não pode abandonar o seu sucesso, somente para satisfazer o invejoso, tornando-se um fracassado como ele.

QUE DEUS TE ABENÇOE…

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Cultos

Simplicidade

 

Mais à frente vou relatar uma experiência que se não fosse trágica seria cômica. Antes, porém, quero compartilhar "o que" e "como" poderiam ser os nossos cultos ou reuniões congregacionais. Os conceitos de culto de louvor, culto evangelístico ou culto de oração, tarde do milagre, noite de curas não são bíblicos. Não deveríamos marcar hora e local para Deus fazer aquilo que queremos que Ele faça. Por outro lado, também não precisam ser vistos como aberração nem "coisa do diabo"; são apenas formas que criamos para cultuar dentro do mínimo de tempo de que dispomos – embora eu ainda ache que há sérios equívocos nisso. O culto deve ter momentos de júbilo, louvor e dança, adoração, pregação da palavra de Deus, testemunhos e tempo para comunhão, quando os presentes saem dos seus lugares, conversam, riem, oram e comem juntos. Tudo dependendo de nossa disponibilidade em gastarmos tempo para estar juntos.

Um bom conceito de culto público pode ser definido como um conjunto de gestos e palavras codificados, de valor simbólico, próprio de um determinado grupo cultural, que expressa a devoção a uma divindade – no caso dos cristãos o relacionamento, a devoção e o amor ao único Deus, YHWH.

Encontramos um conceito modelar de culto em 1Co 14:26-40, onde Paulo propõe a  participação alegre e enriquecedora dos irmãos, no estímulo às manifestações da graça de Deus experimentáveis pelo exercício dos dons e talentos conferidos pelo Espírito Santo.

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação (…) Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.”

É forte no pensamento religioso o sentimento de que a pessoa que agrada a Deus é aquela que não falta aos cultos e procura cumprir uma lista de regras e mandamentos. Da mesma forma, é forte também o pensamento de que a pessoa que desagrada a Deus, resumidamente, é aquela que não frequenta as reuniões de sua congregação e não se envolve no conjunto de normas internas e eventos promovidos pela igreja.

Entretanto, se atentarmos bem, este cenário remonta o sistema farisaico tão criticado por Jesus. Nenhuma prisão é tão forte quanto o sistema de obrigações religiosas. Devemos nos lembrar de que uma das lições mais importantes que Jesus ensinou a seus discípulos é que parem de buscar a vida que vem de Deus por meio de rituais e obrigações religiosas. Jesus não veio para criar nem melhorar uma religião; veio para convidar-nos a um relacionamento com ele.

Portanto, o culto deve encerrar a ideia de estilo de vida. O “momento de culto”, como conhecemos, em um local (templo) e com hora marcada, deve ser compreendido como oportunidade de prestigiar a presença de outros de mesma e fé e prática, e aproveitar essa inigualável experiência para crescimento mútuo.

(Romanos 12:1) – “ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”

Agora vamos ao fato trágico e nada cômico. Em fevereiro de 2010, participei de um culto dirigido por um profeta, no auditório de uma escola pública da Asa Sul, em Brasília. O contexto era de um retiro de carnaval. O profeta retirou as sandálias e sentou-se no chão da plataforma à frente. Com o microfone em punho conversava naturalmente com os ouvintes, citando de cor textos bíblicos e trazendo a sua visão acerca destes. Contudo, no decorrer do trabalho, o lugar foi sendo tomado por uma atmosfera de mistério, induzido por chavões como “Deus quer fazer algo especial aqui…” e “Você nunca mais será o mesmo depois que sair deste lugar…”.

O profeta fazia longas pausas nas suas falas e depois balbuciava palavras como se as tivesse acabado de recebê-las no ouvido, como recados de Deus. Em seguida, olhou para uma grande janela à sua direita e disse que em minutos entraria um vento que encheria aquele lugar do poder de Deus, e que quando acontecesse todos seriam alcançados por graça tão especial que começariam a falar em outras línguas, num batismo coletivo e irresistível do Espírito Santo.

O que aconteceu em seguida é fácil deduzir (o tempo estava fresco no início da noite e o tal vento veio mesmo). Foi um alvoroço de gritos, pessoas caídas no chão, rodopios e choros histéricos, que durou cerca de 10 ou 20 minutos. Em seguida, recompostos os presentes (?), mandou o pregador que trouxessem água em copos e jarros, intercalando leituras bíblicas aparentemente desconectadas com histórias e testemunhos.

A água chegou pelas mãos de alguns obreiros e fez-se um “ato profético”. Sob a orientação detalhada do profeta, todos teriam de beber um pouco daquela água com fé para serem cheios do Espírito Santo, para experimentarem o que ocorrera em Atos 2. Fizeram então passar alguns copos de mão em mão, e todos bebiam do mesmo copo que ia passando, suado e babado, pela crença pia de que esse ato lhes transmitiria alguma virtude. O que se via desde então eram pessoas caindo novamente, dançando, ajoelhadas ou deitadas no chão (aparentemente inconscientes). A tudo eu observava cético e atônito, sem me envolver. Por vários momentos pretendi sair daquele local, mas por algum motivo – provavelmente curiosidade – preferi ficar, para ver no que iria dar aquele negócio.

Não satisfeito, o pregador pegou uma jarra com aquela água “ungida” e aspergiu da plataforma em todos os presentes, com a promessa de que seriam inundados com o poder de Deus. Em seguida, inacreditavelmente, houve outra previsão de que, agora da janela da esquerda, viria outro vento para encher o local do assombro e da graça do Senhor.

Neste momento, lembrei-me dos dizeres de Pedro em 2Pe 2.2: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo.”

Pedro, depois de ter sido amorosamente tratado por Jesus, chegou a essa sublime e madura conclusão. Ele associou o crescimento saudável do crente ao leite (alimento) racional que se deve desejar.

Precisamos de discernimento, não apenas porque o obreiro cristão hoje está cercado de espiritualidades falsas, mas porque muito do que passa por cristianismo evangélico é apenas verniz das coisas espirituais. (Paul Stevens, 1998)

Ah, irmãos, como lamentei tanto afastamento da Palavra… O Evangelho é tão simples. É claro que a presença singular e poderosa do Senhor, Criador do Universo, Todo Poderoso, pode nos causar abalos. A estrutura humana é deveras frágil para suportar tão grande e inimaginável poder. Todavia, não podemos nos entregar ao ponto de ver roubada a nossa lucidez, não podemos estar absortos seja onde for e isso inclui os nossos mais elevados momentos de culto ao Senhor. A nossa racionalidade é também item da criação do Senhor, não é algo das mãos de homens ou mesmo de demônios, que devamos nos abster para a aproximação com o Deus que adoramos. Antes devemos nos aproximar do Pai completos, e excluir a racionalidade desse conjunto é tornarmo-nos incompletos, capados, aleijados diante do Pai.

Assim, devemos atentar diligentemente para tudo o que fazemos, em atitude sóbria de verdadeiro culto racional (seja no templo ou fora dele), especialmente em momentos de cultos, justamente pelo apelo emocional que pode produzir. Algumas vezes podemos experimentar fortes emoções e confundi-las com a genuína presença de Deus. A presença de Deus emociona, [des]estrutura, abala, envolve, mas nem toda emoção pode ser atribuída à manifestação de Deus.