Categorias
Artigos

Julio Severo entrevista Marisa Lobo, psicóloga cristã ameaçada pelo CFP

 

Perseguida pelo Conselho Federal de Psicologia, Marisa Lobo dá suas razões para defender sua fé em meio a hostilidades profissionais, legais e sociais.

Marisa Lobo é psicóloga clínica, formada em 1996, pela Universidade Tuiuti do Paraná. Pós-graduada em saúde mental, com curso de extensão em sexualidade humana, dependência química, cursos de entrevista motivacional, psicossomática, psicodiagnóstico, psicoterapia breve, arte terapia, bibliodrama, aconselhamento pastoral e teologia.

Marisa Lobo

Ela estagiou, a convite do governo dos Estados Unidos, no Hospital Mount Sinai, em Nova Iorque, na Divisão Internacional de Atenção Primária à Saúde. Ministra cursos e palestras e possui experiência de mais de 13 anos em clinica e dependência química.

Ela realizou estudos sobre depressão infantil, violência e abuso sexual na infância, depressão, síndrome da adolescência e todos os tipos de compulsão, vícios e suas consequências.

Ela é idealizadora e coordena o curso de Dependência Química: Tratamento, diagnóstico e prevenção — Restituição sem internação.

Livros já publicados:

COMO FAZER DE SEU FILHO UMA CRIANÇA FELIZ, pela editora Arte Editorial, com prefácio do Dr. Silmar Coelho.
POR QUE AS PESSOAS MENTEM, pela editora Arte Editorial, Prefácio do Pr. Jabes de Alencar.
PSICOPATAS DA FÉ pela Editora Fôlego, com prefácio do Senador Magno Malta.

Julio Severo: Por que o Conselho Federal de Psicologia está ameaçando você?

Marisa Lobo: Por me expor na internet como psicóloga cristã, por defender minha fé e principalmente por questionar o kit gay, que para mim não é uma forma de prevenção ao preconceito e sim incentivo às práticas homossexuais. O kit gay é muito expositivo, e pelo que entendo de políticas públicas, não se justifica sua aplicabilidade de forma tão pessoal. O kit gay é dar privilégios e instituir um preconceito ainda maior. Com crianças as coisas devem acontecer ao seu tempo, de forma natural e globalizada. Devemos sim ter kits que falem de preconceito como um todo, do bullying que sofrem os gordinhos, os nerds, os baixinhos, os evangélicos, os homossexuais, os feios, os negros, os cegos, etc. Enfim, se dermos atenção privilegiada apenas a uma categoria, estamos discriminando as outras. Isso não é acabar com preconceito; é apenas uma tática maquiavélica de privilegiar e instituir uma ditadura e uma raça superior, e eu primo pela igualdade.

JS: Se uma pessoa envolvida em homossexualidade lhe pede ajuda para sair desse estilo de vida, o que você faz?

Marisa: Atendo. Meu juramento meu código de ética me diz que tenho que atender, dar ouvidos ao sofrimento psíquico, e se o fato de ser homossexual está causando qualquer tipo de  sofrimento, atendo sim, é minha obrigação, ainda que seja, para reverter sua orientação, condição e ou opção, se assim for de sua vontade absoluta. Nem poderia negar. Estaria ferindo o código de ética, não é mesmo? Mas é evidente que como psicóloga devo respeitar a resolução 01/999. A Organização Mundial de Saúde diz que homossexualidade não é doença, porém ao mesmo tempo não entendo por que tanta pressão da militância gay que tem medo de psicólogos que não negam auxílio. Os militantes gays pervertem e ficam vigiando nossos passos. O que acontece no setting terapêutico deve ser comandado pelo paciente. Acontece que a neurose é tanta que os psicólogos têm medo e são induzidos a deixar claro para o paciente que não é doença, independente de ser ou não. Mas se ele está indo ao consultório é porque está sofrendo. E se, repito, for da vontade dele, tenho que ser um canal, sem impor, como nunca fiz isso. O que falam de mim é mentira e mais uma estratégia de condenação de pessoas que são cristãs.

JS: As ameaças do CFP impedem você de ajudar homossexuais?

Marisa: A decisão da pessoa deve ser respeitada sempre. Devemos ter em mente que a demanda é do paciente sempre. Respeitarmos a sua vontade sem pressão. A reversão pode sim acontecer em muitos casos.  Acontece que o terrorismo do CFP não deixa que os homossexuais acreditem nisso. O CFP vem com aquela conversa de que se a pessoa deseja mudança, é por causa da imposição religiosa, e, como eles não creem de Deus — pois Deus para muitos lá é mito — então sempre vão tratar este assunto com preconceito religioso.  Eu já deixo o meu paciente decidir, se é o que deseja, vamos lá, e no decorrer, ele vai se achando, e até mesmo se assegurando se é isso mesmo o que deseja.

JS: Por que o CFP, que não impede psicólogos espíritas de aplicar técnicas espíritas em suas consultas, estão tão intrometidos no você faz como cristã que se importa com seus clientes?

Marisa: Por quê? Olha, não sei. Agora, é impossível até hoje eles não saberem que existe uma associação brasileira de psicólogos espiritas, ou psicologia budista, ou judaica, ou esotérica, ou parapsicologia, etc. Existe um número grande. É só acessar o Google e comprovar. O Conselho Federal de Psicologia é a autarquia mais persecutória, mais antiética da história. Eles não têm moral para me perseguir. Eles são militantes de ideologias, políticas, de orientação sexual, de ateísmo, e destilam seu ódio e preconceito contra os cristãos, principalmente os evangélicos. Mas a resposta está clara: o Cristianismo fala abertamente sobre homossexualidade. Então, eles querem nos destruir por sermos cristãos. Eles combatem a Bíblia punindo quem a segue, por preconceito religioso. É preciso dar um fim na militância do CFP, que deveria ser investigado pelo ministério publico, pois comete vários crimes, fere suas diretrizes, é hipócrita, antiético, persegue claramente quem se opõe. Por isso, tenho sido perseguida. A guerra é porque questiono esse conselho e sua diretoria hoje.

JS: Se o CFP cassar seu registro, o que você fará?

Marisa: Não vou desistir da minha profissão por isso. Nem tudo que é legal é moral. O CFP não tem moral, pois nos colocou uma mordaça, e ninguém ousa discutir suas decisões. Somos obrigados a aceitar como verdade ainda que seja uma mentira.

São surfistas sociais, vão se adaptando à evolução da sociedade, independente se essa evolução seja ruim, pois perderam a referência do que é “bem”, e ou “mal” para o indivíduo, do que é família, da necessidade de regras, ética, moral, princípios. Eles apenas vão surfando. Com isso, vão aumentando as crises familiares, maldade humana, a legalização de aborto chegando, divórcio batendo recorde, camisinhas nas escolas, legalização de drogas,  e a psicologia se adaptando. Daqui a pouco, vamos ver sexo nas praças, e todo mundo aplaudindo porque a psicologia vai achar que é direito de expressar a sexualidade. Ou seja, assim está caminhando a humanidade.

JS: O que motivou a denúncia contra você no CFP?

Marisa: O fato de falar de Deus em minhas redes sociais e ter pedido aos deputados que prestassem atenção no conteúdo do kit gay, que era uma aberração, um conteúdo extremamente descabido e sexualizado que de forma alguma extingui o preconceito, mas sim cria mais ainda. Eles não gostaram. Aí, quando souberam que era uma cristã falando, começaram a me perseguir, como psicóloga que se denomina cristã, depois no processo como homofóbica, porque eu disse em um Twitter que amo os gays, mas prefiro meu filho hetero. E até agora não sei onde ter uma opinião instiga violência. Agora, eu perder o meu direito de dizer que sou feliz sendo hetero, e de que prefiro meus filhos hetero?

Eles querem que a sociedade pense que eu persigo gays, ofereço tratamento para gays porque sou fundamentalista, preconceituosa, decidiram isso e pronto. Não ACEITO. A verdade é que eles são contraditórios. Estão tentando usar tudo para me qualificar como “homofóbica”. E em 15 anos de trabalho, nunca nenhum paciente meu denunciou que em meu consultório imponho convicções religiosas. O caso contra mim é de PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA, PRECONCEITO RELIGIOSO. O CFP achou que eu ia me calar, porque muitos endeusam a psicologia. Pois bem: Eu, MARISA LOBO, só tenho um Deus, e não sirvo a insanidade desses membros do conselho. Se me cassarem, vão cavar a sepultura moral.

JS: Há uma tendência cada vez maior da classe de psicologia de rotular a pedofilia como orientação sexual. Como você encara o papel disso na perversão social?

Marisa: É um crime, claro, que merece prisão perpétua em minha opinião. Escrevi até um livro, PSICOPATAS DA FÉ, que tem uma capitulo sobre pedofilia, e mostra que é doença, e quem é psicólogo sabe, se formos levar ao pé da letra, é uma perversão da libido original, uma orientação, condição e ou escolha. A pedofilia está associado a psicopatia sem dúvida. Os psicólogos canadenses dizem claramente que para eles é considerado uma orientação sexual. Se acreditarmos nisso, aí quero ver como sair dessa. O que quero dizer é que, quando aceita socialmente, deixa de ser doença? Se a lei disser que não é crime, nada poderei fazer?

JS: Como você encara a homossexualidade: doença ou pecado?

Marisa: Como psicóloga respeito a OMS, que diz que não é doença e não podemos trata como tal, porém distúrbio de identidade social existe, é doença. O travestismo está no CID 10 inscrito como doença. Para a psicologia, que só aceita a medicina em partes quando lhe convém, é orientação apenas.

Se é pecado ou não, não poderei falar sobre isso, porque sou como psicóloga. Pecado é uma referência de cada religião. Temos que saber o que a religião diz sobre o assunto. Se responder sobre isso, serei cassada em prazo recorde.

JS: A ABGLT, que é a maior entidade gay do Brasil, está por trás de todos os grandes casos de perseguição aos cristãos no Brasil, inclusive contra mim e Silas Malafaia. Você tem algum conhecimento de que a ABGLT está também em conluio ou colaboração com o CFP para perseguir você?

Marisa: A ABGLT publicou uma nota parabenizando e defendendo o CFP pela atitude contra mim e pedindo inclusive ao ministério público que me investigue por oferecer cura aos homossexuais, mentindo descaradamente sobre isso, apenas lançando no mercado esquizofrênico uma mentira para torná-la verdade. Agora só falta provarem. Mas essa intimidade está clara. Parece que são parceiros de “cama”. Não preciso dizer mais nada.

JS: O que você sente pelos homossexuais?

Marisa: Compaixão, amor de verdade. Mas tenho pena e desprezo pela militância desleal, porque usam os homossexuais e suas angústias. Observem: sempre são os mesmo ativistas que aparecem, lucrando e perdendo tempo em nos perseguir. Eles poderiam estar fazendo trabalho voluntário nas ruas, tirando os homossexuais comuns da prostituição, por exemplo. Mas, em vez disso, incentivam, até como profissão. Isso é lutar pelo ser humano? Usam suas ONGs para perseguir qualquer um que se oponha à sua militância. Quem ousar falar qualquer coisa é taxado de homofóbico. Eles ridicularizam nossa fé, nossa Bíblia, e querem respeito. A militância gay não merece respeito. E se isso for homofobia, queridos, o mundo inteiro é homofóbico.

Mas, pessoalmente, meu médico de pele é homossexual. Só lavo meu cabelo com um homossexual. Tratei de um homossexual em minha casa com AIDS por 7 meses, onde ele viveu comigo e minha família. O fato de não aprovar este ou aquele comportamento não me torna inimigo. A questão aqui é inversa. A militância gay quer nos tornar inimigos. Eles precisam alimentar essa guerra. Afinal, como vão se sustentar?

JS: Além do CFP, outras entidades ou indivíduos também ameaçam você por causa de suas posturas cristãs?

Marisa: Os ateus, principalmente. Eles fazem vídeos contra mim e postam, me xingando de tudo, principalmente de burra, e têm o CFP como aliado. Nessa demente perseguição, ateus famosos fazem vídeos e conseguem status tentando me humilhar. Recentemente, um ateu fez um desafio para outros ateus entrarem em minhas redes sociais e negativar todos os meus vídeos. Eles falam cada coisa desumana que se eu não acreditasse de fato em Deus tinha desistido de viver. Mas os ateus não sabem que cada comentário de ódio que vejo sinto é pena, não raiva. Meus mecanismos de defesa funcionam, todos, e minha fé me sustenta. Sinto-me desafiada a continuar. Eles querem promoção.

JS: O Cristianismo verdadeiro é “perder para ganhar”. Você tem medo de perder sua carreira de psicóloga por causa do seu testemunho cristão?

Marisa: O único medo que tenho é de Deus virar sua face de mim. Deus me deu a oportunidade de ser perseguida por amor a ele, e aceitei. Deus quer mudar algo, e aqui falo como pastora. Sou apenas um instrumento. Se for cassada, vou lutar em todas as instâncias. Meu medo maior é de Jesus me negar diante do Pai, e isso não acontecerá, porque não o estou negando perante os homens.

JS: Você tem colocado seu testemunho por Cristo acima de sua carreira. Por quê?

Marisa: Foi uma luta ter me formado, e tenho amor pela minha profissão. Minha área é dependência química. Quantas pessoas nestes 15 anos de carreira deixaram as drogas. Quantas pessoas deixaram de abortar. Quantas pessoas pude ajudar a melhorar sua saúde mental. Quantas me agradecem até hoje. Enfim, amo minha carreira.

A dor vai ser grande, mas não será maior do que a de Jesus, que morreu na cruz por mim. O preço será alto, mas não maior que o preço que Jesus pagou pela minha alma. A certeza que estou fazendo a coisa certa e cumprindo a sua vontade acalma minha alma.

Deus está acima da minha profissão e da minha carreira. NÃO NEGO MEU DEUS POR NADA.

Fonte: www.juliosevero.com

Categorias
Artigos

Ex-homossexuais defendem Silas Malafaia

 

Julio Severo

A Associação Brasileira de Ex-LGBTT (ABEXLGBTT, ou, resumidamente, Abex) emitiu uma nota de repúdio público contra as declarações do procurador federal Jefferson Aparecido Dias por sua atitude de perseguição religiosa ao Pr. Silas Malafaia.

A Abex, associação formada por ex-homossexuais e presidida pelo ex-travesti Joide Miranda, declarou na nota “que não aceitará qualquer ato de perseguição contra qualquer pessoa que pacificamente se posicione contra a homossexualidade”.

A nota oficial de repúdio, assinada por Joide Miranda e pelo Dr. Matheus Sathler em Brasília em 10 de março de 2012, diz no restante da mensagem:

Nesse sentido, declara que está tomando as devidas medidas legais junto ao Conselho Nacional do Ministério Público para dar início a um pedido de abertura de processo administrativo disciplinar em relação à atuação do procurador Jefferson Aparecido Dias para que explique na ótica do direito positivo pátrio de onde tirou a tipificação alienígena de “declaração homofóbica” em relação a fala do pastor Malafaia.

Por fim, vem declarar com profundo pesar que é extremamente preocupante uma autoridade da República Federativa Brasileira, livre e democrática, estar aparentemente utilizando um órgão tão estimado como o Ministério Público para atuar em prol de um pequeno grupo intolerante e que não aceita as diferenças de opiniões com relação a homossexualidade.

O que nos parece é que uma doutrinação totalitária da sociedade brasileira está aos poucos tentando ser implementada. Mas que com a atuação de homens de coragem, que não temem a própria morte e não se curvam frente ao mal, não evitarão esforços para impedir que tal doutrinação sem base racional e científica venha a ocorrer.

Fonte: www.juliosevero.com

Categorias
Artigos

Gibeá e Júlio Severo contra-ataca Gilberto Carvalho e Governo do PT

O pedido de “perdão” dos safados e manipuladores

GIBEÁ* com Julio Severo

O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, cuja principal função é articular a Presidência da República com os segmentos sociais, inclusive com os movimentos religiosos (Carvalho, inclusive, é egresso dos movimentos sociais católicos da década de 1970, 1980), em palestra dada no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre/RS, disse que o PT deveria se preparar para o “embate ideológico” com os “setores conservadores” da sociedade brasileira na “conquista da nova classe média”, formando um “sistema de comunicação” que neutralizasse os “telepastores” neopentecostais e pentecostais que, por “terem conquistado a mídia”, estariam impedindo a aprovação de pontos programáticos do PT como a descriminalização do aborto e a criminalização da homofobia.

Gilberto Carvalho: pediu "perdão", mas negou suas declarações, que estão gravadas.

Essas afirmações revelaram o verdadeiro propósito do governo petista e, com uma clareza sem igual, qual é o foco do petismo para concretizar o seu projeto de poder no Brasil, a instituição de um regime político que seja capaz não só de instituir o seu modelo socialista, mas de exportá-lo para os demais países da América Latina.

Numa franqueza rara e que mais parece um deslize, o articulador do governo Dilma com os segmentos religiosos da sociedade mostrou qual é o propósito governamental em toda essa articulação: manter os segmentos religiosos da sociedade atrelados ao governo, inertes, enquanto, vagarosa mas persistentemente, se irá tentando isolar e desacreditar as poucas lideranças religiosas fiéis aos princípios cristãos, até o instante em que a população, devidamente doutrinada pelos valores anticristãos defendidos pelo governo, venha a aceitar a adoção de medidas radicalmente contrárias à fé em Cristo Jesus.

As afirmações do ministro repercutiram como uma “bomba” nos segmentos religiosos e a Frente Parlamentar Evangélica não teve outra alternativa senão romper com o ministro e, assim, pôr em risco todo o trabalho de articulação que o PT começou a construir a partir de 1994, data em que o programa Pare & Pense, de Caio Fábio, apresentou, juntamente com Valnice Milhomens, o candidato Lula, com o objetivo de desdemonizar o PT e Lula. Caio Fábio foi pioneiro em que pela primeira vez na história do Brasil um programa evangélico de TV mostrou Lula de forma positiva. Esse “trabalho” foi decisivo para que se começasse a quebrar o “veto evangélico” ao PT e que era um dos principais fatores que impedia o PT de vencer eleições presidenciais.

Caio Fábio apresentando, pela primeira vez na história do Brasil, Lula num programa evangélico de TV. Hoje Caio se gaba de que sua intenção foi aproximar Lula dos evangélicos.

Pode-se então definir a relação do PT com os evangélicos do Brasil como a.C.B. (antes de Caio Fábio) e d.C.B. (depois de Caio Fábio). Antes de Caio Fábio, que era considerado por muitos como um papa evangélico, a maior parte do apoio ao PT vinha de igrejas históricas, com mídias evangélicas como a revista Ultimato, de linha presbiteriana, como carro-chefe do apoio à ideologia socialista. Vários dos colunistas da Ultimato eram membros do PT, inclusive Robinson Cavalcanti e Paul Freston. Caio Fábio, que também era colunista, era o maior pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil.

Contudo, em grande parte as igrejas pentecostais e neopentecostais “demonizavam” o PT. Essa “demonização” foi vencida com o trabalho sutil ou não tão sutil do Movimento Evangélico Progressista, fundado pelo Bispo Robinson Cavalcanti, e por mídias evangélicas atreladas aos interesses progressistas de Caio Fábio e seus seguidores. Foi um trabalho de muitos anos.

Então, a declaração de Gilberto Carvalho apontando a necessidade do PT confrontar os telepastores pentecostais e neopentecostais, cria o perigo, para o PT, de destruir todo o trabalho de “desdemonização” que foi feito durante anos entre os setores pentecostais e neopentecostais.

Além disso, a declaração de confronto revelou-se extremamente inoportuna, pois ocorreu precisamente no momento em que, sutilmente, a presidente Dilma nomeava para a Secretaria de Política para Mulheres uma das maiores defensoras do aborto no país, a sua ex-colega de cela por atividades terroristas comunistas para derrubar o governo do Brasil, a feminista Eleonora Minenucci, cuja primeira tarefa será explicar à ONU a política abortista do governo brasileiro, que está aquém das expectativas daquela organização internacional, onde se engendra toda a estratégia contrária à vida humana no planeta.

Diante desta situação, o ministro pediu para se encontrar com a “bancada evangélica” e “pediu desculpas”, embora, ao mesmo tempo, tenha negado ter feito as referidas declarações, uma negativa que só se entende dentro da mentalidade aética que caracteriza o “modus operandi” marxista, já que não há como negar as declarações, gravadas que foram.

Depois de duas horas de conversas a portas fechadas, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado João Campos (PSDB-GO), deu o caso por “superado”, dizendo que a “bancada evangélica” ficou “satisfeita com o pedido de perdão”.

O ministro, na saída da reunião, fez questão de dizer aos jornalistas que a presidente Dilma mantém o seu compromisso de deixar ao Congresso Nacional a discussão a respeito do aborto, compromisso assumido no meio da campanha presidencial junto a lideranças católicas e evangélicas.

A atitude da bancada evangélica é esquisita. O ministro pediu desculpas, embora tenha negado ter feito as declarações e, mesmo que as tivesse admitido e formulasse o referido pedido, não se poderia simplesmente dar o caso por “superado”.

As declarações do ministro revelam como o governo está agindo e que, portanto, é de absoluta má-fé a sua postura diante dos segmentos religiosos da sociedade.

O governo Dilma, e isso está claro no relatório que apresentará à ONU sobre a questão do aborto, está decididamente operando em torno da implementação dos pontos programáticos do PT, que incluem a criminalização da homofobia e a descriminalização do aborto. Apenas, por uma questão de estratégia, “cozinha em banho-maria” tais temas, buscando, junto aos meios de comunicação, obter apoio popular para tais causas, o que, inclusive, leva à ridicularização e descrédito de lideranças que têm se mantido fiéis aos princípios e valores cristãos.

Diante dessa postura, não caberia outra atitude senão o rompimento das relações com o governo  de Dilma Rousseff e do PT e o início de uma verdadeira luta para que os princípios e valores cristãos prossigam sendo acolhidos e defendidos na convivência social, na legislação pátria.

O Senhor Jesus foi bem claro ao dizer que “quem não é comigo, é contra mim e quem comigo não ajunta, espalha” (Mt.12:30; Lc.11:23). O profeta Amós afirmou que: “Andarãos dois juntos se não estiverem de acordo?” (Am.3:3). Já o apóstolo Paulo assim se manifestou: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (II Co.6:14).

Ao contrário do que se disse na campanha eleitoral, o PT não abandonou o seu primeiro programa de governo, aprovado em seu congresso nacional, e que continha diversos pontos incompatíveis com a sã doutrina, e a prova disso foi a revelação feita pelo ministro Gilberto Carvalho de como o PT está agindo para implementá-los, inclusive escolhendo como seu inimigo prioritário os “telepastores”, ou seja, os defensores do Evangelho que têm visibilidade na mídia.

Ao contrário do que se disse na campanha eleitoral, o governo Dilma não tem interesse em defender a liberdade religiosa, mas quer “montar um sistema de comunicação” para desacreditar os líderes religiosos que se mostrarem contrários a seus projetos anticristãos.

Um “pedido de desculpas”, um “pedido de perdão” é suficiente para que a revelação desse projeto, totalmente contrário ao Evangelho, seja considerado “um fato superado”?

É certo que, como cristãos, devemos perdoar, que é dever de todo servo de Cristo dar perdão a quem o pedir (Mt.6:12; 18:21,22). Mas perdão pressupõe confissão e arrependimento, ou seja, que a pessoa admita o erro e mude a sua mentalidade, seu modo de ser, não mais cometendo aquele erro, pois há “um afastamento do pecado” (cf. § 1423 do Catecismo da Igreja Católica).

Ora, se o ministro nem admitiu que tenha feito tais declarações, como aceitar o seu “pedido de perdão”? Se o governo Dilma não mudou sua trajetória no sentido de implementar os pontos programáticos do programa de governo supostamente abandonado, radicalmente contrários ao que ensinam as Escrituras, como entender que há confissão e arrependimento necessários para que haja perdão?

Será que, em vez de seguirmos o que nos ensina o sábio Salomão, de quem só confessa e deixa é que alcança misericórdia (Pv.28:13), nossos ilustres parlamentares preferiram seguir o poeta Mário Lago e dizer que “perdão foi feito pra gente pedir”, mas se esquecendo de que o ministro, ao contrário do homem que veio se humilhar naquele poema, está seguindo, mesmo, a filosofia do sambista Manoel Santana, que pediu perdão a Deus por pecar ao sambar, mas, mesmo assim, sambou até morrer?

* Grupo Interdisciplinar Bíblico de Estudos e Análises, um grupo de estudos formado originariamente de ex-alunos e ex-professores da Faculdade Evangélica de São Paulo (FAESP) e que agora atua em parceria com a Associação para a Promoção do Ensino Bíblico (APEB). Com a colaboração de Julio Severo.

Fonte: www.juliosevero.com