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Pastor faz fiéis comerem cobra e garante: “Vai virar chocolate”

Pela fé, animais se transformariam em chocolate

por Jarbas Aragão – gospelprime –

 

Pastor faz fiéis comerem cobra e garante: “Vai virar chocolate”
Pastor ensina fiéis a comer cobras em culto

O pastor Penuel Tshepo, que se auto intitula “profeta”, é líder do ministério Discípulos do Final dos Tempos. Em sua igreja na cidade de Pretória, na África do Sul, ele já fez muitas coisas polêmicas, como ensinar as pessoas a tirar as roupas para que ele pudesse sentar sobre seus corpos nus para orar por elas por cura.

Novamente ele chamou atenção da imprensa por fazer algo bizarro no culto. Segundo o jornal inglês Metro ele está fazendo os fiéis engolirem cobras vivas. Mais estranho ainda é o fato de ele ensinar que elas se transformarão milagrosamente em chocolate em contato com a boca.

Em sua página no Facebook, Penuel justifica que tudo isso funciona por causa da fé dos seus seguidores. Seu ensino é que o crente possui “autoridade” para mudar qualquer coisa e isso acontece quando se aprende a exercer essa autoridade.

Existem várias fotos e depoimentos sobre a prática. “Eu fiz o que me mandaram. Comi e senti gosto de chocolate. Era diferente, mas era bom”, afirmou um fiel.

Outro membro da igreja, explica “Eu não tinha muita segurança da primeira vez, mas quando mordi a cobra, percebi que era o melhor chocolate que já havia comido”.

No Facebook, o texto que acompanha as fotos diz que é uma demonstração do poder de Deus e cita inclusive o versículo de Romanos 14:2 “Um crê que pode comer de tudo; já outro, cuja fé é fraca, come apenas alimentos vegetais”.

O controverso Penuel já ensinou os membros de sua igreja a beber gasolina e comer pedaços de pano para serem abençoados.  Esse tipo de prática parece ser popular em igrejas de Pretória.

Ano passado o pastor Lesego Daniel, do Ministério Centro Raboni, na mesma região, ficou mundialmente conhecido por ensinar os fiéis de sua congregação a comer grama por que, desta maneira, poderiam estar “mais perto de Deus”.

Meses depois, divulgou um vídeo onde pega uma garrafa contendo gasolina e ensina a congregação que, pela fé, o conteúdo da garrafa se transformaria em suco de abacaxi. Muitos fiéis aceitaram o desafio e beberam o líquido testificando que ocorrera uma transformação milagrosa.

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Projeto de Lei quer Proibir o Sacrifício de Animais em Cultos Religiosos

 

Por Ana Araújo|Repórter do The Christian Post

Um novo projeto de lei divulgado pela Folha chamou a atenção de religiosos e ambientalistas esta semana, na Assembléia Legislativa de São Paulo. A intenção é proibir o sacrifício de animais em cultos religiosos.

Para o autor, Feliciano Filho, PV, o seu projeto só reforça o que já é lei. Na Constituição e na Lei de Crimes Ambientais já é proibida a crueldade e os maus-tratos contra animais, "só fixei multa para quem praticar o sacrifício, que já é proibido”. A polêmica é que vai de encontro à lei que garante a liberdade ao culto. A discussão agora é qual direito deve ser protegido primeiro.

São questões a se pensar: proibir os sacrifícios iria contra a liberdade religiosa? Há realmente caracterização de maus-tratos nesta prática? "é um conflito. A legislação encampa valores da liberdade religiosa e do ambiente. Os dois lados podem ter razão", diz Daniel Lourenço, especialista em direito animal.

O cristianismo não adota o sacrifício de animais, apesar de considerá-los seres inferiores por não usufruírem do livre-arbítrio. No judaísmo também não é comum o sacrifício de animais, apesar do abate kosher, que usa em larga escala técnicas próprias para matar o animal evitando ao máximo o seu sofrimento.

Segundo divulgado na Folha, em 2010, o Brasil exportou 475,23 mil toneladas de carne para países que exigem abate halal ou kosher (39% do total exportado).

A publicação aponta que o sacrifício é mais comum entre membros do candomblé, muçulmanos e judaísmo. Muitos estão considerando a lei preconceituosa. "As motivações da lei são o preconceito e a ignorância. Se o deputado estivesse preocupado com animais, deveria bater na porta de frigoríficos", declara o sociólogo Reginaldo Prandi.

Para Antonio Carlos Arruda, coordenador de políticas públicas da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de SP, o projeto é "inaceitável". "Liberdade religiosa é princípio da democracia." O promotor de Justiça do Estado Laerte Fernando Levai declarou que "há que se respeitar o direito ao culto, sim, desde que as práticas não impliquem violência".

Defensores dos animais apoiaram a idéia. "Nossa sociedade ainda tem a idéia de que animais são coisas. Nessa visão, o direito do homem é superior ao deles", diz o advogado Daniel Lourenço. Para Reginaldo Prandi, a evolução deve vir de dentro da religião. "Há segmentos do candomblé que não matam animais. Pode ser que, no futuro, a religião evolua para um sacrifício mais simbólico, mas isso não pode ser imposto. Não se muda uma religião por decreto".