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Igreja Universal deve pagar R$ 10 mil por agressão a fiel epilética confundida com ‘endemoniada’

 

Por Luana Santiago | Correspondente do The Christian Post

Uma fiel da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) receberá uma indenização R$ 10 mil alegando ter sido agredida por pastores da denominação enquanto sofria um ataque epilético.

  • Igreja Universal

    (Foto:Divulgação)

    Igreja Universal condenada a pagar indenização de R$ 10 Mil por agressão

O TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) condenou a Igreja Universal a pagar R$ 10 mil a Alcione Saturnino dos Santos que em depoimento à Justiça, contou que os religiosos diziam que ela estava "possuída pelos espíritos das trevas" enquanto a agrediam. O caso ocorreu na cidade de Sumaré, 120 km de São Paulo.

A Justiça já havia condenado a Igreja Universal em primeira instância. A ré recorreu, alegando cerceamento de defesa, por conta da falta de provas, porém a solicitação de defesa não foi feita dentro do prazo legal sendo mantida a condenação por unanimidade dos desembargadores ao pagamento da indenização.

Alcione relata que durante um culto começou a sentir-se mal, momento em que avisou os pastores e foi até o fundo do templo para tomar remédios. Segundo a defesa da fiel, foi nesse momento em que os pastores teriam agredido Alcione com socos e falado que ela estava possuída.

Na ação, a Universal admitia o ataque epilético sofrido por Alcione no interior do templo, mas negou que as agressões teriam acontecido.

A Igreja Universal já sofreu condenação anterior em um caso parecido. Em agosto de 2009 foi condenada a indenizar, em 50 salários mínimos o aposentado Higino Ferreira da Costa, também epilético.

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Segundo publicação g1, na ação, o aposentado afirmou que, ao passar mal na frente de um dos templos da igreja, foi submetido a uma sessão de exorcismo e depois agredido a socos e pontapés, além de ter tido uma quantia em dinheiro roubada.

O caso de Alcione foi proferido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo datado de 14 de agosto de 2012. A decisão ainda não foi publicada no Diário Oficial, e ainda cabe recurso.