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‘CONIC não representa os evangélicos’, diz pastor da AD sobre repúdio da instituição à Marco Feliciano na CDHM

 

Por Giana Guterres | Correspondente do The Christian Post

Após nota do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (CONIC) de repúdio à escolha do deputado Marco Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos, pastores e líderes evangélicos se pronunciaram para criticar a instituição e a mídia secular.

  • ciro sanches

    (Foto: Consciência Cristã)

    Pastor Ciro Sanches Zibordi fala em evento da Consciência Cristã.

 

Diversas notícias apontam que os cristãos repudiam o pastor Feliciano, depois da nota divulgada pela CONIC. O pastor da Igreja Assembleia de Deus do Rio de Janeiro,Ciro Zibordi, postou em seu blog sobre a polêmica, chamando a grande mídia de “evangelicofóbica”.

Ciro criticou o CONIC e a mídia por informar que a instituição fala em nome dos cristãos evangélicos. “Por outro lado, quem disse que o CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil) nos representa? A grande mídia tem divulgado que os evangélicos rejeitam o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, com base numa manifestação de repúdio a Feliciano emitida pelo tal CONIC”, disse Zibordi manifestando sua opinião.

Segundo Ciro Zibordi, o pastor Feliciano pode ter defeitos, “porém está longe de ser o que dizem que ele é”. No texto anterior ele já havia dito: “Deus pode ter permitido isso a fim de impedir que o movimento evangelicofóbico dê continuidade a seus maus intentos”.

“Penso que não é momento de atacar ou ridicularizar os parlamentares cristãos, mesmo que alguns deles tenham deixado a desejar como pastores ou pregadores, no passado. É tempo de orar por eles, pois os tais evangelicofóbicos estão ainda mais furiosos, depois da derrota que sofreram na Câmara Federal”, declarou o pastor Ciro.

“Feliciano pode não agradar a muitos evangélicos. Mas há muita gente, de várias igrejas, especialmente da Assembleia de Deus, que o apoia. E é bom dizer que ele foi eleito com mais de 210 mil votos, enquanto o seu maior oponente, um cômico deputado BBBrasileiro com nome de carro antigo, o qual é bastante afinado com o CONIC, recebeu pouco mais de 13 mil votos, apenas”, publicou o pastor Ciro Zibordi em seu blog.

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O Conselho Nacional das Igrejas Cristãs acusa o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias de ser homofóbico e racista. Desde sua nomeação, a entidade tem divulgado notícias se posicionando contra o pastor Marco Feliciano. “Expressamos nosso repúdio ao processo que levou à escolha do deputado Marco Feliciano (PSC), o qual, por suas declarações públicas, verbais e escritas de conteúdo discriminatório, de cunho racista e preconceituoso contra minorias”, informa o comunicado do CONIC.

O pastor Marco Feliciano foi eleito presidente do CDHM na última sexta-feira (7), com um total de 11 votos. Ele nega as acusações de racismo, ressaltando que suas declarações foram com base bíblica e aparecendo em fotos com sua mãe, que é negra. Ele também nega ser homofóbico, afirmando que não se pode chamar alguém de homofóbico por causa de uma postagem no Twitter.

"Julgar uma pessoa de 40 anos por 140 caracteres [limite para cada postagem no Twiter] citados numa rede social, sem contexto, isso é uma violação dos direitos humanos."

O CONIC, criado em 1982, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, prega unidade e o ecumenismo entre as igrejas cristãs. Foi idealizado pelas igrejas Católica Apostólica Romana, Episcopal Anglicana do Brasil, Confissão Luterana no Brasil, Sirian Ortodoxa de Antioquia e Presbiteriana Unida. Hoje a sede funciona em Brasília.

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Pastor não é profissão, é vocação, diz Feliciano sobre empregados

 

Cinco pastores da igreja de Marco Feliciano recebem salário da Câmara

por Leiliane Roberta Lopes

Pastor não é profissão, é vocação, diz Feliciano sobre empregados

Pastor não é profissão, é vocação, diz Feliciano sobre empregados

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) está “no olho do furacão”. Diariamente, jornais e sites têm procurado investigar sua vida atual e pregressa. Hoje, a Folha de São Paulo denunciou que cinco pastores de sua igreja, Catedral do Avivamento, recebem salários da Câmara. Eles foram contratados como “assessores”, mas não cumprem expediente nem Brasília nem em Orlândia, base política do pastor-deputado.

Oficialmente, assessores nomeados precisariam cumprir 40 horas semanais de trabalho legislativo. Seus salários que chegam a R$ 7.000. Segundo a Folha, os “funcionários fantasmas” são os pastores Rafael Octávio, Joelson Tenório, André Luis de Oliveira, Roseli Octávio e Wellington de Oliveira. Marina Octávio, filha da pastora Roseli, também é funcionária do gabinete da Câmara.

Segundo informações, os pastores lideram os trabalhos das Catedrais do Avivamento no interior paulista, em Franca, Ribeirão Preto, São Joaquim da Barra e Orlândia.

O pastor Wellington entende que é normal a nomeação dos pastores, mesmo que eles não trabalhem em Brasília. “Qualquer pessoa que vai contratar o seu assessor parlamentar contrata gente próxima, amigos. Os pastores são amigos”, justifica.

Marco Feliciano tem evitado conversar com a imprensa depois dos últimos acontecimentos, mas comentou o assunto na saída da sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que presidiu hoje pela primeira vez.

“Pastor não é profissão, é vocação, não recebem salário [na igreja] para isso. Eles trabalham pra mim, para o meu gabinete, levando os jovens para centros de recuperação, dando assistência social”, declarou. Porém quando questionado se os pastores desenvolvem trabalhos de assessoria legislativa, Feliciano não respondeu.

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Pastor tira ‘homofobia’ da pauta na 1ªreunião à frente dos Direitos Humanos

 

Marco Feliciano tenta afastar manifestantes que protestam contra sua permanência na presidência do colegiado

12 de março de 2013 | 21h 49

Eugênia Lopes – O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA – Em sua primeira reunião à frente da Comissão de Direitos Humanos, que ocorrerá na quarta-feira, 13, o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) tirou o tema "homofobia" da pauta. Ao mudar a agenda prevista, Feliciano tenta esvaziar os trabalhos da comissão e afastar os manifestantes que protestam contra sua permanência na presidência.

A pauta anunciada na véspera era polêmica, com previsão de discussão de projetos que preveem plebiscito para decidir sobre a união civil de pessoas do mesmo sexo, que estabelecem penas para discriminação contra heterossexuais e que definem crimes resultantes de discriminação e preconceito de raça, cor, etnia e religião.

"Todos ponderaram que tudo isso, essa confusão, causa desgaste para ele", afirmou o deputado Leonardo Gadelha (PSC-PB), um dos 11 de 16 deputados que participaram da reunião que manteve Feliciano na presidência da comissão. "Ponderamos se ele tinha condições pessoais de assumir, e ele disse que sim."

"Meu partido pediu que eu ficasse, então eu fico", afirmou Feliciano, ao anunciar que fará hoje um pronunciamento durante a sessão da Comissão de Direitos Humanos. O pastor passou o dia de ontem rodeado de seguranças para poder se locomover.

Fica. A permanência de Feliciano na comissão foi um dos assuntos da reunião de Colégio de Líderes, nesta terça-feira, 12. A maioria deles mostrou preocupação com a crise desencadeada com a eleição do pastor. Mas reafirmaram que a vaga pertence ao PSC, fruto de acordo feito entre as lideranças partidárias na partilha das 21 comissões permanentes da Câmara. O PMDB, o PSDB e o PP cederam suas cinco vagas para o PSC na comissão.

"Esperamos que ocorra a revogação dessa eleição", afirmou o deputado Ivan Valente (SP), líder do PSOL. "Não entendo que deva continuar. Se ele entender que vai continuar, sua bancada é que vai concordar ou não. Não posso interferir", observou o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Integrantes do PT, do PSOL e do PSB decidiram criar uma Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos Humanos e protocolar pedido de mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contestando a sessão que elegeu Feliciano para presidência da comissão. Esses parlamentares pretendem obter uma liminar cancelando a sessão da eleição e, dessa forma, suspender a escolha de Feliciano. A alegação é que a escolha foi realizada a portas fechadas, o que fere o regimento da Câmara.