Manifestações da população pedem por proteção das autoridades
Ao menos 81 cristãos que frequentam o culto de uma igreja cristã de Peshawar, noroeste do Paquistão, foram mortos após dois ataques suicidas do movimento extremista Talibã.
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(Foto: Reuters)Cristãos fazem protestos contra atentado no Paquistão.
Outros dados apontam que os mortos incluem 37 mulheres, e 131 feridos. E de acordo com o número total de vítimas, a tragédia já está sendo chamada de o pior ataque da história contra os cristãos.
Sangue, partes de corpos e páginas da Bíblia podem ser vista dentro da igreja após o ataque, de acordo com o jornal Pakistan’s Dawn.
Cerca de 400 fiéis trocavam saudações para celebrar o trabalho de 130 anos da Igreja de Todos os Santos, na cidade de Peshawar, quando os dois bombardeiros, cada um com cerca de 6 kg de explosivos, foram lançados ao prédio da igreja.
- “Eu me vi no ar e, em seguida no chão, dentro de uma enorme bola de fogo”, disse Sabir John, um membro da igreja que perdeu um de seus braços na explosão, segundo o jornal britânico The Guardian.
“Eu nunca vi tantos corpos humanos empilhados”, afirma Arshad Javed, diretor-executivo do Peshawar’s Lady Reading Hospital, conforme relatou o diário Wall Street Journal.
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O ataque assumido pelos talibãs paquistaneses se deve por conta de ataques de drones norte-americanos contra a Al Qaeda na fronteira do Paquistão com o Afeganistão, de acordo com o porta-voz do grupo à agência de notícias AFP.
“Cometemos o atentado suicida na igreja de Peshawar e continuaremos atacando os estrangeiros e não muçulmanos até que parem os ataques de drones”, declarou Ahmad Marwat, porta-voz dos talibãs.
O atentado fez surgir diversas manifestações pelo Paquistão, como nas cidades de Karachi e Faisalabad, para pedir proteção das autoridades. Em Islamabad, capital do Paquistão, cerca de 100 pessoas fecharam a principal via de acesso da cidade nesta última segunda-feira (23).
Vale recordar, que a comunidade cristã possui participação de 2% da população do Paquistão, que equivale a cerca de 180 milhões de habitantes. E a maior parte do país é muçulmana, segundo o portal de notícias G1.