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Combater o divórcio pode economizar bilhões ao governo

 

Jeremy Kryn

18 de agosto de 2011 (Notícias Pró-Família) — O governo poderia economizar literalmente bilhões com a simples medida de adotar passos modestos para combater o desenfreado índice de divórcio, de acordo com proeminentes líderes que lutam para reformar as leis de divórcio.

O divórcio “coloca pesos reais nas crianças, adultos e Estado”, aponta W. Bradford Wilcox, diretor do Projeto Nacional de Casamento da Universidade de Virginia.

W. Bradford Wilcox divórcio “coloca pesos reais nas crianças, adultos e Estado”

“Sobre o Estado, os libertários e os conservadores precisam compreender que quando um casamento se desmorona, as despesas em tribunais sobem, as crianças provavelmente sofrerão fracassos na escola e mais tarde no mercado de trabalho, mais agentes policiais serão necessários para lidar com meninos e rapazes delinquentes, etc. Por isso, o desmoronamento do casamento faz com que o tamanho e a dimensão da autoridade estatal expandam”.

Os custos do divórcio, e as campanhas para reformar as leis de divórcio, foram o tema de um recente artigo do jornal Washington Times, onde se noticia que em média um divórcio custa 2.500 dólares, só de início. Mas isso não leva em conta os custos de apoio vindo do governo para famílias onde só há uma mãe ou um pai, apoio que a reportagem do jornal diz pode custar entre 20 e 30 mil dólares por ano. Multiplique essa cifra pelo número de famílias divorciadas com apenas um dos pais na liderança, e estamos olhando números que chegam aos bilhões de dólares.

Michael McManus, codiretor de Marriage Savers (Salvadores de Casamentos), concorda com Wilcox acerca dos custos do divórcio, tanto financeiros quanto sociais, apontando para uma citação do discurso feito em 2008 no Dia dos Pais pelo então candidato Obama, de que as crianças “que crescem sem um pai têm uma probabilidade 5 vezes maior de viver em pobreza e cometer crimes, 9 vezes mais probabilidade de abandonar a escola e 20 vezes mais probabilidade de terminar na prisão”.

“Se pudéssemos cortar o índice de divórcio dos Estados Unidos pela metade, pouparíamos 500.000 crianças por ano de passar pela experiência de ver seus pais se divorciando”, diz McManus.

McManus cita Michael Reagan, cujos pais Ronald Reagan e Jane Wyman se divorciaram, que escreveu: “O divórcio é onde dois adultos tomam tudo o que importa para uma criança — o lar dessa criança, a família dessa criança e o senso de ser amada e protegida dessa criança — e quebram tudo, deixando tudo em ruínas no chão, e então vão embora e deixam a criança para limpar a bagunça toda”.

“Os Estados Unidos têm tido um divórcio para cada dois casamentos nos últimos 36 anos”, comenta McManus. “Nosso índice de divórcio é o triplo do da Inglaterra ou França. Depois de 5 anos, 23% dos Americanos se divorciaram, em comparação com apenas 8% na Inglaterra ou França e 10% no Canadá”.

Wilcox aponta para o fato de que embora nem todas as crianças cujos pais se divorciam sofrerão, “suas chances de sofrer aumentam de modo acentuado”.

“Crianças anseiam conhecer e serem conhecidas por seus pais, amar e serem amadas por seus pais e verem o pai e a mãe amarem um ao outro”, diz ele. “O divórcio deixa muitos, ou até mesmo todos, desses anseios irrealizados”.

A reforma das leis de divórcio foi testada nos estados de Louisiana, Arkansas e Arizona, que têm uma lei de “casamento de aliança”. “Casais de aliança” participam de educação e aconselhamento matrimonial, de acordo com o jornal.

Mark Boitano, senador do Estado do Novo México, também introduziu uma Lei de Redução de Divórcio dos Pais na sessão deste ano, uma iniciativa com a qual os defensores da reforma das leis de divórcio estão entusiásticos, e que esperam seja só o começo de um movimento maior. A lei imporia um período de “reflexão” para os casais que desejam se divorciar, bem como educação para casais, com o objetivo de reduzir os índices de divórcio. O senador Boitano não respondeu a um pedido de entrevista feito por LifeSiteNews até o momento da publicação desta reportagem.