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“Profeta” repreende John MacArthur por pregar que os dons cessaram

Conhecido pastor é censurado por pregar cessacionismo

por Jarbas Aragão – gospelprime –

 

“Profeta” repreende John MacArthur por pregar que os dons cessaram
“Profeta” repreende John MacArthur

Um vídeo se tornou viral nos Estados Unidos mostrando mais um pastor famoso sendo repreendido. Mês passado, seis homens foram presos depois de chamar Joel Osteen de “mentiroso”.

Desta vez, um homem natural da Escócia, alegando ser um profeta enviado por Deus, interrompeu o culto da igreja Grace to You, liderada pelo pastor John MacArthur. Seu nome não foi revelado, mas o vídeo mostra que ele traz uma repreensão pelo fato de McArthur defender cessacionismo. Essa doutrina afirma que os dons do Espírito Santo mencionados na Bíblia cessaram com os apóstolos.

McArthur é um grande crítico do movimento pentecostal, tendo escrito livros e pregado continuamente sobre o assunto.

Do púlpito, o pastor ouviu a repreensão em silêncio. Enquanto os seguranças da igreja tiravam o homem da nave, ele continuou a chamar o pregador ao arrependimento.

Em seguida, o pastor MacArthur, respondeu com bom humor, assegurando aos congregantes que a equipe de segurança iria lidar com o intruso com gentileza.

Também ele explicou que, de acordo com 1 Coríntios 14, o espírito está sujeito ao profeta. Logo, se aquele homem fosse um profeta verdadeiro, não teria se comportado daquela maneira. Limitou-se a dizer que aquela era uma “situação triste” e que não era a primeira vez que algo semelhante ocorria.

O incidente acabou virando motivo de piada nas redes sociais, mas tocou num ponto crucial da teologia. Vários teólogos pentecostais criticaram a decisão do “profeta escocês” de se manifestar desta forma, mas insistem que se McArthur estivesse certo as igrejas pentecostais não seriam as que mais crescem no mundo.

Também lembraram que a maioria das igrejas que negam os dons do Espírito Santo na atualidade abraçaram a teologia liberal, que inclui a aceitação da homossexualidade.

Ainda que tenha lidado com o profeta que invadiu o culto com humor e paciência, em seus escritos, MacArthur sempre usou uma forma contundente e até agressiva. Por isso é chamado de divisionista, uma vez que ridiculariza e condena seus irmãos pentecostais. Com informações Charisma News [2]

Assista:
httpv://www.youtube.com/watch?v=6k0NYr2tdJU

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Eu também falo mistérios

Mas o que é “mistério”? Há inúmeras definições dentro e fora da Bíblia para essa palavra.

por Fábio Ribas – gospelprime –

 

Eu também falo mistérios

Aquela igrejinha ficava numa viela escura de um subúrbio de Brasília. Ao entrarmos, vimos que só havia mulheres vestidas de branco. Elas estavam prostradas pelo chão. Ficamos ali umas três horas antes que, finalmente, entrassem homens. Eles também estavam todos vestidos de branco e começaram uma coreografia “espiritual” estranhamente erotizada com aquelas mulheres.

Uma das mulheres perguntou-me: “Você quer falar em mistérios?”. Prontamente, respondi que sim. Ela ordenou que um dos homens viesse e me abraçasse. Era um homem alto e forte. Segurou-me e, levantando-me do chão, começou a rodopiar. Ficamos ali girando e girando com aquela mulher que ficava gritando: “Repete bem rápido, bem rápido, sem parar: “glória a Deus, glória a Deus, glória a Deus””!

Era o ano da minha conversão, 1995. A minha sede espiritual levou-me a experimentar de tudo o que o mundo evangélico poderia me oferecer. Naquela noite, porém, quando entramos no carro para irmos embora, nossos amigos, também recém-convertidos de uma vida de bruxaria em Alto Paraíso (GO), denunciaram que o que viram ali naquela igrejinha, só haviam visto antes num terreiro de Candomblé.

Mas o que é “mistério”? Há inúmeras definições dentro e fora da Bíblia para essa palavra. Ela é usada no Novo Testamento 28 vezes, sendo que é Paulo quem mais a usa: 21 vezes. E ele usa essa palavra em mais de um sentido, dependendo do contexto. Mas, no sentido que a mulher daquela igrejinha usara comigo, Paulo e o Novo Testamento só o faz em I Cor 14.2.

A experiência do mistério, que nada mais é do que a experiência com o sagrado, fascina o ser humano. E a força disso é tanta que até mesmo ateus se rendem à manifestação do mistério. E, como eu tenho escrito em artigos anteriores, o sagrado se manifesta por meio de uma linguagem específica – o símbolo, o mito, o dogma, o rito: é o próprio mistério querendo sair detrás das cortinas.

O mistério, contudo, só existe para deixar de ser mistério – é o sagrado mostrando a que veio. Não é por acaso que Paulo instrui a Igreja de Corinto, caso não haja quem traduza, a que se cale aquele que faz uso do mistério das línguas ininteligíveis publicamente, pois a função da Igreja é comunicar de maneira clara o Evangelho da Salvação.

Mas eu preciso concluir mais essa abordagem sobre o sagrado explicando o título deste artigo: “Eu também falo mistérios”.

Das 28 vezes em que a palavra mistério ocorre no Novo Testamento, o tal mistério referido é revelado. E das 21 vezes que Paulo usa essa palavra, não há dúvida alguma que, em 14 delas, ele a usa com um mesmo sentido: para revelar que o grande mistério, oculto no passado, mas agora revelado em Cristo, é a entrada dos gentios no povo de Deus por causa da Igreja.

A Igreja é a maneira que Deus estabeleceu de abarcar como povo Seu não apenas os judeus, mas pessoas vindas de TODOS os povos da terra. O véu deste mistério foi rasgado na cruz de Cristo e plenamente anunciado por Deus em Jesus.

A mensagem, portanto, deve ser anunciada a todos os povos. A proclamação do mistério da salvação dos gentios em Cristo é a própria razão de existir da Igreja. Então, sem rodeios, vou revelar aqui um grande mistério: se a sua igreja local, o corpo de irmãos no qual você está inserido, não se empenha no esforço missionário de alcançar outros povos, feche as portas do templo e pare de brincar de clubão, porque vocês ainda não entenderam o mistério eterno revelado pelo próprio Deus na pessoa de Seu Filho Jesus.

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REFORMA OU REAVIVAMENTO?

 

Pr. Luiz Fernando

Quanto mais tempo passa fica mais clara a necessidade de um novo modelo de igreja para o presente momento. Muitos teóricos criticam o modelo vigente dizendo que vivemos em uma era pós-cristã, que a igreja como a tínhamos não mais atraí as pessoas e que agora comunidades sem bandeira denominacional fazem parte do cardápio do momento. No entanto essas comunidades diferenciadas seguem os mesmos modelos só que travestidos de modernidade. Acham que se não houve pastor e sim um líder leigo tudo será diferente. Tentam abolir o dízimo e creem que somente a Ceia do Senhor deve ser mantida como sacramento ou ordenança. Isso tudo evidencia que algo precisar ser mudado e rápido. Tenho visto muita discussão se as mudanças passariam por uma reforma na igreja ou por um viés de reavivamento. As argumentações mais tendentes entre os cristãos tradicionais caminham pela via da reforma seguindo um dos grandes motes da Reforma do século XVI “Ecclesia reformata et semper reformanda est”, Igreja Reformada Sempre se Reformando. Pelo lado pentecostal ou avivado o mote de décadas é avivamento sempre ou busca pelo poder do Espírito Santo. Aí ficamos em um dilema sem solução. O lado tradicional querendo uma volta ao cristianismo primitivo e os pentecostais querendo a mesma coisa só que através de reavivamento.

Um receia uma profunda experiência com o Espírito e o outro de se ver engessado dentro de uma camisa de força da tradição. Creio que a via intermediária seja uma boa solução.

Creio que não precisa ser um em detrimento do outro, ou seja, reforma ou reavivamento. Para mim pode ser reforma e reavivamento. Em nada adiantaria uma reforma sem reavivamento e não surtiria efeito algum um avivamento sem reforma.

Reforma sem reavivamento é odre sem vinho e reavivamento sem reforma e vinho sem odre. Um precisa do outro e foram feitos um para outro. Precisamos sim de uma reforma para expurgar os acréscimos feitos ao evangelho ao longo de décadas que o descaracterizam. Sim, precisamos urgentemente de uma reforma, pois a igreja vem acrescentando comportamentos e doutrinas totalmente alheias ao evangelho. Vem perdendo seu vigor diante de uma sociedade cada vez mais cética e pluralista. A igreja não está conseguindo alcançar várias camadas da sociedade e vem deixando esse espectro social à deriva. Uma reforma colocaria a igreja novamente nos trilhos e a faria ser mais efetiva e eficaz em seu chamado. Muitos entendem por reforma uma mudança radical nas práticas eclesiológicas e litúrgicas, introduzindo assim elementos estranhos ao culto como: dança profética, capoeira gospel, luta livre antes de suas reuniões para atrair os jovens etc. Nada disso tem provocado a reforma tão esperada, mas simplesmente descaracterizado o culto e banalizado o sagrado. Isso não constitui reforma. Uma volta às doutrinas reformadas e à simplicidade do evangelho surtirão os efeitos desejados por muitos. Mas ai aparece o contraditório. Um retorno ao princípio necessariamente passa por reavivamento. Uma volta ao princípio nos colocaria frente a frente com o Espírito Santo e consequentemente com uma vida dinâmica. O problema é que para muitos reavivamento significa confrontos com demônios, sucessão de correntes das mais variadas formas, quebras de maldições, unções de todos os tipos e isso não tem dinamizado a igreja, pois o que por traz se encontra é a busca exacerbada por maior visibilidade, poder e dinheiro. A igreja está morrendo de inanição diante destas tentativas de reavivamento. Reavivamento é atuação soberana do Espirito Santo dinamizando a igreja de Cristo de tal maneira que pecadores se reconhecem pecadores indo para o inferno e buscam abrigo na Cruz do Calvário. Reavivamento é a igreja sendo energizada pelo poder de Deus e cumprindo o ide de Cristo com maior competência. Isto implica em deixar de viver da força da carne e se guiada pelo Espírito. Muitos acham que reavivamento é total ausência de tradição, verdade, doutrina e caráter, mas antes pelo contrário, reavivamento é termos bem presentes nossas origens, nos pautarmos pela verdade da Palavra, seguirmos o norte da Sã Doutrina e demonstrarmos um caráter transformado pelo evangelho de Cristo.

Sim, precisamos de reforma e reavivamento urgente. Precisamos das doutrinas reformadas e um retorno à simplicidade do evangelho e isso orvalhado pelo poder revitalizador do Espírito Santo. Precisamos de odres e vinhos compatíveis. Quando vivermos um reavivamento veremos crescer entre as pessoas um senso de pecado e pequenez diante do Deus todo poderoso. Vivemos dias onde os cristãos não se acanham em pecar e fazem isso naturalmente. Mas cheios do Espírito a primeira impressão no coração do homem é de inadequação diante de Deus. Pecados são confessados e abandonados. Tenho visto pastores que vivem no limite do pecado e esperam vencer as tentações e o mesmo se dá com cristãos. Só venceremos o pecado quando o temermos. Ai sim, fugiremos dele. Só venceremos o pecado quando formos colocados face a face com o Senhor nosso Deus e então ficarmos impressionados com sua santidade. Sim, precisamos de reavivamento urgente.

Alguém dirá: como compatibilizar reforma e reavivamento? Nosso maior exemplo está em Jonathan Edwards. Teólogo e filósofo. Pastor e pensador. Viveu no século XVIII e morreu com a idade de aproximadamente 55 anos. Era um pastor calvinista que experimentou um poderoso avivamento em seu tempo. Em sua comunidade Edwards catalogou mais de 300 conversões em uma população de aproximadamente 2000 habitantes. Presenciou pessoas sendo transformadas maravilhosamente pela graça de Deus e as alimentou com sermões puramente embasados na doutrina reformada. Jonathan Edwards era assim: Nem crédulo nem hipercrítico, sempre examinando os dois lados. Sempre buscando o equilíbrio. Foi o primeiro pastor e filósofo a catalogar as experiências ocorridas em um avivamento e escreveu sobre estes fenômenos.

Não nos resta muita coisa a fazer a não ser voltarmos para a Palavra e sermos cheios do Espírito Santo, caminho este plenamente bíblico e necessário. Caso contrário vivenciaremos tempos áridos, com pouca colheita, baixo nível de santidade e um quase total desprezo pela Palavra.

Sim, é possível vivermos uma reforma com reavivamento. Creio que esta seja uma boa receita para a igreja no séc. XXI.

Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando R. de Souza