Governo quer banir a história do cristianismo do currículo escolar, denuncia professor

Publicado por Tiago Chagas -gnoticias-em 7 de janeiro de 2016

Governo quer banir a história do cristianismo do currículo escolar, denuncia professor

O governo federal voltou à carga para tentar mudar conceitos importantes da sociedade brasileira através da educação, com a criação silenciosa de uma proposta de unificação do currículo escolar no país.

De acordo com essa proposta, questões de história ligadas à origem do cristianismo ou ao surgimento da democracia ficariam de fora dos temas a serem tratados nas aulas de história ao longo dos nove anos que englobam os ensinos Fundamental e Médio.

O alerta foi feito pelo professor e historiador Marco Antônio Villa, comentarista da rádio Jovem Pan e colunista do jornal O Globo. Villa é um ferrenho opositor do governo petista e defensor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

“O Ministério da Educação está preparando uma Revolução Cultural […] Sob o disfarce de ‘consulta pública’, pretende até junho ‘aprovar’ uma radical mudança nos currículos dos ensinos fundamental e médio — antigos primeiro e segundo graus. Nem a União Soviética teve coragem de fazer uma mudança tão drástica como a ‘Base Nacional Comum Curricular’”, introduziu Villa em seu artigo publicado recentemente.

De acordo com o professor, a proposta do MEC “é um crime de lesa-pátria”, pois baniria a origem de diversas filosofias que não se alinham à ideologia socialista/comunista abraçada pelo Partido dos Trabalhadores e pretendida por seus políticos como absoluta no Brasil.

“Vou comentar somente o currículo de História do ensino médio. Foi simplesmente suprimida a História Antiga. Seguindo a vontade dos comissários-educadores do PT, não teremos mais nenhuma aula que trata da Mesopotâmia ou do Egito. Da herança greco-latina os nossos alunos nada saberão. A filosofia grega para que serve? E a democracia ateniense? E a cultura grega? E a herança romana? E o nascimento do cristianismo? E o Império Romano? Isto só para lembrar temas que são essenciais à nossa cultura, à nossa história, à nossa tradição”, pontuou Villa.

Em sua análise da proposta, o professor concluiu que “os comissários-educadores — e sua sanha anticivilizatória — odeiam também a História Medieval”, pois omitiram os dez séculos marcados pela “expansão do cristianismo e seus reflexos na cultura ocidental, o mundo islâmico, as Cruzadas, e as transformações econômico-políticas”.

“Parece mentira, mas, infelizmente, não é. Mas tem mais: a Revolução Industrial não é citada uma vez sequer, assim como a Revolução Francesa ou as revoluções inglesas do século XVII […] [Os petistas não] perdoaram também a História do Brasil. Os movimentos pré-independentistas — como as Conjurações Mineira e Baiana — não existiram, ao menos no novo currículo. As transformações do século XIX, a economia cafeeira, a transição para a industrialização, foram desconsideradas, assim como a relação entre as diversas constituições e o momento histórico do país”, elenca.

Doutrinação

Essa não é a primeira tentativa de doutrinação do governo petista através da educação. Em 2015, o MEC havia tentado avançar na implementação da ideologia de gênero nas escolas públicas brasileiras e criou o Comitê de Gênero, para debater métodos de abordagem do assunto.

A iniciativa era uma clara tentativa de contornar a decisão do Congresso Nacional em 2014, que recusou a ideologia de gênero como tema de ensino nas escolas. O MEC já havia ignorado essa decisão e vinha exigindo que os estados e municípios instituíssem essa matéria no currículo escolar. A pressão do governo não surtiu efeito, e a maioria do deputados estaduais e vereadores também recusaram o tema em votações nas suas respectivas esferas.

Posteriormente, o Comitê de Gênero teve suas funções modificadas, assim como o nome. O então ministro, Renato Janine Ribeiro, terminou demitido por Dilma e substituído por Aloízio Mercadante (PT), na reforma ministerial.

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Rachel Sheherazade diz que Lei do Feminicídio é inconstitucional

Para a apresentadora do Jornal da Manhã, na Jovem Pan, a Lei é sexista e pode aumentar a violência contra a mulher

por Leiliane Roberta Lopes – gospelprime

  • Rachel Sheherazade diz que Lei do Feminicídio é inconstitucional
Sheherazade diz que Lei do Feminicídio é inconstitucional

A jornalista Rachel Sheherazade, conhecida por suas posições firmes, se posicionou contra a Lei do Feminicídio que torna o homicídio contra mulheres como crime hediondo.

A lei tem como objetivo proteger as mulheres que são vítimas de violência doméstica, mas para a jornalista do Jornal da Manhã, na Jovem Pan, o projeto de lei pode ter efeito contrário, além de ser inconstitucional.

“As estatísticas provam que as maiores vítimas de assassinatos brutais não são as mulheres. São os homens, pobres, jovens e negros. Então, partindo do mesmo argumento da lei do Feminicídio não seria os homens, os pobres, os jovens e negros igualmente ou mais vulneráveis que as mulheres?”, questiona.

Sheherazade diz que esse grupo também teria que ser protegido e questiona por quê as mulheres, que hoje rejeitam o rótulo de sexo frágil, se sujeitam a uma lei como esta se elas se consideram iguais aos homens.

“Quem luta por direitos iguais não pode exigir privilégios diferentes. Além de afrontar o princípio constitucional da igualdade, esse projeto sexista pode ter o efeito inverso do que pretende seus defensores e acirrar ainda mais o preconceito contra as mulheres”, diz.