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Cantora Lady Gaga quer virar pastora para realizar casamento lésbico

DIVA GAY

 

A cantora Lady Gaga demonstrou interesse em se tornar pastora, apesar de nunca revelar sua religião e mesmo gravando canções polêmicas em relação ao cristianismo. Mas engana-se quem pensa que ela deseja levar a Palavra de Deus ao mundo, o objetivo da cantora pop é apenas um: poder realizar o casamento de duas amigas lésbicas.

Isso mesmo, ela deseja realizar a cerimônia religiosa da união entre duas mulheres, isso porque no Estado de Nova York já é permitido o casamento entre homossexuais, uma decisão válida desde o dia 24 de junho.

Gaga esclareceu esse desejo durante uma entrevista a uma estação de rádio dizendo que essas duas mulheres vivem juntas há muito tempo. “A minha instrutora de yoga, a Trisha, que é lésbica, vive com a sua companheira há vários anos e têm uma filha linda. Elas me pediram para casá-las. Portanto sim, vou fazê-lo.”

Na opinião da cantora a legalização desse tipo de relacionamento demorou muito para acontecer, e que sua amiga esperou bastante tempo para poder se casar com sua companheira. Ela se considera ativista em favor dos homossexuais e disse que a decisão de Nova York é um passo muito importante. “Acho que, para mim, enquanto ativista, o mais importante é ser positiva e ficar feliz com os pequenos passos que vamos dando ao encontro da igualdade. (…) Vou continuar a lutar pelos nossos direitos.”

Data: 2/8/2011 08:15:00
Fonte: My Way

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Brasileiros divergem de brasileiras sobre casamento de homossexuais

 

por Jose Roberto de Toledo

28.julho.2011 07:00:48

Uma maioria de 55% dos brasileiros é contrária à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Mas o tema divide a população: 52% das mulheres são a favor enquanto 63% dos homens são contra. As opiniões variam muito em função da religião, idade e escolaridade dos entrevistados.

A pesquisa foi feita pelo Ibope Inteligência entre 14 e 18 de julho. Foram entrevistados pessoalmente 2 mil brasileiros de todas as regiões do país, seguindo as quotas de distribuição da população por idade, sexo e classe de consumo. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. Os resultados podem ser extrapolados para toda a população brasileira.

A decisão do STF vai ao encontro do que pensam os brasileiros com menos de 40 anos, e contraria os mais velhos. O apoio à união gay varia de 60% entre os jovens de 16 a 24 anos a apenas 27% entre aqueles com 50 anos ou mais.

Não há pesquisas anteriores que revelem a tendência histórica, mas se a maioria dos jovens mantiver seus pontos de vista quando envelhecer, é possível que a opinião da maioria mude no médio prazo. Isso também pode ocorrer se aumentar o grau de educação da população.

A tolerância ao casamento de pessoas do mesmo sexo cresce com a escolaridade. A aceitação da união entre homossexuais é praticamente a metade entre quem só cursou até a 4ª série do fundamental (32%) em comparação a quem fez faculdade (60%).

O mesmo ocorre com as classes de consumo. Nas classes D/E, 62% são contra à oficialização da união gay. A taxa de rejeição cai para 56% nos emergentes da classe C, e fica em 51% na soma das classes A/B. Isso se reflete nas diferenças geográficas. Entre os brasileiros do Nordeste e Norte, onde a renda e escolaridade são menores, 60% são contra a união gay.

Mas nada divide mais a opinião dos brasileiros sobre esse assunto do que a religião de cada um. Entre os 60% de brasileiros católicos (50% a 50%) e entre os 12% de ateus/agnósticos (51% de apoio) há um racha de iguais proporções. Entre espíritas e adeptos de outras religiões não-cristãs, o apoio ao casamento de pessoas do mesmo sexo chega a 60%.

Quem desequilibra as opiniões contra a união estável homossexual são os evangélicos/protestantes. Com peso de 23% no total da população em idade de votar, eles são esmagadoramente contrários à decisão do STF: 77%. Apenas 23% concordam com os ministros.

As tendências apresentadas acima se mantêm quando a pergunta é: “Você é a favor ou contra a adoção de crianças por casais do mesmo sexo?”. Praticamente os mesmos 55% são contrários, contra 45% que são a favor. A ideia tem oposição de 62% dos homens, mas só de 49% das mulheres.

O apoio à adoção por casais gays é maior entre os mais jovens (60% entre pessoas de 16 a 24 anos) e mais escolarizados (58% no nível superior). A oposição é muito maior entre os mais pobres (62% nas classes D/E) e, principalmente, entre os evangélicos (72%).

Não opinião de Laure Castelnau, diretora-executiva de marketing do Ibope Inteligência, “o brasileiro não tem restrições em lidar com homossexuais no seu dia-a-dia, mas ainda se mostra resistente a medidas que possam denotar algum tipo de apoio da sociedade a essa questão”.

Isso porque o instituto perguntou qual seria a reação do brasileiro caso seu melhor amigo revelasse ser homossexual. A grande maioria, 73%, respondeu que a revelação não afastaria um do outro. Mas 14% disseram que se afastariam um pouco do amigo gay, e 10%, que se afastariam muito. Os mais incomodados seriam os mais pobres, os mais velhos e os evangélicos.

O Ibope investigou também a opinião dos brasileiros sobre o exercício de carreiras do serviços público por homossexuais, a saber: médicos, policiais e professores do Ensino Fundamental. Embora a grande maioria não tenha restrições, o preconceito é maior contra policiais e professores gays.

Os brasileiros totalmente a favor que homossexuais trabalhem como policias são 59% da população. Outros 15% são “parcialmente a favor” (o que não deixa de ser uma forma branda de ser contra), 9% são “parcialmente contra” e 15% são totalmente contra. A maior oposição vem dos homens, dos evangélicos, dos mais pobres e dos menos escolarizados.

No caso de um homossexual dar aulas da 1º à 9º série, o apoio incondicional fica em 61% dos brasileiros. São “totalmente contra” 15%, “parcialmente contra” 9% e “parcialmente a favor” 15%. Os que sem opõem são os mesmos contrários a que haja policias gays.

Já a contrariedade a médicos homossexuais no serviço público é menor, em comparação às outras profissões. Dois em cada três brasileiros são “totalmente a favor”. Apenas 15% se declaram contra (8% totalmente, 6% parcialmente), e 17% “parcialmente a favor”.

Mais uma vez, o apoio a que os gays exerçam a carreira de médico é sensivelmente maior entre as mulheres (73%), entre os mais jovens (73% até 29 anos), entre quem fez faculdade (75%), no Sudeste (74%) entre os católicos (70%) e adeptos de religiões não-cristãs (80%).

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Deputado evangélico do PR quer plebiscito que valide casamento gay

UNIÃO HOMOSSEXUAL

 

O deputado André Zacharow (PSD-PR), mais conhecido no estado do Paraná por sua atuação na I Igreja Batista da capital e por ser presidente da Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba – SEB, decidiu fazer uma proposta polêmica em seu terceiro mandato: quer que um plebiscito decida a validade as uniões entre pessoas do mesmo sexo. Do alto de seus 71 anos, o deputado – que é advogado, professor e economista – questiona a decisão do STF de reconhecer as uniões de pessoas do mesmo sexo.

A proposta, o PLD 232/11, apresentada em 1º de junho deste ano, quando ainda fazia parte do quadro do PMDB, quer que nas eleições de 2012 ou 2014 os eleitores votem se são a favor ou contra a união civil de pessoas do mesmo sexo. A proposta passará pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Dificilmente o projeto passa, depois da mudança de sigla no deputado, já que o novo partido, o Partido da Democracia Social, do prefeito paulistano Kassab, não deve querer entrar em uma polêmica como essa.

O perigo da proposta é a de ser uma Projeto de Decreto Legislativo, ou seja, não precisa da sanção presidencial para valer. Mas o mecanismo está longe de ser plausível para a intenção do deputado que escondeu em seu argumento a sua posição pessoal, afirmando que é preciso decidir a questão que está acarretando discussões e até violência entre as pessoas. Para ele, é preciso acalmar os ânimos, mas seu pedido não teve caráter de urgência, ou seja, nada muito importante. “Todos deverão se curvar a vontade nacional a ser expressa no resultado do plebiscito”, afirma o deputado evangélico que conta com a vitória, assim como os líderes evangélicos. Que tal colocar um plebiscito sobre a criminalização da homofobia?

Data: 27/7/2011 08:18:21
Fonte: Lado A