Categorias
Artigos

Por que matar o bebê com a síndrome de Down?

 

Julio Severo

Nenhum casal quer ganhar um bebê com doença. Mas o que fazer se nasce um bebê doente ou deficiente? Tratá-lo? Jogar fora como um objeto descartável?

Mais do que tratá-lo, a atitude mais humana seria amá-lo. E seria um amor contra-cultural, pois a cultura de hoje, profundamente consumista e hedonista, nos ordena rejeitar tudo o que atrapalha nossa vida de prazeres. Tudo: Filhos, cônjuges, casamento, Deus, etc.

Pr. Jânio Clímaco e seu filho João Pedro

Quase vinte anos atrás, um pastor presbiteriano me contou que um casal membro de sua igreja foi fazer exame pré-natal da esposa grávida. Ao verem que o bebê em gestação tinha a síndrome de Down, o médico prontamente aconselhou um aborto, sob o manto “sagrado” da discrição médica. O casal evangélico aceitou o “conselho” do médico.

O aborto não está legalizado no Brasil. Mas o “jeitinho brasileiro” consegue driblar até a ética médica. Com ou sem lei, dentro da privacidade de seu consultório, o médico pode fazer o que bem entender, pois só Deus o vê.

O casal evangélico saiu do consultório sem o “problema”, e continuou normalmente indo aos cultos e ouvindo as pregações, numa rotina de ouvir e não praticar.

Será que a consciência nunca lhes doeu? Não sei. Algumas mulheres relatam sofrimento e desgraças depois de um aborto, inclusive de um bebê deficiente. Leia o relato de Marie Ideson e de como o aborto de sua filha com síndrome de Down arruinou sua vida e destruiu seu casamento.

O pior não é quando membros de conseguem ocultamente se aproveitar da privacidade do consultório médico para matar seus filhos em gestação. O pior é quando um homem que se diz ensinador das coisas de Deus orienta publicamente o assassinato de bebês com síndrome de Down, concordando com a cultura que ter um bebê assim trará “sofrimento” ao casal. Caio Fábio, que já foi o maior pastor presbiteriano do Brasil, hoje está nessa posição, usando artifícios psiquiátricos a favor da cultura da morte, oferecendo suas soluções para tirar os “problemas” que atrapalham a vida.

Se a cultura da morte manda matar, os apóstatas dizem amém.

Se tivéssemos de descartar pessoas deficientes da nossa vida a fim de preservar nosso conforto, o que seria de um marido, ou esposa, ou filho já nascido anos que sofreu um acidente que exige o sacrifício de nossa vida?

Um pastor da Igreja da Vinha contou-me que, mesmo depois de convertido, ele era orgulhoso e duro. Mas tudo isso mudou quando nasceu seu filho com síndrome de Down, que exigiu dele toda a paciência do mundo. Essa criança lhe ensinou a dar amor, carinho e cuidados o dia inteiro, todos os dias. Como pastor, hoje ele é literalmente um “pastor”: ele cuida das ovelhas de sua igreja com toda a paciência e amor que aprendeu com seu filho deficiente.

Um bebê com síndrome de Down pode trazer bênçãos e transformações inesperadas.

Pr. Jânio Clímaco e seu filho João Pedro: carinho entre pai e filho

Em resposta ao artigo da mãe inglesa que, seguindo conselho médico, abortou a filha com síndrome de Down, Jânio Clímaco, pastor presbiteriano do Nordeste, fez contato comigo, dizendo:

Oi Júlio, Paz em Jesus.

Tenho frequentemente lido o que você coloca na internet e essa matéria veio como uma bomba no meu coração. Tenho um bebê com Down, como você mesmo pode me ver na foto com ele. Eu sou pastor presbiteriano em Recife, PE. Minha esposa é médica pneumologista. Temos outro filho, Lucas Emanuel, sem a síndrome que tem cinco anos e meio de idade, e João Pedro (carinhosamente chamado de John John) que tem dois anos, ele é portador de SD. Pois bem, descobrimos na gravidez que o nosso bebê nasceria com SD, com mais ou menos dois meses de gestação. Nunca nos passou na cabeça que deveríamos abortar. Recebemos indiretas de alguns amigos médicos, mas todos eles perceberam que isso era uma ofensa para nós.

Foi uma gravidez difícil, minha esposa quase morre e o bebê também, mas fomos até o fim pelo direito de nosso filho ter a vida. Pensávamos o seguinte: Se ele não fosse portador de SD agiríamos de que forma? Ficou fácil depois da clara resposta. Sempre entregamos tudo a Deus e confiamos nEle.

Ele era muito esperado e quando soubemos da SD choramos, lamentamos, mas entregamos a Deus porque Ele teria um plano maravilhoso para nos confiar uma criança como essa.

Hoje ele já tem dois aninhos completos agora em outubro passado e só nos trouxe alegria ao coração de seu pai, mãe e irmão. Ele é lindo (como você pode ver), doce e extremamente carinhoso. Ele é a alegria da casa e de nossa família. Não saberia viver sem ele hoje, confesso, mas ele tem Dono, somo apenas simples mordomos desse tesouro maravilhoso. 

João Pedro

Agradeço a Deus por ele existir em minha vida e não o troco por nenhuma criança sem SD neste universo. Tenho aprendido a cada dia a ser um ser humano melhor e a amar mais a Deus que da mesma forma me aceitou e me recebeu do jeito que eu sou. Na verdade, meu John John sempre será melhor do que eu, porque para entrar no céu tem que ser como uma criança. Confesso Júlio, como eu desejo ser assim quando me encontrar com o nosso Senhor Jesus quando as portas da eternidade se abrirem para mim.

Fonte: www.juliosevero.com

Categorias
Artigos

Família pede que governo indiano autorize a morte de gêmeas siamesas

 

Atualizado em  27 de junho, 2011 – 10:03 (Brasília) 13:03 GMT

As gêmeas Farah e Saba Shakeel. © 2011Indiatodayimages.com

Saba e Farah compartilham uma veia no cérebro e dois rins

A família das gêmeas siamesas indianas Saba e Farah Shakeel pediu que o governo da Índia desse autorização para que elas fossem mortas, para evitar que continuem sentindo dor.

As gêmeas, de 15 anos, nasceram unidas pela cabeça, e se tornaram conhecidas em 2005, quando o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, xeque Mohammed bin Zayed al-Nahyan, decidiu pagar as despesas de sua cirurgia de separação.

Na época, a família das gêmeas optou por não realizar a operação. Mas nos últimos quatro meses, os pais de Saba e Farah decidiram pedir ajuda ao governo indiano para acabar com seu sofrimento.

As irmãs sofrem de fortes dores de cabeça e dores agudas em todas as articulações do corpo.

O irmão mais velho de Saba e Farah, Tamanna Ahmad, disse ao jornal indiano India Today que as duas estão presas na cama.

"Até a fala delas se tornou mais confusa. Seus dedos e tornozelos estão retorcidos", afirmou.

Segundo Ahmad, a família não conta com ajuda financeira que permita pagar por um tratamento médico e prefere que as gêmeas morram para que seu sofrimento seja aliviado.

"Minha mãe quer a permissão do presidente ou dos tribunais para que elas possam morrer."

Separação delicada

Em 2005, o xeque Mohammed al-Nahyan pagou pelas consultas das gêmeas com alguns dos maiores especialistas em separação de siameses no mundo, incluindo a equipe do neurocirurgião americano Benjamin Carson, do Hospital Pediátrico Johns Hopkins, em Baltimore.

O príncipe dos Emirados Árabes Unidos entrou em contato com Mohammed Shakeel Ahmad, o pai das meninas, através da embaixada do país na Índia, depois de ler uma reportagem sobre o caso.

Os médicos descobriram que as duas meninas compartilhavam uma artéria, que leva o sangue do corpo para o coração, e uma importante veia no cérebro. Além disso, elas possuem somente dois rins, ambos no corpo de Farah.

Segundo os especialistas, a separação completa só seria feita após uma série de operações, mas havia grande possibilidade de que uma das gêmeas morresse.

A família optou por não realizar as cirurgias por medo de perder uma das filhas, mas a condição das gêmeas se deteriorou com o passar dos anos. Médicos disseram à família que a dependência das gêmeas dos rins de Farah poderia causar pressão alta, perda de peso e fraqueza.

O pai de Saba e Farah sustenta a família de oito pessoas com o dinheiro obtido com uma casa de chá em Patna, no leste da Índia, mas disse ao jornal britânico The Daily Telegraph que não ganha o suficiente para os medicamentos que as duas filhas precisam.

"As meninas querem viver e aproveitar a vida como outras pessoas, mas quando estão sentindo dores, elas choram e pedem ajuda", disse Shakeel.

A mãe das gêmeas, Rabia Khatoon, disse ao India Today que, se o governo não puder ajudar no tratamento, deve permitir que as gêmeas sejam sacrificadas.

"Pelo menos será melhor do que vê-las sofrer todos os dias", disse.


Categorias
Artigos

Estudo chocante: órgãos removidos de pacientes mortos por eutanásia dão transplantes melhores

 

Thaddeus Baklinski

LEUVEN, Bélgica, 16 de junho de 2011 (Notícias Pró-Família) — Um estudo preocupante conduzido por médicos belgas e registrado na revista médica Patologia Cardiopulmonar Aplicada envolveu o assassinato de pacientes por meio da eutanásia num quarto próximo à sala de operações do hospital, e então transportando os pacientes para essa sala e removendo-lhes os órgãos imediatamente depois de serem pronunciados como mortos. O estudo revelou que os pulmões daqueles que morrem por eutanásia são mais adequados para cirurgias de transplantes do que pulmões tomados de vítimas de acidentes.

Dirk Van Raemdonck do Departamento de Cirurgia Torácica do Hospital Universitário Gasthuisberg, e o líder do estudo intitulado “Experiência Inicial com Transplante de Pulmões Aproveitados de Doadores após uma Eutanásia”, compararam os resultados de transplantes de pulmões de doadores que morreram de trauma, ferimentos de cabeça tipicamente graves, ao uso de pulmões de doadores após eutanásia entre os anos de 2007 e 2009.

De acordo com o relatório, de cada quatro pacientes, três que receberam pulmões de pacientes eutanasiados foram liberados do hospital depois de 33 dias “com excelente função do órgão transplantado e bom resultado para o paciente que recebeu”, embora “um paciente que recebeu tivesse morrido na UTI devido a um problema sem relação com o órgão transplantado”.

O relatório comenta: “Todos os doadores expressaram seu desejo de doar órgãos logo que seu pedido de eutanásia fosse concedido conforme as leis da Bélgica. Todos os doadores sofriam de uma moléstia não maligna insuportável”.

O relatório diz que os doadores eutanasiados incluíam uma pessoa com uma “moléstia mental insuportável”, enquanto os outros três sofriam de “uma doença benigna debilitante tal como desordem neurológica ou muscular”.

O procedimento envolvia internar os doadores no hospital durante algumas horas antes do planejado procedimento de eutanásia. Eles eram mortos num quarto ao lado da sala de operações. Seus pulmões eram removidos imediatamente depois que eram pronunciados como mortos.

“Um cateter venoso central era colocado num quarto adjacente à sala de operação”, disse Dr. Van Raemdonck no relatório.

“Os doadores eram heparinizados (recebiam injeções com a heparina anticoagulante) imediatamente antes que um coquetel de drogas fosse dado pelo médico atendente que concordava com a realização da eutanásia. Anunciava-se que o paciente havia morrido pelo critério cardiorrespiratório por três médicos independentes conforme a lei belga exige para todos os que doam órgãos. O morto era então rapidamente transferido, colocado na mesa de operação e ligado a tubos”.

O relatório declarou que doadores eutanasiados perfaziam 23,5% de todos os doadores de pulmão que haviam tido morte cardíaca na Bélgica.

O Dr. Peter Saunders de Care Not Killing (Dê Assistência Sem Matar), uma aliança com sede na Inglaterra de organizações de direitos humanos e direitos de deficientes físicos, grupos de assistência médica e paliativa e organizações religiosas opostas à eutanásia, disse que ficou chocado com a indiferença casual do relatório.

“Fiquei estupefato com o sangue frio com que a questão estava sendo tratada, como se matar pacientes e então remover seus órgãos fosse a coisa mais natural do mundo”, conforme declaração dele citada no jornal The Telegraph.

“Aliás, a descrição no relatório acerca do processo usado para retirar órgãos é particularmente de dar arrepio e mostra o grau de colaboração que é necessário entre a equipe de eutanásia e os cirurgiões de transplante — preparando os pacientes no quarto ao lado da sala de operações, matando-os e então transportando-os para a sala de operações para lhes retirar os órgãos. Esse é um trabalho diário na moderna Bélgica sem ética”.

“Considerando que metade de todos os casos de eutanásia na Bélgica são involuntários, é só uma questão de tempo para que os órgãos sejam tirados dos pacientes que forem submetidos à eutanásia sem seu consentimento. Os médicos ali agora fazem coisas que a maioria dos médicos em outros países acharia absolutamente horríveis”, indicou o Dr. Saunders.

Ana Iltis, diretora do Centro para Sociedade e Saúde Bioética da Universidade de Wake Forest na Carolina do Norte, comentou para Fox News: “Quando aceitamos que os médicos vão matar pacientes, parece lógico que eles removam esses órgãos para transplante. As pessoas tendem a responder com um ‘Que nojo’, mas essa resposta deveria ser dada na questão da eutanásia”.

Iltis se referiu a um relatório de 2010 da Associação Médica do Canadá (AMC) que revelou a extensão da eutanásia sem um pedido explícito do paciente que ocorre na Bélgica. A AMC revelou que 20 por cento das enfermeiras belgas entrevistadas pelos pesquisadores haviam estado envolvidas na eutanásia de um paciente, mas também relatou que aproximadamente metade delas — 120 de 248 — confessou que haviam participado em “procedimentos de eutanásia sem pedido ou consentimento”.

“Tente imaginar os casos. Talvez a família do paciente tenha pedido, mas a lei, conforme a entendo, exige que o paciente faça um pedido explícito”, disse Iltis.

Alex Schadenberg, diretor da Coalizão de Prevenção à Eutanásia do Canadá, disse para LifeSiteNews que a eutanásia e o suicídio assistido estão sendo apresentados para a sociedade como uma solução médica mágica que acaba com todo o sofrimento, e agora estão sendo promovidos como um modo altruísta de beneficiar outros com nossas mortes.

“As pessoas serão consideradas egoístas e ficarão isoladas — por não morrerem de eutanásia ou suicídio assistido porque estarão custando à sociedade muito dinheiro ao prosseguirem suas vida em doença até uma morte natural — ou porque estarão negando órgãos frescos e saudáveis para outros em necessidade”, observou Schadenberg.

“Os órgãos são saudáveis porque a pessoa que os doa muitas vezes não tem nenhuma enfermidade terminal, mas em vez disso tem medo de viver uma enfermidade terminal. Continuaremos a escutar a propaganda de que tudo isso é sobre a liberdade de escolher. Mas isso é escolha de quem? Escolha é a ilusão; isso tudo tem a ver com a imposição da morte”, declarou Schadenberg.

Um resumo do estudo em inglês “Experiência Inicial com Transplante de Pulmões Aproveitados de Doadores após uma Eutanásia” está disponível aqui.