Há uma grande confusão sobre os 4 termos que dão nome a este texto. Temos que fazer distinções, não só entre o atual Estado de Israel e o Israel histórico-bíblico, mas, principalmente, com o Povo de Deus.
Não devemos nos iludir: israelenses (cidadão de Israel, nação constituída em 1948) e os israelitas de outrora (povo descendente de Abrão; filhos das 12 tribos, os filhos de Jaco; povo da Judéia, até 70 d.c; também conhecido como hebreus) não são, exatamente, o mesmo povo.
Já o termo judeu, entretanto, refere-se a quem segue o judaísmo, religião cognata às práticas cerimoniais (preservadas, desenvolvidas ou contaminadas) depois do exílio babilônico. Essas práticas estão associadas à observação de princípios e conceitos descritos, abstraídos ou relativos ao que hoje chamamos V.T. Assim pode existir, israelenses cristãos, ateus, budistas, etc., mas – a rigor – não existe judeu cristão. E, é lógico, que hoje, nesse sentido, não existe israelita, e que nenhum desses grupos (étnico, cultural ou religioso) é, necessariamente, povo de Deus.
A Bíblia esclarece que ‘israelita’, ou ‘descendente de Abraão’ é aquele que pela fé confia em Deus, quem nós chamamos de eleito! E não quem é nascido na “Terra Santa” ou mesmo que é descende dos semitas.
É óbvia a existência de elementos comuns entre judaísmo e cristianismo, sendo que, ambos, são ‘derivados’ das leituras do V.T. (falando de modo filosófico e/ou antropológico), e mais, foi nesse nicho cultural/social/religioso (judaísmo) que Deus por fim se revelou completamente (Hb 1;1). Mas existem diferenças profundas, que não podem ser ignoradas, ou facilmente reconciliadas, sem que haja um abandono da fé.
Os Judeus se fecham para a Verdade (Cristo) e nisso se fecham para o Deus de Abraão, Isaac e Jacó: não ouvindo Moises, ou Davi e nem entendendo os profetas Isaias, Jeremias ou Daniel, ignoram a clara e inconfundível voz de Deus! De fato, não crer em Cristo é não obedecer a YAHWEH uma vez que as Escrituras (Tanakh) são claras quanto o senhorio de Jesus. Também é importante acrescentar que durante os 400 anos entre o fim desse exílio e advento de Cristo, período da afirmação do judaísmo (como cultura, religião e etnia), Deus se calou. E que há um claro repúdio de Jesus por essa tradição.
De maneira ainda mais firme e incisiva que as outras religiões, o status religioso judaico deve ser condenado (como religião). O judaísmo com seu sistema de fé (baseado na velha aliança) está distantes de Cristo, e por ser ofensivo, cruel e repulsivo a todo o Cristão sincero, pois mantêm os símbolos que apontavam para o superior sacrifício de Cristo, acaba por satirizar, diminuir ou zombar da morte substitutiva do nosso salvador, Jesus Cristo, o único nome em que há salvação!
Entretanto devo acrescentar que todas as religiões (pejorativo) – inclusive o cristianismo – são condenáveis. Com quanto tentam comprar as boas dádivas da divindade (seja com boas ações, penitências, relicários, devoção, obediência, liturgias, ou feitiçarias) mesmo que declarem (no caso estrito do cristianismo) a dependência de Cristo para a salvação, não é o que se vê (ou ouve-se) nos púlpitos. Mas é preciso esclarecer que esse tratamento (condenação) é para a religião e não tem (necessariamente) nada com o religioso (adepto). Esse deve ser alvo do nosso amor.
Somente Cristo salva!
Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram?
Por Esli Soares
Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.