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Pastora pede que apenas pessoas brancas deem saudação na porta da igreja e causa polêmica

Por Leonardo Blair | Repórter do The Christian Post tradutor Amanda Gigliotti

Uma pastora de uma igreja multi-racial em Charlotte, Carolina do Norte, provocou recentemente uma controvérisa entre seus congregantes quando ela calmamente emitiu um pedido a um grupo de voluntários para recepcionistas na igreja, para ter somente “pessoas brancas” saudando as pessoas na frente da igreja nos cultos de domingo.

  • freedom house
    (Foto: Screenshot/WBTV)
    Freedom House Church.

De acordo com a WBTV, a pastora executiva de operações na Freddom House Church, Makeda Pennycooke, um dos apenas dois rostos negros entre aequipe executiva de 18 membros listados no site da igreja, enviou um email para o grupo de voluntários recepcionistas para o culto das 9h da igreja solicitando somente brancos na equipe.

Carmen Thomas, que atendeu e serviu na igreja por cerca de dois anos, disse que ela ficou chocada com o pedido.

“Eu fiquei chocada”, disse Thomas, que apresentou um cópia do email para a WBTV. “Você pode colocar um rosto branco por toda a porta da frente. Mas quando você vem por essas portas, você vê afro-americanos, você vê asiáticos. Você vê pessoas de cor.”

A pastora Pennycooke teria lembrado os voluntários no email que outono é um dos períodos mais movimentados do ano para a igreja e eles precisavam colocar o seu “melhor” na frente.

“Prevemos que teremos um aumento no número de pessoas visitando e atendendo a Freedom House nas próximas semanas”, observou Pennycooke no email enquanto apontava que a “primeira impressão é a que fica” e que a igreja quer “o melhor do melhor nas portas da frente”.

Thomas, que é também negra, disse que ela sabia exatamente o que a pastora queria dizer com a declaração.

“Muito negro”, disse ao WBTV. “Não foi a conclusão que eu cheguei. Foi algo que eu li.”

Thomas não atende mais a igreja, mas ela explicou que a decisão pode ter tido a ver com o posicionamento da igreja em geral.

“Talvez você acredite que com certa congregação eventualmente suas finanças serão melhores porque talvez não somos o que fazem dinheiro”, disse ela.

O The Christian Post entrou em contato com a Freedom House para comentário na terça-feira, porém, não houve resposta a diversas ligações.

Em uma resposta à WBTV, contudo, a porta-voz da Freedom House confirmou que Pennycooke tinha enviado o email.

“O email foi enviado por um dos nossos pastores de longa data em uma tentativa de enfatizar que nosso equipe de saudação reflete a diversidade racial de nossa congregação como um todo”, disse uma declaração da igreja para a WBTV. “Entretanto, ela admitiu que foi um erro enfatizar demasiadamente um grupo em específico e enviou um pedido de desculpas dentro de 24 horas depois do email original.”

“Os pastores têm se encontrado com os funcionários e membros da igreja para confirmar o seu compromisso com a diversidade e para assegurar que nada disso aconteça novamente”, disseram os oficiais da igreja para a WBTV.

A declaração da Freedom House Church dizia:

Um dos nossos pastores de longa data, em acordo com o desejo de nossa igreja ser inclusiva e intencionalmente alcançar todas as raças, observou que nossa equipe de saudação na porta da frente não estava refletindo a diversidade racial de nossa congregação, e ela quis que visitantes potenciais vissem pessoas como eles mesmos ao entrar em nossa igreja. Entretanto, ela cometeu um erro em julgamento ao pedir que todos os recepcionistas brancos ficassem à frente da porta, colocando ênfase em uma raça mais que na outra, ao tentar destacar a diversidade dentro da equipe de saudação. Ela admite que isso foi um grave erro de julgamento e está sinceramente arrependida de suas ações. Ela pediu desculpas imediatemente e pediu o nosso perdão. Ela e os pastores seniores se fizeram disponíveis para reunir-se com os membros da igreja que querem discutir essa situação com eles, e ter comunicado o seu verdadeiro coração nesta matéria – para ser uma igreja acolhedora e inclusiva para todos. A Freedom House acredita em um relacionamento diversificado dentro de sua sociedade, refletindo uma comunidade maior na qual a igreja reside, fazendo a vivendo juntos com um representante da igreja de todos – cultural, étnica, econômica e geracionalmente.

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Silas Malafaia diz que gay não será membro por estar no pecado

Foto - bandeira gay sobre templo

     Lanna Holder voltou ao noticiário, mais uma vez, para estarrecer os evangélicos que se regozijaram com o seu testemunho de libertação do lesbianismo na década de 90. Em 2002, ela já foi alvo de polêmica ao ter uma recaída – envolveu-se com uma mulher do grupo de louvor de uma igreja nos EUA, ambas eram casadas. Agora, quase dez anos depois, Lanna volta à cena “sem máscaras”, com uma iniciativa e um discurso que escandaliza quem a viu pregar: ela assumiu publicamente o seu relacionamento com a pastora Rosania Rocha – com quem havia se envolvido nos Estados Unidos -, abriu uma igreja em São Paulo, na qual afirma que homossexualidade não é pecado, e admite que o seu testemunho era enganoso até para ela mesma. “Quando me converti, aprendi que a homossexualidade era uma possessão demoníaca. Isso sempre foi uma luta pessoal, eu não entendia porque, mesmo selada pelo Espírito Santo e abençoada com o dom da Palavra, eu continuava sentindo desejos homossexuais”.
     Lanna desistiu de lutar contra os seus desejos e sentimentos e fundou uma igreja que ela chama de inclusiva, e não de “gays”. Trata-se da Comunidade Cidade de Refúgio, inaugurada em junho em um bairro central de São Paulo. Lá a pregação é bem diferente daquelas que Lanna fazia quando era membro da Assembleia de Deus. Ela fala de libertação para prostitutas, drogados, alcoólatras, mas não para os homossexuais: “Com uma prostituta, alcoólatra ou drogado, iremos acolhê-lo, mas vamos tentar ajudá-lo a mudar a sua conduta de vida. Com o homossexual, entendemos que não é uma opção, mas sim uma orientação, que, na maioria dos casos, é irreversível, principalmente se for de nascença. Se eu pudesse escolher, jamais seria lésbica”.
     Os defensores do Evangelho consideram essa posição uma heresia. Já para a ciência, ainda não há consenso sobre os fatores específicos que levam um indivíduo a tornar-se heterossexual, homossexual ou bissexual, incluindo possíveis efeitos biológicos, psicológicos ou sociais da orientação sexual dos pais. Ao lado da companheira, Lanna mostra firmeza ao defender a nova doutrina, alegando que está pregando o amor e que Deus não faz acepção de pessoas.
     Ao referir a inexperiência de muitos ministérios ao tratar de sexualidade, ela acrescenta que o homossexual se diz discriminado pelos evangélicos e que eles se tornaram resistentes à Palavra de Deus. “Eles pensam: ‘Se Deus não me aceita, se vou para o inferno, então vou ‘zuar’ de vez’. É aí que se lançam na promiscuidade, nas drogas e na prostituição”, explica. No meio das discussões acaloradas sobre a PL 122 e kit gay, Lanna virou alvo da mídia como caso inusitado. Muito bem articulada, ela cita versículos bíblicos de Gênesis a Apocalipse que apontam a homossexualidade como pecado e faz uma interpretação diferente, buscando referências nos textos originais, escritos em grego, nas quais as palavras teriam um sentido diferente dos descritoshoje. Com base nessa releitura, ela argumenta que não há na Bíblia condenação para a homossexualidade: “Existe um contexto em que não posso retirar um texto para fazer um pretexto”.
     “Homossexualidade na Bíblia é pecado, pode tentar, forçar, mas é pecado”
     Um dos maiores articuladores dos protestos contra a PL 122, o pastor Silas Malafaia falou à reportagem da revista Exibir Gospel a respeito da iniciativa de igrejas que se dizem evangélicas, mas defendem que a homossexualidade não é pecado. Em São Paulo, a novidade é a Igreja Comunidade de Refúgio, de Lanna Holder. No Rio de Janeiro, contudo, já existe a Igreja Contemporânea, que tem até filiais pelo Brasil. Tais instituições estão na contramão dos movimentos evangélicos, que pregam o que está escrito na Bíblia: que os homossexuais não herdarão o Reino dos Céus. “O apóstolo Paulo diz em I Co 6-9: ‘Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas’. Sodomitas, aqui, refere-se a homens que se envolvem em atos sexuais com outros homens ”, observou Malafaia, nos bastidores da Marcha para Jesus de São Paulo.
     A nova doutrina das igrejas voltadas para homossexuais também ignora o Evangelho que liberta e transforma o homem, conforme aponta o pastor, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Apesar de seu discurso, ele enfatiza que os evangélicos não são homofóbicos, apenas defendem a Palavra de Deus: “Como qualquer organização, a igreja tem regras. O homossexual é bem recebido, mas ele não será membro, porque está no pecado”. Ainda em I Co 6, no versículo 11 o pastor cita: ‘E é o que alguns de vós têm sido (referência aos impuros, idólatras, sodomitas); mas haveis sido lavados, santificados, justificados em nome do Senhor Jesus pelo Espírito do nosso Deus`. Então como é que a pessoa vem para a igreja e continua homossexual?”, questiona.
     Sobre os argumentos de Lanna Holder, Malafaia diz que ela está “teologicamente errada e confusa”, porque Jesus ama todos, mas não consente que se continue no pecado. “À mulher adúltera ele disse ‘Vem, mas, agora, não peque mais’. O texto áureo da Bíblia fala do amor (João 3-16), mas os versículos 17 e 18 dizem: ‘Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele’”, acrescenta.
     O pastor acrescenta que a Bíblia fala de salvação e de condenação, de amor, misericórdia, mas também de justiça e juízo: “Homossexualidade na Bíblia é pecado, pode tentar, forçar, mas é pecado”. A respeito da afirmação de que se nasce homossexual, Malafaia fala como psicólogo clínico, uma de suas formações: “Não existe ordem cromossômica homossexual. O cromossomo de um homem hetero é igual ao de um homem homossexual, assim como o cromossomo da mulher hetero é como o da mulher homossexual. Homossexualidade é preferência, aprendida ou imposta, é comportamental”. O pastor reconhece, porém, que é necessário que as igrejas tenham uma atenção especial com os homossexuais. “Tem que ajudar, amar e integrá-lo. Muita gente não entende isso. No entanto, se quer ser membro, tem de se submeter às regras. Há salvação para o homossexual, bandido e até para os que se acham politicamente correto. Mas se não aceitar a Cristo, não será transformado, não será perdoado e vai para o inferno. Isso vale para mim e para qualquer um”, conclui.