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Pesquisador prepara livro com “100 novas revelações” sobre Jesus

LITERATURA

 

Autor questiona os dogmas religiosos sobre a pessoa de Jesus que prevalecem há mais de 20 séculos

Novas revelações sobre a vida de Jesus virão à tona, segundo ele. Além de assegurar que Jesus foi casado e que Maria teve um segundo marido após José, o autor garante que Jesus também foi pai. Segundo pesquisa feita durante a preparação do livro Jesus, a Semente, ele alega ter encontrado fatos que revelam que quando Jesus foi crucificado, sua esposa estaria com três meses de gravidez.

Desde dezembro do ano passado, o escritor Soham Jñana vem anunciando uma série de revelações sobre a vida de Jesus. Eles nasceu em Portugal, mas ficou radicado na França, escolheu assinar suas obras com um pseudônimo curioso, usando palavras do sânscrito. Segundo ele, Soham significa “Aquele, Eu Sou” ou “Sou Aquele que é proveniente de Aquele que é igual”. Por sua vez, a palavra Jñana se refere à Palavra Perdida ou Sabedoria Perdida (aquela que não sabíamos que sabíamos).

Ao todo já foram feitas 14 revelações, mas até o lançamento do livro, anunciado para 12 de outubro deste ano, o autor promete chegar a 32 revelações. O autor passou seis anos pesquisando sobre a vida de Jesus e anuncia que anunciará verdades inéditas e baseadas em fatos comprovados por suas pesquisas em textos bíblicos e documentos diversos.

São cerca de 800 páginas com informações históricas sobre o nascimento, crescimento, casamento e morte de Jesus. Soham diz que chegar às respostas que colocam em xeque muitos dos mitos que cercam o Jesus da fé demandou muito dele:

“Fui confrontado com indagações de enorme amplitude, tendo tido, para inquirir respostas, de interrogar as fronteiras de conhecimento que a tradição institucional construiu. Qual não foi minha surpresa, com base na coerência investigativa, suportada na descoberta de laços e nexos, de relações e conexões até hoje ignoradas, ver aos poucos ser resgatado um inesperado homem Jesus. Essas descobertas desmistificam e questionam o discurso estabelecido por muitos historiadores, teólogos e pesquisadores cúmplices, em maior ou menor grau de consciência, do Jesus da fé, que até hoje prevalece sobre o homem Jesus”, afirma.

Para Soham, a trilogia vai permitir uma visão crítica dos acontecimentos que marcaram a vida de Jesus. “Antes de mais quero deixar claro que a trilogia fala sobre a vida e mensagem do Jesus homem, e não do Jesus da fé pessoal, porque os há tantos quantos crentes, nem do Jesus dos teólogos, fabricado para sustentar as verdades das igrejas, nem do Jesus dos historiadores que não se entendem sequer entre eles sobre uma biografia comum”, destacou.

Soham Jñana dedicou boa parte de sua vida aos estudos, tendo realizado várias palestras sobre temas religiosos na Europa. Todo seu aprendizado durante as pesquisas serão levadas ao conhecimento público com o lançamento de três livros. O primeiro, Jesus – a Semente será lançado em outubro. Na sequência, serão lançados os livros Jesus – a Árvore e Jesus – o Fruto.

Ele avisa que será uma edição limitada e que não pretende lucrar com isso. Seu site traz a seguinte explicação: “Todos os direitos autorais reverterão para uma fundação cujos fins sejam de promover uma nova espiritualidade, através da qual o homem possa se libertar de qualquer filiação ou dependência a sistemas dizimeiros ou diversamente mercantis de pensamentos ou crenças baseados em cultos, dogmas e ritos, por forma a permitir a todo o Ser um autêntico, verdadeiro, real e genuíno reencontro com o Divino nele”.

Data: 24/3/2011 09:17:46
Fonte: Pavanews

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A VIDA E O CAMINHO NO ESPÍRITO DE CRISTO

Preletor: DesconhecidoFoto - Jesus é o Caminho

Não adianta dizer ter uma vida cheia do espírito se não há ações que reflitam o caráter de uma vida espiritual

     E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. (Gálatas 5:24,25)

A compreensão do significado da vida e o caminho no Espírito de Cristo é de fundamental importância para o entendimento de quem somos em Cristo e para que somos em Cristo.

Ele não nos chamou simplesmente para sermos em Cristo, mas também para realizarmos as ações de Cristo. Isto é, não somente vivermos em Cristo, mas também andarmos nEle.

      Viver no Espírito de Cristo

Eis aí o que não se pode fazer por conta própria. Viver requer um nascimento e ninguém nasce por que quer. Nasce-se por uma vontade alheia. A vontade dos pais é que determina o nascimento de uma nova vida. Ainda que esta vontade não fosse exatamente gerar filhos, não se pode atribuir ao filho a responsabilidade de ter nascido.

Da mesma forma não há mérito algum que possa ser atribuído ao homem quando este recebe a experiência do novo nascimento, o nascimento do Espírito. Jesus afirmou que o nascimento do Espírito se daria onde o espírito desejasse, sem que soubéssemos de onde vinha, nem para onde iria.

Se estamos vivos a causa disso é uma só: Cristo nos deu vida. Assim dizia o apóstolo Paulo: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” (Efésios 2:1).

A vida em Cristo não consiste em o homem conquistar Deus, mas sim em Deus conquistar o homem. Não advém de obra alguma que o homem possa fazer, mas sim da graça de Cristo. É ela e não nossas obras que proporcionam vida espiritual. Todavia, “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”.

      Andar no Espírito de Cristo
O novo nascimento e a nova vida em Cristo não é um fim em si mesmo. Cristo nos deu nova vida para que andemos em novidade de vida. A nova vida que Cristo dá inclui o caminhar, e este cabe a cada um de nós, bem como a todos nós em comunhão.

Na verdade não há vida nova sem um novo caminhar. De nada adianta dizer ter uma vida cheia do Espírito se não há ações que reflitam o caráter de uma vida espiritual.

Assim diz São Tiago: “Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé” (Tiago:2:17,18).

Muito embora sejamos salvos pela graça e não pelas por obras. Não somos salvos para viver sem obras. Pelo contrário, nossa fé deve ser mostrada por meio delas.

Infelizmente muitos crentes tentam mostrar sua fé com fé somente. Aparentam uma espiritualidade que nem de longe condiz com suas atitudes. Resumem a vida espiritual aos louvores, à adoração, às orações, correntes, campanhas e tudo o mais que lhes proporcionem um sentimento de bem estar. Eu também amo e preciso dispor de tempo em louvor, adoração e estudo das Escrituras. Mas isso não é tudo! Não basta viver, é preciso caminhar.

O caminhar é ação, é atitude. Demanda renúncia, disposição, preparo e responsabilidade.
Para caminhar em Cristo, em primeiro lugar devem renunciar a si próprio, a carne e sua concupiscência. Não há como viver em Cristo sem antes nEle morrer.

Não se vive nova vida sem antes renunciar o antigo modo de viver, assim classificado por Paulo:“imoralidade sexual, impureza, indecência, adoração a ídolos, feitiçarias, inimizades, brigas, ciumeiras, acessos de raiva, ambição egoísta, desunião, divisões, invejas, bebedeiras, farras e outras coisas parecidas com essas” (Gálatas 5:19-21).

Caminhar significa deixar coisas pra trás. Não dá pra caminhar com Cristo e permanecer no mesmo estágio carnal. Há que se romper com certas coisas. No dia em que nascemos tivemos nosso cordão umbilical cortado. A partir de então passamos a respirar sozinhos, a sugar e depois se alimentar, a engatinhar e depois andar. Nada disso seria possível sem deixar o estágio anterior. Da mesma forma, não se pode andar em Cristo sem antes deixar o pecado.

Caminhar em Cristo é dispor-se a trabalhar por Ele. Colocar a sua disposição o tempo, o dinheiro, os bens, a vida, o intelecto. É dispor-se a ajudar o necessitado, manter obras evangelizadoras, contribuir com hospitais, asilos, orfanatos e órgãos de assistência social. É envolver-se de fato em favor do Reino de Deus. De nada adianta declarar amor ou admiração por isso ou aquilo se não houver disposição em trabalhar, contribuir, ofertar, se deixar consumir, dar a vida.

Caminhar em Cristo não é fácil, exige preparo, requer o exercício da fé, porque a fé genuína requer o exercício em obras. Afinal, nossa fé não pode ser unicamente teórica. A fé deve produzir ações. Todavia, não somos capazes de realizar, de imediato, qualquer obra que seja, mas podemos fazer o que nos vier à mão de acordo com as forças (fé) que dispomos. Assim, a cada obra que realizamos nos fortalecemos para realizarmos obras cada vez maiores.

Por fim, andar com Cristo requer responsabilidade. Infelizmente, muitas vezes, se inverte os valores. Atribui-se ao homem os méritos da salvação e a Deus a responsabilidade de andarmos. Então, quando algo de errado acontece, a culpa é de Deus ou do diabo, nunca do errante. Isso está errado! Foi Deus quem nos salvou e não temos mérito algum nisso. Somos nós que erramos e a responsabilidade de errarmos ou deixarmos de caminhar é toda nossa. Ainda assim, Ele não nos deixa só e nos dá toda força de que necessitamos para caminhar, bem como para levantarmo-nos após a queda.

     “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Cor.15:58).

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Bento XVI exonera judeus de serem os culpados pela morte de Jesus

Declaração está presente no livro que o pontífice irá lançar ainda neste mês

EFE

Cidade do Vaticano, 2 mar (EFE).- O papa Bento XVI exonera os judeus de serem os culpados por Jesus ter sido condenado à morte na segunda parte de seu livro “Jesus de Nazaré”, que será lançado no dia 10 de março.

Tony Gentile/Reuters

Tony Gentile/Reuters

Papa afirma que fato descrito no Evangelho de Mateus ‘não expressa um fato histórico’

No livro, que nesta quarta-feira o Vaticano adiantou alguns capítulos, o Pontífice assinala que, quando no Evangelho de Mateus se fala que “todo o povo” pediu a crucificação de Cristo, “não se expressa um fato histórico”.

“Como seria possível todo o povo (judeu) estar presente nesse momento para pedir a morte de Jesus?”, questiona o papa teólogo, que reconhece que essa errônea interpretação teve consequências “fatais”, em referência às contínuas acusações de deicídio aos judeus durante séculos, que propiciou sua perseguição.

Bento XVI acrescenta que a “realidade” histórica aparece mais correta nos evangelhos de João e Marcos.

“Segundo João, foram simplesmente os judeus, mas essa expressão não indica nada que se tratasse do povo de Israel como tal e menos ainda que tivesse um caráter racista. João era israelita, como Jesus e todos os seus. Em João essa expressão tem um significado preciso e rigorosamente limitado, se refere à aristocracia do templo (de Jerusalém)”, escreve o papa.

“O verdadeiro grupo dos acusadores são os círculos contemporâneos do templo e a massa que apoiava Barrabás”, precisa, de maneira categórica.

Sobre a frase de Mateus “E todo o povo respondeu: Que seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos” (Jesus perante Pilatos e frente a Barrabás), Bento XVI assinala que o cristão lembrará que o sangue de Jesus “fala outro idioma diferente do de Abel”.

“Não pede vingança, nem castigo, mas reconciliação. Não é derramada contra alguns, mas se verte para todos. Não é maldição, mas redenção e salvação”, ressalta o bispo de Roma.

O Concílio Vaticano II (1962-1965), que lançou à Igreja em direção ao século XXI, promulgou a declaração “Nostra Aetate”, com o fim dos católicos retiraram as acusações de deicídio contra os judeus.

No texto, o papa assinala que Jesus não foi um “revolucionário político” e que sua mensagem e seu comportamento não constituíram um perigo para o domínio romano.

Bento XVI indica que sobre a data da Última Ceia os evangelhos sinóticos (Marcos, Lucas e Mateus) estão equivocados e quem leva a razão é João, já que no momento do processo Jesus as autoridades não tinham realizado a páscoa e deviam se manter puras.

O papa afirma que a Última Ceia não foi um jantar pascal segundo o ritual judeu e que Cristo não foi crucificado no dia da festa judaica, mas na vigília.

Sobre a figura de Judas, Bento XVI escreve que Satanás entrou nele e não conseguiu libertar-se e explica que, além da traição, sua segunda tragédia foi não conseguir crer no perdão.

“Seu arrependimento se tornou desespero. Só se vê a si mesmo e suas trevas, não vê mais a luz de Jesus. Seu arrependimento é destrutivo, não verdadeiro”, afirma o papa.

No livro também se refere ao Reino de Deus e assegura que só a verdade pode levar à libertação do ser humano e que as grandes ditaduras unicamente vivem graças à mentira ideológica.

A segunda parte do livro “Jesus de Nazaré”, que será apresentado no dia 10 de março no Vaticano, é dedicada à paixão, morte e ressurreição de Cristo, os momentos mais decisivos na vida de Jesus, segundo o papa.

O volume será editado pela Libreria Editora Vaticana (LEV), que tem todos os direitos autorais de Bento XVI, e estará disponível em sete idiomas, entre eles o português.

Segundo o porta-voz vaticano, Federico Lombardi, o papa está escrevendo já a terceira parte do livro, dedicada à infância de Jesus e sobre o início de sua pregação.

A primeira parte de “Jesus de Nazaré”, de 448 páginas, foi apresentada pelo Vaticano no dia 13 de abril de 2007 e nela o pontífice mostrou um Jesus “real”, e afirmou que Cristo é uma figura “historicamente sensata e convincente”.