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Pastor Marcos Pereira rebate acusações de estupro e ameaça de morte

 

Diante das acusações feitas ao Pastor Marcos Pereira, ele concedeu entrevista ao jornalista Roberto Cabrini do programa Conexão Repórter, que teve depoimentos de pessoas ligadas ao pastor como também do próprio.

O Conexão Repórter desta quinta, 22 de março, mostrou as várias faces de um homem. Marcos Pereira, o pastor que prega entre os mais perigosos bandidos. Roberto Cabrini seguiu os passos do homem que interrompe bailes em comunidades dominadas pelo tráfico e derruba criminosos com um simples toque. Visto como um Deus por muitos. Agora, ele é um homem na linha de fogo. O pastor é acusado de cometer estupros dentro de sua própria igreja. De promover encenações para aparecer como herói. De enganar, manipular, ordenar atos criminosos, mandar executar seus inimigos e torturar crianças. Afinal, quem é o verdadeiro homem atrás do líder religioso?

Documentos em forma de imagens. E são elas justamente o fio da meada para o início da uma série de acusações contra o pastor. O escândalo envolvendo o nome de Marcos Pereira veio a partir dos depoimentos de José Júnior, fundador do Afroreggae, uma ong que desenvolve projetos culturais em comunidades carentes dos morros cariocas. Um homem com livre acesso nos morros, onde muitas vezes a bandidagem impera. Os caminhos de José Júnior e Marcos Pereira se cruzam entre os anos de 2006 e 2007. Segundo conta foi em sua companhia que Marcos Pereira, pela primeira vez, colocou os pés em uma penitenciária carioca. Hoje, José Júnior diz ser um homem ameaçado de morte e afirma ter informações de pessoas ligadas à Marcos Pereira, de que o pastor tem um plano para matá-lo.

Ao lado de Júnior, nas ameaças de morte, está um antigo homem de confiança do lider da Assembléia de Deus dos Últimos Dias. Trata-se de um outro pastor: Rogério Ribeiro de Menezes. Foram dezessete anos na igreja e durante seis, ele foi o braço direito de Marcos Pereira. Rogério revela detalhes dos bastidores envolvendo as aparições públicas do líder religioso em seus resgates nas comunidades e presídios cariocas. Segundo Rogério, o pastor Marcos Pereira teria ordenado outros atos criminosos, como a série de ataques violentos contra o Rio de Janeiro, em 2006 e 2010. Na época, delegacias, carros e cabines da Polícia Militar foram alvos dos bandidos. Ônibus foram incendiados. Os episódios são confirmados por um ex-membro da igreja. Rogério fala com a autoridade de quem sempre esteve ao lado de Marcos Pereira em suas expedições de fé. Tivemos acesso a imagens em que ele aparece com o pastor durante uma pregação na Polinter. Segundo o ex-braço direito do lider relioso, Marcos Pereira cobrava até vinte mil reais dos chefões para pregar nas favelas. Outras quantias também eram exigidas, conforme relata uma outra testemunha, um ex-traficante.

O que de fato acontece dentro da igreja do pastor? Testemunhas afirmam que Marcos Pereira costuma usar seu poder para abusar sexualmente das mulheres da igreja incluindo, segundo ela, menores de idade. A primeira a falar é a atual esposa do Pastor Rogério Menezes. Ela aceita ser identificada, mas pede para que seu rosto não seja mostrado. Outras duas mulheres que foram da igreja de Marcos Pereira confirmam as acusações. As duas também prestaram depoimento. Suas identidades serão preservadas. Um outro ex-membro da igreja também fala sobre abusos sexuais.

Segundo as testemunhas, os abusos aconteciam, principalmente, no templo da Assembléia de Deus dos Últimos Dias, na zona norte carioca. Aparecem também denúncias de violência contra crianças. Uma delas, de nove anos, relata que foi agredida diversas vezes por não ter um comportamento considerado adequado por Marcos Pereira. Segundo o ex-membro da igreja o Pastor Marcos Pereira teria ordenando o assassinato de inimigos.

Data: 27/3/2012 08:36:42
Fonte: O Diário

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Polícia do Rio investiga pastor-celebridade por denúncias de estupro, tortura e ameaça de morte

Veja.com

Com bom trânsito entre políticos, artistas e ONGs, o pastor Marcos é agora acusado de abuso sexual, tortura de crianças e conivência com a bandidagem que ele diz “curar”, conforme revela reportagem de VEJA desta semana

Leslie Leitão

O LADO MAU - O pastor Marcos prega: segundo testemunhas, em seu reinado de trevas ele usa a religião para ganhar poder e dinheiro

O LADO MAU O pastor Marcos prega: segundo testemunhas, em seu reinado de trevas ele usa a religião para ganhar poder e dinheiro

Na última década, o pastor carioca Marcos Pereira, 55 anos, conquistou respeito em rodas que mesclam políticos, desembargadores, artistas e uma vasta turma egressa de ONGs. Entre os que já o viram em cima de um púlpito gesticulando com um de seus Rolex em punho e desejando “rajadas de glória” à plateia, estão o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), a produtora Marlene Mattos e o ex-pagodeiro Waguinho, que, mesmo sem se eleger, alcançou 1,3 milhão de votos na última disputa para o Senado tendo o pastor Marcos como cabo eleitoral. Alçado à condição de religioso-celebridade, Marcos extrapolou, e muito, as fronteiras de sua igreja, a pentecostal Assembleia de Deus dos Últimos Dias, com sede no Rio e filiais no Paraná e no Maranhão. Desde 2004 — depois de pôr fim a uma sangrenta rebelião em um presídio do Rio, a pedido do então secretário de Segurança, Anthony Garotinho —, ele passou a ser visto como o mais habilidoso apaziguador de conflitos liderados pela bandidagem, com um currículo que, segundo o próprio, inclui o resgate de centenas do tráfico. Tem feito esse trabalho no Brasil inteiro e já foi várias vezes aos Estados Unidos, onde quer erguer um templo, para falar da experiência. Pois por trás dessa fachada, ao que tudo indica, se esconde um enredo de atrocidades que não deixa pedra sobre pedra da imagem de bom religioso do pastor.

Em um recém-instaurado inquérito, cujo número é 902-00048/2012 e que está em poder da Delegacia de Combate às Drogas do Rio, ele é acusado de encenações de cura pela fé, estupro, tortura de crianças e relações criminosas com os marginais aos quais esbravejava promessas de “salvação do demônio”. VEJA teve acesso a trechos da investigação, um conjunto de relatos de gente que diz ter sido vítima ou testemunha da perversidade do pastor. Um de seus homens de confiança durante mais de seis anos, longe da igreja há dois, traz à luz uma história escabrosa, que dá a dimensão de como o pastor se enfronhou no mundo do crime. Essa testemunha sustenta, por exemplo, que Marcos ficou claramente do lado dos bandidos que engendraram a mais sangrenta onda de terror no Rio, em 2006. Depois dos ataques, reuniu seu séquito mais íntimo em uma churrascaria. “Ele queria que os bandidos tivessem até explodido a Ponte Rio-Niterói. O objetivo era aparecer depois como o intermediário salvador”, conta o ex-fiel. A trama piora na voz de outra testemunha, que situa o pastor como braço operacional da selvageria. “Marcos foi ao presídio de bangu 1 e saiu de lá com um recado dos chefões do tráfico para que suas quadrilhas dessem sequência à carnificina”, rememora. Como sabe disso? “O pastor me encarregou de repassar a ordem nas favelas. E foi o que eu fiz.”

A polícia já colheu uma dezena de depoimentos, e muitas das histórias se repetem nos mínimos detalhes. A investigação começou há duas semanas, depois que o coordenador da ONG Afro- Reggae, José Junior, 43 anos, veio a público denunciar que o pastor tinha um plano para matá-lo. A informação vinha de integrantes da própria igreja. “Trata-se de um psicopata”, dispara Junior, que hoje tem a seu lado na ONG um antigo braço direito de Marcos, o pastor Rogério Ribeiro de Menezes, 39 anos. Afastado do templo de Marcos desde 2008, ele fala pela primeira vez sobre os dezessete anos que viveu sob suas asas. Tomou a decisão depois de ter sido ameaçado de morte três vezes — na última, os traficantes de uma favela esfregaram um fuzil contra seu rosto e pronunciaram o nome Marcos.

Seu depoimento ajuda a elucidar o que tanto unia o pastor aos traficantes que ele dizia “curar”, e certamente não era a fé. Não raro, Marcos lhe pedia que escondesse mochilas cheias de dinheiro em sua casa. Contou duas vezes a coleção de notas. “Numa delas, havia 200 000 reais. Na outra, 400 000 reais”, lembra Rogério. Detalhe: traziam resquícios de cocaína e crack. Segundo Rogério, o pastor cobrava até 20 000 reais para pregar nas favelas, o que os traficantes pagavam de bom grado, já que assim mantinham sua base assistencialista. Três deles chegaram a ser presos em propriedades da igreja do pastor, no Rio e no Paraná, mas a polícia nunca comprovou que estavam ali com a conivência do religioso. Todos pagaram uma taxa equivalente a 10% de tudo o que haviam acumulado no crime.

Em seu templo, o fundador é tão reverenciado quanto temido. Até hoje, manteve todos em silêncio à base de benesses e ameaças. Duas mulheres contam como a igreja se tornou um show de horrores no qual lhes cabia o papel de vítimas do pastor. Ambas dizem que foram violentadas sexualmente por ele diversas vezes. À polícia, uma das moças afirma ainda que Marcos obrigava as fiéis de sua preferência a manter relações sexuais com outros homens, em orgias das quais também participava. “Depois, mandava a gente confessar tudo com outro pastor, sem revelar nomes, é claro”, ela conta. Constam ainda do inquérito denúncias de crueldades contra crianças que o pastor mantinha sob sua guarda, em geral abandonadas pelos pais. Uma delas, de 7 anos, teria pago caro por testemunhar, casualmente, as peripécias sexuais do religioso. Ao se dar conta, o pastor agarrou-a pelos cabelos e lançou-lhe a cabeça no vaso sanitário, segundo um dos relatos à polícia.

Ex-garçom, o pastor Marcos é casado e tem dois filhos que já seguem seus passos no mundo da fé. Convertido em 1989, fundou sua igreja dois anos depois e constituiu ali um reinado de trevas. Proíbe refrigerante, rádio, televisão (apesar de ter um telão em seu gabinete) e remédios, já que a igreja se encarrega da cura (aos que pagarem uma taxa extra via boleto bancário, distribuído durante a pregação). Os cultos, que juntam até 15 000 pessoas, são barulhentos e teatrais — literalmente, segundo narra um ex-assessor do pastor, que ajudava a armar o show: “Ele dava dinheiro a viciados para comprarem droga, filmava a turma em degradação e depois levava para a igreja, como se os estivesse salvando”. Na última segunda- feira, um rapaz adentrou a Assembleia de Deus dos Últimos Dias de muletas, que usava desde um acidente que lhe machucara o fêmur. Depois das orações do pastor Marcos, caminhou em frente aos fiéis dizendo-se curado. Findo o culto, subiu na mesma moto que havia conduzido na viagem de ida à igreja e foi embora.

Oscar Cabral

ATROCIDADES - Marcos acusado: Junior, do AfroReggae, revela ameaça de morte, e depoimento de uma fiel (ao lado) relata estupro

ATROCIDADES
Marcos acusado: Junior, do AfroReggae, revela ameaça de morte, e depoimento de uma fiel (ao lado) relata estupro

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Menina filipina sai do ‘túmulo’ após ser estuprada e enterrada viva

 

Menina de 10 anos foi atacada no domingo (2).
Suspeito foi detido e é um primo da menor.

Da EFE

 

Uma menina de dez anos saiu do túmulo e denunciou um primo que a estuprou, agrediu e enterrou viva no sul das Filipinas, informou a polícia local nesta nesta quinta-feira (6).

O inspetor Roberto Ocumen, chefe da polícia de Magpet, disse à imprensa local que a menina relatou que seu primo Dennis Quilatonde, de 21 anos, a violou, bateu em sua cabeça com um objeto e enterrou no último domingo (2) na cidade localizada ao sul do país.

A menor, que recuperou os sentidos quando já estava enterrada, conseguiu voltar à superfície e retornou para casa com a ajuda de vários vizinhos, antes de denunciar seu primo.

O suspeito foi detido já na segunda-feira (3) e permanece sob custódia policial.