Julio Severo
A revista Veja acabou de noticiar que um autodenominado profeta evangélico esteve envolvido com a lama do PT desde a eleição de Lula em 2002. A filha do “profeta” chegou a ajudar dona Dilma na aproximação aos evangélicos durante as eleições de 2010.
Apesar de que o nome do “profeta” é insignificante em comparação com os grandes nomes evangélicos que apoiaram o PT em 2002 (Guilherminho Cunha, Silas Malafaia, Nilson Fanini, Bispo Macedo, etc.), não deixa de ser trágico o testemunho cristão ser misturado à lama do PT.
Aliás, para a eleição de 2002, o PT chegou a trazer ao Brasil o Rev. Jesse Jackson, um notório pastor tradicional esquerdista dos EUA, para atrair os líderes evangélicos do Brasil ao curral eleitoral petista. Funcionou.
Evangélicos “profetas” e não profetas participaram da lama do PT, e ainda dizendo que seu apoio tinha a ver com a vocação profética da igreja.
Não é preciso se profeta para ver que o PT é diabólico. Quem quiser conhecer mais sobre o assunto de profecia, recomendo o livro “O Dom de Profecia”, de Wayne Grudem.
Além disso, não é preciso “demonizar” o PT. O que é preciso é desmonizar o PT! E não é com falsos profetas que se fará isso. Mas com verdadeiros profetas, homens sem nenhuma ligação com a esquerda, homens que não tenham nenhum medo de falar o que Deus quer que eles falem.
Já vimos os falsos profetas pró-PT. Onde agora estão os verdadeiros? Agora, o artigo da Veja:
Pai pastor facilitou contatos de advogada
Elói Ferreira ganhou fama como pregador e se aproximou de poderosos em Brasília – uma conexão que depois seria útil aos interesses da filha
Pr. Elói Ferreira: "profeta" pró-PT
A advogada Christiane Araújo de Oliveira, protagonista da capa da nova edição de VEJA, teve acesso ao mundo dos poderosos por intermédio de seu pai, o pastor Elói de Oliveira. Líder do Tabernáculo do Deus Vivo, em Maceió, ele ganhou fama de profeta e hoje leva suas pregações em igrejas de todo o país – o cachê não sai por menos de 2 mil reais.
Em Brasília, Elói de Oliveira costuma pregar em um templo da Igreja Evangélica Bíblica da Graça. O pastor responsável pelo local, André Salles, ajudou Elói a se aproximar do atual secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Na mesma época, o pregador alagoano conheceu Durval Barbosa, o operador do chamado Mensalão do DEM em Brasília. Os poderes do pregador atraíram políticos de várias matizes. Entre eles o ex-presidente Fernando Collor, o ex-ministro Adir Jatene, o governador de Alagoas, Teotônio Vilela e a ex-ministra Marina Silva.
O pastor tem enfrentado percalços recentemente. Nos últimos dois anos, problemas de fígado o afastaram do altar. Antes disso, havia sofrido uma misteriosa paralisia da qual se livrou repentinamente. Os fiéis, que no passado lotavam o templo, agora somam cerca de 60 em cada culto. A decadência, porém, teria outra explicação: fanáticos próximos ao pastor dizem que ele perdeu parte de seus poderes depois de cair em pecado, ao cometer adultério. Ele chegou a ficar separado da mulher, Maria de Fátima, por alguns meses. A esposa, aliás, coordena um grupo de oração às quartas-feiras em casa – um sobrado discreto. Já a sede da igreja fica em um bairro pobre de Maceió. O terreno foi doado nos anos 1990 por intermédio de um deputado estadual.
Enquanto o pai galgava degraus, Christiane não conseguia a aprovação no vestibular para odontologia em Maceió. Por intermédio de uma pastora amiga da família, ela decidiu ir para Brasília. Ingressou em um curso particular de direito. Passou a morar em uma quitinete e, para pagar as contas, arranjou um emprego. Foi quando o pai resolveu usar sua influência para ajudar Christiane. Ela ganhou um cargo no gabinete do deputado João Caldas. Ele garante que, enquanto esteve lá, ela teve um comportamento adequado.
Encarregado pelo pai de aproximar pastores evangélicos da campanha de Dilma Rousseff à Presidência, Christiane acabou conseguindo um cargo na equipe da petista. Mas não durou muito: perdeu o posto quando veio à tona seu envolvimento com outra máfia, a das sanguessugas.
Tramas – Na capital federal, Christiane se aproximou de Durval Barbosa, com quem, em 2007, passou a trabalhar no governo do Distrito Federal. Tempos depois, ela se envolveria com o então chefe da Advocacia-Geral da União, Antonio Dias Toffoli. E tentou usar sua proximidade com o atual ministro do Supremo Tribunal Federal para influenciar as investigações que derrubariam o então governador José Roberto Arruda. A queda era do interesse de Durval.
A advogada também usou o contato com o ministro Gilberto Carvalho para defender que o então procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, fosse reconduzido ao cargo. Bandarra, descobriu-se depois, era um integrante da máfia que tomara conta do governo local.
Fonte: www.juliosevero.com