Autoridades dizem que cinzas não devem afetar tráfego aéreo europeu como aconteceu em 2010.
22 de maio de 2011 | 9h 39
As autoridades da Islândia decidiram suspender os voos no país neste domingo, um dia depois de o vulcão mais ativo do país, o Grimsvotn, entrar em erupção.
O vulcão lançou uma coluna de fumaça a 20 km de altitude, mas autoridades meteorológicas do país afirmaram que ele não deve provocar problemas generalizados no tráfego aéreo.
No ano passado, outro vulcão islandês, o Eyjafjallajokull, praticamente parou a Europa, quando autoridades decidiram suspender o tráfego aéreo temendo que as finas partículas vulcânicas pudessem provocar panes nos motores de aeronaves.
Uma porta-voz da autoridade de aviação civil islandesa Hjordis Gudmundsdottir disse que a proibição de voo se estende a um raio de 222 km ao redor do Gromsvotn.
O geofísico Pall Einarsson, da universidade da Islândia, disse que a erupção de 2010 foi um evento raro.
"As cinzas do Eyjafjallajokull eram persistentes ou incessantes e muito finas", disse, acrescentando que as do Gromsvotn são mais grossas e, por isso, devem cair mais rápido.
O Grimsvotn fica debaixo da maior geleira da Europa, Vatnajokull, no sudeste islandês.
No ano passado, durante duas semanas, a erupção do Eyjafjallajokull provocou as maiores restrições ao espaço aéreo europeu desde a 2ª Guerra Mundial.
Cerca de 10 milhões de passageiros foram afetados, e muitos questionaram a decisão das autoridades aéreas.
No entanto, um estudo científico recente confirmou os temores por segurança que levaram à suspensão de voos.
O Grimsvotn, que fica no sul da Islândia, não estava ativo desde 2004. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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