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Carne branca tem mesmo teor de colesterol que vermelha, diz estudo

Consumo elevado de ambos os tipos de carne é mais prejudicial do que alta ingestão de ovos; pesquisa não incluiu peixe, apenas carnes como o frango

 

    • Giovanna Borielo, do R7*
Frango grelhado se consumido em altas doses aumenta nível do colesterol ruim

Frango grelhado se consumido em altas doses aumenta nível do colesterol ruim

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) e do Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil de Oakland, ambos nos Estados Unidos, afirma que o consumo de carne branca, assim como de carne vermelha, é capaz de elevar os níveis de colesterol ruim (LDL).

Entretanto, o resultado não se aplicaria à carne de peixe e às carnes processadas, como bacon e linguiça, que não foram utilizadas no estudo.

A pesquisa, publicada na revista científica norte-americana American Journal of Clinical Nutrition, alega que o consumo elevado de ambos os tipos de carne era mais prejudicial do que a alta ingestão de proteínas vegetais, como ovos. Além disso, o estudo mostrou que o consumo de gorduras saturadas aumenta os níveis de colesterol na mesma proporção entre os três tipos de proteínas.

Já dietas vegetarianas, ou seja, que restringem o consumo de carne, trariam menor prejuízo à saúde quando comparadas às dietas em que pessoas consomem carnes brancas e vermelhas.

Apoiado nos resultados, os pesquisadores orientam que a população reduza o consumo de carnes brancas e vermelhas e procure consumir mais proteínas de origem vegetal, que seriam menos prejudiciais à saúde.

Existe o colesterol “bom” e o “ruim”. O LDL, sigla de lipoproteínas de baixa densidade, é o “ruim”. Ele carrega o colesterol do fígado para o resto do corpo, mas costuma deixar parte dessa carga nos vasos sanguíneos, favorecendo a formação das placas. Já o HDL, lipoproteínas de alta densidade, o “bom”, faz o trabalho contrário, recolhendo a gordura acumulada nas artérias.

Cerca de 360 mil brasileiros com colesterol alto não sabem que têm, segundo estimativa do Instituto do Coração (InCor) do HC de São Paulo. O colesterol alto pode levar ao infarto e ao AVC (acidente vascular cerebral).

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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Ciência elege a gordura como o sexto sabor

 

EFE

Omar Segura
Da Efe

"A verdade tem dois sabores: um doce, para quem a diz, e outro amargo, para quem a ouve", escreveu o poeta espanhol Francisco Rodríguez Marín. Outros falam do sabor do sucesso, da vitória e das lembranças ou até mesmo do sabor da derrota e da vingança.

Aparentemente, do mesmo modo que os alimentos produzem uma série de sensações características, determinadas pelos estímulos químicos detectados pelo gosto e pelo olfato, também as ideias, as emoções e muitas experiências humanas provocam diversas sensações em nosso cérebro.

Mas esta última descoberta surpreendente sobre os sabores não se refere a estímulos subjetivos, mas a outros mais objetivos e cotidianos: os produzidos por comidas e bebidas. Carnes, peixes, leite e derivados e outros alimentos são fontes de diferentes tipos de gorduras, e elas são o sexto sabor que uma pessoa pode identificar, de acordo com uma pesquisa recente.

Uma equipe de cientistas da Universidade de Deakin, na Austrália, que trabalhou em conjunto com pesquisadores da Universidade de Adelaide, descobriu que a língua dos seres humanos tem a capacidade de identificar as gorduras e diferenciá-las de outros sabores.

Segundo o estudo, que foi publicado na revista médica "British Journal of Nutrition" e se soma a pesquisas realizadas nos Estados Unidos que utilizaram animais para detectar o sabor da gordura, os outros cinco sabores que podem ser percebidos pelas pessoas são o doce, o ácido, o salgado, o amargo e o "umami" (um sabor presente nos alimentos que contêm um aminoácido chamado Glutamato Monossódico).

O quinto sabor, o umami, foi identificado pelo japonês Kikunae Ikeda no início do século 20 e provém de aspargos, tomates, queijos fortes e carnes. No entanto, ele não pode ser classificado dentro dos quatro sabores clássicos. Frequentemente, outros sabores mais fortes o fazem passar despercebido.