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Camboja termina reconstrução `quebra-cabeças’ de templo de Angkor

 

A reconstrução do templo de Baphuon, que teve seus 300 mil blocos retirados e recolocados, começou nos anos 60.

03 de julho de 2011 | 16h 36

O antigo templo de Baphuon, em Angkor, no Camboja, foi reaberto após uma reconstrução que durou décadas – uma tarefa descrita como o maior quebra-cabeças do mundo.

O trabalho incluiu retirar 300 mil blocos de arenito do templo e colocá-los de volta nos mesmos lugares onde estavam antes.

O projeto de reconstrução começou na década de 60, mas foi interrompido pela guerra civil do Camboja e retomado em meados da década de 90.

O templo de Baphuon, construído no século 11, é uma torre de três níveis que faz parte do complexo de Angkor, que atrai dois milhões de turistas por ano.

A região de Angkor era a sede do império Khmer medieval.

Blocos numerados

A reabertura do templo foi marcada por uma cerimônia, da qual participaram o líder cambojano, rei Norodom Sihamoni, e o primeiro-ministro francês, François Fillon.

"O trabalho em Baphuon foi excepcional", disse Fillon, durante a solenidade.

O rei Sihamoni expressou "profunda gratidão à França" por financiar o projeto de 10 milhões de euros (R$ 22 milhões) no país.

O correspondente da BBC em Phnom Penh, Guy De Launey, diz que Baphuon já esteve entre os grandes monumentos de Angkor, mas estava à beira do colapso nos anos 1950.

De acordo com De Launey, uma equipe de arqueólogos franceses decidiu, nos anos 60, que a única maneira de salvar o templo era desmontá-lo.

Por isso, eles retiraram cada parte do monumento, colocando todos os blocos de arenito na floresta nos arredores do templo.

Números correspondentes ao lugar das peças no planejamento geral foram pintados em cada bloco, para que a torre pudesse ser reconstruída.

No entanto, o trabalho foi interrompido pela guerra civil e os registros necessários para a reconstrução foram destruídos pelo Khmer Vermelho, regime comunista que tomou o poder no país em 1975. A projeto só foi retomado em 1995.

No entanto, o correspondente da BBC diz que algumas peças, mais de 10 mil – ainda estão espalhadas pelo chão da floresta que circunda o templo. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.



Foto - Templo budista

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Gêmeos de 92 anos que passaram a vida juntos morrem no mesmo dia

 

Frades franciscanos sofreram ataques cardíacos na Flórida na última quarta-feira.

03 de junho de 2011 | 23h 54


Julian e Adrian Riester nasceram em 27 de março de 1919, com apenas alguns segundos de diferença, e morreram com um intervalo inferior a 12 horas


FLORIDA – Dois gêmeos idênticos e frades franciscanos que passaram a maior parte de seus 92 anos juntos morreram no mesmo dia, de parada cardíaca, na Flórida (EUA).

Julian e Adrian Riester cursaram a escola juntos, viajaram juntos pelos Estados Unidos e entraram juntos na mesma ordem franciscana.

Nascidos com apenas alguns segundos de diferença em 27 de março de 1919, eles morreram em um intervalo inferior a 12 horas na última quarta-feira, segundo parentes.

"É um fim quase poético para a sua notável história de vida", disse à Associated Press Tom Missel, porta-voz da Universidade Bonaventure, em Nova York, onde os irmãos passaram grande parte de sua vida.

"É incrível ouvir (sobre a morte dos dois), mas não surpreende, considerando o fato de que eles faziam tudo juntos."

Nascidos em Buffalo, Nova York, eles eram conhecidos na Bonaventure por suas habilidades manuais como jardineiros e carpinteiros, informou o jornal Buffalo News.

Segundo o jornal, o único período em que os frades ficaram em diferentes Estados dos EUA foi entre 1946 a 1951, quando se dedicaram a sacristias distintas – um morou em Boston; o outro, em Manhattan.

"Eles tinham uma conexão íntima, em que nenhum dos dois era egoísta", disse seu primo, Micheal Riester, ao jornal local.

Eles se mudaram para a Flórida em 2008 e estavam hospitalizados. Serão enterrados juntos na cidade de St. Petersburg.

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Acusada de matar garoto em ritual de magia vai a júri

 

27 de maio de 2011 | 10h 55

PRISCILA TRINDADE – Agência Estado

Uma das acusadas de matar um menino de seis anos durante um ritual de magia negra será julgada hoje no Paraná. Beatriz Cordeiro Abagge e a mãe, Celina Cordeiro Abagge, foram indiciadas pela morte de Evandro Ramos Caetano, em Guaratuba, em 1992.

O júri estava marcado para começar às 9 horas, no Plenário do 2º Tribunal do Júri da capital paranaense. O Ministério Público Estadual será representado pelos promotores Lucia Inez Giacomitti Andrich e Paulo Sérgio Markowicz Lima.

O julgamento das acusadas, realizado em 1999, foi revogado pela Justiça, pois o veredicto emitido naquela ocasião apontou que o corpo encontrado desfigurado num matagal, em Guaratuba, em 11 de abril de 1992, não era de Evandro. O MP-PR recorreu e pediu um novo julgamento.

O Tribunal de Justiça do Paraná, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal decidiram que a ré Beatriz deveria ser submetida a novo julgamento, porque a perícia oficial mostrou que o corpo era do menino. A decisão foi tomada com base em exames de comparação da arcada dentária do corpo achado no matagal com as fichas de atendimento dentário de Evandro, além do laudo de DNA.

Celina não vai a julgamento porque a lei brasileira prevê que o prazo prescricional máximo é de 20 anos e, quando o réu faz 70 anos, este prazo conta pela metade. Por isso a punibilidade dela foi extinta.