Ken Ham reclama que questões culturais se infiltraram na teologia pregada pela maioria
O presidente do ministério Respostas no Gênesis, Ken Ham, está acostumado a ser criticado por sua postura considerada “antiquada” e “fundamentalista”. Ele é o responsável pela construção do Museu da Criação e pelo parque temático Encontro com a Arca, ambos dedicados a defender o criacionismo.
Em entrevista ao portal Gospel Herald, o apologeta analisou a situação da sociedade atual e fez um alerta sobre o que considera o cumprimento de Romanos 1 sobre as nações.
Ele falou principalmente sobre o que ocorre nos Estados Unidos, mas muito do que destacou já é realidade na maioria dos países ocidentais, apesar de grande parte da sua população se dizer cristã. Para Ham, um sinal claro do juízo iminente, classificado por ele de “precipício da mudança catastrófica”, é o aumento do comportamento homossexual e sua aceitação como algo natural.
Ele ressalta que existe uma crescente secularização da cultura, onde o chamado politicamente correto tornou-se a norma e isso é ignorado pela Igreja. “Ampliou-se o abismo entre o que é obviamente cristão – ou seja, o que a Bíblia realmente ensina – e o que a cultura ensina”, lembra.
Mas os principais responsáveis por isso são as igrejas, reclama Ham, uma vez que muitos pastores e líderes religiosos “enfraqueceram” a verdade do evangelho. Eles estão comprometendo os princípios da palavra de Deus para se “amoldarem” à cultura, adotando uma teologia de conformidade aos padrões da sociedade não da Palavra.
“Há muita pressão para todo mundo apoiar o casamento gay e a ideologia de gênero”, disse ele. “Infelizmente, o que estou encontrando por aí são muitas igrejas e líderes não só tolerando isso, mas até apoiando o comportamento homossexual em nome do amor”, dispara.
Em sua análise, esse é um problema que se arrasta há décadas, sem que haja um posicionamento forte da maioria. Quando um pastor ou líder toma a frente e declara sua contrariedade, acaba sendo fortemente criticado.
“Nosso sistema de educação secular hoje serve para doutrinar os alunos em uma filosofia ateísta. Estamos perdendo a próxima geração”, alerta.
Citando a história de Noé, Ham lembra que o julgamento virá, pois “Ele é gracioso, mas também é um Deus justo e santo, que julga os pecados”.
“Existem países onde está cada vez mais difícil pregar a Palavra de Deus sem que isso seja chamado de ‘discurso de ódio’, lembra”, ressaltando que a igreja deveria usar a liberdade que ainda tem para pregar a verdade e alcançar “tantas pessoas quanto pudermos”, pois ninguém sabe quanto tempo ainda temos.Com informações do Gospel Prime