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Os Carros de Deus

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OS “CARROS DE FOGO” DE DEUS

Estudo elaborado pelo Pastor Olívio, em Realengo, no Rio de Janeiro, em Maio de 2014

INTRODUÇÃO

O que você faria se estivesse lendo a sua Bíblia e, de repente, se defrontasse com essa declaração: “Sucedeu que, indo eles andando e falando (o profeta Elias e seu discípulo Eliseu), eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro e Elias subiu ao céu num redemoinho” (2º Livro dos Reis 2:11) ou, ainda, com esta sentença: Os carros de Deus são vinte milhares, milhares de milhares. O Senhor está entre eles, como em Sinai, no lugar santo”? (Salmo 68:17).

Pararia de ler a sua Bíblia e ficaria pensando no que elas significam ou, simplesmente continuaria a ler o restante do texto sem dar atenção específica a tais afirmações? SIM, O QUE FARIA?

Há aproximadamente quarenta anos atrás eu li essas declarações em minha Bíblia e, conquanto não conhecesse nada sobre os “carros de fogo” ou as “carruagens celestes de Deus” eu fiquei me perguntando: “Que tipo de carro seria este que levou o profeta ao céu? Seria ele de constituição material ou espiritual? Se espiritual, como se dirigiria um deles? Se material, em que tipo de céu ele estaria visto este céu necessariamente ter de possuir carros voadores, seres desconhecidos e humanos juntos, já que o profeta Elias teria ido para lá após o seu arrebatamento?

Com relação a declaração do salmista sobre a frota de carros estelares do Senhor eu me perguntava: “Por que Deus precisa de uma frota de vinte mil carros? Se eram carros mesmo por que voavam? E se voavam por que não eram chamados de naves?

Se existem carros então existem pilotos para dirigi-los e ainda, um lugar para eles estacionarem, visto não ficarem voando o tempo todo: Onde ficaria este lugar? E por aí vai….. Perguntas e mais perguntas assomavam à minha mente e, até o dia de hoje, elas não cessam de me assaltar. Graças a Deus!

Na palestra anterior examinamos o espetacular fenômeno da abdução de humanos; nesta examinaremos os espetaculares instrumentos utilizados por Deus para realizar essas abduções. Descobrimos, até com um certo assombro, que as Escrituras não se omitem de mencionar os muitos raptos de terráqueos por seres de outros mundos, descrevendo-os em número e detalhes tão abundantes, que nos impedem deles duvidar. Podemos rejeitá-los, mas não duvidar deles.

Na atual palestra iremos examinar os “carros de fogo de Deus” que as Escrituras tanto falam em suas benditas páginas. Confio em que o meu prezado leitor não irá desistir de ler este estudo por achar o assunto irrelevante à fé ou totalmente absurdo, mas que o lerá até o final com toda a atenção devida por algo que se encontra registrado na Bíblia Sagrada.

Muitos não acreditavam que houvesse abduções de humanos, naves estelares e habitantes de outros mundos, mas depois de lerem algumas de minhas palestras, já não duvidam mais dessas coisas. A razão para isto? Todas as palestras do Pastor Olívio são tiradas diretamente da Bíblia e não de fontes seculares!

Vamos então ao nosso estudo!

A CARRUAGEM CELESTE QUE SEQUESTROU ELIAS

A primeira menção bíblica sobre um veículo celeste abdutor de santos é justamente aquele com que iniciamos o nosso estudo: os carros de fogo que arrebataram o profeta Elias. Esse evento se encontra descrito no segundo capítulo, do segundo Livro dos Reis.

Ali se diz que os profetas que viviam nos ranchos proféticos de Gilgal, Betel e Jericó, já tinham conhecimento de que o profeta Elias iria ser tomado por cima de suas cabeças. Eliseu, o discípulo de Elias, também já tinha conhecimento de tal promessa.

O texto só não índica que alguém soubesse o momento exarto em que o evento aconteceria. Isto parece ficar mais evidente ao dizer o autor que foi enquanto Elias e Eliseu iam “andando e falando” pelas margens do rio Jordão que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro e Elias foi levado ao céu em um redemoinho!”

Tanto Elias quanto Eliseu estavam conversando, dialogando, palestrando descontraidamente quando o rapto do profeta acontecera! A velocidade do evento, porém, não impediu que Eliseu visse os vários objetos voadores por cima de sua cabeça, antes deles sumirem. O texto diz: “O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros (2º Reis 2:12).

O carro que levou Elias ao céu fora um só, mas os carros que participaram daquele acontecimento, foram muitos! E todos eles tinham pilotos, quem sabe mesmo tripulantes, pois que levou Eliseu a dizer: “Carros de Israel, e seus cavaleiros”.

A descrição que Eliseu faz do veículo que raptou Elias da terra o faz parecer uma carruagem (um carro puxado por cavalos), visto serem estes os veículos mais velozes de sua época. A exemplo das carruagens terrestres, as celestes se moviam com grande velocidade. Elas também possuíam um condutor, um piloto, chamado aqui por Eliseu de cavaleiros.

Quanto a cor de fogo descrita como sendo a cor do carro e dos cavalos esta servia para indicar o poderio e a composição metálica do veículo. Já o fato de o veículo celeste ascender ao céu em um redemoinho, este o faz parecer ainda mais com as descrições atuais dos “discos voadores” nos quais os seus observadores afirmam se movimentarem tais objetos em giros, rodopios, em muitas voltas ao redor de si mesmo.

Assim temos que uma nave espacial e específica abduziu Elias ao “céu”, enquanto outras, possivelmente de menor porte que aquela, atuaram como seguranças, como guarda-costas, como naves de proteção. Absolutamente estonteante, não!

ELISEU E OS CARROS DE FOGO DE DEUS

A inacreditável história que eu vou contar agora se encontra registrada no texto do 2º Livro dos Reis 6:8-17. O rei da Síria estava em guerra contra Israel. Toda noite ele reunia os seus generais e dizia onde o seu exército deveria acampar para surpreender os exércitos do inimigo.

Mas Eliseu, avisado pelo Senhor, alertava o rei de Israel, e este evitava passar por aqueles locais de armadilhas com suas tropas. Tantas vezes isto aconteceu que o rei da Síria achou que havia algum espião no meio de seus soldados.

Consultando os seus generais ele descobriu que Eliseu, o profeta do Senhor, era quem estava alertando o rei de Israel. Informando-se do lugar onde o profeta estava, o rei da Síria mandou um grande exército para capturar Eliseu e levá-lo a sua presença. Geazi, o discípulo de Eliseu, viu o movimento do exército sírio em Dotã, cidade onde Eliseu residia, e, mais do que depressa correu até o seu mestre para informá-lo das novidades.

Encontrou Eliseu repousando tranquilamente em sua casa e quase que sem fôlego lhe falou: “Eliseu, Eliseu, o rei da Síria enviou o seu exército e cercou toda a cidade. Eles vieram até aqui para pegá-lo e levá-lo preso. O que faremos agora?”

Eliseu então fez uma estranha declaração ao seu moço. Ele lhe disse: “Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”. Geazi não entendeu nada! Até onde ele podia ver, o profeta estava sozinho com ele naquela casa! Onde estariam aqueles outros em número maior do que o exército do rei da Síria? Eliseu viu a expressão de espanto no rosto de seu discípulo e então, enternecido, fez esta oração: “Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja”.

O que aconteceu a seguir arrepia a pele de qualquer um! O texto diz que “o Senhor abriu os olhos do moço e ele viu”. O que foi que Geazi viu? A Bíblia responde: “Eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu”. Uau! Isso é prá lá de fantástico! É extraordinário! Os carros e os cavalos celestes não estavam posicionados ao redor do monte e sim ao redor de Eliseu!

Tanto eram eles que, partindo da pessoa do profeta para trás, eles iam fazendo círculos e mais círculos ao redor do homem de Deus, até que o monte inteiro ficou tomado de sua presença! Eles não estavam fazendo a segurança do monte contra o exército sírio e sim a segurança do servo do Senhor! Isto lembra o salmista falando: “Como estão os montes ao redor de Jerusalém, assim está o Senhor ao redor do seu povo” (Salmo 125:2).

O apóstolo Pedro disse: “O Diabo, vosso adversário anda ao vosso derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1ª Carta de Pedro 5:8). Aprendemos assim que o Diabo anda ao nosso derredor (círculo mais externo), mas ao nosso redor (circulo mais próximo) está o Senhor! Que maravilha!

Um carro daqueles apenas já seria suficiente para destruir todo exército dos assírios, mas Eliseu disse que os carros de fogo de Deus eram mais numerosos do que os soldados daquele grande exército! Veja quanta proteção o Senhor coloca ao redor daqueles que o temem!

Uma coisa que também me impressionou bastante nessa narrativa é que Eliseu orou ao Senhor para que Ele abrisse os olhos de Geazi, não os seus, a fim de que o seu discípulo pudesse ver quão cercado de proteção o profeta de Deus estava, pois os olhos do profeta estavam bem abertos contemplando todo aquele movimento de carros de fogo no céu!

Uau! Que demais! Como isto faz vibrar a minha alma! Tenho certeza que ainda hoje existem homens e mulheres espirituais que conseguem ver o movimento dos céus quando ninguém ao seu redor está vendo nada e estão se sentindo plenamente seguros e salvos pela proteção do Senhor!

É também possível que exista alguém que esteja se sentindo cercado pelas forças das trevas, dos exércitos do mal, das potestades malignas lhe corroendo a alma em provações, mas eu quero lhe dizer agora que o Senhor está atento a sua vida e que, mesmo que tenha de mover suas naves celestiais de poder para libertá-lo, Ele as moverá e o libertará do domínio do Maligno! Eliseu disse que todos aqueles carros e cavalos de fogo pertenciam ao Senhor. Estavam subordinados a Ele. Pertenciam a sua frota celestial!

O REI DAVI E O QUERUBIM QUE O SEQUESTROU

O rei Davi é o primeiro entre os fiéis abduzidos a dizer claramente que fora um querubim o responsável pelo seu rapto.

Ele descreve esse querubim com alguma riqueza de detalhes, só sendo suplantado em sua descrição pelo profeta Ezequiel. Vou repetir aqui o que ele disse em seu Salmo 18: 4-15, quando orou ao Senhor pedindo livramento de seus inimigos, “Cordéis de morte me cercaram, e torrentes de impiedade me assombraram. Cordas do inferno me cingiram, laços de morte me surpreenderam.

Na angústia invoquei ao Senhor, e clamei ao meu Deus: desde o seu templo ouviu a minha voz, aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face. Então a terra se abalou e tremeu; e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto se indignou. Do seu nariz subiu fumo, e da sua boca saiu fogo que consumia; carvões se acenderam dele. Abaixou os céus e desceu, e a escuridão estava debaixo de seus pés. E montou num querubim, e voou;sim, voou sobre as asas do vento.

Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as nuvens dos céus. Ao resplendor de sua presença as nuvens se espalharam, e a saraiva e as brasas de fogo. E o Senhor trovejou nos céus, o Altíssimo levantou a sua voz; e havia saraiva e brasas de fogo. Despediu as suas setas, e os espalhou: multiplicou raios, e os perturbou. Então foram vistas as profundezas das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo; pela sua repreensão, Senhor, ao soprar das suas narinas”.

Seria absolutamente irracional pensar que o Senhor solta fumaça pelo nariz e fogo pela boca. Ele não se acende como carvão nem traz escuridão sob seus pés. Tampouco multiplica raios para afugentar e espalhar os seus inimigos.

Sendo puríssimo espírito e estando em toda parte, não necessita montar em nenhum veículo e com ele voar pelos céus, como o texto diz que Ele fez ao montar em um querubim! Esta não é a descrição de um Ser divino e sim de um Ser vivente e inteligente que se move em um objeto voador em Nome de Deus, que se oculta nas nuvens e nas águas e que as dissipa quando aparece!

Davi chamou este objeto voador de querubim e disse que foi com ele que o Senhor “abaixou os céus e desceu”. O objeto não era terrestre, não era de fabricação humana, pois que desceu do céu com o Senhor!

UMA CARREATA DIVINA NO SINAI

Ao dizer o rei Davi no Salmo 18 que o objeto voador que o ajudara a se livrar de seus inimigos era um querubim e afirmando ele ainda no Salmo 68:17 que “os carros de Deus são vinte milhares, milhares de milhares: O Senhor está entre eles, COMO EM SINAI, no lugar santo”, somos levados a examinar o relato da “descida de Deus” em Sinai, conforme registrada em Êxodo 19: 16-25 por Moisés e repetida no Livro do Deuteronômio 33:2 pelo mesmo profeta, a fim de descobrirmos se estes “carros de Deus” são veículos celestiais poderosíssimos como os vistos por Eliseu, ou, se toda a frota estelar era composta de objetos voadores de altíssima complexidade aos quais ele chamou de querubins!

O leitor está empolgado com esta pesquisa ou apavorado? Se está empolgado, então vamos seguir adiante! Se apavorado, de que lhe adianta todo este pavor? De nada! Vença então este seu receio e vamos seguir juntos em nossa eletrizante pesquisa!

O texto de Êxodo 19: 10,11,16-19 diz o seguinte: “Disse também o Senhor a Moisés: Vai ao povo, e santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles os seus vestidos. E estejam prontos para o terceiro dia; porquanto no terceiro dia o Senhor descerá diante dos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai….

“E aconteceu ao terceiro dia, ao amanhecer, que houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial.

E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. E todo o monte de Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e o seu fumo subiu como fumo dum forno, e todo o monte tremia grandemente. E o sonido da buzina ia crescendo em grande maneira: Moisés falava, e Deus lhe respondia em voz alta. E, descendo o Senhor sobre o monte de Sinai, chamou o Senhor a Moisés ao cume do monte; e Moisés subiu.

Em Êxodo 20:18,19 se diz ainda: ”E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso, retirou-se e pôs-se de longe. E disseram a Moisés: fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos”.

Após a entrega da Lei o texto continua em Êxodo 24: 1:2: “E depois (Deus) disse a Moisés: Sobe ao Senhor, tu e Arão (irmão de Moisés), Nadabe e Abiú (filhos de Arão), e setenta dos anciãos de Israel; e inclinai-vos de longe. E só Moisés se chegará ao Senhor, mas eles não se cheguem, nem o povo suba com ele”.

Em resposta a esta ordem do Senhor “subiram Moisés e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel. E VIRAM O DEUS DE ISRAEL, e debaixo de seus pés havia como uma obra de pedra de safira, e como o parecer do céu na sua claridade.

Porém Ele não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel; MAS VIRAM A DEUS, e comeram e beberam. Então disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei tábuas de pedra, e a Lei, e os mandamentos que tenho escrito para os ensinares.

E levantou-se Moisés com Josué seu servidor; e subiu Moisés ao monte de Deus. E disse aos anciãos: Esperai-nos aqui (a Moisés e a Josué), até que tornemos a vós; e eis que Arão e Hur ficam convosco; quem tiver algum negócio, se chegará a eles.

E, subindo Moisés ao monte, a nuvem cobriu o monte. E habitava a glória do Senhor sobre o monte de Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; e ao sétimo dia chamou a Moisés do meio da nuvem. E o parecer da glória do Senhor era como um fogo consumidor no cume do monte, aos olhos dos filhos de Israel. E Moisés entrou no meio da nuvem, depois que subiu ao monte; e Moisés esteve no monte quarenta dias e quarenta noites.”

Em Deuteronômio 33:2, Moisés acrescentou alguns dados preciosos sobre aquele evento:

O Senhor veio de Sinai, e lhes subiu de Seir, resplandeceu desde o monte Parã, e veio com dez milhares de santos: à sua direita havia para eles o fogo da Lei.” Habacuque disse em seu livro: “Deus veio de Temã, e o santo do monte de Parã.

A sua glória cobriu os céus, e a terra encheu-se do seu louvor” (3:3). Estevão, o primeiro mártir da Igreja Cristã disse para seus ouvintes: “Vós, que recebestes a Lei por ordenação dos anjos e não a guardastes.” (Atos 7:53). Paulo, o grande apóstolo dos gentios disse em Gálatas 3:19 que “a Lei foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro”.

O que podemos depreender de todos estes textos? Várias coisas, como se segue:

1º)     Que quando o Senhor foi entregar a sua Santíssima Lei a Moisés no monte Sinai, Ele veio do céu viajando em um querubim, tendo em vista a descrição do veículo voador relatada pelo rei Davi no Salmo 18 ser a mesma que a descrita por Moisés em Êxodo 19:16-19, ainda que o texto do Êxodo não cite o querubim nominalmente.

2º)     Que o querubim que transportava o Senhor descera em Seir, onde ficara estacionado por três dias, segundo Êxodo 19:11,16; a seguir, ascendeu vôo, sendo visto todo resplandecente desde o monte Parã; depois, desceu no Monte Sinai, onde foi visto por Moisés, Arão, Nadabe, Abiú, Josué e os 70 anciãos escolhidos de Israel.

Na parte inferior do querubim (os “pés” do Senhor) havia “como uma obra de pedra de safira e como o parecer do céu em sua claridade” (Êxodo 24:10). Azul celeste é a cor da safira, pedra em que foi inscrita a Lei de Deus.

3º)     Que a comitiva do Senhor era composta, segundo Moisés em Deuteronômio 33:2, de “dez milhares de santos” que atravessaram o Sinai em incontáveis “carros de fogo”, segundo a declaração do rei Davi no Salmo 68:17.

Os carros de Deus não podem, obviamente, serem confundidos com os santos de Deus, pois os carros de fogo eram os objetos voadores que traziam dentro deles os santos de Deus, em número de “dez milhares”.

4º)     Que esses “santos” descritos por Moisés eram seres constituídos de materialidade, como os humanos o são, visto os anjos serem puríssimos espíritos, segundo Hebreus 1:14 e não precisarem ser transportados de nenhum lugar para outro, em nenhum tipo de veículo que seja.

Outra coisa a pensar é que se a Lei foi entregue a Moisés pelos anjos, como dizem Estevão e Paulo, então seres materiais entregaram um objeto material, constituído de pedra, a outros seres materiais, ou seja, havia indivíduos na comitiva do Senhor que possuíam materialidade. A Lei foi entregue por Deus aos homens através de mediadores, quais sejam, os seus santos “anjos”.

O FANTÁSTICO QUERUBIM DA VISÃO DE EZEQUIEL

Em Ezequiel temos a descrição mais pormenorizada, mais minuciosa, mais detalhada de um dos tipos de “carros de fogo” de Deus. A exemplo do rei Davi, ele chama esse “carro de fogo” de “querubim”.

Os textos que descrevem os querubins e falam de suas atividades são tão longos e numerosos que eu não poderia transcrevê-los aqui sem comprometer enormemente o espaço delimitado para esta palestra.

Então eu vou pedir encarecidamente ao meu amigo leitor que leia pacientemente os capítulos 1, 2, 3, 8, 9, 10 e 11 do livro de Ezequiel para observar os detalhes da impressionante descrição de um querubim. O capítulo de número 10, entretanto, eu o reproduzirei aqui na íntegra.

Conforme informamos na palestra anterior, Ezequiel fora deportado juntamente com o povo judeu de Jerusalém para a Babilônia em 597 a.C. pelo rei Nabucodonozor (2º Reis 24:14).

Ali chegando, ele fora residir, juntamente com os demais cativos em Tel Abibe. Foi neste lugar, as margens do rio Quebar, que o profeta teve, pela primeira vez, a visão de um querubim e da “glória do Senhor” (Ezequiel 1:1-28). Ele descrevera minuciosamente a aparência desses objetos que eu agora compartilho com o meu amigo leitor:

“(1) Depois olhei, e eis que no firmamento, que estava por cima da cabeça dos querubins, apareceu sobre eles como uma pedra de safira, como o aspecto da semelhança de um trono

(2) E falou ao homem vestido de linho, dizendo: Vai por entre as rodas, até debaixo do querubim, e enche as tuas mãos de brasas acesas dentre os querubins, e espalha-as sobre a cidade. E ele entrou à minha vista

(3) E os querubins estavam ao lado direito da casa, quando entrou aquele homem; e uma nuvem encheu o átrio interior

(4) Então se levantou a glória do Senhor de sobre o querubim para a entrada da casa; e encheu-se a casa duma nuvem, e o átrio se encheu do resplendor da glória do Senhor

(5) E o estrondo das asas dos querubins se ouviu até o átrio exterior; como a voz do Deus Todo-Poderoso, quando fala

(6) Sucedeu pois, dando ele ordem ao homem vestido de linho, dizendo: Toma fogo dentre as rodas, dentre os querubins, entrou ele, e se pôs junto às rodas

(7) Então estendeu um querubim a sua mão de entre os querubins para o fogo que estava entre os querubins; e tirou, e o pôs nas mãos do que estava vestido de linho; o qual o tomou, e saiu

(8) E apareceu nos querubins uma semelhança de mão de homem debaixo das suas asas

(9) Então olhei, e eis quatro rodas junto aos querubins, uma roda junto a um querubim; e outra roda junto a outro querubim; e o aspecto das rodas era como cor de pedra de turquesa

(10) E, quanto ao seu aspecto, as quatro tinham uma mesma semelhança; como se estivera uma roda no meio doutra roda

(11) Andando eles, andavam elas pelos seus quatro lados; não se viravam quando andavam, mas para o lugar para onde olhava a cabeça, para esse andavam; não se viravam quando andavam

(12) E todo o seu corpo, e as suas costas, e as suas mãos, e as suas asas, e as rodas, as rodas que os quatro tinham, estavam cheias de olhos em redor

(13) E, quanto às rodas, elas foram chamadas, ouvindo eu, Galgal (girantes)

(14) E cada um tinha quatro rostos: o rosto do primeiro era rosto de querubim, e o rosto do segundo era rosto de homem, e do terceiro era rosto de leão, e do quarto rosto de águia

(15) E os querubins se elevaram ao alto; estes são os mesmos animais que vi junto ao rio Quebar

(16) E, andando os querubins, andavam as rodas juntamente com eles; e, levantando os querubins as suas asas, para se elevarem de sobre a terra, também as rodas não se separavam deles

(17) Parando eles, paravam elas; e, elevando-se eles, elevavam-se elas, por que o espírito de vida estava nelas

(18) Então saiu a glória do Senhor da entrada da casa, e parou sobre os querubins

(19) E os querubins alçaram as suas asas, e se elevaram da terra aos meus olhos, quando saíram; e as rodas os acompanhavam, e pararam à entrada da porta oriental da casa do Senhor; e a glória do Deus de Israel estava no alto, sobre eles

(20) Estes são os animais que vi debaixo do Deus de Israel, junto ao rio Quebar, e conheci que eram querubins (

21) Cada um tinha quatro rostos e cada um quatro asas, e a semelhança de mãos de homem debaixo das suas asas

(22) E a semelhança dos seus rostos era a dos rostos que eu tinha visto junto ao rio Quebar, como o seu aspecto e eles próprios; cada um andava ao direito de seu rosto”. (Ezequiel 10:1-22)

Escolhi o capítulo 10 do livro de Ezequiel por trazer ele informações que complementam as já fantásticas informações registradas no capítulo 1 de seu livro e, ainda, por tratar ele com mais detalhes um estranho objeto que ficava por cima dos estranhos querubins.

Se o prezado leitor não conhecia este texto deve estar se perguntando se o que Ezequiel vira e chamara de querubim não era, na realidade, uma nave espacial, extremamente complexa, como as descritas hodiernamente por avistadores de OVNIs.

Mas, se era uma nave espacial, o que tem ela a ver com a história divina? Se nós, hoje, temos dificuldades em entender essas coisas, maiores ainda eram as dificuldades do profeta em descrever o que vira, pois, por 5 vezes usara a palavra “como” e 5 vezes a palavra “semelhança” tão somente neste capítulo, na tentativa de encontrar palavras e símbolos conhecidos que pudessem ajudar os seus leitores a compreenderem melhor o que ele vira.

Em apenas 22 versículos ele repetira a palavra querubim 22 vezes, uma para cada versículo; várias vezes repetiu palavras e informações como se as não tivesse dito. O profeta ficara atordoado com o que vira e o leitor também vai ficar atordoado e mudo quando terminar de ler este capítulo!

A primeira coisa que desejo destacar aqui é que o objeto voador visto por Ezequiel e chamado por ele de querubim é um composto de quatro objetos que se juntam e se separam de acordo com a tarefa a ser executada.

Quando estão unidos, o objeto por inteiro é chamado de querubim, mas quando estão separados, cada um dos quatro é também chamado de querubim. Assim é que o versículo 7 diz que, após o Comandante que estava no trono de safira ter dado uma determinada ordem, “um querubim estendeu a sua mão de entre os querubins para o fogo que estava entre os querubins; e tirou, e o pôs nas mãos do que estava vestido de linho; o qual o tomou e saiu”. Quando o profeta vai falar da saída do módulo denominado “glória do Senhor” até o templo ele diz: “Então se levantou a glória do Senhor de sobre o querubim para a entrada da casa; e enche-se a casa duma nuvem, e o átrio se encheu do resplendor da glória do Senhor (v.4).

Isto mostra a individualidade dos elementos integrantes daquele objeto ao mesmo tempo que fala da necessidade de união de todos quando se tem de desempenhar tarefas maiores.

A segunda coisa que desejo destacar é que os querubins visto por Ezequiel atuavam muito mais como naves espaciais complexas do que como seres espirituais. Já mencionei isto em minha palestra nº 1 sobre o tema “Extraterrestres”, intitulada “Os Guardiões do Éden”.

Sei que a Bíblia menciona um querubim que é espírito em Ezequiel 28 e que ficou conhecido por nós como o Diabo. Ele não é nenhuma nave espacial, mas um espírito com personalidade própria e moral baixa que objetiva destruir tudo o que é feito por Deus. Mas os querubins de Ezequiel definitivamente não são anjos, dentro da concepção moderna que temos desta palavra! Eles realizam manobras aéreas como subir, descer, fazer curvas semelhantes as nossas naves. Voam a altíssimas velocidades. Aterrissam, se deslocam em terra, comunicam-se entre si e voam, individualmente ou juntos. Tanto a sua configuração quanto a sua operacionalização são semelhantes a de naves espaciais.

A terceira e última coisa a destacar é que o objeto denominado “glória do Senhor” atuava como um módulo espacial que se deslocava de cima dos querubins unidos, voava até o local onde devia ir para cumprir sua tarefa, voltava voando e se acoplava por cima dos quatro querubins que, assim unidos, levantavam vôo e transportavam o passageiro do módulo para outro lugar. É isto o que vemos nos versículos 4,18,19 e 20 do capítulo 10 de Ezequiel.

Gostaria muito de falar mais especificamente sobre os querubins de Ezequiel, seus tripulantes, e sobre o módulo espacial chamado “glória do Senhor”, mas isto vai ficar dependendo do interesse de meu leitor.

A ATUAÇÃO DOS CARROS DE FOGO DE DEUS NO FIM DOS TEMPOS

Isaías, profeta messiânico do Antigo Testamento, disse em seu livro, no capítulo 66:15,16: “Eis que o Senhor virá em fogo; e os seus carros como um torvelinho; para tornar a sua ira em furor; e a sua repreensão em chamas de fogo. Porque com fogo e com a sua espada entrará o Senhor em juízo com toda a carne; e os mortos do Senhor serão multiplicados”.

Este versículo faz parte da resposta de Deus à oração feita pelos exilados nos capítulos 64 e 63. Ele fala do fim dos tempos e encontra rebatimento nos últimos acontecimentos de Apocalipse 19 e 20.

Por este tempo a Igreja do Senhor já terá sido arrebatada ao céu conforme descrevi na palestra anterior em um evento planetário que envolverá milhões de indivíduos. Como o Senhor promoverá a partida de milhões e milhões de indivíduos ao céu?

Os textos que falam do rapto da Igreja – e eles são muitos – não dizem como tal coisa acontecerá, mas após ter estudado sobre a abdução dos santos nas Escrituras e os “carros de fogo de Deus”, não tenho dúvida alguma que ele acontecerá através da frota estelar do Senhor.

Todas as características do fenômeno de rapto de santos mediante os carros de fogo do Senhor estarão presentes então: será um fenômeno rápido, instantãneo, veloz, tanto que foi comparado ao piscar de olhos; será ainda, um fenômeno mundial, universal, planetário, pois que envolverá pessoas do mundo inteiro; será um fenômeno espiritual, discriminatório, pois que só raptará os santos, os que têm em seu coração a marca do Cristo, diferentemente dos infiéis que tem em sua mão e em sua testa a marca do Anticristo; será um fenômeno de luz, pois toda vez que houve uma abdução de santos na Bíblia, esse fenômeno foi coberto de luz! Será um evento maravilhoso!

CONCLUSÃO

O sequestro de santos nas Escrituras, nos poderosos “carros de Deus”, servem para demonstrar que a nossa vida é conhecida nos céus! Ela é assunto na morada do Todo Poderoso! O tempo todo os céus falam de nós! Eles nos conhecem e sabem quando precisamos de suas intervenções!

O escritor da Carta aos Hebreus disse que estamos cercados por “uma imensa nuvem de testemunhas” (Hebreus 12:1) e o apóstolo Pedro disse que os emissários de Deus estão olhando o tempo todo para os santos no planeta (1ª Pedro 1:12). Podemos não gostar do método utilizado por Deus para nos proporcionar livramento, mas o certo é que, se Ele está usando determinado método é porque este é o melhor para enfrentar a determinada situação. Então graças a Deus pelas abduções de seus santos!

Graças a Deus pelas suas “carruagens de fogo”! Os seres empregados em nossa libertação e transporte podem ser esquisitos, exóticos e suas naves espaciais, assustadoras, mas o que importa é que todos estão debaixo do comando do Senhor, das ordens do nosso Deus!

Que aprendamos, pois, a respeitar os irmãos que possuem histórias de avistamentos de OVNIs, de raptos em luz, de experimentos em seus corpos, de sonhos abdutores e outras coisas mais, pois já é difícil demais ter de aguentar o escárnio e o descrédito do povo do mundo para ainda ter de suportar o descrédito e o escárnio daqueles que dizem comungar a mesma fé, mas que enxovalham, discriminam e zombam desses irmãos por não terem eles passado pelas mesmas experiências que aqueles, ainda que as Escrituras estejam tão repletas das mesmas.

Deus abençoe a todos.

06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.