“Mataram meu pai só por que ele disse que era cristão”

Testemunho de menino egípcio emociona

        “Mataram meu pai só por que ele disse que era cristão”

O egípcio Mina Habib, de apenas 10 anos, raramente sai de casa nestes dias. Ele ainda está se recuperando após ter visto seu pai Adel ser assassinado por jihadistas do Estado Islâmico, em Minya. Em meados de maio, 29 cristãos coptas estavam indo para uma reunião de oração em um mosteiro quando foram atacados pelos extremistas muçulmanos.

Em entrevista à agencia Reuters, Habib contou que estava no ônibus que foi atacado e que seu pai foi obrigado a descer, junto com vários outros. Os homens mascarados perguntaram se eles queriam negar a Jesus e se converter ao Islã. Diante da negativa, começaram a executar um a um com tiros na cabeça.

“Nós vimos pessoas sendo mortas, simplesmente jogadas ao chão”, relata o menino, que hoje recebe apoio psicológico de uma igreja copta local. Seu irmão mais velho, Marco, conseguiu escapar com vida e visita regularmente o monastério para ler a Bíblia como forma de terapia.

“Eles pediram que meu pai se identificasse. Depois, mandaram que ele recitasse a profissão de fé muçulmana. Ele se recusou, dizendo que era cristão. Eles atiraram nele e em todos os outros que estavam no veículo”, relata Habib sobre os últimos minutos de vida de Adel.

Ainda segundo o jovem, eram 15 homens armados e mascarados, que mataram várias crianças, sempre perguntando antes da execução se elas eram cristãs. Acrescentou que toda vez que os jihadistas atiravam em alguém, gritavam “Allah é grande” e comemoravam.

Hanaa Youssef, a mãe de Mina e Marco, conta que tem orgulho de seus filhos, mas diz que ela e os demais coptas da região sentem-se indefesos diante de tanta violência. Ressalta que o governo egípcio não tem tomado providencias para protegê-los e por isso temem novos ataques. “Meu marido visitava regularmente o monastério há mais de 25 anos e esse tipo de coisa nunca tinha acontecido por aqui”, relata.

O Estado Islâmico vem promovendo uma guerra contra os coptas egípcios, que são cerca de 10% da população.

Desde o final do ano passado, promoveram numerosos atentados nos últimos meses, tanto contra grupos quanto contra indivíduos, tendo deixado claro em vídeo divulgado na internet que seu objetivo é exterminar o cristianismo do país.

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Cristãos estão sendo decapitados na Síria

Reportagem da Revista Time mostra morte chocante.

por Jarbas Aragão – gospelprime

 

Cristãos estão sendo decapitados na Síria
Cristãos estão sendo decapitados na Síria

Após a tomada da cidade de Maaloula, um novo capítulo tem sido escrito na situação de guerra que vive a Síria. De maneira intrigante, a grande mídia silencia sobre o massacre bárbaro e diário dos cristãos. Enquanto muçulmanos alauitas e sunitas brigam pelo poder, quem mais sofre são os cristãos.

Como em toda guerra, surgem muitas informações desencontradas, mas entre os relatos existe uma consistência. As tropas rebeldes, que lutam contra o governo de Bashar al-Assad, são treinadas pela Al Qaeda e financiadas indiretamente pelo governo dos EUA. Possivelmente por isso a “grande mídia” deixe a questão dos cristãos convenientemente de lado.

O fato é que milhares de pessoas têm morrido ao longo desses dois anos e meio de conflitos étnicos e religiosos. De maneira quase unânime, quando se fala ou mostra a morte de soldados leais ao presidente, elas ocorrem por fuzilamento. Quando são cristãos, a forma padrão parece ser decapitar e expor a cabeça em público.

A conquista de Maaloula pelos rebeldes foi marcante pois ali vivia uma das mais antigas comunidades cristãs do mundo, onde ainda se fala o aramaico,  língua usada por Jesus . Situada a 50 quilômetros da capital Damasco, a pequena cidade de 3 mil pessoas ficou quase deserta. Estima-se que 80% da população, a maioria de cristãos ortodoxos e católicos, refugiou-se em cidades vizinhas. Mas não sem ver antes a maioria de suas igrejas e casas serem saqueadas, queimadas e ouvirem a ameaça que todo aquele que não se converter ao Islã teria a cabeça cortada.

O avanço dos rebeldes na área foi liderado por Jabhat al-Nusra, ligado a grupos jihadistas islâmicos. A liderança da Frente de Libertação Qalamon se mudou para a aldeia, agora cerca de 1.500 soldados de grupos liderados pela Al-Qaeda estão na pequena Maaloula.

A tomada da aldeia enviou duas fortes mensagens ao mundo: os rebeldes estão mais próximos que nunca de tomarem a capital e os rebeldes extremistas muçulmanos tentarão eliminar os cristãos da Síria.

Muitos dos habitantes que ficaram estão experimentando o horror diariamente. Segundo o site Sky News, da Inglaterra, esta semana três cristãos foram mortos em praça pública e seu enterro se transformou em uma verdadeira passeata de protesto. A grande concentração foi na parte antiga da cidade, que segundo a tradição foi onde o apóstolo Paulo parava em suas viagens até Damasco. O cortejo foi até a igreja ortodoxa Zaytoun, onde fizeram o culto fúnebre. Enquanto os sinos badalavam, partiram para o cemitério.

Mulheres vestidas de negro jogavam grãos de arroz no ar, uma forma tradicional de demonstrar luto.  Um pequeno grupo tocava tambores e, em meio ao choro se ouviam gritos. Uma mulher perguntava: “É isso que vocês chamam de democracia… isso é o que o governo quer?”, enquanto um homem fazia gestos obscenos e gritava palavrões contra o presidente Obama e o premiê inglês David Cameron.

Hoje, outras imagens chocantes correram o mundo. São da cidade de Keferghan, onde quatro jovens cristãos foram decapitados publicamente. Um fotógrafo que não quer se identificar, fez imagens que foram publicados pelo site da revista Time. Embora a revista não confirme, outras fontes alegam que o que motivou a morte deles foi sua fé.

Ele fez uma narrativa breve, mas chocante, do que presenciou:

“Eu vi uma cena de crueldade absoluta: um ser humano sendo tratado de uma maneira que nenhum ser humano jamais deveria ser tratado… Eu não sei quantos anos a vítima tinha, mas era jovem. Eles o forçaram a ficar de joelhos. Os rebeldes ao seu redor liam os seus ‘crimes’ listados  em um pedaço de papel. Eles o cercaram. O jovem estava com as mãos atadas. Ele parecia congelado. Dois rebeldes sussurraram algo em seu ouvido e o jovem respondeu de uma forma inocente e triste, mas eu não conseguia entender o que ele disse… No momento da execução, os rebeldes agarraram sua garganta. O jovem reagiu, mas três ou quatro rebeldes conseguiram imobilizá-lo. Ele tentou proteger a garganta com as mãos, que ainda estavam amarradas. Tentou resistir, mas os rebeldes eram mais fortes e cortaram sua garganta. Depois, levantaram a cabeça. As pessoas aplaudiram. Todo mundo estava feliz porque a execução aconteceu”.

Muitos estudiosos das profecias cristãos e muçulmanos acreditam que a s segunda vinda de Jesus está ligada à cidade de Damasco, capital da Síria. A crescente ameaça de guerra dos sírios contra outros países gerou uma série de análises nesse sentido.

Em comum entre as previsões está o iminente retorno de Cristo. Da parte dos cristãos, alguns apontam para Isaías 17:1. Para alguns, pode ser um prenúncio do Armagedom, a batalha final. 

Entre os sírios prevalece a tristeza pelos milhares de mortos e feridos, mas para milhares deles a esperança na vida eterna se fortalece. As agências cristãs têm oferecido ajuda material, emocional e, acima de tudo, espiritual para os refugiados nos países vizinhos. Milhares de muçulmanos estão ouvindo o evangelho livremente, alguns pela primeira vez na vida. Existem muitos testemunhos de conversões.  Com informações de Sky News e Time

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Cristãos e opositores do governo egípcio são crucificados

 

     Os efeitos dos acontecimentos que se seguiram às revoltas populares da Primavera Árabe, quando o ditador Hosni Mubarak foi derrubado do poder do Egito e Muhammad Morsi, representante da Irmandade Muçulmana foi eleito ao cargo de presidente, são sentidos até hoje. Depoimentos de cristãos locais revelam a tensão pela qual passou a Igreja no contexto das revoluções e depois, já que Morsi é o primeiro líder do país declaradamente muçulmano e civil (Saiba mais em Na linha de frente apesar da incerteza).

     Já no início de seu mandato, Muhammad Morsi declarou sua intenção de indicar um cristão para o cargo de vice-presidente, numa clara tentativa de se mostrar aberto e tolerante às escolhas religiosas da população. No último dia 12 de agosto, porém, Mahmud Mekki foi nomeado à posição de segundo líder do Egito. Juiz reformista, Mekki ficou conhecido por ter levado a público a fraude eleitoral que aconteceu durante o governo do ex-presidente Mubarak, que comandou o país por 30 anos.

     Foi no mesmo domingo (12), que a Portas Abertas noticiou o crescimento de doutrinas anti-semitistas no Egito, o que tem intensificado a perseguição aos cristãos que vivem na região (Leia em Conflito entre Egito e Israel envolve perseguição a cristãos). Como demonstração desse aumento, desde a última semana, diversos veículos de comunicação do Oriente Médio têm denunciado levantes extremistas contra opositores do governo de Morsi.

     Segundo fontes da mídia árabe, traduzidas pelo correspondente Raymond Ibrahim, no The Algemeiner e agências de notícias, como a World Net Daily (WND), por exemplo, membros da Irmandade Muçulmana suspostamente “crucificaram os opositores do presidente Morsi nus, em árvores em frente ao palácio presidencial, enquanto outros foram espancados”. Jornalistas locais também foram atacados.

     A maioria dos sites que divulgou as agressões informou que os ataques fazem parte de uma campanha da Irmandade Muçulmana para intimidar e, assim, censurar a mídia secular do Egito quanto às ações do grupo. No país, “a brutalidade é reservada para os cristãos, mas as crucificações são por causa da doutrina islâmica e são ensinadas pelo Alcorão”, conforme relatou Clare Lopez, do Centro para Política de Segurança Americana, para a WND.

     De acordo com a especialista, “a crucificação é um hadd [punição], estipulada pela Sura 5:33 do Alcorão e, portanto, uma parte obrigatória da Sharia (lei islâmica). Essa tem sido uma punição tradicional dentro do Islã”, esclarece. Segundo notícia de Raymond Ibrahim, na Sura 5:33 lê-se que “a punição daqueles que fazem a guerra contra Alá (…) é apenas isto: eles devem ser assassinados ou crucificados ou as mãos e os pés devem ser cortados ."

     Os cristãos, minoria em território egípcio, correm sérios riscos de vida. Em depoimento à WND, Pamela Geller, analista de Questões do Oriente Médio e Islamismo disse: “Os cristãos estão com sérios problemas, porque o Alcorão, na Sura 9:29, ordena que os muçulmanos façam uma guerra contra eles e os subjuguem”.

     A Portas Abertas conta com um grupo de correspondentes em todo o mundo e está, desde então, procurando confirmar os fatos reportados pela imprensa árabe. Detalhes sobre as crucificações não foram divulgados, nem o número total de vítimas, embora estima-se que dezenas de pessoas já morreram. Oremos para que Deus proteja e fortaleça a Igreja Perseguida no Egito. Essa é uma oportunidade para testemunhar do amor de Deus àqueles que, nesse momento, estão tão atemorizados pela violência quanto os cristãos.

Data: 23/8/2012 09:28:25
Fonte: Portas Abertas