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OS ESPÍRITOS DAS TREVAS.

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Por Leandro Borges

“Porque Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem, pois muitas vezes se apoderara dele”. (Lucas cap.8 vers.29).

A Bíblia ensina que o diabo ainda anda nas sombras como um leão rugidor, um adversário que deve ser resistido. Mas o que a Bíblia ensina a respeito de demônios e espíritos malignos ??? Devemos acreditar que os demônios ainda operam no nosso mundo ??? Um grau limitado de preocupação com a atividade dos demônios não é errado. Mas há uma quantia não saudável de curiosidade sobre os demônios que leva ao crescimento do satanismo.
Há uma distinção entre o diabo e os demônios. A Bíblia chama os demônios de “espíritos malignos” e “espíritos imundos”. Em (Mateus cap.12 vers.24) Satanás é chamado de de “maioral dos demônios”.  É razoável dizer que os demônios são os mensageiros do diabo, aqueles que foram enviados para cumprir o seu propósito. Observe bem (Mateus cap.25 vers.41): “Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”.

Possessão por demônios e doenças físicas devem ser consideradas como categorias diferentes. Alguns hoje acreditam que todas as doenças físicas ou mentais sejam manifestações de possessão por demônios. Jesus discordaria. Note com cuidado que Jesus pôs a possessão por demônio na mesma lista que uma doença física ou mental, mas não foi dado aos demônios o crédito de originarem a doença. Nem todo epilético ou paralítico sofria de possessão por demônios. É verdade que, às vezes, possessão causava os mesmos sintomas que essas doenças. O fato de um homem ser mudo não quer dizer que ele esteja, necessariamente, possuído por demônios. E não devemos concluir que todas as pessoas insanas estejam possuídas por demônios.

O poder de Jesus sobre os demônios indica que o reino de Deus já chegou. Há muita confusão em relação ao reino de Deus. Alguns acreditam que o reino ainda virá. Muitas falsas interpretações do livro de Apocalipse se centram num conceito futurista do reino de Deus. No termo “reino”, o pensamento principal é o reinado soberano de Deus. Jesus ensinou que seu poder para expelir os espíritos malignos mostrava às pessoas que o reinado de Deus estava sendo estabelecido no mundo e que o diabo estava sendo derrotado. (Mateus cap.12 vers.28) explica: “Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós”. Esta é uma explicação possível do motivo de Deus permitir o diabo a usar seus mensageiros violentos para criar tal confusão durante o ministério de Jesus na terra. Deus estava demonstrando poderosamente o estabelecimento de sua soberania através de seu Filho.

Nem todos que alegam ser exorcistas de demônios o são. Em (Atos cap.19), Deus estava dando grande êxito ao apóstolo Paulo na expulsão de demônios.  Observe bem (Atos cap.19 vers.11-12): “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam”. Alguns exorcistas judeus utilizaram o nome de Jesus de uma maneira errada, tentando duplicar o que Paulo fazia. Eles presumiam que o poder de Paulo se encontrava na forma de suas palavras. Os demônios responderam: “Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?” (Atos cap.19 vers.15). Os eventos seguintes são quase cômicos: o demônio se apoderou dos “exorcistas”! Jesus havia dado aos seus apostólos escolhidos e a alguns outros servos o poder de expelir demônios. Mas nem todos que alegavam ter poder sobre os demônios o tinham. Do exemplo em (Atos cap.19), podemos concluir que até um espírito mal reconhece um fingido ao vê-lo. E nós, reconhecemos tais enganadores ???

Há muitas organizações religiosas, livros e rituais especiais utilizados hoje para supostamente expelir demônios. Há uma grande diferença no que as pessoas fazem hoje e o que Jesus e Paulo faziam. Jesus e Paulo não usavam rituais elaborados, nem fórmulas especiais. Se existiam pessoas, na época de Paulo, que alegavam ser exorcistas mesmo não sendo, não deve nos surpreender encontrar pessoas fazendo a mesma coisa hoje. A pergunta é se teremos discernimento para examinar as obras deles, ou se seremos levados, por falta de cautela, por seus espetáculos enganadores.

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 Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Brasileiros que buscam a cura apenas na religião são quase 100 mil

 

Há quase 100 mil pessoas no Brasil que, quando ficam doentes, não procuram um posto médico, nem clínica, nem hospital. Preferem se entregar a religiosos que oram ou rezam por sua cura, ou a curandeiros que dizem receber espíritos pra operar milagres e restaurar a saúde dos que acreditam. Segundo a pesquisa “Um Panorama da Saúde no Brasil – acesso e utilização dos serviços, condições de saúde e fatores de risco e proteção à saúde 2008”, divulgada neste 31 de março pelo IBGE e pelo Ministério da Saúde, 97 mil brasileiros costumam procurar seu “serviço de saúde” em cultos religiosos quando precisam de atendimento.

Obviamente, este não foi o dado destacado pelos divulgadores oficiais, até porque o número de pessoas envolvidas nesta observação é muito pequeno se comparado com o universo de 139,9 milhões que costumam buscar outro tipo de serviço de saúde. Mas não deixa de ser curioso perceber este número tão expressivo, em termos absolutos, daqueles que costumam, exclusivamente, preferir receber uma oração ou mandinga espiritual do que procurar um profissional. E esse número ficaria ainda maior se incluísse aqueles que declararam que costumam buscar outro tipo de atendimento profissional, mas que não deixam de ir também nos cultos de curas.

A tabela que traz a informação religiosa, intitulada “Características de saúde dos moradores – Tabela 2.9: Pessoas que normalmente procuravam o mesmo serviço de saúde quando precisavam de atendimento de saúde, por tipo de serviço normalmente procurado, segundo os grupos de idade, o sexo e as classes de rendimento mensal domiciliar per capita – Brasil – 2008”, chama de “outros” a opção dos 97 mil brasileiros. Mas, nas explicações finais do relatório, o texto dá um detalhamento maior ao tópico, deixando clara a que tipo de escolha se refere: “outro tipo de serviço (curandeiro, centro espírita etc.) – quando a pessoa tem o hábito de procurar o mesmo serviço que presta atendimento de saúde informal (culto religioso voltado para a cura divina, terreiro de umbanda, centro espírita, pajelança, curandeiro, rezadeira, curiosa, benzedor, pai de santo, entidade espírita, pessoa que presta alguma atividade de atenção à saúde sem ter formação profissional nesta área etc.)”.

O relatório ressalta que está excluída desta opção “o serviço prestado por profissional de saúde que atende em consultório, clínica ou posto de saúde mantido por culto religioso”. Dos que buscam culto religioso ou curandeiro, 50 mil são mulheres, sendo 26 mil com mais de 40 anos.

Quando considerado ambos os sexos, 45 mil têm mais de 40 anos e 60 mil tem rendimento menor que um salário mínimo. Os outros serviços de saúde relacionados na pesquisa, e o número de pessoas que buscam neles o atendimento, são: Posto ou centro de saúde (79.422.000, o mais procurado), Consultório particular (26.851.000), Ambulatório de hospital (17.073.000), Pronto-socorro ou emergência (7.088.000), Ambulatório ou consultório de clínica (5.877.000), Farmácia (2.148.000), Ambulatório ou consultório de empresa ou sindicato (1.008.000) e Agente comunitário de saúde (320.000). Leia a íntegra do estudo “Um Panorama da Saúde no Brasil” do IBGE e Ministério da Saúde.

Data: 7/1/2011 08:44:20
Fonte: SOMA