Priscila Coelho conta como deixou o homossexualismo

 

“Percebia que Ele é a paz que eu tanto queria e não conseguia encontrar nas drogas e nem em mulher alguma.”

Priscila Coelho entrevista Aline Barros

Apresentadora do programa Amplificador da Rede Super de Televisão, Priscila Coelho (28) conta sem pudor a sua história de conversão a Cristo. Ela revela ter sofrido abuso sexual na infância e relata como Deus transformou sua vida e preencheu todo o vazio que sofria durante a juventude. Confira o milagre de transformação que Jesus operou na vida da apresentadora mais descontraída da telinha da Super.

“Vivi até os 24 anos uma vida louca, embora tenha nascido em um lar cristão com um pai pastor e uma mãe nascida de novo. Fui crescendo muito “louca”. Morava com meus avôs e desde pequena “aprontava muito”. Fui molestada com cinco anos e desde então minha vida mudou completamente. Essa ação mudou minha cabeça. Fui crescendo com a ideia do sexo muito presente na minha cabeça.

Acreditava que tinha que satisfazer os “caras” e fazia coisas que só Deus poderia resgatar mesmo! Aos 14 anos, não satisfeita em ficar só com os garotos, passei a me relacionar com homens. Eu tinha um tio gay, que morreu assassinado. Acredito que ele despertou em mim algo que eu já gostava. Então, em um dia, ele me disse que era gay, e essa informação mexeu comigo. Descobri que eu também gostava de me relacionar com pessoa do mesmo sexo, mas não foi culpa dele. Eu Já tinha certo interesse! Ele apenas despertou o que estava dentro de mim.

Desde pequena eu brincava com objetos de meninos e gostava de jogar bola, vídeo game, não era muito fã de brincadeiras de menina. Acabei me relacionando com uma garota, mas quando me relacionava com mulheres tentava reproduzir, não de forma física, mas psicológica aquilo que eu sofri durante o abuso sexual. Procurava manter as meninas sob domínio e queria que elas ficassem apaixonadas por mim. Aproveitava do sentimento delas e “pisava”. Minha adolescência e juventude foram muito conturbadas. Como um abismo chama o outro, comecei a beber e usar drogas. Usava muita cocaína. Tinha em mente que existia um Deus e que ele não estava satisfeito com o que eu fazia, não apenas com o fato de ser lésbica, mas com todas as minhas ações. Tratava minha mãe mal, havia muito mágoa em meu coração e fazia muita coisa errada.

Apresentadora em um dos cultos da Lagoinha

Quando cheirava cocaína no banheiro, parecia que alguém me dizia: “Você não nasceu para isso”. Só que eu achava que era “onda” (parte dos efeitos alucinógenos da droga). Eu pensava assim: “Nossa, fiquei doida mesmo”. Mas quando chegava em casa e deitava a cabeça no travesseiro, aquela mesma voz dizia assim: “Olha, você não nasceu para isso. Você não encontra felicidade nisso”. A voz me consolava, e fui percebendo que a voz era do Deus que minha mãe servia.

Eu sempre chegava da “night” doida e chapada, e via minha mãe assistindo televisão. Ela assistia ao Silas Malafaia, e como ele geralmente gritava muito, detestava ouvir a voz dele. Achava que ele era um tipo de “Ratinho gospel”. Ela assistia à ministração enquanto fazia crochê com muita paz. Eu entrava no quarto e pensava comigo mesma que eu desejava o Deus que a minha mãe serve. Percebia que Ele era o Deus da paz que eu tanto queria e não conseguia encontrar nas drogas e nem em mulher alguma.

Mas a vida seguiu, comecei a namorar uma menina que morava no Rio de Janeiro. E a distância me fez ver Deus. Realmente Deus é maravilhoso e usou das coisas loucas para falar comigo. Eu sempre queria ter tudo sobre o meu domínio, e como ela morava longe eu não conseguia. Em 2007, fiquei naquela loucura de ir entre Rio e BH. Usava muita droga para aguentar a ausência dela. E certo dia decidi morar no Rio para ficar com ela.

Mas antes de ir para o lá, comecei a frequentar os cultos do André Valadão. Era um dos únicos cultos que eu gostava de ir. Eu chegava à Lagoinha, sentia a música e pensava que o pastor André não era “lero lero”. Comecei a gostar, mas toda vez que eu pensava em me converter, imaginava que devia largar o lesbianismo, e como não queria, ficava adiando.

Quando cheguei ao Rio, notei que não era o que Deus queria para minha vida, percebia que Ele me queria para si. Em um dos dias que estive na cidade maravilhosa, fui para a Barra da Tijuca. Observando toda aquela vista linda notei que o vazio permanecia dentro de mim. Então, pensei que tudo aquilo que eu estava vivendo era errado, e foi então que vi minha ex-namorada pela última vez. Estávamos em uma festa trance, e ela me disse que não queria mais ficar comigo, pois percebia que havia algo impedindo o nosso namoro.

Voltei para a minha casa sem entender o que estava impedindo o meu relacionamento e vi que era o Deus da minha mãe me chamando para ficar com ele. No outro dia fui ver o mar e falei com Deus: “Não sei o que vai acontecer daqui para frente, mas quero que o Senhor seja o meu Deus e que mude a minha vida”. Depois de uma semana voltei para Belo Horizonte e fui para o Impacto Vida, retiro evangelístico, direcionado àqueles que ainda não são convertidos. E fui de coração aberto.

Retornei na segunda-feira e decidi largar tudo. Não foi a igreja e nem nenhuma oposição, mas Deus falou ao meu coração que aquilo que sempre procurei havia acabado de encontrar. E realmente a minha vida mudou. Deus mudou o meu interior, o meu exterior Ele usa hoje para mudar a vida de outras pessoas. Deus me fala que tudo o que sou é por causa dele. E o externo Ele não mexe, o importante é o que está no coração e o que a gente vive!”

Data: 23/10/2012 09:20:19

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STJ adia decisão sobre reconhecimento de união estável homossexual

ADIADA

 

     Um pedido de vista do ministro Raul Araújo adiou na quarta-feira, 23, o julgamento sobre o reconhecimento dos direitos dos homossexuais em relação à união estável, recebimento de pensão e partilha de bens no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O julgamento foi interrompido quando o placar marcava 4 votos a 2 em favor dos direitos resultantes da união homossexual.

     O julgamento é relativo ao caso de um homem que entrou com uma ação na Justiça do Rio Grande do Sul contra o ex-parceiro, com quem se relacionou entre 1993 e 2004. Ele pedia a partilha do patrimônio e pagamento de pensão, uma vez que havia dependência econômica na união. Alegava ainda que durante o período em que estavam juntos foram adquiridos diversos bens e imóveis em nome do parceiro. O caso está sendo analisado pela Segunda Seção do STJ e ainda restam três ministros para votar.

     O direito pedido foi reconhecido pelo juiz de primeira instância e a decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), que tirou apenas a obrigação de pagar pensão. O homem que se sentiu prejudicado entrou, então, com um recurso no STJ. A relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, negou o recurso, sendo acompanhada pelos ministros João Otávio Noronha, Luis Felipe Salomão e Aldir Passarinho Junior.

     “Quase soa como uma hipocrisia não reconhecermos esse direito. Temos reconhecido todos os direitos de homossexuais, inclusive, recentemente, permitimos a adoção por casal homossexual, que envolve a garantia de um direito de terceiro e que pressupõe a existência de união estável. É como se conhecêssemos só o efeito e não a causa principal”, disse o ministro Aldir Passarinho Junior, que preferiu adiantar seu voto hoje ao anunciar que irá se aposentar no dia 18 de abril.

     Os votos contrários foram do ministro Sidnei Beneti e do desembargador convocado Vasco Della Giustina. Benetti, que abriu a divergência, afirmou que o STJ não teria competência para analisar o caso e sim o Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que a situação trata de tema constitucional. “O debate já está no STF e no Legislativo, porque atropelarmos? Seria interessante esperar até mesmo em nome da segurança jurídica e do respeito aos seres humanos envolvidos”.

Data: 24/2/2011
Fonte: Agência Brasil