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Acusada de matar garoto em ritual de magia vai a júri

 

27 de maio de 2011 | 10h 55

PRISCILA TRINDADE – Agência Estado

Uma das acusadas de matar um menino de seis anos durante um ritual de magia negra será julgada hoje no Paraná. Beatriz Cordeiro Abagge e a mãe, Celina Cordeiro Abagge, foram indiciadas pela morte de Evandro Ramos Caetano, em Guaratuba, em 1992.

O júri estava marcado para começar às 9 horas, no Plenário do 2º Tribunal do Júri da capital paranaense. O Ministério Público Estadual será representado pelos promotores Lucia Inez Giacomitti Andrich e Paulo Sérgio Markowicz Lima.

O julgamento das acusadas, realizado em 1999, foi revogado pela Justiça, pois o veredicto emitido naquela ocasião apontou que o corpo encontrado desfigurado num matagal, em Guaratuba, em 11 de abril de 1992, não era de Evandro. O MP-PR recorreu e pediu um novo julgamento.

O Tribunal de Justiça do Paraná, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal decidiram que a ré Beatriz deveria ser submetida a novo julgamento, porque a perícia oficial mostrou que o corpo era do menino. A decisão foi tomada com base em exames de comparação da arcada dentária do corpo achado no matagal com as fichas de atendimento dentário de Evandro, além do laudo de DNA.

Celina não vai a julgamento porque a lei brasileira prevê que o prazo prescricional máximo é de 20 anos e, quando o réu faz 70 anos, este prazo conta pela metade. Por isso a punibilidade dela foi extinta.

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Professora é assassinada em ritual de magia negra no PE

 

Um crime cometido em um suposto ritual de magia negra chocou a população do bairro do Cordeiro, localizado na Zona Oeste do Recife (PE). A professora da rede estadual de ensino Maria Iracy Tavares de Moraes, 51 anos, foi envenenada, carbonizada e esquartejada. As partes do corpo jogadas no açude de Surubim, no Agreste do Estado, segundo confessou próprio companheiro dela, Ailton Félix, 41.

Os dois eram filhos de santo e moravam numa casa onde funcionava também o terreiro Axé Iiê de Maria Padilha. O mentor do crime teria sido o pai de santo Paulo

Vítor de Araújo Gomes, 23, proprietário do centro.

Segundo a polícia, com a ajuda da mulher, a ialorixá Elizabete de Lima Santos, 41, os dois homens teriam envenenado a professora, possivelmente, com cloreto de sódio injetado na veia dentro do terreiro. Depois, levaram o corpo para um sítio em Surubim, onde jogaram gasolina e atearam fogo. Em seguida, esquartejaram e jogaram os pedaços no açude. O companheiro da vítima confessou friamente ter cortado a mulher em pedaços, ´articulação por articulação`.

A relação entre o pai de santo e a ialorixá é tão estreita que ele tem o nome Elizabete na testa. O jovem tem o rosto completamente tatuado e nas costas a imagem do satanás em forma de mulher. Ele negou participação e colocou a culpa no marido da professora morta. Por sua vez, Ailton Félix disse que apenas seguiu ordens do seu mentor espiritual. A faca usada no crime foi quebrada em três pedaços e jogada no açude também.

O ritual aconteceu no dia 4 de fevereiro. A ossada foi localizada pela polícia na última terça-feira, 1. A família comunicou o desaparecimento no último dia 11, mesmo dia em que Ailton Félix, ameaçado pelo pai de santo, procurou o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa para confessar o crime. "Ele contou três versões distintas. Por último, nos levou ao local certo", explicou o delegado Felipe Regueira. O próprio suspeito entrou no açude e localizou os pedaços da vítima.

Maria Iracy morava no terreiro há dois anos, quando foi apresentada ao grupo por uma amiga. Relacionava-se com Ailton há um ano e, segundo familiares, entregava todo o dinheiro que possuía para a ialorixá. ´Ela vendeu uma casa avaliada em R$ 55 mil, fez um empréstimo de R$ 30 mil e até o carro que tinha entregou para a mãe-de-santo. Na casa, constatamos que o casal vivia em condições subumanas, enquanto Paulo e Elizabete viviam com luxo na parte de cima`, analisou o delegado. A professora estava de licença há seis meses. O delegado disse, apenas, que a vítima tinha uma filha de 30 anos.

"Acreditamos que outras pessoas podem ter sido assassinadas por eles. Vamos investigar se há outros envolvidos nos rituais e outras vítimas", disse o gestor do DHPP, Joselito Kehrler. Na próxima semana será feita a reconstituição em Surubim. Ossuspeitos, todos presos, não participarão.

Data: 4/3/2011 08:29:11
Fonte: Diário de Pernambuco

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CRIME: Polícia investiga três mortes em ritual de magia negra

 

A polícia catarinense investiga um triplo homicídio que pode estar ligado a rituais de magia negra.

Três corpos de homens foram encontrados na madrugada desta terça-feira, 25, em estado de decomposição enterrados no quintal de uma casa em Palhoça, na Grande Florianópolis. Três pessoas de descendência indígena foram presas sob suspeita dos assassinatos.

A investigação teve início após Daniel de Lima, 22, procurar uma delegacia na cidade gaúcha de Gravataí, Região Metropolitana de Porto Alegre, dizendo-se arrependido da participação no crime. Segundo ele, foi um latrocínio (roubo seguido de morte). Lima levou os policiais até Palhoça, onde mostrou a cova aos agentes, que foi feita em uma casa próxima à BR-101, na região do Morro do Cambirela.

Os policiais encontraram objetos que acreditam ser fruto de um ritual de magia negra. Um pentagrama desenhado com pedras, colar de plumas, potes com animais, peças de roupas, fotografias, flores e material semelhante ao usado em vodu estavam em um galpão a poucos metros da cova, adornada por velas brancas e vermelhas.

Presos

Outros dois moradores da região foram apontados por Lima como coautores do crime. Edeson Flávio Ercego, 36, conhecido como Índio e com antecedentes por tráfico de drogas, e Felipe de Souza Batista, 22, foram presos em flagrante por ocultação de cadáver.

À polícia, eles negaram o assassinato e disseram apenas que receberam o carro de Lima – um Ford Fiesta Sedan vermelho desaparecido – para revendê-lo em Porto Alegre. Segundo os presos, as vítimas foram mortas a machadadas e marretadas na semana do Natal.

As vítimas são três homens que estavam acampados no local. Um seria da cidade de Ijuí, no interior do RS, um de Santa Catarina e o outro do Rio de Janeiro. Este último, trabalharia como flanelinha em frente a uma casa noturna de Florianópolis. Uma das vítimas teria sido enterrada ainda viva, segundo informações da polícia.

“Estamos trabalhando com diferentes linhas de investigação, entre elas o latrocínio e a magia negra. Mas, nesse momento, parece que eles acabaram fazendo os dois”, disse o delegado Atílio Gasparim Filho.

Outros casos

Em outubro de 2001, o corpo da estudante Aline Silveira Soares, 18, foi encontrado nu em um cemitério do município mineiro de Ouro Preto com 17 perfurações pelo corpo. Moradora de Manhumirim (MG), ela tinha chegado à cidade três dias antes para uma festa de universitários.

Em junho de 2010, a Justiça de Minas decidiu manter a sentença que inocentou quatro jovens pela morte. No julgamento, a Promotoria alegou que eles cometeram o assassinato em um ritual relacionado a um jogo RPG (“role playing game”, em que participantes interpretam personagens de uma realidade paralela). Os acusados negam qualquer participação no crime.

Dois meses depois, uma empresária gaúcha foi encontrada morta e enterrada em uma área de reflorestamento de eucalipto de uma empresa produtora de papel em Guaíba (33 km de Porto Alegre). Ela teria sido atraída para a morte por um pai de santo conhecido da vítima há 17 anos, conforme a polícia.

Solange Alves da Silva, 53, teria sido morta e seu corpo concretado em uma cova. “Eles atraíram a vitima até o local e decidiram assaltá-la. Atacaram a mulher que, ainda com vida, foi enterrada”, afirmou, na época, o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Zucco.

Após o assassinato, o pai de santo teria falsificado um cheque da empresária e realizado um saque de R$ 27 mil, enquanto seus comparsas usavam os cartões de crédito da vítima.

Data: 27/1/2011 08:18:40
Fonte: UOL