Mês sagrado de 2017 foi o mais mortífero da história moderna
Ramadã mais mortífero da história moderna
Mais de 1.620 pessoas foram mortas em atentados, tiroteios e esfaqueamentos em atos de terrorismo islâmico durante o Ramadã deste ano. O “mês mais sagrado” do calendário muçulmano, que se estendeu entre 27 de maio e 24 de junho
Em um vídeo divulgado na internet poucos dias antes de começar suas comemorações, líderes do Estado Islâmico convocam os muçulmanos fiéis a iniciarem o que chamam de “guerra total” contra “infiéis” do Ocidente, leia-se cristãos e judeus.
O levantamento do site conservador Breitbart dá conta que a maioria das vítimas este ano acabou sendo de islâmicos, uma vez que mortes em consequência da guerra civil da Síria foram excluídas. Há uma disputa interna entre os ramos sunita e xiita, que levou a atentados em mesquitas no Paquistão e no Parlamento do Irã.
O Estado Islâmico, ainda ativo no Iraque e na Síria, mas com presença crescente em praticamente todas as regiões do mundo, foi responsável por grande parte dessa violência.
Os cristãos também sofreram muito, sendo as vítimas preferenciais na maioria dos casos. O caso mais emblemático foi o fuzilamento de 29 coptas – incluindo mais várias crianças- enquanto iam para um mosteiro no Egito quando radicais islâmicos os atacaram.
Este ano foram 1627 óbitos e 1724 feridos, num total de 3.351 vítimas. Em contraste, no ano passado, o número de vítimas foi de 1.150 (421 mortes e 729 feridos).
Embora esteja sujeito a questionamentos, uma vez que considera apenas os atentados divulgados pela imprensa, este Ramadã é provavelmente o mais mortífero da história moderna.
O site Religion of Peace, que mantém uma contagem permanente de atentados desde o 11 de setembro, indica números um pouco diferentes. Foram 174 ataques em 29 países, que deixaram 1595 mortos. Esse levantamento faz um contraste do número de mortos por “islamofobia” no mesmo período. Foram 2 – uma pessoa na Inglaterra atropelada na saída de uma mesquita e uma morte na Índia, causada por um hindu radical.