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‘Minha vida está entregue a Deus’, diz Hugo Chávez afirmando que se apegou a Cristo para vencer o câncer

 

Por Luana Santiago | Correspondente do The Christian Post

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou que se apegou à fé cristã para vencer o câncer. O presidente, que desde 2011 luta contra a doença, declarou nesta terça-feira que está se recuperado e que sua vida está nas mãos de Deus.

  • Presidente Hugo Chávez

    (Foto:Divulgação)

    Presidente Hugo Chávez

"Sinto bom ânimo, otimismo, confiança no que fazemos e no que iremos fazer da vida. Minha vida está entregue a Deus e ao povo, muito mais do que antes. Graças a Deus, estou recuperado e me cuidando muito", afirmou o presidente à emissora Fiesta 106.5.

Hugo Chávez, que foi diagnosticado com câncer em junho do ano passado, reconheceu que a doença o aproximou mais do Cristianismo. Ele chegou a declarar ainda não estar preparado para morrer e pediu a Deus para poupar sua vida.

“Desde então, me apeguei mais à Cristo, ao sangue de Cristo e tenho entregado minha vida a Cristo e aqui vou lutando”.

Depois de passar por uma intervenção cirúrgica em Cuba, ele foi submetido à quimioterapia como complemento do tratamento. Porém, em fevereiro, teve que ser operado novamente por reincidência da doença.

Após operado, o presidente venezuelano se submeteu à radioterapia e em julho se declarou curado da doença.

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Hugo Chávez está no poder desde 1998 e no dia 7 de outubro vai enfrentar o candidato Henrique Capriles nas eleições presidenciais.

Segundo a maior parte das pesquisas presidênciais divulgadas por empresas venezuelanas, Chávez lidera a corrida eleitoral contra o candidato da oposição.

O presidente anunciou também que nos próximos dias será lançado o livro Contos de Rouxinol, escrito por jornalistas cubanos que escutaram 148 transmissões do programa de rádio Alô Presidente, no qual ele é o âncora. Segundo ele, o livro reúne suas histórias contadas ao longo das várias transmissões que foram ao ar.

Em um dos programas, ele lembrou que sua avó Rosa Inés preparava e vendia aranhas para sobreviver e que, ainda menino, ajudava a avó nas vendas para manter a casa.

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Los médicos que operaron a Kirchner hablan de `un milagro´

Argentina

 

Los médicos que operaron a Kirchner hablan de `un milagro´

Cristina Fernández Kirchner en la rueda de prensa tras la cirugía

Cristina Fernández Kirchner tenía células cancerosas en la biopsia previa a la cirugía, que luego no aparecieron en el tiroides extirpado.

28 DE ENERO DE 2012, ARGENTINA

Cristina contó -en una rueda de prensa el pasado 25 de enero- que lloró cuando le dijeron que no tenía cáncer, y agradeció a quienes la apoyaron y se alegraron por su recuperación. Entre ellos están una gran parte de los evangélicos argentinos que realizaron cadenas de oración por la Presidenta de su país , siguiendo el mandato bíblico de “orad por los que os gobiernan”.
“Cuando el médico me dijo que no habían encontrado células cancerígenas (en el tiroides extirpado), ese fue el único momento en que me puse a llorar”, confesó Cristina cuando reveló los detalles de lo que ocurrió el sábado 7 de enero en su habitación del Hospital Austral de Pilar, tres días después de que la intervinieran los cirujanos.
Y aseguró que el cirujano jefe Pedro Saco consideró “un milagro” que el análisis anatomopatológico del tiroides extirpado no mostrase rastros del carcinoma que había aparecido en los estudios pre-quirúrgicos . Lo mismo piensan los evangélicos que oraron por ella, así que parece que por una vez ciencia y fe coinciden en el mismo diagnóstico.
EMOCIÓN Y AGRADECIMIENTO
Pero vayamos al momento de estas declaraciones. Apenas se sentó Cristina Fernández Kirchner el pasado miércoles 25 de enero ante los medios en rueda de prensa, lo primero que hizo fue dejar a la vista la cicatriz que cruza varios centímetros de su cuello desde el pasado 4 de enero. “No sea cosa que después digan que no me operé”, explicó, todavía con el micrófono cerrado, para que la oyeran los funcionarios que la rodeaban en el Salón de las Mujeres, invitados a celebrar el regreso de la Presidenta tras su operación.
Fue el comienzo de lo que diría algo más tarde sobre su salud: un relato que combinó emoción, y agradecimiento hacia quienes la apoyaron en este episodio que marcó el inicio de su segundo período en la Casa Rosada.
El procedimiento quirúrgico había sido aconsejado por su propio equipo médico, que consideraba con total seguridad que la Presidenta tenía cáncer en la glándula que le habían extirpado, ya que habían aparecido células cancerígenas en la biopsia previa a la cirugía . De hecho así lo informó el propio Gobierno en varios comunicados oficiales sucesivos desde el 27 de diciembre hasta la intervención.
Cristina dijo además que esa conversación con sus cirujanos fue “un momento de mucha emoción”. “No lo definiría como alegría. Es un momento intransferible, hay que vivirlo”, explicó. "La Presidenta de la Nación agradece a Dios y a todo el pueblo argentino por las bendiciones recibidas", dijo ya en un Comunicado la mandataria al salir de la clínica sabiendo el diagnóstico.
ORACIÓN DE EVANGÉLICOS
El Centro Nacional de Oración , cuya sede está estratégicamente ubicada frente al Congreso de la Nación, en el centro político, religioso y económico de la Argentina, convocó al “cuerpo de Cristo” a orar por la salud de la presidenta Cristina Fernández de Kirchner, que será operada de un cáncer de tiroides".El comunicado difundido por esta organización que encabeza Alejandro Rodríguez propuso a los evangélicos orar por la salud de la Presidenta y la intervención a la que sería sometida y para que la mandataria “pueda ver al Señor de forma personal a través de esta situación” .
También ACIERA  (Alianza Cristianas de Iglesia Evangélicas de la república Argentina) había pedido públicamente oración por la presidenta de su país.

Fuentes: Clarín

© Protestante Digital 2011

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Chávez exalta religiosidade de olho na reeleição, dizem analistas

 

Claudia Jardim

De Caracas para a BBC Brasil

Atualizado em  14 de setembro, 2011 – 06:26 (Brasília) 09:26 GMT

Chávez participa de ritual no Palácio de Miraflores. Foto: AFP

Desde que descobriu câncer, presidente incorporou fé e religião a seu discurso

Desde que foi diagnosticado com câncer, o presidente da Venezuela Hugo Chávez incorporou a fé e a religião a seu discurso, mas para analistas ouvidos pela BBC Brasil, essa mudança de estilo responde a uma necessidade de recuperar popularidade.

Em suas escassas aparições públicas, a retórica de Chávez em defesa do socialismo tem cedido espaço ao misticismo. Especialistas afirmam que isto tem como objetivo a vitória nas eleições presidenciais de 2012, pleito no qual o presidente pretende ser reeleito.

"Com o favor de Deus, de nossos deuses indígenas, do manto da virgem e o espírito da savana (…), esse câncer não voltará nunca mais", disse Chávez durante um ritual indígena, realizado no último sábado no palácio de governo para, segundo os xamãs venezuelanos, curar o "grande cacique".

A Venezuela é um país de maioria católica, mas com forte crescimento no número de evangélicos – os venezuelanos também mesclam cultos africanos e indígenas em suas celebrações espirituais.

Em meio a essa diversidade, Chávez participou de um de um ritual africano, com tambores e cantos por sua recuperação. Ele também viu mais de cem jovens rasparem a cabeça em um ato ecumênico católico-evangélico em demonstração de "sacrifício a Deus", em troca da recuperação do presidente.

Para o analista político Nicmer Evans, professor da Universidade Central da Venezuela, a utilização da fé e do misticismo venezuelano é parte de uma estratégia eleitoral. "Chávez apela à fé para manter a conexão com a população, vínculo que se viu afetado por sua ausência no cotidiano", disse Evans à BBC Brasil.

Chávez, que acostumou a população à sua presença quase que diária na televisão e em atos públicos, teve de sair de cena em junho, para realizar o tratamento médico contra o câncer.

"(Chávez) tem de buscar um compensador místico-religioso para preencher esse vazio (na comunicação), que não é de poder, e sim, um vazio de Chávez."

Luis Vicente León, da consultoria Datanalisis

‘Prato principal’

De família católica, Chávez – que foi coroinha de Igreja quando criança – nunca escondeu seu lado religioso vinculado ao cristianismo. Em consequência do câncer, o que mudou foi a "dose" de espiritualidade, na opinião do diretor da consultoria Datanalisis, Luis Vicente León.

O analista afirma que a cultura místico-religiosa durante o governo Chávez sempre existiu, porém, "sempre foi o tempero, não o prato principal".

"Agora, o prato principal, que era essa presença praticamente onipresente na comunicação desaparece, e ele (o presidente) tem de buscar um compensador místico-religioso para preencher esse vazio, que não é de poder, e sim, um vazio de Chávez", disse.

Em julho, durante uma missa em que recebeu a unção dos enfermos, Chávez – que mantém uma tensa relação com a hierarquia da Igreja católica – disse sentir-se "o coroinha que sempre fui" e leu trechos da Bíblía durante a cerimônia.

Neste mesmo período, Chávez prometeu entregar US$ 22 milhões para a construção de um templo católico, no Estado de Táchira, com capacidade para quase 30 mil pessoas.

‘Milagre’

Nessa terça-feira, o presidente anunciou que se prepara para um quarto e talvez último ciclo de tratamento com quimioterapia e disse esperar estar "plenamente" recuperado da doença.

Parcialmente fora da cena política desde julho, Chávez admitiu, no entanto, que não poderá percorrer o país com o mesmo vigor colocado nas campanhas anteriores.

"Chávez recuperado, já como candidato, recorrendo o país, no ritmo que imponha as circunstâncias, mas também utilizando ao máximo a tecnologia que temos", disse o presidente.

Para Luis Vicente León, em uma campanha tão decisiva como as eleições presidenciais de outubro do próximo ano, "quanto mais místico, mais espiritual for o entorno do presidente agora, mais mágico será seu retorno".

"Chávez apela à fé para manter a conexão com a população, vínculo que se viu afetado por sua ausência no cotidiano."

Nicmer Evans, professor da Universidade Central da Venezuela

"Chávez prepara o cenário da ressureição e envolve a todos seus simpatizantes (que rezaram por ele) no milagre", disse o especialista.

Popularidade

De acordo com pesquisas de opinião realizada pela consultoria Hinterlaces, a popularidade do presidente venezuelano aumentou nos últimos meses, ao atingir 58% em setembro.

Este índice contrasta com a queda em sua aprovação que vinha sendo registrada, cujos indicadores flutuavam entre 44% e 48%. O pior indíce dos últimos anos foi registrado em março de 2010, quando apenas 37% dos venezuelanos diziam apoiar o presidente.

O câncer, a moderação do discurso – voltado à classe média e setores empresariais – e a tentativa de dar uma nova roupagem à gestão do Executivo com o lançamento de um mega projeto de construção de moradia popular teriam alavancado a popularidade do presidente nos últimos meses.

"Chávez diminuiu o volume ideológico e se favoreceu. Tem se comportado mais como um predicador que como um líder político", disse o analista Oscar Schemel, diretor da Hinterlaces.

Para esses especialistas, os pre-candidatos presidenciais da coalizão opositora, por sua vez, também acabaram "contaminados" pela onda religiosa vinda de Miraflores.

Na semana passada, pelo menos sete pré-candidatos participaram de atos de celebração de uma das santas padroeiras da Venezuela, a Virgem del Valle.

"Todos acabam amarrados no tipo de liderança de Chávez e tentam ser como ele", afirmou o analista Nicmer Evans. "Chávez, apesar da doença, continua influenciando a atuação de seus opositores."