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Aprovação do projeto ‘cura gay’ pela Comissão de Feliciano é notícia falsa, critica colunista da Veja

PorAmanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post

A aprovação do projeto de lei que altera a resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP), com relação ao tratamento de homossexuais, causou polêmica, nesta terça-feira. Jornalistas fizeram críticas pela abordagem ‘distorcida’ e ‘mentirosa’ das notícias sobre o referido projeto que ficou conhecido como ‘projeto de cura gay’.

  • Comissão de Direitos Humanos
    (Foto: Divulgação/PSC)
    Comissão de Direitos Humanos presidida pelo deputado Pastor Marco Feliciano.

De acordo com o colunista da Veja, Reinaldo Azevedo, as manchetes que dizem que foi aprovado o “projeto de cura gay”, referentes a esse projeto, correspondem à falsas notícias. Ele critica também os títulos que dizem que a “Comissão de Feliciano.. aprovou”.

O projeto de Decreto Legislativo nº 234/11, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO) visa sustar o parágrafo único do Art. 3° da resolução do CFP, que proíbe os psicólogos de oferecerem tratamento aos homossexuais. “Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”, diz o parágrafo.

Ele também susta o artigo Art. 4° que diz “Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica”.

Azevedo explica que o projeto não se trata de curar os gays, ressaltando que ela não é enquadrada na lista de doenças pela Organização Mundial de Saúde. E afirma que a comissão também não pertence a Marco Feliciano (PSC-SP).

O colunista da Veja classificou tais notícias como “militância política em redação”. “Cada um que tivesse as suas convicções, mas o compromisso tinha de ser com o fato, segundo valores, a saber: defesa da democracia, do estado de direito, da economia de mercado”.

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“Era proibido, por exemplo, mentir, simplificar ou trapacear em nome do bem da humanidade. Jornalista reporta o que vê – alguns opinam. Mas sem inventar o que não existe num caso ou noutro”.

O texto foi aprovado por votação simbólica e tem a intenção de devolver a autonomia profissional, sob a justificativa de que “O Conselho Federal de Psicologia, ao restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional, por intermédio do questionado ato normativo, extrapolou o seu poder regulamentar”.

Antes de virar lei, o projeto deverá ainda seguir para a Comissão de Seguridade Social e Família e para a Comissão de Constituição e Justiça para, então, chegar ao plenário da Câmara para apreciação dos outros deputados.

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Colunista da Veja critica postura ‘intolerante’ de militantes gays com Silas Malafaia em audiência pública

 

Por Luana Santiago | Correspondente do The Christian Post

Reinaldo Azevedo, jornalista e colunista da revista Veja publicou um artigo levantando a questão sobre a cura gay e a intolerância observada na audiência pública, realizada para debater o Projeto de Decreto Legislativo 234/11, na última quarta-feira, dia 28.

O decreto, de autoria do deputado federal João Campos (PSDB-GO), pretende revogar parte de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia que impõe regras aos profissionais da área na relação com pacientes homossexuais.

De acordo com o colunista, participaram do encontro militantes de movimentos gays, representantes de igrejas cristãs e profissionais da área.

Para o colunista, o debate foi “um espetáculo grotesco. A intolerância mais rombuda, envergando as vestes da liberdade, gritou, injuriou, espezinhou, partiu para a baixaria”.

O colunista revela não ser a favor da hipótese de uma cura gay, já que não considera a homossexualidade uma doença. No entanto, ressalta que não acredita também ser uma opção: “sexualidade não é uma opção — se fosse, a esmagadora maioria escolheria o caminho da maior aceitação social (…)”, comentou.

Entre alguns trechos do projeto de lei que julga apropriados, ele cita alguns que “avança o sinal”, abrindo “as portas para a caça às bruxas”.

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Reinaldo cita o trecho: “Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”; e “Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação em massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica”.

“Qual é o principal problema desses óbices?” questiona o colunista. Ele próprio conclui que, “cria-se um ‘padrão’ não definido na relação entre o psicólogo e a homossexualidade”.

Para ele, tais trechos são “tão estupidamente” subjetivos que se torna possível enquadrar qualquer profissional punindo-o com base no simples "achismo", na mera opinião de um eventual adversário.

Com base em uma pesquisa, o colunista da Veja diz que não encontrou evidências de resolução parecida em nenhum lugar do mundo, considerando esta discussão no Brasil uma forma de “usar o discurso da liberdade para solapar a própria liberdade, não se dão a desfrutes dessa natureza”.

Ele cita como exemplo os governos da Califórnia e dos Estados Unidos que proibiram a terapia forçada de “cura” da homossexualidade em adolescentes, o que julga ser “muito diferente do que fez o conselho no Brasil”.

Intolerância

Reinaldo reafirma não acreditar na cura gay por não considerar a postura uma doença. Porém, ressalta que deve haver respeito no debate entre as pessoas com diferentes opiniões.

“O sentido de um evento assim é confrontar opiniões, é permitir que as várias vozes da sociedade se manifestem.”

Reinaldo faz uma crítica a posturas dos militantes gays que defendem a tolerância, mas que agiram com intolerância no pronunciamento do pastor Silas Malafaia. Segundo o jornalista, o associaram à “suástica nazi”. “Ei-la: esta é a intolerância dos tolerantes”.

“Cartazes de puro deboche e achincalhe eram exibidos enquanto ele emitia os seus pontos de vista; ele mal conseguia articular palavra sem que a tropa de choque do sindicalismo gay o interrompesse com vaias e apupos”, comentou Reinaldo.

Reinaldo ainda critica a postura do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que de acordo com ele estava “a comandar o espetáculo”. Para ele, o parlamentar que defende a tolerância aos homossexuais deveria inspirar a atitude de tolerância nos seus seguidores, oposto ao que observou.

“Custa a esse parlamentar – que fala em nome da tolerância – inspirar a tolerância naqueles que o seguem, para que ouçam com respeito os que divergem?”

“Se é inaceitável – e é – que um gay seja alvo de discriminação, objeto de deboche – por que estimular comportamento semelhante contra aqueles que consideram seus adversários?”