Ações na Justiça tenta impedir o funcionamento das atividades religiosas.
O Ministério Público vem atuando para impedir o funcionamento das igrejas como atividades essenciais, pedindo na Justiça o fechamento das igrejas e recomendando junto aos governadores e prefeitos que as atividades religiosas não sejam inclusas entre as essenciais.
Líderes que conversaram com exclusividade com o Gospel Prime dizem que está havendo uma “perseguição do Ministério Público” contra as igrejas e estão preocupados com o que está acontecendo no país. Eles consideram que essas medidas são desproporcionais.
Um dos líderes mais influentes do país, ligado a uma das convenções assembleianas com milhões de membros, disse ao portal, pedindo sigilo, que igrejas em São Paulo e Goiás o MP está entrando em plantão judicial para fechar igrejas em todo o estado.
“A coisa está estranha”, disse. “Nós nunca vimos isso antes”, continuou.
Outro líder compartilhou que a inação do governo federal preocupa e que o povo está com receio de sair às ruas para manifestações mais robustas por conta da covid-19, mas que o clima está muito tenso e que as lideranças evangélicas tentam apaziguar os ânimos.
As conversas entre os líderes evangélicos estão mais intensas do que nunca, sendo que eles agem nos bastidores para garantir o respeito à Constituição, mas alguns confessam que esperam do presidente da República uma atitude contra o que está acontecendo.
Líderes batistas se dizem “decepcionados” com o governo Bolsonaro, mas acreditam que ainda há tempo de avançar em pautas que estão paradas. Apesar da insatisfação, eles não pretendem abandonar o governo ou retirar o apoio ao presidente.
Ditadura
A grande maioria dos líderes está preocupado com ações ditatoriais de governadores e prefeitos, como os governadores de São Paulo e Rio Grande do Sul, ambos do PSDB, que impuseram medidas de isolamento que estão sendo vistas como “ditatoriais”.
Os líderes evangélicos consideram que restrições que impedem a liberdade de culto e medidas que interferem no direito de ir e vir são “claramente uma mostra da ditadura”. Eles avaliam que a questão não é mais saúde, mas disputa política.
Apesar de considerarem as medidas desproporcionais, os pastores admitem a necessidade de cuidados com a saúde por conta da covid-19, mas defendem que não pode haver exageros e que atividades econômicas e espirituais são essenciais para a vida da sociedade.