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Delator que acusou Cunha diz ter pago propina de R$ 125 mil à Assembleia de Deus Madureira

Publicado por Tiago Chagas – gnoticias – em 3 de agosto de 2015

Delator que acusou Cunha diz ter pago propina de R$ 125 mil à Assembleia de Deus MadureiraO lobista Júlio Camargo, delator na Operação Lava-Jato, diz ter repassado R$ 125 mil oriundos do esquema de desvios da Petrobrás para uma filial da Igreja Assembleia de Deus Madureira, denominação da qual o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é membro.

Camargo, que está preso, já havia dito em depoimento à Justiça Federal do Paraná que uma parte das propinas teria sido entregue a Cunha. O presidente da Câmaranegou as acusações e chamou a atenção para o fato de que o delator já havia mudado seu depoimento em outras ocasiões, sugerindo que ele estaria sofrendo influência de outros políticos investigados na operação.

Agora, a Polícia Federal descobriu o repasse de Camargo à Assembleia de Deus em Campinas foi feito através da empresa Treviso, que vinha sendo usada pelo lobista para repassar as propinas.

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a descoberta só foi possível após quebra de sigilo bancário da empresa. Os valores teriam sido repassados à denominação evangélica ao longo dos anos 2008 a 2014.

“O repasse mostra que o delator que disse à Justiça ter sido pressionado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a pagar propina de US$ 5 milhões, também repassou dinheiro para uma igreja simpática ao deputado expoente da bancada evangélica. O parlamentar é um dos políticos alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por suspeita de envolvimento no esquema de propinas na Petrobrás revelado pela Lava Jato”, escreveu o jornalista Fausto Macedo.

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Eduardo Cunha anuncia que pedido de impeachment de Dilma será avaliado em 30 dias

Publicado por Tiago Chagas – gnoticias.com.br – em 17 de julho de 2015

Eduardo Cunha anuncia que pedido de impeachment de Dilma será avaliado em 30 diasO deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados e integrante da bancada evangélica, afirmou que vai receber “nos próximos 30 dias” um parecer jurídico sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Cunha, que foi mencionado em um depoimento do lobista Julio Camargo à Polícia Federal na Operação Lava-Jato, afirmou que o pedido de impeachment que será analisado agora foi feito pelo Movimento Brasil Livre, segundo informações do Correio Braziliense.

O parlamentar destacou que outros “três ou quatro” pedidos semelhantes de outras entidades já foram rejeitados após o parecer da equipe jurídica da Câmara, mas que agora há um novo componente à disposição, já que o Tribunal de Contas da União (TCU) deverá rejeitar o exercício fiscal do governo em 2014, por causa de “pedaladas”, nome dado às manobras fraudulentas das dívidas.

A afirmação de Cunha sobre o impeachment acontece num momento que o parlamentar confirmou que irá romper sua aliança pessoal com o governo, após ser acusado por Julio Camargo de receber propina de R$ 5 milhões do esquema na Petrobrás, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Até então, apesar da postura independente à frente da Câmara, Cunha seguia a orientação política de seu partido, que possui aliança de longa data com o PT.

A jornalista Rachel Sheherazade, comentarista da rádio Jovem Pan, afirmou nesta sexta-feira, 17 de julho, que “o que Camargo fala não se escreve”, pois ele já fez “afirmações em outros depoimentos, que posteriormente desmentiu”, e que sua repentina lembrança da propina a Cunha pode ser uma “cortina de fumaça” a favor do PT e do governo.

Sheherazade lembrou ainda que a afirmação de Camargo contra Cunha acontece no momento em que Lula se tornou alvo de uma investigação por tráfico de influência.

O cenário político agora coloca Cunha com liberdade para assumir sua posição de adversário de Dilma, uma vez que, conforme destacado por Sheherazade, o presidente da Câmara acredita que o depoimento de Camargo teria sido influenciado pelo PT, para que a pressão sobre Dilma fosse aliviada.

“Após a divulgação da delação de Camargo, Cunha encontrou-se com o vice-presidente da República, Michel Temer, comandante do PMDB, para tratar do assunto. O rompimento [com o governo] foi revelado pelo site da revista Época na noite de quinta. Cunha confirma a informação. O movimento já era esperado por aliados e opositores do presidente da Câmara. Um deputado do DEM avalia que o governo terá neste segundo semestre o seu pior momento, pois Dilma será o principal alvo de Cunha. Para o parlamentar, o peemedebista não mais evitará a abertura de processo de impeachment contra a petista. Para um peemedebista, Cunha teria mesmo que deixar de ser ‘camaleão’, ora governista, ora oposicionista, para assumir de fato seu papel de adversário da presidente Dilma Rousseff. Dentro do PMDB, Eduardo Cunha é a principal voz favorável ao rompimento com o PT”, informou o jornalista Daniel Carvalho, no site do Estadão.