PorAndrea Madambashi | Repórter do The Christian Post
Ao que a Páscoa se aproxima, e milhares se preparam para celebrar o momento religioso com ovos de chocolate, muitos se perguntam se comer os simbólicos ovos de chocolate não desvirtua o real sentido do evento.
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(Foto: Divulgação)
Ovos de Páscoa.
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O motivo é que a data nada tem a ver com ovos, sendo uma festa judaica e lembrada pelos cristãos como o tempo em que Jesus morreu na cruz e depois ressuscitou.
Assim surge a pergunta: Os evangélicos comem ovos de Páscoa?
Para entender o assunto, e responder a questão, o escritor, conferencista e Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, rev. Augustus Nicodemus explica em um artigo em seu blog, sobre o significado da Páscoa e a importância do evento para os cristãos.
Segundo Nicodemus, a Páscoa é uma festa judaica que se refere ao episódio da Décima Praga narrado no Antigo Testamento.
Neste dia, ele explica, o anjo da morte “passou por cima” das casas dos judeus no Egito e não entrou em nenhuma delas para matar os primogênitos. Depois disso, os israelitas saíram do Egito, livres da escravidão de 400 anos e o dia foi instituído como festa da “páscoa” por Moisés.
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A festa, tornou-se a mais importante festa anual dos judeus, quando sacrificava-se um cordeiro que era comido com ervas amargas e pães sem fermento.
Segundo o reverendo, Jesus Cristo foi traído, preso e morto durante a celebração em Jerusalém, tendo sua morte ocorrida numa sexta, e sua ressurreição num domingo.
Na quinta-feira, Jesus determinou aos seus discípulos que comessem pão e tomassem vinho em memória dele. “Estes elementos simbolizavam seu corpo e seu sangue que seriam dados pelos pecados de muitos – uma referência antecipada à sua morte na cruz”.
Nicodemus esclarece, assim, que a Páscoa não é celebrada pelos cristãos, pois é uma festa judaica. É um momento em que se lembra o sacrifício de Jesus, e se come pão e vinho em memória dele.
“E isto não somente nesta época do ano, mas durante o ano todo”, faz ele a ressalva.
Para concluir, ele afirma que coelhos, ovos e outros apetrechos populares que foram acrescentados ao evento, nada têm a ver com o significado da Páscoa judaica e nem da ceia do Senhor celebrada pelos cristãos.
O que fazer então com a Páscoa, bem como as crendices acrescentadas a ela? O teólogo deixa sugestões:
(1) rejeitá-las completamente, por causa dos erros, equívocos, superstições e mercantilismo que contaminaram a ocasião;
(2) aceitá-las normalmente como parte da cultura brasileira;
(3) usar a ocasião para redimir o verdadeiro sentido da Páscoa.