Centenas de pessoas marcharam no Loop para mostrar seu ultraje nas mortes recentes de cristãos assírios no Iraque. Muitos dizem reconhecer se precisa fazer muito mais que uma marcha para uma diferença.
“Alguma coisa tem de ser feita [para] a minoria cristã perseguida no Iraque,” disse Sam Shamoun, um ativista assírio em Chicago. “Eles não podem continuar como ovelhas indo para o abate”.
A mensagem do protesto era: “Parem de matar. Parem com o ódio”.
Shamoun disse que muitos assírios no Iraque são incapazes de defender a si mesmo contra os árabes extremistas que querem expulsá-los. Ele disse que espera as mensagens de protesto ressoem no exterior.
Quase 60 foram mortos depois que militantes da Al-Qaeda fizeram reféns cristãos numa igreja em Bagdá em 31 de outubro. A violência teve a última litania de ataques contra cristãos através do Iraque na quarta-feira, 10, onde fez três mortos e 26 feridos em Bagdá.
Igrejas e comércios cristãos foram queimadas e bombardeadas nos anos que se passaram. Em 2006, um padre Sírio Ortodoxo foi encontrado decapitado num subúrbio do norte da cidade de Mosul.
Joseph Tamraz, presidente da Aliança Republicana Nacional Assíria Americana de Chicago, disse que a instabilidade do governo iraquiano é um obstáculo maior em proteger os países de população cristã.
“Estamos trabalhando com o governo iraquiano, mas infelizmente o governo ainda não se estabeleceu”, disse Tamraz.
O termo assírio refere-se à população indígena do Iraque – a primeira nação a aceitar o cristianismo – assim como partes da Turquia, Síria e Irã. Dois terços dos refugiados fora do Iraque são assírios, disse Tamraz.
Prematuramente imigrantes assírios, muitos dos quais tinham mão de obra qualificada e eram comerciantes, vieram para Chicago durante a Revolução Industrial. Nas últimas décadas, a guerra Irã-Iraque, a primeira Guerra do Golfo e as Nações Unidas levaram um vasto número de refugiados para a cidade do lado norte. Agora, muitos estão saindo para evitar perseguição.
“Muitas pessoas não tem escolha”, disse Tamraz. “Para os cristãos, não há abrigo seguro”, acrescenta e sugere que a violência contra os cristãos no Iraque pode ser característica da instabilidade sem fim do país já que o regime de Saddam Hussein tombou o qual, para todos os opressivos, manteve alguma aparência de lei e ordem.
“Pelo menos você tinha segurança”, disse Tamraz. “Hoje, você não tem”.
Data: 12/11/2010
Fonte: Portas Abertas