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Diante da grande pressão popular contra o PLC 122, ativistas gays e PT optam por recuo estratégico

 

Senador da Igreja Universal representará bancada evangélica

na tentativa de modificar projeto de ditadura gay

Julio Severo

A forte pressão do povo contra o PLC 122/06 fez com que senadora petista Marta Suplicy, relatora do projeto, e militantes gays demonstrassem recuo e disposição de negociar. A bancada gay vai discutir o assunto com o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que representará a bancada evangélica.

Nesta quarta-feira (18), Crivella propôs uma mudança no texto do PLC 122, que criminaliza a “homofobia” — um termo amplamente interpretado pelos ativistas gays e seus aliados como todo e qualquer ato e expressão médica, filosófica, religiosa e moral contra a conduta sexual. A intenção de Crivella é obter consenso entre cristãos e ativistas homossexuais.

A proposta do senador da IURD, que é antigo aliado de Lula e Dilma Rousseff, mantém e reforça no PLC 122 a criminalização da violência, preconceito e discriminação contra os homossexuais sem agredir o direito de pastores, padres e ministros religiosos de expressarem seu pensamento. Eles poderão dizer que o homossexualismo é pecado, mas, de acordo com Crivella, sem ofender e criar qualquer tipo de incitação ao ódio ou que cause violência.

Pela proposta dele, teoricamente uma família evangélica ou católica que descobrir que a babá que contratou é lésbica poderá dizer que o lesbianismo é pecado, mas não poderá demiti-la, sob risco de ser enquadrada como infratora de preconceito e discriminação.

Por essa proposta, teoricamente um pai e mãe católicos ou evangélicos terão o direito de dizer que o homossexualismo é pecado, mas não poderão impedir que a escola pública de seu filho doutrine no homossexualismo, sob risco de serem enquadrados como infratores de preconceito e discriminação.

Por essa proposta, teoricamente um seminário católico ou evangélico que descobrir que matriculou um homossexual praticante terá o direito de dizer que o homossexualismo é pecado, mas não poderá cancelar a matricula, sob risco de ser enquadrado como infrator de preconceito e discriminação.

Por essa proposta, teoricamente uma escola católica ou evangélica que descobrir que contratou um funcionário homossexual praticante terá o direito de dizer que o homossexualismo é pecado, mas não poderá cancelar a matricula, sob risco de ser enquadrada como infratora de preconceito e discriminação.

Por essa proposta, teoricamente uma pensão católica ou evangélica, diante de uma dupla gay que quiser um quarto, terá o direito de dizer que o homossexualismo é pecado, mas não poderá recusar um quarto os homossexuais praticarem seus atos, sob risco de ser enquadrada como infratora de preconceito e discriminação.

Por essa proposta, teoricamente um empresário católico ou evangélico terá o direito de dizer que o homossexualismo é pecado, mas não poderá demitir ou evitar a contratação de um homossexual praticante, sob risco de ser enquadrado como infrator de preconceito e discriminação.

Ao defender o direito de os cristãos expressarem críticas ao homossexualismo, mas sem direito de rejeitar praticantes do homossexualismo em qualquer escola, pensão, empresa ou casa, Crivella disse: “Mais do que ninguém no Brasil, os cristãos repudiam a violência sob qualquer forma, inclusive contra os homossexuais, repelem a discriminação e o preconceito e se recusam a fazer parte da ira insana dos sectários e da intolerância bruta, cruel e fria dos fanáticos. Mas os cristãos defendem também o direito de se expressar de maneira pacífica. O PLC 122/06 já naufragou porque quer dar direitos a uns destruindo o direito dos outros, afetando cláusulas pétreas da Constituição federal”.

Para criar um consenso em torno do PLC 122, representantes da bancada gay e da bancada evangélica, sob Crivella, formaram um grupo de trabalho. A bancada gay será representada pelo senador Humberto Costa, líder do PT.

De acordo com o líder do PT, trechos da PLC 122 que tratam da pena para violência física e verbal contra homossexuais e do que ele chama de “suposto” cerceamento do direito de expressão sobre a temática gay estão sendo revistos.
Humberto Costa demonstra contentamento com a proposta de Crivella, pois “ele aumenta as penas para quem cometer crime de discriminação, mas garante ampla liberdade para garantir a quem se contraponha o direito de manifestar o pensamento”.

O único caminho de se evitar a ditadura gay é devolvendo o PLC 122 para a lata de lixo. Entretanto, com o consenso que os dois aliados de Dilma Rousseff pretendem alcançar, Marta Suplicy espera aprovar o PLC 122 até o final deste ano.

Com informações da Agência Senado e do Correio Braziliense

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Governo lança campanha Rio sem Homofobia nesta segunda-feira

 

Decreto regulamenta uso do nome social por travestis e transexuais

Rio lança campanha contra a homofobia

O governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, juntamente com o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, e com o superintendente de Direitos Individuais Coletivos e Difusos, Cláudio Nascimento, lançam a campanha publicitária do Programa Rio sem Homofobia na manhã desta segunda-feira (16).

A cerimônia também marcará a assinatura do decreto de reconhecimento e regulamentação do uso do nome social por travestis e transexuais na administração pública do Estado. Além disso, também será apresentado o caderno de ações e metas 2011-2014 do Programa Rio sem Homofobia, segundo o secretário Rodrigo Neves.

– A vitória obtida no Supremo Tribunal Federal, do reconhecimento da união estável de pessoas do mesmo sexo, foi uma luta que começou aqui. É um orgulho para o Estado, mas temos que avançar ainda mais. Neste sentido, esta cartilha que iremos lançar será fundamental para que a população do estado saiba tudo o que já foi feito no combate à homofobia e em defesa dos direitos LGBT, além de acompanhar o que está em vias de ser posto em prática.
Cláudio Nascimento concorda:

– É uma data histórica. O governador Sérgio Cabral tem dado provas de que governa para todos e todas sem qualquer tipo de distinção, principalmente tratando-se de orientação sexual e identidade de gênero. Esta iniciativa do governo é um grande passo para o combate à homofobia e a promoção da cidadania LGBT, contribuindo para a mobilização de corações e mentes a fim de construir uma sociedade de paz.

Campanha Rio sem Homofobia

A campanha terá peças comunicacionais como spots para rádio e filmes para TV, cartazes, outdoors, busdoors, mobiliário urbano, folhetos; um website e produtos específicos para a web e itens promocionais tais como camisetas, barracas de praia e blocos são algumas das sugestões que integram o plano de mídia desenvolvido.

A campanha vai reforçar a mensagem contra a homofobia mostrando lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais como cidadãos comuns.

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Presbiterianos dos EUA vão começar a ordenar pastores homossexuais assumidos

 

Patrick B. Craine

11 de maio de 2011 (Notícias Pró-Família) — A Igreja Presbiteriana dos EUA está pronta para começar a ordenar pastores assumidamente homossexuais, cruzando a última barreira burocrática interna nesta semana depois de uma batalha que durou décadas.

A denominação removeu de sua constituição a exigência de que aqueles que serão ordenados como pastores permaneçam em “fidelidade no pacto do casamento entre um homem e uma mulher, ou castidade em sua vida de solteiro”. A frase foi substituída por um requisito de que os pastores “[se submetam] com alegria ao Senhorio de Jesus Cristo”.

A Assembleia Geral da denominação, seu órgão governante, havia aprovado a mudança em julho, mas primeiro precisava ser ratificada por uma maioria de suas 173 organizações regionais, também chamadas de presbitérios.

Um presbitério de Minnesota garantiu a mudança numa votação tarde na terça-feira, se tornando o 87º presbitério a apoiá-la. Sem demora foram seguidos por outro presbitério em Los Angeles. Em sua reportagem, o jornal The Los Angeles Times disse que 19 presbitérios haviam mudado seus votos desde que a questão foi considerada na última vez em 2008-09.

De acordo com os procedimentos da denominação, os presbitérios locais terão permissão de decidir por si se ordenarão homossexuais.

A Igreja Presbiteriana se torna a quarta grande denominação protestante a aprovar a ordenação de homossexuais como pastores e pastoras depois dos episcopais, evangélicos luteranos e a Igreja Unida de Cristo.

A decisão de julho na Assembleia Geral, vindo numa votação de 373 a 323, foi a quarta vez em que o órgão votou para que a ordenação de homossexuais fosse permitida. Em cada uma das vezes anteriores, esse tipo de ordenação foi rejeitado pelos presbitérios locais.

A medida foi criticada na quarta-feira numa declaraçãoda Rede de Renovação Presbiteriana, assinada por doze líderes presbiterianos.

Os líderes estão chamando a Igreja Presbiteriana ao arrependimento pela votação que fez, a qual, frisam eles, “não muda a vontade de Deus expressa nas Escrituras”. Eles dizem que a medida “se coloca em conformidade com os desejos da carne, em vez de sustentar e se entregar ao poder transformador do Espírito Santo, pelo qual a Igreja se coloca em conformidade com Cristo”.

As palavras que foram removidas da constituição, acrescentaram eles, “refletem o claro ensino das Escrituras do começo ao fim” e são “confirmadas também pela Igreja em toda a história e em todo o mundo”.

A Igreja Presbiteriana dos EUA vem permitindo cerimônias de bênçãos às duplas de mesmo sexo desde o ano 2000, e vem apoiando uniões civis para duplas de mesmo sexo desde 2004.

Eles rapidamente diminuíram em número de membros nas últimas quatro décadas, de 4,25 milhões em 1965 para aproximadamente 2,1 milhões de membros.