Estudo global revela novo aumento da perseguição religiosa

Governos ainda são os maiores responsáveis pelas violações

por Jarbas Aragão

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Os horrores da perseguição religiosa praticada por grupos como o Estado Islâmico (EI)  e outros similares no Oriente Médio não foi o suficiente para que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhecesse o genocídio dos cristãos na região.  Em junho, o relatório da Comissão Internacional Independente de Inquérito das Nações Unidas sobre a Síria, presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, abordou somente os problemas enfrentados pela minoria  yazidi.
Contudo, todos os relatos de assassinatos em massa, raptos, tortura, crucificações, decapitações, violações sexuais e destruição de locais de culto nos últimos anos afetou todos os grupos não islâmicos no Oriente Médio, indistintamente. A violência dos jihadistas provocou provoca o êxodo em massa de todos os grupos religiosos, incluindo cristãos, yazidis, mandeanos e até muçulmanos que não seguem a mesma linha do EI.

O  Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) apontou que entre os 196 países analisados desde junho de 2014 , pelo menos 38 experimentaram de forma inequívoca graves violações da liberdade religiosa.  A 13ª edição do estudo destacou que além de casos de perseguição ou discriminação feito por grupos religiosos extremistas, também há várias situações onde o perpetrador foi o próprio Estado. Em Mianmar, no sul da Ásia, 66 igrejas foram destruídas pelo exército local entre 2011 e 2016.  perguicao-religiosa-no-mundo

John Pontifex, editor chefe do Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo, esclarece que nos últimos anos, ocorreu uma evidente escalada dos ataques realizados por grupos extremistas islâmicos. “Atos de genocídio contra grupos minoritários foram cometidos pelos extremistas islâmicos na Síria, no Iraque e na Nigéria”, lembra Pontifex ao The Guardian.

O relatório concluiu que os cristãos são o grupo religioso que mais sofre perseguição no mundo. O editor do estudo entende que isso se deve ao fato de estarem presentes em todo o mundo. “Comunidades menores, que estão restritas a áreas específicas, sofrem perseguição em níveis muito mais severos, mas que não se mostram numericamente ou no número de pessoas atingidas”, conclui.

“Em algumas partes do Oriente Médio – incluindo Síria e Iraque – esse hiper-extremismo está eliminando todas as formas de diversidade religiosa e cresce o risco que o mesmo ocorra em partes da África e do subcontinente asiático”, diz o relatório. “A intenção é substituir o pluralismo por uma monocultura religiosa”.

O estudo pode ser lido na íntegra – em português – no site criado para divulgá-lo. diz que tal violência e intolerância têm sido um dos principais da migração transfronteiriça. Em junho, a ONU divulgou que 65,3 milhões de homens, mulheres e crianças foram forçados a sair de suas casas por causa de guerras e perseguições no ano passado.

Apesar de negada pelos governos, a  intolerância religiosa é um dos principais fatores da atual crise de refugiados mundial. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) admite que dos quatro maiores geradores de refugiados (Síria, Afeganistão, Somália e Sudão do Sul) três são dominados pelo extremismo religioso. Com informações do Gospel Prime.

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Boko Haram incendeia igrejas e mata 90 pessoas em Camarões

O ataque aconteceu na semana passada depois que forças militares da Nigéria e do Camarões mataram 250 extremistas em um confronto

por Leiliane Roberta Lopes – gospelprime

 

Boko Haram incendeia igrejas e mata 90 pessoas em Camarões
Boko Haram incendeia igrejas em Camarões

Cerca de 800 homens do Boko Haram invadiram a cidade de Fotokol, no Camarões, divisa com a Nigéria, e atacaram o povoado matando 90 pessoas e deixando mais de 500 feridos em dois dias de destruição.

O ataque foi motivado pela retaliação feita pela força militar dos dois países na cidade de Gamboru, do outro lado da fronteira, confronto que matou 250 extremistas.

Os terroristas que atacaram Fotokol resolveram incendiar igrejas, mesquitas e vilarejos interiores segundo informações do ministro de Comunicação do Camarões, Issa Tchiroma Bakari. “Eles mataram jovens que resistiram a se unir a eles para lutar contra as forças camaronesas”, explicou o ministro.

Desde 2009 o Boko Haram tem atacado o norte da Nigéria tentando impor um califado, os ataques deixaram milhares de mortos e agora passa para o outro lado da fronteira aterrorizando a população camaronesa. Com informações Folha de SP

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Boko Haram Using Terror to Drive Christians From Nigeria

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President Goodluck Jonathan Called on to Do More to Protect Vulnerable Communities

By Luiza Oleszczuk | Christian Post Reporter

The president of the Christian Association of Nigeria has suggested that Muslim extremists, specifically al-Qaida-linked Boko Haram, are not simply trying to push Christians out of the mostly-Muslim northern areas, but are actually using violence in an effort to expel believers from the country altogether.

  • A member of the clergy guides security forces through the scene of a car bomb explosion at St. Theresa Catholic Church at Madalla, Suleja, just outside Nigeria's capital Abuja, December 25, 2011.

    (Reuters/Afolabi Sotunde)

    A member of the clergy guides security forces through the scene of a car bomb explosion at St. Theresa Catholic Church at Madalla, Suleja, just outside Nigeria’s capital Abuja, December 25, 2011.

Nigeria has been suffering from religious violence for years, with attacks often occurring during the Christmasseason. At least three dozen people were killed in a string of bombings last month. Since December, more than 80 Christians have been killed by radical Muslims, according to the International Christian Concern (ICC), an advocacy group. In addition, the violence has also spread to southern Nigeria, where Muslims and their places of worship have been attacked in apparent retaliation for the killing of Christians in the north.

Jerry Dykstra, Media Relations Director at Open Doors USA, told CP Tuesday that Christians have been feeling increased pressure to take revenge. His organization fights Christian persecution worldwide.

"The pastors there have tried to quiet that especially among the young people. Unfortunately, Christians have retaliated. I guess it’s a matter of what would you do if your church was attacked and your family was murdered?" he said.

Most recently, a mosque and an Islamic school were burned down in the southern Nigerian city of Benin on Jan. 10. Five people were reportedly killed and six were injured in violence in the city, but reports have not specified the identities of the victims.

Pastor Ayo Oritsejafor, CAN’s president, decried the Nigerian government’s failure to protect Christians from attacks and accused some security agents of taking sides.

"The security agencies are polarized along religious lines," he said. "Even when the security agents have information (concerning security measures to be taken against Boko Haram), some of them pass the information to these criminals. This is because some of the security agents are more loyal to their religion (Islam) than to Nigeria as a nation."

It also emerged Wednesday that the man believed to be behind the deadly Christmas bombings managed to escape authorities after being captured.

"I think some people are trying to change the demographics on [the] ground; to do everything to move them out of the North," the church leader said, insisting that politics were at play. Oritsejafor claimed that Muslim politicians were sponsoring young people – members of Boko Haram – to do the killings.

That concern was confirmed by ICC’s religious manager, Jonathan Racho, who told CP that even President Goodluck Jonathan suspects his government has been infiltrated by Muslim extremists.

Jonathan has been facing mounting criticism for not providing adequate protection for the nation’s Christian community. Oritsejafor addressed his president in the interview: "You must muster the political will to make strong decisions. Any of the heads of the security agencies that are not performing, you should remove."

The U.S. Commission on International Religious Freedom (USCIRF) has also found evidence to support the charge that President Jonathan could do more to protect vulnerable Christians and other citizens that have found themselves under attack.

"The United States must vigorously press the Nigerians to address the violence through law enforcement and prosecutions, such as during meetings of the U.S.-Nigeria Bi-National Commission," the organization’s chair, Leonard Leo said recently.

Open Doors listed Nigeria 13th on its list of nations in which Christians are most persecuted. A solution to the problem may start with Muslim-Christian cooperation, Dykstra said, but the terror sect will not be stomped out until Jonathan’s government takes greater control of the situation.

"I think Goodluck Jonathan is feeling the pressure and the heat and [Christians should] pray for him to make decisions so that this doesn’t turn into a major civil war," Dykstra said.