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ENQUANTO O BRASIL TENTA DISTRIBUIR O KIT GAY, NA ARGENTINA CRIANÇAS RECEBEM KIT DE PREVENÇÃO A CORRUPÇÃO

QUARTA-FEIRA, 8 DE JUNHO DE 2011

 

 

kit-anticorrupcao-ArgentinaO governo argentino criou uma espécie de “kit anticorrupção” para ser distribuído a 1 milhão de alunos do ensino médio no país.

O objetivo é fazer com que os adolescentes reflitam sobre o assunto ao mostrar que atitudes transgressoras nascem em pequenas ações como colar em uma prova na escola.

O material de 62 páginas foi criado pelo Departamento Anticorrupção e traz também um vídeo ficcional com a história de um jovem que rouba as respostas de um exame de inglês, mas tempos depois não consegue arranjar emprego por não dominar a língua.

De acordo com o jornal argentino Clarín, o guia tenta conscientizar os jovens de que a “corrupção está profundamente enraizada em um traço cultural.”

Para ilustrar a mensagem, o texto compara a atitude de um funcionário público que desvia dinheiro destinado a hospitais a de uma pessoa que pega transporte público sem pagar passagem.

O kit afirma ainda que algumas ações, como jogar papel na rua, por menores que possam parecer, podem influenciar outras pessoas o que causaria entupimento de ralos e canais e, consequentemente, inundações. E estas enchentes são responsáveis, muitas vezes, pela morte de pessoas.

A divulgação de que o Departamento Anticorrupção fez um convênio com o Ministério da Educação para utilizar o guia nas aulas de Formação Ética e Cidadania causou polêmica. Os críticos dizem que o conteúdo minimiza a corrupção por parte de políticos do Estado.

 

Fonte: R7

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Religiosos defendem legalização do aborto na Argentina

 

DA ANSA, EM BUENOS AIRES

Representantes de diversas religiões pediram nesta terça-feira a descriminalização do aborto na Argentina e expressaram seu apoio à Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto Legal, Seguro e Gratuito.

Dezenas de organizações sociais e de gênero no país, que integram a Campanha Nacional, convocaram um festival para hoje em frente ao Congresso Nacional para incentivar a aprovação do Projeto de Lei de Interrupção Voluntária da Gravidez, que já foi assinado por 50 parlamentares.

Durante uma conferência conjunta no Legislativo, o pastor Lisandro Orlov, da Igreja Evangélica Luterana Unida, manifestou que "é necessário tirar o tema [do aborto] do Código Penal para colocá-lo na perspectiva dos Direitos Humanos, do Evangelho e dos direitos das pessoas".

Por sua vez, a pastora Mariel Pons, da Igreja Evangélica Metodista, declarou que "limitar a discussão à descriminalização do aborto a um leilão entre quem está a favor e contra a prática é banalizá-la: ninguém pode estar a favor da interrupção de uma vida".

No entanto, segundo ela, o problema "vai mais além desta falsa polarização: a mulher que busca o aborto o faz com angústia e tristeza. A comunidade tem que assumir esta realidade, não escondê-la, mas trazê-la à tona".

O rabino Daniel Goldman, da Comunidade Bet El, enfatizou que "o aborto se pratica goste ou não a vizinha, o professor, o juiz, o religioso ou o legislador". Sendo assim, questiona o rabino, "qual é o lugar do Estado, pensando que sua função é homogeneizar socialmente dando direitos e igualdade?".

A deputada federal Cecilia Merchán, uma das organizadoras do diálogo inter-religioso, ressaltou que "para nós era importante deixar de lado um debate falso, esse que dizem que por um lado estamos promovendo o aborto e do outro estão as igrejas. Mostramos que não é assim".

Merchán antecipou que dezenas de artistas e músicos, parlamentares, personalidades da cultura, intelectuais, jornalistas, dirigentes sindicais e políticos aderiram à campanha.

"O aborto legal é um tema central a respeito dos direitos humanos e à saudade das mulheres", disseram as organizações. "Sua criminalização e sua ilegalidade não impedem que sejam praticados cerca de 500 mil abortos por ano, e o fato de que não estejam garantidas condições sanitárias dignas, seguras e gratuitas aprofunda a desigualdade e faz que morram mulheres, em geral jovens e pobres", completaram

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Cristina Kirchner critica a igreja por lei que permite casamento gay


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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, comparou hoje a resistência da Igreja Católica à lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo à “época das Cruzadas”, na tentativa de convencer os senadores, inclusive os governistas, para que aprovem a medida nesta quarta-feira.

A declaração da presidente, que falou sobre o tema em visita à China, responde às ações da Igreja no país contra a medida, que já foi sancionada pela Câmara dos Deputados e deverá ser votada pelos senadores nesta quarta-feira.

Segundo fontes do Senado, de um total de 72 legisladores, 34 estão decididos a votar contra, 26 a favor e o restante ainda não teria definido sua posição.

Cristina disse estar “surpresa” e “preocupada” por “expressões que falam de um projeto do demônio”, em referência a um documento distribuído nas missas de ontem, e afirmou ainda que essas declarações “remetem aos tempos da Inquisição”.

Membros de colégios católicos e de entidades religiosas, por sua vez, anunciaram que irão se reunir amanhã em frente ao Congresso para rechaçar o projeto. Na mesma região, organizações de defesa dos direitos dos homossexuais pretendem realizar uma mobilização a favor da norma.

Entre os que se posicionam contra a medida está o arcebispo de Buenos Aires, cardeal Jorge Bergoglio, que também é forte opositor ao governo de Cristina.

A medida também causou uma ruptura no governo, já que há senadores governistas que não apoiam esta iniciativa. Contudo, entre os que respaldam a proposta está o governador da província de Santa Fé, Hermes Binner, do Partido Socialista, distanciado do governo e que possui dois assentos no Legislativo.

Já o senador Ernesto Sanz, da União Cívica Radical (UCR), partido de oposição dos ex-presidentes Raúl Alfonsín e Fernando de la Rúa, argumentou que não houve um “debate suficiente”. Anunciando que irá votar favoravelmente à norma, ele previu que senadores da UCR, que é a segunda maior força do Parlamento e que representam províncias de origem conservadora “vão votar contra o projeto”.

Entre a população também foi registrada uma divisão de opiniões. Em Buenos Aires, pesquisas indicam que a maioria da população aprova o matrimônio igual para todos. Já no interior do país, boa parte dos cidadãos é refratária a mudanças no modelo familiar tradicional.

Fonte: Ansa