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CALÇAS COMPRIDAS PARA AS MULHERES À LUZ DE DEUTERONÔMIO

 

Talvez você já estudou a questão dos judaizantes, mas vale a pena salientar que não estamos mais debaixo da lei e, sim da graça conforme já vimos. Mas ainda encontramos nos dias de hoje certos cristãos usando versículos isolados do Velho Testamento para tirar a liberdades das mulheres.

Este é um dos pontos mais difíceis entre alguns pentecostais. Sem ferir ninguém, quero interpretar à luz da Palavra. Os nossos renomados mestres em teologia são unânimes em afirmar que estão superadas as normas de Deuteronômio 22.5. Há igrejas que proíbem terminantemente o uso de calças compridas para mulheres, usando este texto: “A mulher não usará roupa de homens, nem homem vestes peculiar à mulheres; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor teu Deus” (Dt 22.5).

Nem mesmo o cumprimento da lei exaltava realmente a Deus, pois Ele veria as pessoas servindo-O apenas por obrigação, por serem compelidas a fazê-lo.

[…] Aqueles que servem a Deus simplesmente porque a letra da lei os obriga fazê-lo, ainda estão sob o regime da Velha Aliança. Não aprenderam a respeito da Nova Aliança. A maioria dos cristãos ainda estão vivendo no regime da Velha Aliança. Até dizem: “Tentei fazer isto e fazer aquilo”. Vivem sob a condenação da lei. Embora cantem louvor a Deus e sejam do povo de Deus, têm dúvidas terríveis e enfrentam problemas e lutas. Fazem boas coisas na igreja, mas quando vão para casa, sabemos os problemas que tem. Estão vivendo pela Velha Aliança” [ORTIZ. P. 163].

Jamais poderíamos usar um versículo para fazer uma doutrina, assim como critica-se os que guardam o sábado, deixando outros mandamentos, que não conseguem cumprir. Tanto é verdade, que o mesmo capítulo, que fala sobre vestes, fala também em matar o filho rebelde, não usar roupa de lã com roupa de linho ao mesmo tempo, fazer franja no cobertor de dormir e outros versículos, por exemplo: o homem não podia cortar o cabelo e nem sequer danificar a barba. Veja o exemplo:

“Não cortareis o cabelo em redondo, nem danificareis as extremidades da barba” (Lv 19.27). “Não farão calva na sua cabeça e não cortarão as extremidades da barba, nem ferirão a sua carne” (Lv 2.5).

A barba para os Judeus era símbolo de dignidade, mas era vergonhoso raspada: “Tomou, então, Hanum os servos de Davi, e lhes rapou metade da barba, e lhes cortou metade das vestes até às nádegas, e os despediu. Sabedor disso, enviou Davi mensageiros a encontrá-los, porque estavam sobremaneira envergonhados. Mandou o rei dizer-lhes: Deixai-vos estar em Jericó, até que vos torne a crescer a barba; e, então, vinde” (2º Sm 10-4-5).

Somos salvos pela fé não pelas obras. A Bíblia diz em Efésios 2:8-10 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”.

Considero o legalismo, ser o maior e o mais grave dos problemas da religiosidade, onde ela bate de frente com o Cristianismo. Em momento algum os praticantes da religiosidade concebem a atuação divina pela categoria da Graça, como doação e auto-doação divina. Para eles só a graça não basta, tudo tem que ser barganhado e negociado.

Esta concepção legalista anula a Graça, anula o sacrifício de Cristo, anula a redenção proporcionada pela morte de Jesus na cruz. Neste ponto poderíamos traçar um paralelo (ainda que bastante impreciso) com a ação dos judaizantes na Igreja Primitiva, combatida enfaticamente pelo Apóstolo Paulo, na epístola aos Gálatas:

“Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado. Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadores, dar-se-á o caso de ser Cristo ministro do pecado? Certo que não. Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, a mim mesmo me constituo transgressor. Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão”. (Gl 2.16-21).

O legalismo, como disse, é o maior e o mais grave dos problemas deparados pelo apóstolo Paulo na igreja primitiva e que que igreja cristã ortodoxa ainda enfrenta.

Dessa forma, anula-se a fé cristã. Este é o argumento que invalida as considerações de quem avalia a religiosidade como um caminho válido para Deus, legítimo e até melhor do que a fé cristã.

O legalismo tira do coração do crente a alegria do Senhor e com essa ausência vai-se também o seu poder para um culto de adoração ao homem. Nada resta senão uma confissão rígida, sombria, tediosa e indiferente. A verdade é traída e o nome glorioso do Senhor torna-se sinônimo de “desmancha prazeres”. Os cristãos sob a lei não passam de uma triste paródia da realidade”.

Embora já estamos no século XXI, encontramos grupos de indivíduos “rígidos, sombrios, tediosos e indiferentes, basta visitar algumas das igrejas evangélicas de hoje. É com grande dor no coração e grande desapontamento dizer que as igrejas morrem quando o pastor é legalista, pois são assassinos de almas. Os legalistas, com sua lista inflexível de “faça” e “não faça”, matam o espírito de alegria e espontaneidade daqueles que desejam gozar a sua liberdade em Cristo Jesus. As pessoas estritamente legalistas na liderança tiram toda a vida da igreja, embora afirmem estar prestando um serviço a Deus.

Em primeiro lugar não encontramos nenhum versículo que proíba as mulheres a usarem calça comprida no Novo Testamento, porque não existia nem para homens e nem para mulheres. Em segundo lugar, o próprio Jesus diz “Pois todos os profetas e a lei profetizaram até João Batista” (Mt 11.13). Usar a lei escrita por Moisés para doutrina de usos e costumes é invalidar a graça de Cristo, adulterar o evangelho segundo Jesus segundo o Novo Testamento.

É extremamente difícil estabelecer quais eram as diferenças entre as vestes masculinas e femininas nos dias de Moisés. Tanto os homens como mulheres usavam indistintamente capa, cinto, casaco e vestidos longos. Muitas vezes as roupas de um homem e de uma mulher eram exatamente iguais. Distinguia-se uma da outra, unicamente, pela finura do tecido usado para confeccionar as roupas das mulheres a cor.

O princípio básico apresentado aqui é de que homens e mulheres devem honrar a dignidade do seu próprio sexo e não tentar adotar aparência ou papel do outro. Esse versículo proíbe claramente o travestismo, que é um desvio do comportamento. Deus reprovou e é abominável a mudança do uso natural do sexo, tanto no Velho como no Novo Testamento. O apóstolo Paulo exortando aos romanos diz: “… porque até as mulheres mudaram o uso natural de suas relações íntimas por outro, contrária a natureza; semelhantemente, os homens também deixaram o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmo, a merecida punição do seu erro” (Rm 1.27-28).

Alguns líderes interpretam o “uso natural” como calça comprida ou abrigo. Mas, o ensinamento de Moisés e de Paulo se refere à mudança de sexo, homem com homem ou mulher com mulher. Não tem nada haver com calça comprida.

O que uma sociedade estabelece como indumentária masculina e feminina não vale necessariamente para outra região geográfica.

Não compete ao Espírito Santo designar quais roupas são masculinas ou femininas. Experimente um homem usar uma bota feminina ou vice-versa. Ou um homem usar uma calça feminina. Não irá servir, porque o estilo masculino e o estilo feminino são diferentes. Isso é convenção cultural, portanto, humana.

Deve se observar que as roupas e tradições também variam de geração para geração. A calça comprida era considerada roupa de homens no início do século passado. Como as mulheres começaram a trabalhar fora de casa e necessitavam de roupas fortes que protegessem suas pernas do frio e dos acidentes de trabalho, o uso acabou sendo inevitável. Inicialmente, causava inquietação e gerava muita polêmica. Mas, logo pode contar com o consentimento da sociedade.

Note que houve uma mudança social e cultural sem atingir a moralidade das pessoas. Houve uma mudança de tradição. Hoje as calças compridas já nem são mais roupas masculinas, e sim neutras em seu gênero, tanto homens como mulheres podem usar.

Como nos tempos de Jesus homens e mulheres usavam vestidões e não havia nenhum pecado, também em nossos dias não há pecado para homens e mulheres usarem calças comprida. Mas, sempre com decência.

Há outras vestimentas que também são usados por homens e mulheres e não trazem nenhuma inquietação, como por exemplo: as sandálias havaianas; camisetas de malhas; certos tipos de casacos, usados para nos protegermos do frio; e até mesmo alguns modelos de armação para óculos de grau. Hoje o que designa uma calça masculina ou feminina é o estilo. Sendo assim, quando Deus ordena que a mulher não se vista com roupas de homem, Ele não está escolhendo certo tipo de roupa, mas apenas rechaçando o travestísmo, e a roupa intima de cada ser humano. O ideal de Deus é que os homens queiram ser homens e as mulheres desejem ser mulheres. A mensagem de Deuteronômio 22.5 trata de princípios, e não de uma lei sobre moda.

Outro detalhe é que, se fosse pela diferença entre homem e mulher, nós homens teríamos que voltar ao uso de vestido; se é pelo costume do país que usamos a calça, elas também têm o direito de usar o costume do país, sendo que as mulheres brasileiras também usam a calça, mais que a saia e, muitas vezes, como abrigo contra o frio.

Entendemos que no Novo Testamento temos apenas uma norma, ou seja, a que fala de vestes decentes, conforme 1ª Tm 2.9, e disso não devemos abrir mão, é claro. Por outro lado, não é porque a mulher, por exemplo, está usando vestido comprido, que está obrigatoriamente decente, pois tudo o que chamar a sensualidade é indecente, é lascívia.

Em certas igrejas, para a maioria dos crentes, uma mulher usar calça idêntica a do homem é um pecado mortal, mas não encontramos um texto bíblico que dê sustentação a essa idéia. Ele vem apenas de uma má interpretação e tradição da igreja.

Se fosse indecente, nós os homens, estaríamos sendo indecentes ao usarmos a referida calça, pois o nosso corpo tem as mesmas condições de mostrar indecência. Além disso, usamos roupas modernas e caras (ternos e gravatas), contrariando Lc 7.25 e Mt 11.8. Os ministros não poderão comprar ternos atualizados, pois deverão cumprir Êxodo 39, se quiserem exigir que as mulheres cumpram uma má interpretação de Deuteronômio 22.5.

Se for para manter a distinção entre homem e mulher, existem diversos itens do vestuário que podem caracterizar a mulher, como calçados, cabelo, blusa, bolsa e outros, vistos que as vestes dos tempos bíblicos eram vestidos idênticos para ambos os sexos e a diferença ficava por conta de outros detalhes, como o comprimento do vestido, a textura do tecido. O homem diferenciava-se pela barba e a mulher pelo véu.

Uma mulher com uma calça descente se protege mais do que uma saia, num símbolo de mundanismo como no entendimento de alguns. Se for provado que a coisa material provoca indecência (que é um atributo moral), não se pode afirmar biblicamente que um costume é mau.

Usar certas frases e dizer que o cristão não pode andar na moda, primeiro devemos saber o que é realmente moda. Moda é como a gente apresenta-se, para as outras pessoas. Isso inclui roupas (ternos, camisa, calça, gravata, sapatos, chapéus, meia, cinta, fivela…). È, ainda, o jeito como você usa seus óculos, corta, pinta ou penteia seus cabelos.

A moda é tudo isso e junta e se compõe em você, em cada um de nós. Ela varia de região para região, de país para país. Por exemplo, na Escócia os homens andam de saia, na África os homens andam de vestidões, no sul os gaúchos andam de bombachas e os políticos e pastores de ternos, etc.

Jesus Cristo nunca usou paletó e gravata. Era uma pessoa comum, ou seja, se vestia de modo semelhante aos demais, a ponto de Judas precisar beijá-lo para identificá-lo. Paletó e gravata não podem ser adotados como roupas de santos. Em primeiro lugar, é uma roupa utilizada em solenidade em ocasiões sociais por autoridades e pessoas da sociedade. Em segundo lugar, grande parte dos corruptos que se acompanham nos noticiários usam este tipo de roupa. Portanto, não se pode atribuir paletó e a gravata uma exclusividade, ou um requisito de quem é crente, pois é um traje social, de uso comum de todas as pessoas da sociedade.

Se Jesus ou um dos apóstolos participasse de um dos nossos cultos eu acredito que muitos irmãos iriam colocá-los para fora. Por quê? Porque estariam com o vestuário esquisito. Moda dos tempos de Jesus era diferente com as de hoje. Jesus usava vestidões, e nós usamos calças compridas. Ninguém consegue viver neste mundo sem estar na moda, ou seja, seu jeito de vestir. O que realmente precisamos entender é que todos acompanham a moda e a cultura da época. Entretanto, o que for extravagante, principalmente sensual, deve ser corrigido e ensinado pela Palavra de Deus sem usar o radical e o autoritarismo.

Certo dia, uma irmã que encontrava-se com problema saiu de seu trabalho e veio até a igreja pedir ajuda e oração, mas um determinado “ministro” quando a viu de uniforme (calça comprida) chamou atenção veemente dizendo: Porque a irmã veio vestida de homem na igreja? Em vez de receber uma palavra de consolo recebeu uma chibatada pelo fariseu. E ela saiu magoada e triste.

É isto que os fariseus fazem. Ensinam que a “igreja” tem “regras” (tradições e doutrinas de homens), que foram condenadas por Jesus (Mt 15.1-3, 9) e, sem base bíblica, fecham o reino dos céus para os aflitos e necessitados. Enquanto Jesus tinha compaixão e misericórdia, os fariseus de hoje são petulantes e donos da verdade.

Aprendemos em missiologia que devemos respeitar a cultura de cada país, mas estamos esquecendo que estamos na cultura de nosso próprio país, onde, especialmente, na região sul, com temperaturas negativas; além de costume, é uma necessidade e um direito constitucional do cidadão, tendo inclusive, amparo legal na preservação da saúde. O uso da calça para a proteção contra o frio, na época do inverno, é uma necessidade. É redundante dizer que, se a pessoa questionasse seus direitos morais pela advertência em público, a Igreja teria problemas. Nesse particular, existe um grande obstáculo, que tem levado muitas mulheres optarem por outras igrejas que entendem não ser esse um problema de indecência, nem de preceito bíblico, senão apenas de uma tradição, que deveriam ser mantidas se não causassem a perda de muitas almas.

Temos visto que muitas igrejas brasileiras assistem a confirmação de Deus ao seu trabalho missionário em outros países, sem a tal exigência, mas continuam proibindo aqui, como se Deus fosse mais exigente para os brasileiros.

Porque muitos líderes fazem este tipo de acepção com as mulheres e o Espírito Santo não? Deus não condena uma mulher pela roupa, mas pela sua conduta sem Deus.

Muitos líderes evangélicos já entendem que essa tradição traz mais prejuízo que lucro e resolveram abrir mão, mesmo que se diga que liberaram o mundo dentro da igreja, porém, biblicamente, para entrar o mundo na igreja, pelas vestes, precisamos ser, no mínimo indecentes, o que não é o caso da calça, e, sim, de muita saia curta, justa ou transparente e blusa decotada (que é tida como um erro, mas a calça é vista, por muitos, como um horror do inferno).

Umas das teorias, a que considero a mais equivocada, é aquela que afirma ser a proibição dessa peça do vestuário um dos motivos da integridade, indispensáveis para a igreja manter a sã doutrina e a santidade. Entendo que a igreja é santa porque não abre mão das doutrinas bíblicas e, ficaria melhor ainda, se dispensasse este item que nada tem a ver com a santidade e nem com a diferença do mundo, pois Jesus em João 13.35 nos diz qual é a única característica que faz a diferença do mundo. O único requisito no vestir é a “decência” que procede do amor. A caridade, que é o próprio amor, não se porta com indecência, conforme 1ª Co 13.5 e nada mais que isso pode ser exigido biblicamente.

Quantos pastores ficam envolvidos com a tal proibição, enquanto Satanás vem minando a santidade das igrejas pela mentira, inveja, desonestidade, corrupção, prostituição, adultério, rancor, falta de perdão, enfim, todos os males causados pela falta do amor de Deus nos corações.

È o mundo entrando dentro da igreja e não um figurino de vestuário para manter uma característica da igreja, representada apenas pelas mulheres, assim como nos países muçulmanos, cujas mulheres com o corpo coberto, da cabeça aos pés, representam, para o mundo mais desenvolvido, a característica de uma religião atrasada. Este é um exemplo clássico de que manter uma característica, se não tiver fundamento bíblico, só pode representar um atraso, como vem fazendo aquele povo. Com certeza, isso não garante pureza à igreja, nem admiração pelos que deveriam converter-se ao Evangelho. O evangelho que Jesus mandou pregar, não recomenda, uma só vez, tais exigências.

A bem da verdade, o que está acontecendo é que uma boa parte dos crentes só sabem aplicar a dureza da lei da aparência exterior, mas não sabem praticar o amor e a misericórdia, vivem como se fossem os números exatos dos escolhidos, não se importando com o resto do mundo, como se fossem os donos da salvação, e quem não pisar na linha de suas exigências, deve ser eliminado.

A pergunta que faço: Como será o acerto, um dia, dos que trocaram a graça pela obras e dos que evitam o esclarecimento para não contrariá-los? “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça” (Rm 1.18).

Se Jesus condenou os fariseus, que aplicavam a lei ao invés do amor, não fará o mesmo com aqueles que mudam a verdade de Deus, ensinando aos descrentes, que a mulher que usar calça, no dia do senhor não poderão entrar no céu? “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci” (Mt 7.22-23).

Outro grande prejuízo é que, na medida em que afirmamos ser pecado intolerável o uso dessa peça do vestuário, os crentes em sua maioria dizem-se cumpridores da sã doutrina e não comparecem ao debate, nas reuniões de ensinamento, para descobrirem que Satanás está minando grandemente, de forma sutil, outras áreas da vida, que declaradamente a Bíblia classifica como pecado.

Podem conferir: os defensores ferrenhos de usos e costumes, geralmente, não se lembram de exercer o que Deus expressamente exige como doutrina, isto é: amor, perdão, misericórdia, bondade, benignidade, paz, mansidão, humildade, pontualidade, a eficiência no ensino e no trabalho, a transparência, a ética, a verdade a qualquer custo, etc. Dizer que a igreja não precisa disto para crescer seria desprezar o valor das almas, que por este impedimento, deixam de entrar no caminho da salvação.

Outro argumento bem conhecido é o de que as igrejas que liberam o tal uso são igrejas frias e mornas. Entendo, no entanto, que o motivo é bem outro, isso é: o que ocorre é que algumas igrejas não se animam a liberar, pensando que sua espiritualidade está nesse detalhe, como a força estava no cabelo de Sansão. Deveriam, antes, conhecer outras igrejas que ensinam a verdade e, no entanto, são portadoras de todas as características bíblicas da salvação em Jesus.

Podem conferir que os tais não conseguem mover a igreja com seus sermões, mas quando notam que estão sem a graça divina, mudam seus sermões para usos e costumes mostrando assim mais espiritualidade.

Sabemos, também, o argumento de que nas igrejas em que se liberou o uso, desta parte do vestuário, desandou a imoralidade e o mundanismo. A esse argumento gostaria de responder como exemplo do que já ouvimos a respeito da televisão, sendo que certos pastores a proíbem, sob esta legação, porém, a prova aí está, que nas igrejas em que foram mantidos os princípios éticos e morais, nada aconteceu por conta da televisão liberada. Não devemos proibir, mas ensinar ver televisão. Sei de pastores que proibiam nas suas igrejas o uso da televisão dizendo que era a caixinha do diabo, mas hoje eles têm uma caixinha na sua casa e não é mais pecado. É interessante que é pecado enquanto o líder não liberar. Quantas pessoas de valor foram sumariamente excluídas da igreja por possuírem aparelho de televisão, hoje, entretanto, os que cometeram tais injustiças possuem o aparelho, tranqüilamente, em suas casas. Descobriram que era ignorância, pois os males procedem do coração e o mundo ao vivo é muito mais perigoso que a tela da TV.

Sabemos que não só as vestes e a televisão usada de forma imoral podem arruinar a igreja, mas todos os demais procedimentos que não estiverem pautados pela decência e moralidade. Se em algum lugar a coisa descambou, foi por falta dessas características e não pelo uso de uma peça de roupa que não pode alterar a integridade de uma pessoa.

Portanto, o que preocupa é ter de defender, sem argumentos convincentes, aquilo que não encontra na Bíblia. Ouvimos a explicação: na Bíblia não está escrito, mas deve ser obedecido e, se quiser explicação, fale com o Pastor, porque é o único autorizado a tocar no assunto.

Não acredito que pastores apóiem essa idéia, pois se assim fosse, seria o mesmo que admitir que a palavra do pastor esteja acima do preceito bíblico e, por isso mesmo, o assunto não poderia ser discutido; deveria apenas ser cumprido.

Interessante que os legalistas dessa exigência com a veste feminina querem cumprir um mandamento da lei e não se importa em cumprir o que está no Novo Testamento (Rm 16.16; 1ª Co 16.20), que manda saudar os irmãos com beijos e (1ª Tm 5.10), que manda lavar os pés uns dos outros.

O motivo pelo qual existe rivalidade entre os crentes é que os mais esclarecidos sabem que certos usos são apenas tradições, enquanto que a maioria pensa que é um mandamento, escrito em algum texto da Bíblia. Para quem governa é mais fácil assim; os membros menos esclarecidos pensam que está escrito e, além de cumprirem, exigem dos demais que cumpram também, criando uma pressão psicológica naqueles que entendem a verdade.

A Palavra de Deus não admite meia verdade. Se não pudermos esclarecer o que é doutrina e o que é tradição, é porque não estamos preocupados com a divisão e o descontentamento entre os crentes, e sim, preocupados em manter certos usos ou costumes arcaicos através de uma estratégia de desinformação.

Quando dizemos que não podemos facilitar o tal uso, porque iria escandalizar a maior parte dos crentes, não devemos esquecer que eles só se escandalizam porque foi o próprio ministério da igreja que sempre ensinou ser um pecado horrível.

Não acho válido, também, o argumento de que a igreja tem o poder de estabelecer normas e regras, mesmo sem base bíblica, pois se assim fosse, a Igreja Católica estaria certa em todas as tradições e dogmas que ela criou.

Um princípio é válido quando não trouxer prejuízo ao Evangelho, nem discordar da vontade de Deus, pois do contrário, pode se enquadrar nos textos de Dt 4.2; Pv 30.6 e
Ap 22.18, que proíbem acrescentar um til às Sagradas Escrituras e automaticamente à doutrina da salvação, em qualquer tempo ou circunstância, Eu, particularmente, não quero assumir esta culpa.

Não consigo entender a total tranqüilidade de alguns obreiros, argumentando que não podem perder tempo com descrentes que querem exigir que a igreja se adapte às suas tradições. Dizem que os de fora é que têm de mudar e devem viver de acordo com a Palavra e com nossas regras. Muito bem, mas onde está escrito a tal palavra e onde está escrito as tais regras? Enquanto ficamos brigando e ensinando as regras, as outras igrejas estão enchendo e tua está se esvaziando. E, o mais triste, aqueles que têm o ministério do ensino estão ficando no banco para não ensinarem as verdades bíblicas.

Outro aspecto é a repercussão moral: Saia comprida é roupa social, que exige coerência dos pés a cabeça, mas como menos favorecidos não podem acompanhar este estilo, andam por aí, de forma ridícula, criando um péssimo visual; fazendo com que os descrentes tenham a impressão de que somos um povo atrasado. Isso é prejuízo na certa.

Daí argumentar que para os salvos pouco importa o que o mundo pense, e que a aparência não vale, é no mínimo desconhecer certos textos bíblicos, por exemplo:
1ª Co 14.23, onde Paulo preocupa-se com a impressão que podemos causar aos descrentes, prejudicando a conversão de almas. Nós que deveríamos estar preocupados com os não crentes e perguntar a nós mesmos se não estamos impedindo a sua entrada; e não nos darmos ao luxo de dizer: se quiserem é assim, ou, então, procurem outra igreja! Pois, assim era o tratamento dos fariseus nos dias de Jesus agiam sem amor e sem misericórdia.

Igrejas que recebem todos os dias, pessoas transferidas de outras localidades, não sentem a necessidade do crescimento por conversão, talvez por isso não se importem com o entrave e ainda dizem que a igreja está crescendo, quando, na verdade, as conversões são menores que as exclusões.

Considero desonesto da parte de certos líderes, antes de serem consagrados ao cargo, tinham essa interpretação, porém, assim que subiram ao poder, mudaram de opinião e passaram a defender o contrário, para merecerem a simpatia do povo. Que falta de personalidade e seriedade com o santo ministério.

É fácil perceber que tudo isso é falta de conhecimento bíblico, que infelizmente herdamos de nossos antepassados e que vem dando enorme prejuízo na conversão de almas. Será que apenas as igrejas que as irmãs não podem usar a calças que irão se salvar? Não deveríamos desconfiar que estamos sozinhos neste modelo atrasado? Pior que isso é dizerem que é uma tradição e um modelo que Deus nos deu e que a igreja vem crescendo desta forma. Como alguém pode provar que foi Deus quem deu? Se não fossem estas regras humanas e ridículas as igrejas poderiam ter crescido muito mais? Só os menos esclarecidos podem aceitar estas regras, pois quem conhece a verdade tem a mente de Cristo.

Lamento a ignorância daqueles que, ao invés de abordarem os candidatos ao batismo, perguntado se entenderam bem e estão dispostos a praticar o amor e as doutrinas bíblicas, que contêm a receita completa do caminho estreito, tratam de proibir o uso de certas roupas, jóias e corte de cabelo, etc.

Entendo que muitos que se batizam não permanecem porque são edificados na areia e não na rocha. Na primeira luta espiritual, tentação, calúnia ou perseguição, o crente vai cair, pois ele foi ensinado a valorizar um figurino material e não o conhecimento espiritual da salvação.

Como seria bom se todas as igrejas deixassem de olhar apenas para o passado baseando-se na tradição, e passassem a praticar um arrependimento diário acompanhado de vigilância constante; tenho certeza de que não seriam atingidas por falsas concepções de cristianismo; improdutivo, apenas nominal e indigente do fervor do Espírito Santo. Pelo contrário haveria um avanço real e sem falsificação. Seriam gerados verdadeiros cristãos dispostos a doar-se em favor do próximo e da causa da verdade. Infelizmente porque o sectarismo torna-se envolvente nas massas humanas poucos param para pensar que placa denominacional não alimenta a alma do ser humano e nem sequer alivia a consciência.

Não queremos com isto dizer que organizações religiosas deveriam estudar propostas de unificação, mas sim que cada discípulo em particular seguisse fielmente a unidade de um corpo cuja cabeça é Cristo.

Vamos olhar para os grandes homens do passado como Martino Lutero, João Calvino, João Huss e outros que sem medo começaram a denunciar a miséria do proceder humano diante do Seu criador. A explosão monetária pela venda de indulgências e de imagens esculpidas, a corrupção moral, as perseguições empreendidas contra os guardiões da fidelidade e mesmo o sangue inocente daqueles que foram lançados às feras ou decapitados, nada disso podia ficar esquecido na obscuridade.

Desta forma o cristianismo estava-se reavivando e as consciências dos homens passavam a ser acordadas, quando o combate da fé empregava não mais a força das armas, nem tribunal de inquisição, mas a Palavra de Deus (Ef 6.10). Considere-se o porte de vida destes grandes pregadores; quais eram as suas mensagens, quais eram seus ideais, a que tipo de povo falava e qual o resultado que colheram e ter-se-á a convicção de que Deus cuidou, cuida e cuidará sempre a sua obra gloriosa.

Infelizmente, desde a reforma implantada com eficientes resultados o ápice alcançado pelo cristianismo pouco a pouco foi novamente cedendo a espaço ao avanço rápido de novas filosofias e tradições arranjadas através de conglomerados de idéias que desvirtuaram paulatinamente a verdadeira fé. Introduziu-se na mentalidade humana uma nova “cultura” religiosa e os grupos que haviam sido avivados retornaram as tradições modificadas pela cultura e o humanismo secular, desentoando as verdades bíblicas. Hoje muitos destes têm sido obrigados por força da religiosidade presente confessar o seu desvio e o declínio sofrido.

As estatísticas confirmam a constante queda tanto em números como em diligência espiritual de denominações que há bem pouco tempo eram prósperas nas atividades do reino de Deus. Entretanto aquelas igrejas que tem solidificado sua fé nas doutrinas bíblicas continuam firmes e vitoriosas em caminho da cidade santa. Enquanto que outras estão desmoronando-se, pois construíram a base de sua religião (doutrina de homens), na areia e não na rocha.

Cristo veio ao mundo com a finalidade de tornar os homens cidadão do Seu reino (Mc 1.14-15). Por conseguinte, o cristão é um cidadão do Reino de Deus (Cl 1.13), onde é diferente (Jo 18.36), principalmente na maneira de pensar (1ª Co 18.36). Logo, o meu modo de ser já não importa. Devemos ver tudo sob a perspectiva do Reino. O Rei dos reis exorta-nos a buscar o Reino de Deus e a sua justiça, a fim de que as demais coisas nos sejam acrescentadas (Mt 6.33). Portanto, o comer, o vestir-se, o ter um teto para abrigar, embora importante á nossa sobrevivência, são pontos em segundo plano.

O cristianismo judaizante é remendo novo em vestidos velhos (Mt 9.16). A salvação é pela fé em Jesus (Gl 2.16; Ef 2.2-10; Tt 3.5). O cristianismo é religião de liberdade no Espírito e não um conjunto de regras. O verdadeiro cristianismo enfatiza o nosso relacionamento com Cristo ressuscitado (Gl 2.20), e isto é suficiente para crescermos na graça e no conhecimento de Deus.

Pr. Elias Ribas

Dr. em Teologia

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Os judeus paraguaios da I.E. Quadrangular

Não. O vídeo a seguir não foi produzido em uma igrejinha qualquer, destas sem vidro na janela onde o vento sopra uma doutrina nova a cada dia.

Não. As tristes imagens mostradas foram captadas por um membro entristecido com a franca apostasia que carrega a Igreja do Evangelho Quadrangular ladeira abaixo.

Nas unidades IEQ, tudo o que se tem mais visto é idolatria, esquisitices gospel e até esta doutrina comercial “sem pé ou cabeça” que mistura ícones do judaísmo do tempo do templo, com judaísmo dos séculos XIV e até do século XIX!

A Igreja do Evangelho Quadrangular está adotando um arremedo de doutrina que busca elementos de idolatria e pontos de contato da fé (este arcabouço nefasto e mentiroso adotado pelo paganismo, catolicismo e neopentecostalismo) misturado com uma doutrina “judaizante” que emite disparates como o uso de kipá, coisa do século XVII, que nenhum homem do tempo de Jesus jamais viu.

Esta doutrina espúria prega a idolatria da Arca, que segundo as Sagradas Escrituras, jamais poderia ser tocada, sob pena de imediata pulverização! A isto se misturam óleos e unguentos, audições de shofares e outras aberrações estranhas ao cristianismo. Tradições vazias na Nova Aliança, que foram deixadas para trás quando o Véu do templo se rasgou, tal qual a carne do senhor Jesus, pelas nossas vidas, na Cruz.

Enfim, coisa de maluco, veja aqui neste artigo.

Vou baixar a ripa nestes saduceus da vila tatu…

Eu chequei a conclusão que este negócio de Arca é o modismo gospel segmentado para o público mais burro de todos. Aquele grupo que acredita até em mula sem cabeça e saci pererê.
Não tem nem graça rascunhar um texto apologético qualquer para esta apostasia. Um papel de pão e um lápis gasto bastam. Mais do que isto é jogar pérolas aos porcos… Então eu vou é esculachar mesmo!

Tem golpe para todo tipo de gente. Afinal, o estelionatário de QI abaixo da média também tem que comer, não é não? Para estes, há os crentes (crentes?) de babador e chupeta (ops, shofar).
Uma gente digna de pena, analfabeta de Bíblia (por vocação ou opção, já que todos carregam uma debaixo do braço quando vão ao templo adorar… ops, a arca.) e que acredita em tudo o que lhe é contado…

Foto tirada por mim na EXPOMAMON 2009

Eu, realmente, não tenho a menor paciência e nem respeito por este povo do gospel saduceu e a misericórdia me falta. Eu sinto muito, não me orgulho disto e oro a Deus para mudar isto em mim. Mas é fato. Nem sequer os vejo como irmãos em Cristo. Afinal, como posso ver alguém como tal se este mesmo alguém renega o supremo sacrifício de Jesus e fica pagando um king kong destes de quererem ser judeus, sem serem. E ficam ainda a adorar uns artefatos e a realizar cerimônias completamente estranhas ao judaísmo moderno, para eles (judeus) igualmente despropositadas!
Eu tenho um amigo dos tempos de colégio que é moel, o oficial credenciado para realizar a Bris milá (aliança da circuncisão). Ele gosta muito do blog e outro dia comentou comigo brincando:
– Oi Dan me apresenta este pessoal ai… Quem sabe sai guisheft? (negócio, em idish)
– Ah! Camarada, cortar o bilau este povo não quer não! Risos. Mas se você tiver um shofar e um arreio de segunda mão, acho que sai negócio!
Amados! Até a expressão “judaizante” é inapropriada. Não há nada de judaico neste besteirol, exceto alguns ícones perdidos no tempo e uma vontade grande de parecer diferente. Nem mesmo quando se trata do chamado judaísmo cristão messiânico. Pois para os judeus isto não existe! E parem de confundir elementos da tradição do povo judeu, com o estado político e a nação de Israel ou mesmo com judaísmo que não são a mesma coisa!
Vocês querem ser judeus? Tenho uma péssima notícia para vocês: Mesmo de acordo com o rabinato mais liberal, para você deixar de ser gói (gentio e insuficiente) tem: (1) prova de fé, (2) curso longo, (3) encontrar um número de judeus que presenciem (e concordem com) a sua cerimônia, (4) ir às águas (tem lá também, sabia não jacozinho da vila tatu?), e (5) muita comunhão e estudo da Torá. Já pensou? Você tem a NVI e não lê… Não estou conseguindo te enxergar lendo o shemot (êxodo) em hebraico… Nem mesmo aquela HAGADAH de PESSACH (páscoa *) em quadrinhos para crianças eu te vejo lendo…
Ih Jacozinho gospel! Tá ruim varão! Tem mais: Se você não casar com uma judia seus filhos serão gentios e a sua linhagem só será considerada judia após a terceira geração.

Fotos tiradas por mim na ExpoCristã (?) onde além de comprar a arca, podia-se comprar os acessórios, todos a parte (risos), incluindo as tábuas da lei da foto, fraldas ungidas e babador santo.

Ah! E esquece o camarão, o torresmo e a lingüiçinha. Não pode mais! Para você, agora, é só alimentos kosher. E falando nisto, não vamos esquecer da questão supra citada: o pinto. Para adultos tem anestesia, mas não é simpático não… Você já viu o instrumento de corte? Pesquisa ai na internet, risos. “Disanima” não jacozinho gospel! Um bom “caçador da aliança perdida” tem de ser “espada”! Desembanhada, mas espada!

Agora, Jacozinho, na questão do custo eu vou te aliviar. É só me mandar um e-mail que eu te arrumo um desconto bom. Mas já aviso logo, que vai sair por mais de R$ 900,00, de maneira que, se o caso é ser idiota, o Cerrullo sai mais em conta (e menos dolorido, risos).


Irmãos! Acordem! A Arca é um meio de estelionato, artefato de um golpe que consiste em retirar da arca umas miniaturas que são levadas pelos lesos para suas casas e devem retornar à seita com certa quantia de dinheiro para que a oferta na “mesa da proposição” se transforme em benção…
Leia aqui sobre os novos Herodes e adoradores idiotizados de arcas.
E para terminar, vai ai uma proposta malandra para vocês zoarem com estes pilantras… Da próxima vez que eles pedirem dinheiro para a arca paguem em schekel (não o novo schekel de Israel, mas a antiga moeda do templo, aquela moedinha de prata de “meio schekel” que todo judeu de 2000 -3000 anos atrás tinha de levar para o templo uma vez ao ano) . Sim, eu sei, não se encontra mais destas moedas por ai… Mas veja bem: Se a arca é FAKE , o schekel também pode ser… Gargalhadas!

Mas Jesus, percebendo a astúcia deles, disse-lhes: Mostrai-me um denário *. De quem é a imagem e a inscrição que ele tem? Responderam: De César. Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. [Lucas 20:22-25]
***
Danilo Fernandes, o sacerdote do templo do esculacho.

NOTAS:

1) A moeda romana de uso obrigatório em todo o império não podia ser usada no Templo, nem para doação, nem para a compra de animais de sacrifício. Dai, haviam os cambistas entre os vendilhões do templo para trocarem moeda impura por moeda de Israel.

2) A HAGADAH é uma expressão literária judaica que se origina na tradição oral do povo. A mais “famosa”, a HAGADAH PESSACH, é lida na noite de seder no jantar cerimonial judaico em que se recorda a história do Êxodo e a libertação do povo de Israel. A forma de Jesus de pregar por parábolas e uma derivação deste “contar estória” da tradição oral.

3) Sim. A imagem no schekel paraguaio é o papa Bento. Sabe como é… Este povo é tão chegado a um absurdo que eu fiz assim, o mais absurdo possível para o deleite dos manés!

O vídeo abaixo foi gravado na Igreja do Evangelho Quadrangular da Casa Verde, São Paulo.

 


Neste, uma senhora desequilibrada. Mentalmente incapaz de ler e entender o que está escrito nas Sagradas Escrituras profere as seguintes sandices:

1) A Arca representa a Glória de Jesus. Não minha senhora. Tão logo o Senhor Jesus fechou os olhos na Cruz, o véu do tempo se rasgou e, como o Próprio já havia vaticinado não passou muito tempo até que o próprio templo fosse destruído e a própria Arca retirada das vistas dos homens. Pois deste momento em diante, Jesus era o Caminho, A Verdade e A Vida e não mais seria necessário qualquer templo para sacrifícios, Arcas e que tais. Sem mais intermediários, vamos direto ao Pai e tudo o que havia naquele templo não é digno do Reino chegado.

2) Tocar na Arca para encontrar conforto. Só Jesus traz liberdade e conforto da Salvação. Buscar a Sua Glória em objetos feitos pelo homem é blasfêmia.

3) Não é uma simples arca, mas a presença do Senhor nesta noite. Sem comentários! Esta é a deixa para o diabo entrar neste templo, pois ali jazem aqueles que estão mortos em espírito naquele caixão em forma de arca. Seduzidos por um poder que os faz incapaz de ver a verdade.

Naquele tempo muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. [Mt 24: 10-11]

Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. Por essa razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não creram na verdade, mas tiveram prazer na injustiça. [2Ts.2:10-12]

4) A Arca é o ponto de contato da nossa Fé. Leia este artigo.

Não se trata de pontos de contato da fé seu idiota! Foi uma das grandes declarações do Cristo!

Danilo Fernandes

Foram exatos catorze minutos, segundo a minha assistente. Eu apaguei deitado no divã defronte a minha mesa de trabalho. Foi sono tão tranquilo, em tão estampado sorriso, que ela mesma fez silêncio cooperando com a minha gazeta no meio do dia agitado. Desligou os quatros monitores, baixou as persianas e foi lanchar.

Eu não queria ir, mas insistiram. Logo na entrada uma rosa ungida. Eu rejeito e ainda faço a minha cara padrão de quando alguém me oferece sushi ou sashimi, refeições que detesto: Um olhar de nojo cinematográfico.

Cozinha japonesa e idolatria gospel são coisas que não entram na minha cabeça. Não são mesmo para se levar a sério. Alguém pode me dizer se dá para confiar numa cozinha onde servem a comida crua, mas cozinham o guardanapo? E idolatria em igreja evangélica? Se a fé do cidadão é daquelas que precisa de muleta, imagens, pontos de contato e que tais, porque procura uma igreja protestante? Vá procurar a sua turma na macumba ou na ICAR, meu camarada! Passa fora, pois aqui só contaminas o rebanho com heresias!

Como se vê, até em sonho a minha apologética é um tanto caceteira, risos.

Voltando ao sonho…

Lá estava eu naquele templo quase pagão. O pastor era conhecido. Igreja neopentecostal light para classe média. Numa conversa social já tínhamos quebrado o pau por conta de rosinhas, unguentos e outras pajelanças. Segundo ele: pontos de contato da fé, doutrina sustentada até nos atos do próprio Senhor Jesus.

Com todo o respeito, entre um gole de Coca-Cola zero e uma empadinha, já havia dito ao honorável pastor: Acorda Marcelo! Pensa: Moises está no monte falando com Deus e você é o camarada no sopé da montanha incentivando o povo a fazer ídolos. Fica depois esta gente toda que segue gente como você achando que está na igreja de Cristo… Caminham com ela a vida toda, mas jamais verão Israel! Ele ria. Eu bufava. Ele desafiou: Vá a um culto meu na próxima semana.

Então eu fui. Insistência de familiar. Pedido de amigo. Mas fui mordido. Não ia prestar.

Assiste a “pregação” deprimido. A passagem era João 9, aquela onde o Senhor cura um cego de nascença. A exejegue do “´Pr. Marcelo” usava o proceder incomum do Senhor no uso elementos – um lodo feito de Seu cuspe e terra para curar o homem cego de nascença, como sustentáculo da doutrina dos tais pontos de contato da fé e até dos atos proféticos, no comando de ação dado ao cego para que lavasse os seus olhos no tanque de Siloé, ato profético para efetivar a cura… Imagine!

Uma interpretação que sempre me entristeceu muito. Sempre a vi como um “deboche embasado” posto a justificar o uso de elementos orgânicos, minerais ungidos com a finalidade de cura e até mesmo aberrações e franca pajelança, como as toalhas suadas de Valdemiro Santiago, os bolos e rosas ungidos do RR Soares, os unguentos de Edir Macedo e as garrafadas do baixo gospel nacional. Nas Escrituras, temos o óleo dos enfermos. Ponto final.

No fim do culto, o “Pastor Marcelo” chama todos à frente. Cada um dos presentes recebeu uma latinha parecida com aquelas de pomada Minâncora. O conteúdo foi dado por mirra, óleo ungido e outros badulaques. Unção especial, panaceia para todo o mal. Obra e arte do nefasto pastor.

Quando me aproximo do “ungidão”, este na certeza de que a pregação havia me edificado, entrega-me a lata e dispara: Eu não disse que te convencia?

Por alguns minutos fiquei parado, a espera da saída do maior número de pessoas das proximidades. Estava decidido a admoestar aquele pastor de uma forma tão contundente que, ou ele partia para as para as vias de fato, ou dobrava seus joelhos e lançava a cara no pó.

Abri a lata e disse: Passe esta meleca nos seus olhos sua anta! Faça já! Pois não é possível que não consigas entender o que acabaste de ler! Ore para que o Senhor te perdoe por este unguento ridículo e implore ao Espírito Santo para que este lhe retire as escamas cobrindo olhos! Estão as Escrituras fechadas ao seu entendimento, ou és mesmo um charlatão?

O homem emudece. O povo observa. Eu tomo o microfone.

Será que és mesmo um idiota que não conseguiu entender que esta passagem da cura deste cego de nascença não é a descrição de mais um milagre, apenas diferenciada por uma pantomina qualquer usando lodo e um tanque de água?

Meu irmão, você não consegue perceber que está diante de uma passagem dos Evangelhos que é dos pilares, da nossa Fé? Um momento em que o Senhor Jesus se revela de uma forma única: Declara-se não somente o Messias, mas a própria a segunda pessoa da Trindade? O verbo presente desde o início?

Para começar era um sábado. E Ele decide fazer a cura, o que mais tarde suscitaria as críticas dos Fariseus. Contudo, Ele é o Senhor do sábado. O Messias. E esta foi a sua primeira declaração.

Ao cuspir na terra, diante dos olhos de todos. Jesus causa estranheza (e futuramente interpretações canhestras como a sua) ao se utilizar de elementos e rituais para operar um milagre. Na prática, um milagre prosaico, diante de corpos que foram ressuscitados e curas milagrosas onde nem mesmo foi necessária a Sua presença física, como no caso da cura do servo do Centurião.

Por que um Jesus que andava sobre as águas, curava os que tocavam em sua orla, os ventos e o mar obedeciam, precisaria se valer de um unguento, de um lodo ou lama de cuspe e terra para curar um cego? Certamente não era para justificar a idolatria e o paganismo na Igreja do porvir!

Não, meu pobre irmão! Naquele momento, o Senhor Jesus se volta ao próprio Pai, o criador. Revela-se como Aquele que estava presente desde a criação e para Quem e por Quem todas as coisas foram feitas.

Jesus inicia seu ato declarando que enquanto estiver no mundo, Ele é a luz do mundo e, diante dos olhos de quem podia enxergar, se revela o Senhor da Vida repetindo o gesto primordial da criação do homem, como visto no Gênesis.

Ao cuspir sobre a terra, lança a água que forma o barro e junto o sopro da vida saído de Sua boca. E agora, nas mãos do oleiro, há o barro que é a essência do ser.

Nas mãos do Cristo está a matriz que forma a suprema criação. Se um cientista moderno visse aquilo, no pouco entendimento que ao homem ainda é dado ter e saber, imaginaria que estavam ali, algo como células-tronco, daquelas que colocadas em um local onde havia um tecido rompido, um órgão danificado, tomam a forma e a função das células locais e destas criam novo órgão ou tecido.

E eis que assim fez o Senhor, àquele homem que, como fora dito, tinha os olhos fechados desde o nascimento. Por certo, nem mesmo olhos ele tinha, mas apenas pálpebras, ou um tecido qualquer a lhe cobrir as órbitas vazias…

Jesus derramou em suas órbitas a matéria da vida que repousava em suas mãos, não para sarar um olho doente, mas para criar novos olhos. E tendo feito nova criação, ordenou que se fizesse aquilo que está dado a fazer a toda nova criatura nascida em Cristo: Mandou que às aguas descesse os novos olhos, no tanque de Siloé, que significa o Enviado.

E o homem mergulhou às águas o que era novo em seu corpo, os olhos no lugar de órbitas vazias, de tão forma diferente ficou, que nem mesmo o reconheceram. Um novo semblante para uma nova criatura em Cristo. Um homem em parte refeito, de novo barro da vida, tudo diante de todos que não eram cegos ao entendimento da Verdade.

Enxergas agora que nesta sua lata de unguento não há nada que se relacione a este momento magistral? Enxergas agora o tamanho da sua estupidez? O que entendeste como um repositório de fé para uma cura milagrosa, a base para uma doutrina espúria de “pontos de contato da fé” é, na verdade, grande blasfêmia?

Em cristo somos livres de tudo que nos separa do Pai. Somos dignos. Qualquer véu, pedaço de pele ou escamas que nos cubram os olhos, aos nascidos de novo nada representam. Tudo podemos ver em Cristo.

Qualquer idolatria não nos põe em contato com a fé, mas nos afasta da presença do Senhor.

Logo algumas latas de unguento começaram a cair no chão de mármore. Depois muitas. Um barulho ensurdecedor Eu acordei com este som e tive impulso incontrolável de escrever sobre o que vivi em espírito e verdade.

Postou Danilo no Genizah

5) Antes somente o sacerdote poderia entrar no lugar Santíssimo, agora você também pode. Sim sua louca! É verdade, em Cristo entremos no lugar Santíssimo, na presença do Senhor, mas, contudo, o lugar Santíssimo não é esta cabaninha meia boca, com esta arca de araque e toda esta ridícula decoração carnavalesca. Não minha senhora! Não é pagando bilhete para entrar nesta tenda de praia, nesta cabaninha de prostíbulo de quinta categoria que a senhora chama de tabernáculo que alguém estará apto a ter acesso ao lugar Santíssimo. Socorro! Gente! Acode este bando de cegos!

6) E para terminar… Eu quero ver a Shekiná do Senhor me seguindo! Leia Aqui sobre Shekiná

A “Shekiná” de Deus está aqui. “Shekiná”?

Pr Marcello de Oliveira

É normal ouvir em nossos cultos, congressos, seminários, a palavra “Shekiná”. Desde adolescente ouço esta palavra na igreja. Pregadores a usam com freqüência. Os “ministros do louvor” têm o hábito de usá-la. Temos até um cântico muito conhecido: “Derrama a tua “shekiná” sobre nós.

Agora pergunto: De onde tiramos a palavra “shekiná”? O que significa esta palavra? Será “shekiná” uma expressão encontrada nas Escrituras?

Começando pela última pergunta, a palavra “shekiná” não é encontrada em nenhum lugar das Escrituras! Penso que você neste momento está perplexo. Esses dias atrás, pregando em uma grande igreja aqui em São Paulo, falei sobre isto no púlpito e imagine a reação que isto causou no plenário, bem como nos obreiros que ali estavam. Após o término do culto, várias pessoas me pararam e diziam: Pr Marcelo, já ouvimos vários “pregadores de renome” falar desta palavra, e agora o sr está dizendo que não existe? Será que o sr não está enganado?

Exatamente aqui reside nosso problema. Nós ouvimos os “grandes pregadores” falarem, e aceitamos tudo. Não procuramos pesquisar, averiguar, perscrutar. Tudo o que é novidade, e é falada por alguém de “peso”, nós aceitamos e logo começamos a falar. Falta em nosso meio, cristão bereanos, que analisam a cada dia as Escrituras, para verem se está correto ( At 17.11). Notemos que era Paulo que estava pregando! Homem de cultura invulgar, conhecedor de toda lei judaica, e acima de tudo, um dos maiores pregadores que o mundo conheceu. Ora, se Paulo teve que passar no crivo dos bereanos, o que dizer de nossos pregadores? Serão estes maiores que Paulo?

Mas voltando ao assunto da palavra “shekiná”, este vocábulo não aparece na Bíblia Judaica [ Tanakh] nem no N.T, sendo uma palavra derivada da raiz hebraica -ש-כ -נ(sh-k-n), cujo significado é “habitar”, “fazer morada”. Se perguntarmos a qualquer irmão, o que significa esta palavra, todos dirão: a glória de Deus, presença de Deus. Acontece que, “shekiná” não significa nada disso! O vocábulo “glória” no hebraico é “kavód” – o peso da glória de Deus. Então, quando cantamos: Derrama tua “shekiná” aqui, estamos dizendo: Derrama a tua habitação aqui. Soa estranho, não? Pedir para o Eterno derramar a habitação Dele sobre nós? Não consigo entender! Pois Ele já habita em nós, através da pessoa do Espírito Santo ( ICo 6.19)

A “shekiná”, como uma idéia concreta, aparece só na literatura rabínica, havendo somente “alusões” a esta presença divina, no meio do povo de Israel, na Torá, quando Deus disse ao seu povo “וְעָשׂוּ לִי מִקְדָּשׁ וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹכָם” – “e fareis um santuário para Mim, e habitarei no meio deles (dos israelitas)”[1];”וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹךְ בְּנֵי יִשְׂרָאֵל, וְהָיִיתִי לָהֶם לֵאלֹהִים” – “e habitarei no meio dos filhos de Israel, e serei-lhes por Deus”[2]; e “יְהֹוָה צְבָאוֹת הַשֹּׁכֵן בְּהַר צִיּוֹן” – “o Eterno dos exércitos, aquele que habita em Sião”[3].

Conclusão

Vimos por meio deste singelo estudo que a palavra “shekiná” não está nas Sagradas Escrituras. Aprendemos também que “shekiná” não significa : glória, presença de Deus. Ela vem da raiz “shakhan” que significa – habitar, fazer morada. Esta idéia de “skekiná” aparece somente na literatura rabínica, onde os judeus cabalistas [4] começaram a usá-la a partir do séc XIII. Devemos estar sempre prontos a aprender e não ir além da Escritura. Foi o que Lutero disse para Erasmo: “ A única diferença entre eu [ Lutero] e você [Erasmo] é que eu me coloco debaixo da autoridade das Escrituras, e você se coloca acima dela”.

Pr Marcello de Oliveira é hebraista.

Já deu! Passou com honra no vestibular para falsa profeta, D. Vendilhona!
OBSERVAÇÃO
Pode parecer a alguns que o texto é generalista. Não é. Há bons frutos e há frutos podres na Quadrangular. Eu mesmo neste site já falei de ótimo trabalho feito por pastores da IEQ na Cracolândia, por exemplo.
Nos comentários a este post, há pastores, ex-pastores, membros e ex-membros atestestando bons frutos em muitos lugares e frutos ainda mais podres em outros. Sendo assim justifico a aparente generalização nos seguintes argumentos:
1) Tenho aqui comigo relatos, provas, vídeos e audios ainda piores do que os mostrados. Coisa realmente chocante.
2) Me abstive de mostrar tudo em considereção aos bons frutos.
3) Ou seja, como os próprios comentários atestam, não se trata de uma fruta podre em uma árvore sadia, mas de galhos e galhos podres, já matando o árvore e muitos bons trabalhando para evitar isto.
Sendo assim, aos bons frutos, segue minha sincera admiração e desejo de que o bom trabalho se multiplique e sobressaia sobre o mal. Contudo, não adianta tapar o sol com a peneira. As práticas aqui citadas devem ser denunciadas para que os neófitos, os inocentes não sejam levados ao engano e; se a direção geral da denominação no país parece incentivar tal prática, é questão de tempo para que a maioria das unidades da I.E.Q. estejam adorando arcas.