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Sem juiz, 2.ª Vara vive caos e ação contra Universal não anda

 

Em uma semana, quatro juízes se revezaram em vara de lavagem e não tiveram condições de analisar denúncia do MPF

17 de setembro de 2011 | 0h 00

  • Fausto Macedo – O Estado de S.Paulo

Se depender do novo modelo de designação de juízes para a 2.ª Vara Criminal Federal em São Paulo, a denúncia contra o bispo Edir Macedo e a cúpula da Igreja Universal do Reino de Deus vai mofar na gaveta. A 2.ª Vara vive etapa de instabilidade, sem juiz permanente em seus quadros.

No início do mês, o magistrado Márcio Ferro Catapani, o substituto que praticamente sozinho cuidava de todas as demandas, viajou para a Itália, em licença autorizada. A partir daí, a presidência do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) adotou o sistema do "juiz de passagem" – o magistrado não esquenta a cadeira porque nela não fica mais que dois dias, o que torna inviável dar conta de uma demanda como a da Universal.

Estratégica, porque sua competência alcança exclusivamente ações sobre crimes financeiros, lavagem de capitais e evasão de divisas, a 2.ª Vara se tornou responsável pela ação contra Macedo e seus aliados há 15 dias. A escolha obedeceu a sorteio eletrônico.

Mas, na última semana, a 2.ª Vara experimentou um rodízio frenético. Pelo menos quatro juízes passaram por lá, média de um por dia útil. Nenhum deles teve condições materiais nem tempo para se debruçar sobre a montanha de papéis que acompanham a denúncia de 28 páginas do Ministério Público Federal contra os dirigentes da igreja. Nesse cenário, não há juiz que se sinta seguro para decidir.

Quase todos os processos sob tutela da 2.ª Vara incluem decisões de quebra de sigilo bancário e fiscal e interceptação telefônica dos investigados. São processos sensíveis – envolvem políticos, empresários e servidores – , sujeitos a pressões, lobbies, manipulações, tráfico de influência e toda sorte de expedientes. Em alguns dias, a Procuradoria da República deverá oferecer denúncia contra cinco auditores da Receita que caíram na malha fina da Operação Paraíso Fiscal. Ninguém sabe se haverá juiz para examinar esse caso de corrupção e sonegação de R$ 3 bilhões.

O caos na 2.ª Vara irrita e desconforta juízes do Fórum Jarbas Nobre, que abriga as dez varas criminais federais de São Paulo.

Nos termos do artigo 6.º, inciso 17, do Regimento Interno do Conselho da Justiça Federal da 3.ª Região, cabe ao presidente do colegiado, que é também o presidente do tribunal, designar juízes substitutos para auxiliar o juiz titular, bem como estabelecer sistema de substituição.

O desembargador Roberto Haddad é o presidente da corte. Sua assessoria informou que ontem ele estava em Mato Grosso do Sul, inaugurando a 2.ª Vara de Ponta Porã. Na quinta, foi à posse da desembargadora Diva Malerbi.

"Uma coisa grave é que tive de pedir vista da denúncia, mas nem isso me deram, sob argumento de que o juiz estava de passagem", desabafa o criminalista Antônio Sérgio de Moraes Pitombo, que defende a Universal. "Hoje (ontem), peticionei ao MPF para que forneçam cópia da denúncia, que não tenho até agora. A situação da 2.ª Vara reforça minha opinião de que varas de lavagem são um grande equívoco. Uma ideia que parecia boa e não deu certo. Experiências péssimas. São varas que enlouquecem os juízes. Quando o juiz não é bom, ele exacerba no poder."

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Utilizando imagens até do Pr Marco Feliciano, Edir Macedo compara doutrina de igrejas como a Assembléia de Deus com a macumba

 

Publicado por Cami França

Utilizando imagens até do Pr Marco Feliciano, Edir Macedo compara doutrina de igrejas como a Assembléia de Deus com a macumba

O Bispo Edir Macedo, líder sênior da IURD voltou a criticar as doutrinas de igrejas pentencostais pela forma como elas estaria recebendo o Espírito Santo, ato conhecido como “cair no Espírito”. O Bispo utilizou seu canal no Youtube e seu blog e publicou um vídeo no qual compara as manifestações “causadas pelo Espírito Santo” e as demonstradas por recebimento de entidades em centros espíritas.

No vídeo o Bispo Macedo traça um paralelo com as manifestações sincronizando algumas imagens de terreros de macumba e de igrejas evangélicas de denominações que não são da Igreja Universal. O título do vídeo e da publicação,  “Qual a diferença?”, questiona se as manifestações das igrejas pentencostais para receberem o Espírito Santo de Deus e as manifestações dos terreiros de macumba para receberem entidades como o “tranca rua” ou “pomba gira” não seriam a mesma coisa.

Aos 23 segundos da edição, claramente é citado e comparado ao centros de macumbaria a imagem e o ministério do Pastor Marcos Feliciano e os Gideões Missionários da Última Hora, entidade ligada a Assembléia de Deus, além de outros famosos pregadores como Benny Hinn. Confira o abaixo o vídeo completo:

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Iurd demoniza igrejas concorrentes para tentar impedir perda de fiéis

 

Edir em seu programa de rádio

Nos últimos dias, a Igreja Universal do Reino de Deus tem feito ataques às algumas concorrentes com a mais grave acusação possível que pode haver contra denominações evangélicas: a de estarem possuídas pelo diabo.
Na TV, rádio e internet,Edir Macedo (foto) e Romualdo Panceiro, seu braço direito, têm afirmado que pastores e cantores gospel adeptos do ritual de terreiro do “cai cai” [exorcismo que derruba as pessoas] estão sob a influência do maligno.
Na avaliação deste blog, os ataques da Universal só têm uma explicação: deter a perda de fiéis que ocorre em todos os seus templos para outras igrejas, principalmente as que têm a música como chamativo.
No período de 2003 a 2009, a Universal perdeu 24% do total de seus devotos, de acordo com dado da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) divulgado pela Folha de S.Paulo. Uma perda que, com certeza, tem se refletido de maneira significativa na arredação de dízimo.
A irritação dos dirigentes da Universal é indício de que a fuga de fiéis se mantém firme. “[Os pastores e cantores] estão todos endemoniados”, disse Macedo na semana passada, embora ele tenha uma gravadora de música gospel, a Line Records.
Panceiro mostrou uma imagem da cantora e pastora Ana Paula Valadão em um “cai cai” com um pastor americano. Líder do grupo Diante do Trono, Ana é filha do pastor Márcio Roberto Vieira Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha.
Em outra imagem — também transmitida por Macedo e Panceiro — aparece o pastor Marco Feliciano, do Ministério Tempo de Avivamento, rodopiando como se estivesse em um terreiro de macumba.
O curioso é que a própria Universal se apropriou de alguns ritos de crenças de afrodescendentes, como a sessão de descarrego, com o "cai cai", em alguns casos.
Não é a primeira vez que Edir e sua turma atacam pastores concorrentes — um dos alvos recorrentes é o Valdemiro Santiago, da Mundial, uma das igrejas que têm “roubado” fiéis da Universal.
Os ataques de agora chamam a atenção pela sua virulência e pregação nitidamente preconceituosa em relação aos ritos com matrizes africanas, como ocorria nos primórdios da Universal.
Aos que deixaram a Universal, aos ex-dizimistas, portanto, Macedo reservou palavras de ressentimento como estas: "Só estúpido é que acredita que o Espírito Santo faz [a pessoa] cair, só quem é burro."

"Cai cai é diabólico, satânico"