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O Exército perdeu sua bússola

Enviado por  Carlos Martins

Enquanto o Exército brasileiro é reduzido a uma “guarda” para a seleção de futebol, traidores e mercenários comunistas que tentaram a sua destruição são convidados para palestras, ou glorificados como Prestes e a agente soviética Olga Benário.

 Quem renega o passado, nunca terá futuro!

O Centro de Comunicação Social do Exército (CComSEx), na Edição Especial do Dia do Soldado (25 de agosto), em encarte feito na Folha Dirigida, faz justa e digna homenagem ao maior de nossos soldados, Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.

Nas 2ª e 3ª páginas do encarte, há as respectivas manchetes: “Ontem – defendendo a liberdade” e “Hoje – mantendo a paz”.

Na 2ª página, há fotos que destacam a atuação da Força Expedicionária Brasileira (FEB), desde o embarque do contingente, com destino à Itália, até a posição de tropas nas proximidades de Monte Castelo, patrulhamento de Montese, negociações para a rendição de uma Divisão alemã às tropas brasileiras e o desfile na Avenida Rio Branco, Rio de Janeiro, na volta vitoriosa dos pracinhas à Pátria.

Na 3ª página, há fotos de integrantes do Exército em Operações de Paz no exterior, patrocinadas pela ONU, assim como ações cívico-sociais internas e o trabalho dos batalhões de Engenharia de Construção, ajudando o Ministério dos Transportes na construção de rodovias e ferrovias.

O enfoque da 2ª página é altamente diplomático e político, pois não há como deixar de louvar a participação da FEB na luta mundial contra o nazifascismo, ainda que de uma maneira secundária, proporcional à força de seu minguado contingente. É o tipo de abordagem que não suscita nenhum tipo de refutação.

Porém, ao imprimir a manchete “Ontem – defendendo a liberdade”, muito mais pertinente seria o Exército mostrar ao País sua participação direta, contundente, crucial e vitoriosa em uma luta mais recente, aqui dentro do território nacional, não no teatro-de-operações europeu: a luta contra o comunismo durante o auge da Guerra Fria.

Entende-se que o general-chefe do CComSEx, ao imprimir o folheto verde-oliva, tenha se mostrado diplomático e político, e não queira entrar em atrito com o Comandante do Exército, que, por sua vez, não queira entrar em confronto com a cúpula do governo Lula da Silva, que tem entre seus ministros ex-integrantes terroristas e guerrilheiros comunistas, a exemplo de José “Daniel” Dirceu, antigo membro do Movimento de Libertação Popular (Molipo), grupo terrorista criado pelo lúgubre Manuel Piñero Losada, o “Barbarossa”, chefe do serviço secreto cubano.

Porém, é vergonhoso tomar conhecimento da subserviência de nossos generais frente às atuais lideranças socialisteiras, sonegando preciosas informações à sociedade, especialmente aos jovens que todo ano ingressam na caserna, na medida em que se omitem covardemente e não fazem nenhum esforço para corrigir distorções históricas que hoje são acolhidas como verdades sem contestação.

Exemplo desse descaso com a História é o fato de nossos militares, acometidos de amnésia profunda, permitirem que alunos do Colégio Militar do Rio de Janeiro assistissem, durante a Semana do Exército, uma palestra de antigo terrorista, segundo noticiou o jornal O Globo de 19/08/2004, sob o título “Anos de chumbo”: “O publicitário Manoel Cyrillo de Oliveira Neto faz palestra hoje, às 13h30m, no auditório da Petrobrás. Falará sobre o seqüestro do embaixador Charles Burke Elbrick, ocorrido em 1969 e do qual, como membro da Ação Libertadora Nacional, foi um dos participantes. Detalhe: a palestra é para alunos do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Como aperitivo será servido o filme ‘O que é isso, companheiro’, de Bruno Barreto”.

O que nossos generais deveriam dizer aos jovens recrutas é que se o Exército não tivesse combatido com rigor os movimentos terroristas marxistas das décadas de 1960 e 70, hoje estaríamos combatendo as FARB de José “Tirofijo” Genoíno nas matas de Xambioá, da mesma forma que a Colômbia luta contra as FARC até os dias atuais. Nunca deveriam nossos generais permitir que um antigo terrorista, que até hoje está proibido de entrar nos EUA, junto com Fernando Gabeira e outros envolvidos no seqüestro do embaixador americano, fosse apresentado como um legítimo herói. Senhores generais: por que não convidar um autêntico herói nacional, um homem fardado, que lutou na Guerrilha do Araguaia, para discorrer sobre os “anos de chumbo” no auditório, não o da Rua Chile, onde se situa a “Petrossauro”, mas o da Rua São Francisco Xavier, onde fica o centenário Colégio Militar do Rio de Janeiro?

Aonde, afinal, quer chegar nosso outrora glorioso Exército Brasileiro? Teriam nossos generais perdido suas bússolas?

Há dois anos, o mesmo CComSEx do folheto diplomático convidou diplomaticamente a atriz Bete “Rosa” Mendes para participar de gravação sobre a mesma FEB do diplomático folheto. Para os oficiais daquele Centro, talvez ainda muito novos para entender o que foram os “anos de chumbo”, ou astutamente alienados para não criarem nenhuma espécie de “ruído” estranho aos ouvidos do sistema comunofascista em ascensão no País, convém lembrar que a guerrilheira Bete, Mentes? foi quem acusou, no Uruguai, sem provas, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, então adido militar naquele país, de ter sido torturador durante o período em que serviu na Operação Bandeirantes (Oban), em São Paulo. A dublê de artista e deputada petista foi desmentida no livro “Rompendo o Silêncio”, de Ustra.

Porém, nem todos os nossos generais se tornaram “orgânicos” ao atual sistema socialisteiro visto nesta Terra dos Papagaios. Ano passado, no dia 27 de novembro, o Comandante Militar do Leste, general Luiz Manoel Valdevez Castro, organizou uma solenidade militar na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, em memória de 28 autênticos heróis brasileiros, caídos pela mão sanguinária da hidra marxista, no episódio conhecido como Intentona Comunista. Alguns desses militares foram covardemente assassinados enquanto dormiam em suas camas nos quartéis. Não tiveram nenhum direito de autodefesa.

Para os militares que hoje sofrem de profunda amnésia, como ocorre no Centro de Comunicação Social do Exército localizado no “Forte Apache”, em Brasília, convém lembrar que aquele levante foi arquitetado em Moscou, que enviou ao Brasil o calabar Luiz Carlos Prestes, o falso “cavaleiro da esperança”, acompanhado da facínora Olga Benário, atualmente cantada em verso, prosa e filmografia pela máfia socialista.

Sugiro que os nobres oficiais, do Oiapoque ao Chuí, leiam a entrevista concedida por William Waack, autor de “Camaradas”, o mais completo livro sobre a Intentona, com pesquisas nos arquivos de Moscou, à revista Época, que assim é finalizada:

“ÉPOCA – Isso tira de Olga e Prestes o romantismo, a luta por ideais?

Waack – Prestes e Olga eram, antes de mais nada, soldados do Partido, e a esses soldados não se admitiam crises de consciência. Dou um exemplo: entre a derrota do levante de novembro de 1935 e a prisão dos dois, no início de 1936, Prestes mandou matar a namorada do secretário-geral do PCB, Elza, uma moça inocente e ingênua de 18 anos, que foi estrangulada por militantes do partido. Ele suspeitava, erroneamente, que Elza fosse informante da polícia. E Olga não se opôs à decisão, segundo o agente soviético no Rio que chefiava o esquema clandestino. Não havia nada de romântico ali.”

Senhores generais brasileiros: quem renega seu passado, nunca terá futuro. Porque o futuro, agora, pertence à Força Nacional de Segurança Pública, apresentada com toda pompa e circunstância ao País pelo Ministro da Justiça no dia 9 de agosto corrente. Uma luta antiga, subrepticiamente vencida pelo Partido dos Trabalhadores, que desde a Constituinte sonhava com a criação de uma Guarda Nacional e a liqüidação do Exército como defensor dos poderes constituídos, da lei e da ordem. Fatura feita e paga sem reclamação.

E, ao Exército, o que resta? Nada mais do que servir de guarda à seleção brasileira de futebol, para que jogue em Porto Príncipe os louros triunfalmente colhidos por Lula da Silva. Porque, antes de tudo, como diz uma célebre canção, “O Haiti é aqui!”