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Igreja Anglicana revê política para casamento gay e bispos homossexuais

 

Plantão | Publicada em 02/07/2011 às 10h49m

O Globo

RIO – A Igreja Anglicana deve rever sua política para casamento entre pessoas do mesmo sexo e estuda permitir que religiosos gays possam se tornar bispos, diz reportagem da rede britânica BBC. A questão vem sendo discutida devido ao grande número de clérigos estabelecendo relações civis. Segundo a BBC, há pressão também para que a Igreja Anglicana se adeque às leis que garantem tratamento igualitário a homossexuais.

Advogados afirmam que a Igreja da Inglaterra não pode rejeitar clérigos gays como bispos apenas por causa de sua orientação sexual. O clero da religião foi informado em 2005 que os religiosos podem estabelecer relações homossexuais civis desde que mantiverem o celibato, mas surgiram dúvidas sobre a possibilidade destes clérigos serem nomeados bispos.

A decisão de fazer uma revisão, segundo a BBC, teria sido desencadeada após a rejeição da candidatura a bispo de Jeffrey John, que é celibatário, devido à sua orientação sexual. Advogados da Igreja Anglicana alertaram que novas leis proibiriam a discriminação de religiosos homossexuais.

Um comunicado da Casa dos Bispos da Igreja da Inglaterra diz: "Faz agora seis anos que a casa divulgou seu comunicado pastoral antes da introdução das parcerias civis em dezembro de 2005. A preparação do documento foi a última ocasião em que a casa devotou tempo substancial para a questão das relações do mesmo sexo. Nós mantivemos esse comunicado sob revisão. Nós decidimos que chegou a hora de essa revisão ser realizada".

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Jogador Richarlyson se envolve em acidente ao sair da Lagoinha

 

Poucas horas depois de se envolver em um acidente automobilístico em Belo Horizonte, o volante Richarlyson já estava em campo treinando pelo Atlético-MG. Depois de desfalcar o time mineiro por duas rodadas por conta de uma lesão do joelho esquerdo, o jogador foi titular no último treino antes da partida contra o Internacional, nesta quinta-feira, às 21h, na Arena do Jacaré. Escalado para a entrevista coletiva, o principal assunto não foi sua titularidade, mas o acidente na noite anterior.

Richarlyson se mostrou bastante tranquilo quando ao ocorrido, mas chateado com a repercussão. O camisa 20 do Atlético-MG revelou que estava retornando de um culto evangélico no momento da batida. “Para esclarecer, estava vindo do culto da Igreja Batista da Lagoinha (bairro de Belo Horizonte) para casa e aconteceu esta ocorrência, onde o motoqueiro colidiu com o meu carro. Graças a Deus ele só teve uma escoriação leve no supercílio, mas está bem”, explicou Richarlyson, que ficou bastante chateado pelo modo que foi tratado o seu envolvimento no acidente.

“Eu fico chateado porque as pessoas preferem falar sobre polêmicas comigo, da minha vida fora de campo, ao invés de falar que estou recuperando da minha contusão, de grau três no colateral e que em duas semanas estou de volta em campo, sem nenhuma dor”.

Richarlyson se diz acostumado a esse tipo de situação. Para o volante, não importa o seu momento dentro de campo, pois o que acontece fora dele tem mais importância. “Eu sou uma pessoa pública que dou notícia. Não importa se é notícia ruim ou boa, eu dou notícia. Estou tranquilo com isso, a minha vida sempre foi bem resolvida. Já aconteceu de eu estar em um momento excelente na carreira e o extracampo ser mais explorado. Mas, como falei, tenho minha filosofia de vida, sou tricampeão mundial, cheguei à seleção brasileira”.

O acidente

Sobre o acidente, Richarlyson explicou que estava certo no momento do ocorrido. Segundo o jogador, ele não aceitou dar entrevistas no local, o que gerou toda a confusão, já que os amigos do motoqueiro acidentado ganharam espaço para falar. “Um companheiro de vocês (imprensa) ficou chateado por euu não dar entrevista no momento. Então ele pegou amigos do motorista que falaram que eu estava errado. Mas no boletim de ocorrências da polícia vai esclarecer que eu estava certo, fazendo a manobra de maneira correta”.

O motociclista Frederico Moreira Pires, de 26 anos, passa bem depois do acidente. No entanto ele não tem carteira de habilitação e teve a moto apreendida logo depois do ocorrido. Frederico alega que Richarlyson não deu seta para visar que faria uma conversão.

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Quando a Igreja se prostra diante do Estado: Bispos gays na Igreja da Inglaterra

 

Albert Mohler

24 de junho de 2011 (Notícias Pró-Família) — Como se a Igreja da Inglaterra não tivesse problemas suficientes, uma notícia está vindo a público vazada diretamente do Palácio de Lambeth de que a igreja está para permitir a nomeação de bispos assumidamente gays, contanto que esses bispos permanecerem celibatos.

A notícia surgiu na forma de um memorando interno vazado preparado para o arcebispo de Cantuária pelo mais elevado assessor legal da igreja. As normas legais têm como intenção fazer com que a igreja se submeta à Lei de Igualdade da Inglaterra, aprovada em 2010, no exato momento em que a igreja está considerando novos critérios para nomear bispos. Essa lei proíbe discriminação com base em várias características, inclusive orientação sexual. A Lei de Igualdade já está sendo usada para forçar algumas igrejas britânicas a contratar pastores de jovens e outros funcionários que são assumidamente homossexuais.

Em maio passado, Andrew Brown do jornal The Guardian, de Londres, descreveu a difícil situação da igreja deste jeito:

“A liderança da igreja estabelecida continua atrapalhada tentando entender até que ponto se submeter à Lei de Igualdade em seu tratamento aos gays. Os advogados da igreja disseram aos bispos que embora eles não possam levar em conta o fato de que um homem é homossexual na hora de considerá-lo para promoção, eles também não podem propor pastores em relacionamentos homossexuais ativos e, ainda que sejam celibatos, têm de considerar se poderão ‘atuar como um foco para a unidade’ para seus rebanhos se forem nomeados para uma diocese”.

Ora, à luz desse desafio, a autoridade legal da igreja sugeriu normas que pediriam a nomeação de bispos assumidamente gays, mas exigiriam que eles fossem celibatos. A lógica das normas legais faz uma distinção que permitiria que a igreja afirmasse que está em submissão à Lei de Igualdade e também agisse de acordo com as convicções que muitos de seus membros têm de uma forma profunda.

A parte crucial das normas declara a questão como esta:

“Nenhuma comissão governamental de nomeação e nenhum bispo que quer nomear um bispo auxiliar tem o direito de propor alguém que esteja num relacionamento de mesmo sexo sexualmente ativo; eles não têm o direito de levar em consideração o mero fato de que alguém é gay por orientação sexual”.

Daí, não dá para se levar em consideração “o mero fato de que alguém é gay por orientação sexual”. Mas, é claro, a orientação sexual não é uma “mera” questão quando os cristãos consideram algum assunto. É uma questão de tremenda importância moral, espiritual e teológica. Nossas igrejas estão cheias de pessoas altamente dotadas que estão em conflito com sua própria orientação sexual, e muitos desses crentes estão vivendo vidas de obediência e fidelidade a Cristo.

Mas uma coisa é reconhecer e confessar que estamos em conflito com a atração de mesmo sexo; outra coisa, porém, é anunciar e defender a homossexualidade como nossa identidade pessoal.

Considere esta seção das normas que estão sendo propostas:

“A orientação sexual de uma pessoa é, em si, irrelevante para a idoneidade do ofício de bispo ou mesmo para a ordenação ministerial de forma mais geral. Portanto, seria errado se [durante o processo de seleção] se levasse em conta o fato de que um candidato tivesse se identificado como de orientação sexual gay”.

Essa é uma declaração muito perigosa, pois declara que algo tão importante como a orientação sexual é “irrelevante” para as qualificações do ofício ministerial. Seria “errado”, declaram as normas, que a orientação sexual fosse levada em consideração.

Nesse ponto, as normas perdem contato com a sanidade teológica. Os cristãos precisam reconhecer que, num mundo caído, as pessoas têm conflitos com impulsos e atrações sexuais que não correspondem ao que a glória de Deus requer. Não é de hoje que a igreja reconhece isso. De algum modo, isso inclui todo ser humano desde Adão. Inclui também muitos que têm lutas íntimas com a atração de mesmo sexo. A Bíblia deixa claro que até mesmo essa atração é prova demonstrável do estado de pecado do ser humano. [Veja Romanos 1:18-32] O Evangelho é nosso único resgate do pecado, e isso certamente inclui o pecado da homossexualidade e o problema da atração de mesmo sexo.

Portanto, um crente que confessa que tem conflitos com a atração de mesmo sexo não deve ser condenado pela igreja, mas colocado sob seu cuidado, disciplina, ministério e proteção. Nesse sentido, os cristãos bíblicos podem compreender que a “orientação” sexual é uma categoria legítima que identifica uma batalha particular com o pecado.

Mas o conceito de orientação sexual que fundamenta as normas que estão sendo propostas para a Igreja da Inglaterra é muito diferente. No contexto da Lei de Igualdade de 2010 da Inglaterra, uma orientação sexual de mesmo sexo é algo que tem de ser colocado em condição de igualdade com a heterossexualidade, como se não houvesse nada de errado com tal orientação.

Essa é a incoerência fatal das normas que estão sendo propostas na Igreja da Inglaterra. Se uma orientação sexual de mesmo sexo não é em si um problema, como é que a igreja conseguirá insistir em que os atos homossexuais são pecado? Repito: essas normas não estão conjecturando um indivíduo que está apenas em conflito com a atração de mesmo sexo, mas alguém que afirma publicamente uma identidade homossexual. É claro que essas normas provavelmente não resistirão a um exame detalhado ou para agradar aos liberais ou aos conservadores na igreja.

Enfim, uma questão verdadeiramente sinistra é a submissão da Igreja da Inglaterra ao Estado na questão da Lei de Igualdade. Como uma igreja estatal estabelecida, a Igreja da Inglaterra mal está numa posição de rejeitar as leis do governo ou reivindicar o elevado fundamento da liberdade religiosa. Portanto, é uma armadilha da qual a Igreja da Inglaterra parece incapaz ou indisposta a se soltar.

Seria melhor que as igrejas e denominações americanas prestassem atenção. Quando uma igreja ou instituição cristã se prostra à autoridade do Estado numa questão de tal direta importância bíblica, seu destino é perder a fidelidade bíblica. As normas que estão sendo propostas para a Igreja da Inglaterra deveriam servir como alerta para todas as igrejas com relação a este perigo real e presente.

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