Em uma entrevista à rádio Gaúcha, Wyllys disse que o grupo de jovens “Gladiadores do Altar” se vestem e se portam como soldados, e que não há uma certeza sobre sua atuação: “Os soldados estão sendo treinados e formados para servir ao altar, e o propósito não está claro”.
Citando a Constituição Federal, o deputado afirmou que toda a organização paramilitar é proibida no país, e que o grupo organizado da Universal se caracteriza dessa forma.
“O Ministério Público e as autoridades já deveriam ter se manifestado”, afirmou o deputado, dizendo estar preocupado com a formação de “um exército religioso”, pois a militarização presume um inimigo, e na sua visão, os inimigos poderiam ser os adeptos de outras religiões.
“Essas coisas não são tomadas como sérias, sempre fechamos os olhos para o fundamentalismo religioso, que já virou uma força política”, disse Wyllys, que observou o fato de que vários vídeos com demonstrações dos “Gladiadores do Altar” foram removidos do YouTube: “A Igreja Universal está com medo da repercussão”.
Jean Wyllys já havia comparado a iniciativa com os extremistas muçulmanos do Estado Islâmico, e disse que teme que, se algo acontecer nesse sentido, a Igreja Universal se exima de culpa alegando que essa não era a intenção.
O ativista gay disse também que existe um histórico de violência verbal e física de membros da Universal contra minorias religiosas, como os adeptos de religiões afro-brasileiras, e homossexuais.
A Igreja Universal se posicionou sobre as dúvidas de Jean Wyllys a respeito do projeto “Gladiadores do Altar” e afirmou que as impressões do deputado sobre o assunto são resultado da união de “ódio e burrice”, e que suas alegações eram uma “injúria”.