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No Iraque, crianças se recusam a negar Jesus e são decapitadas por extremistas do Estado Islâmico

 por Tiago Chagas – gnoticias.com

No Iraque, crianças se recusam a negar Jesus e são decapitadas por extremistas do Estado IslâmicoO Estado Islâmico tem perseguido cristãos nos países onde atua e condenado à morte os reféns que não aceitam negar a Cristo e se converter ao islamismo. Mas a iminência da morte não convenceu quatro crianças a abandonar sua fé em Jesus.

De acordo com relatos do reverendo anglicano Andrew White, que atua em Bagdá, capital do Iraque, os militantes do Estado Islâmico ordenaram que as crianças (a mais velha com 15 anos de idade) afirmassem que se tornariam muçulmanas ou seriam mortas.

“Não. Nós amamos Yasua (Jesus). Temos sempre seguido Yasua”, responderam os quatro. A grafia Yasua é próxima à pronúncia em hebraico, Yeshua, que é traduzido como ‘Jesus’ no inglês e idiomas originários do latim, como o espanhol e o português.

White é conhecido como o “Vigário de Bagdá”, e narrou a comovente história das crianças cristãs à rede de TV CBN.

“Os quatro filhos [de cristãos capturados], todos menores de 15 anos, disseram: ‘Não, nós amamos Yasua. Temos sempre amado Yasua. Temos sempre seguido Yasua. Yasua sempre esteve com a gente’. [Os militantes] repetiram ‘Digam as palavras!’ [As crianças] disseram: ‘Não, nós não podemos fazer isso”, contou o reverendo.

Na sequência, os extremistas decapitaram os quatro. Segundo o Charisma News, White não especificou se ele testemunhou o martírio ou se a história chegou aos seus ouvidos por meio de outras testemunhas.

O reverendo também evitou especificar a região do Iraque onde isso teria acontecido, mas especula-se que o triste fato tenha acontecido na região de Mosul, onde havia a maior concentração de cristãos no país.

Ao final, ele contou a história de um homem que teria cedido à pressão dos extremistas: “[Militantes] disseram a um homem, um adulto: ‘Diga as palavras de conversão [ao islamismo] ou vamos matar todos os seus filhos’.

Ele estava desesperado. Ele disse as palavras. Então, ele me telefonou e disse: ‘[Pastor], eu disse as palavras, isso significa que Yasua não me ama mais? Eu sempre amei Yasua. Eu disse essas palavras, porque eu não podia ver meus filhos serem mortos’. Eu disse: ‘Jesus ainda o ama. Ele sempre vai te amar’”, concluiu o Vigário de Bagdá.

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EI promete “quebrar cruzes e escravizar mulheres”

Grupo jihadista faz ameaças contra papa e Obama

por Jarbas Aragão – gospelprime –

Um vídeo de 42 minutos postado esta semana na internet traz uma ameaça clara do Estado Islâmico (EI) aos cristãos, em especial os católicos. “Vamos quebrar suas cruzes, escravizar suas mulheres com a permissão de Alá, o Altíssimo”, assegura a gravação. Originalmente em árabe, foi traduzida para diversos idiomas por Abu Mohammad al Adnani, porta-voz do grupo extremista.

Após diferentes países terem se unido numa coalizão militar contra o grupo que atua principalmente no Iraque e na Síria, o apelo do EI é para seus simpatizantes espalhados pelo mundo. Eles pedem que seus seguidores matem “de qualquer forma” cidadãos norte-americanos, europeus e de países que desejam o fim dos terroristas muçulmanos. Dizem ainda que as nações pagarão um ‘alto preço’ pelos ataques.

Adnani pede que os muçulmanos espalhados pelo globo “ataquem os soldados e as tropas dos tawaghit (os que excedem os limites fixados por Alá). Incluindo seus policiais, agentes de segurança e inteligência e seus agentes traidores… Se puder, mate um infiel americano ou europeu, especialmente franceses, australianos, canadenses ou qualquer um que promova a guerra infiel, incluindo todos que aderiram à coalizão contra o Estado Islâmico. Mais uma vez confiaremos em Alá e mataremos de qualquer maneira que for possível”, enfatizou.

“Quebre a cabeça deles com uma pedra, ou mate-os com uma faca, ou atropele-os com seu carro, ou derrube-os de um lugar alto, ou sufoque-os, ou envenene-os… você pode destruir tanto seu sangue quanto sua riqueza”, ensina o líder do EI.

A ameaça tem como alvo claro a Itália e o Vaticano, pois o vídeo menciona que “Roma será conquistada”. O papa já foi apontado como um possível alvo de atentados do EI. Chama ainda o presidente Obama de “mula dos judeus” e anuncia sua morte para breve, zombando da decisão dos EUA de bombardear o EI no Iraque e na Síria. Finaliza anunciando que “estamos em uma nova era, uma era onde os muçulmanos, seus soldados [do EI], e seus filhos são líderes, não escravos”.

Recentemente, os Estados Unidos anunciaram que mais de 50 países fariam parte da aliança internacional contra o EI, que reúne cerca de 30.000 soldados e que lutam para estabelecer um califado islâmico.

O vídeo teve grande repercussão na mídia europeia e americana, pois surge num momento em que fontes do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) registra a fuga de cerca de 130 mil cidadãos sírios, especialmente curdos, fugindo para a Turquia. As tropas jihadistas estão a 5km da fronteira entre Síria e Turquia, e ameaçam uma invasão.

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Cristãos libaneses pegam em armas para combater Estado Islâmico

Milícias cristãs se aliam ao Hezbollah para guardar fronteiras

por Jarbas Aragão

  • gospelprime

 

Cristãos libaneses pegam em armas para combater Estado Islâmico
Cristãos libaneses pegam em armas para combater EI

Semana passada, o chefe da Frente Al Nusra, grupo terrorista ligado à Al Qaeda, mandou um recado para o vizinho Líbano: “a verdadeira batalha vai começar em breve”. Isso já é esperado por Rifaat Nasrallah, um dos líderes do exército cristão de resistência ao Estado Islâmico (EI). Acampados na pequena aldeia de Ras Baalbek, no Líbano, sua milícia tem se mostrado eficiente ao impedir o avanço dos extremistas para o território libanês.

“Se não fosse por nós, seria uma Mosul para os cristãos no Líbano”, explica Nasrallah, lembrando do massacre ocorrido na vizinha Síria. Após saber que os militantes islâmicos estavam matando, crucificando e decapitando a população cristã do norte do Iraque e na porção ocidental da Síria, alguns grupos de cristãos do Líbano decidiram pegar em armas, dizendo que se recusam a passar pela mesma situação.

Nasrallah, um veterano da guerra civil do Líbano, reuniu pela primeira vez seu pequeno exército após soldados islâmicos do grupo Frente al-Nusra conseguir invadir sua cidade durante o verão, saqueando empresas e residências pertencentes a cristãos.

Em agosto, a apenas alguns quilômetros ao sul de Ras Baalbek, cidade fronteiriça de Arsal foi invadida por grupos rebeldes, incluindo militantes da al-Nusra e do EI. Os combatentes cristãos esperavam uma invasão do Líbano. Para garantirem sua segurança, fizeram o impensável, aliaram-se temporariamente com membros do Hezbollah, que não querem ver o EI em seu território.

De fato, o Hezbollah, que é aliado do Irã e do presidente sírio Bashar al-Assad, tem participado abertamente da guerra civil síria desde 2013, lutando contra grupos rebeldes.  O governo não apoia a formação de milícias, mas reconhece que o exército não tem conseguido garantir sozinho a inviolabilidade das fronteiras.

Para Nasrallah e seu grupo essa não é uma questão apenas religiosa: “Não somos convidados no Oriente Médio. Nós somos os proprietários dessa região”. Para ele, não existe contradição entre ser cristão e pegar em armas para se defender.

O Líbano é o país com maior proporção de cristãos no Médio Oriente, são cerca de 50% dos seus 3,5 milhões de habitantes. Desde o fim da guerra civil (1975-1990), por lei, o chefe das Forças Armadas do Líbano, deve ser um cristão maronita. Nenhuma das outras religiões libanesas questiona isso. Historicamente sempre reuniu muçulmanos xiitas e sunitas, drusos e cristãos (ortodoxos, armênios, maronitas e melquitas).  Com informações de The Daily Beast